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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

terça-feira, 22 de abril de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR



TRECHOS DO LIVRO O MENINO QUE QUERIA VOAR.



Depois de degustar mais uma porção
de torresmo, com voz impostada dando ênfase ao seu relato, contava como esses
encontros passaram a ocorrer logo após a morte da sua mulher Gertrude de mal
súbito, “fato ocorrido depois de grande um susto”, como dizia, consternado.
Logo ela, que sempre foi uma mulher obediente aos seus afazeres, nessa noite
inesperadamente largou o que estava fazendo, depois de ouvir uma explosão no
céu, chegou à janela e viu um grande clarão tomar conta do Morro do Fama.
Com cara de quem ainda estava de luto, Leonel ainda parecia
consternado pelo fato de Gertrude ter falecido há mais de dez anos, usava um
lenço para enxugar uma suposta lágrima. Ele fazia uma pausa, tomando uma
talagada de cana caiana e voltava ao relato, tirando o chapéu já enrubescido,
pelo efeito da pinga, seguia contando de uma forma dramática, que a sua
amada Gertrude, naquela trágica noite, ao olhar pela janela da cozinha em
direção ao Morro do Fama, visualizou uma bola de fogo subir ao céu e logo em
seguida desceu para a grota funda, em direção à casa do seu pai, filho de um
lendário caçador de esmeralda”

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR


TRECHOS DO LIVRO

Na madrugada seguinte, foi acordado por barulho de correntes dentro da
sua casa. Como homem destemido que era, levantou-se no escuro para não
chamar atenção dos invasores, pensando em pegá-los desprevenidos e amarrá-
los nos troncos do castigo, como eram castigados os invasores de propriedades
antes de os levarem para prisão. Esse tronco era o mesmo da antiga senzala, que
ainda estava fincado em suas terras desde os tempos dos escravos.


Silenciosamente, pegou sua garrucha debaixo do travesseiro e tentou sair do
quarto, mas foi surpreendido por um túnel de vento e um redemoinho que surgiu
dentro do seu quarto e o ergueu no ar como se fosse uma pena de ganso. Em
seguida, oito mãos apareceram do nada, como se surgissem do túnel do tempo
em suas costas. Imobilizado, ele só pôde ver os vultos, que o envolveram num
redemoinho estonteante. Logo em seguida, foi dominado por quatro negros
fortes que se materializaram, seguraram-no com suas mãos geladas e o
acorrentaram na cama com as correntes que carregavam em seus pescoços. Em
seguida, murmuraram em seu ouvido com vozes que ecoavam em seu cérebro,
aconselhando-o a não retirar o ouro deles ou na próxima vez seria enterrado vivo
juntos com os caldeirões.


Quando questionado pela plateia se viu algum rosto de
escravo, Zé Queiroga afirmava que só viu vultos disformes. Em seguida, foi
induzido a um sono profundo, e no dia seguinte acordou somente ao entardecer
sem as correntes em seu corpo, pensando ter tido um pesadelo foi procurar as
pepitas, mas elas haviam desaparecido com o caldeirão. Ele fazia um suspense e
completava com olhar de que teria realmente visto, alma de outro mundo
http://www.fnac.pt/O-Menino-que-Queria-Voar-Joao-M-C-Jr/a739197

sábado, 12 de abril de 2014

O Menino que Queria Voar

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quarta-feira, 9 de abril de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR


TRECHOS DO LIVRO.




Animais de hábitos noturnos, como os morcegos-vampiros, saíam das cavernas em busca de seu alimento preferido para o seu banquete noturno, o sangue do gado que ficavam ao relento. A matreira coruja, Suindara, meticulosa e sorrateira, espreitava por entre galhos da jabuticabeira o galinheiro da casa de portas azuis, aguardando o momento oportuno para sua investida, mantendo-se fora do alcance do cão de guarda de nome Capeta, que dormia na varanda da casa. Logo adiante, amarrado ao pé de carrapicho, o cavalo tinhoso relinchava impaciente com o grasnar dos recém chegados imigrantes patos d’água, no lago ao lado da cocheira. A madrugada chegava e a fauna tomava conta do palco, diversificando-se. Novos e ativos exploradores chegavam furtivos para desfrutar da riqueza da flora e da fauna. Sem se importar com o frio da madrugada, o ouriço-cacheiro, protegendo seus rebentos recém-nascidos, espantou seus predadores, os lobos-guará, soltando seus espinhos, com uma precisão de arqueiros medievais, causando dor aos oponente

sábado, 5 de abril de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO


Destino encadeamento de fatos determinado por leis necessárias ou não. 


E complementa seu dialogo tentando passar a mão em sua perna. Mas antes que ele alcance seu intento a jovem  numa  reação espontânea desferiu um tapa em sua cara. Em um movimento rápido o motorista  se esquiva do golpe  que resvala em seu rosto fazendo-o perder o controle do carro, que descontrolado derrapa na curva quase batendo no murro da cassa na esquina. Irado com a reação da jovem tentando agredi-lo a sua face fica vermelha e ele solta um palavrão ameaçando bater em seu rosto. Ela se afasta no banco encostando-se á porta do carro e segura sua saia plissada entre as pernas em posição de defesa, enquanto ele a ameaça se ela repetir o seu ato. Depois de controlar seu estado de nervo e o carro ele sorrir para jovem. Demonstrando que era realmente um aproveitador da fragilidade da jovem, ele se vira para ela  com um sorriso de canalha no rosto e diz.

- Pode se fazer de difícil agora menina, mas não se preocupe não, a vida pra você pode se tornar muito fácil, e só você querer, afinal de contas para uma garota bonita como você com certeza  não vai faltar marmanjo ou cafetão para te dar um abrigo nessa cidade, e provavelmente daqui algum tempo tenho a certeza que nós encontraremos em um desses inferninhos da Lapa muito em breve, e você me vera com outros olhos.

terça-feira, 1 de abril de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

  TRECHOS.


    Ele volta e meia sentia uma grande angustia. Falta-lhe um pedaço de si mesmo.
Tinha vontade de gritar para todo mundo ouvir, seu Rock protesto falando antes de sucumbir. Escreveria suas ultimas linhas. Vivo como um retrato preso na parede, sou a imagens das mazelas de vielas que frequento em busca do ópio, o desprezo da sua própria alma, sou a sombra das guerras dos guetos pelo poder ,prisioneiro das tardes no escuro fechado em quartos de hotel, vagas lembranças surgiam escritas amassadas em rolos de papel, era um pedaço podre que  despedaçava em vermelho sangue, extraído das veias, e o viver perdido sem orgulho, viajo em um mundo verde escuro como a selva, que me suga, não faz mais sentido viver, pois farsas montadas separam de mim, meu sangue em outras veias longe de mim

TRAMA DA VIDA

Eram exatamente 4h30 da manhã, o silêncio só era quebrado pelo vento uivante da madrugada. E nessa casa de dois andares estilo colonial, si...