O governo, nos seus sonhos quiméricos achava que, com passar do
tempo, apagariam da memória das pessoas as referências ao
passado.
Com esta ideia mirabolante, pensavam as autoridades,
daria mais visibilidade à cidade das cores como eles passaram a
chamá-la. Pensavam que a mudança transformaria a cidade na
Meca do turismo, ao mesmo tempo uma cidade dos
cosmopolitas modernos poderia estar nascendo. Mas,
lamentavelmente, o que se via era o alto índice de corrupção e
criminalidade ali existente e coeso, não perdia sua força. Muito
pelo contrário, aumentava o seu poder, pois já estava inserido
no judiciário, na política e dominava boa parte da polícia de um
modo geral. Como uma praga, tomava conta da cidade em alta
velocidade, contaminando até o Bairro Azul e se aproximando
da elite dominante através dos novos riscos oriundos da
corrupção.
A riqueza oriunda da corrupção era fácil de detectar
Rio de Rosário vive um momento perigoso e decadente
na área social devido a má administração ao longo dos anos.
Em uma das manchetes do jornal, um juiz corajoso, parecendo
ser a única voz dissonante diz que a corrupção cresce por culpa
do judiciário e o dinheiro da área social some no ralo da
corrupção. Uma constatação que todos Sabiam, mas não se
tomava nenhuma providência.
O delegado Malone lia tudo isto nauseado e incrédulo.
Com tanta incompetência, o seu conceito de democracia e
conquistas sociais estava a léguas de distância do governo para
o qual ele trabalhava
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