Quem sou eu

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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

BREVE.

UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA.

No rastro dos suspeitos o reporte tenta seguir de perto o  detetive, para  sua matéria sensacionalista para o seu jornal e tentando a todo custo tirar proveito da sua amizade. E o detetive Roberto  tem de aturar o seu amigo, o jornalista quase fracassado Ênio Barata, que ele considera uma mala sem alça por sua insistência em ajudá-lo a desvendar esse mistério e esperto que e, ele que tenta a todo custo obter esse furo de reportagem, que poderia ser a sua redenção profissional. Além  de se tornar uma pedra no sapato do detetive ele leva a tiracolo o seu fotógrafo estressado que não e bem sucedido  na tentativa de fotografar o corpo e a prisão do suspeito, e com isso ter a tão almejada foto para  um furo de reportagem para o seu jornal.
O grande problema do jornalista Barata é que ele está quase sempre bêbado, e julga-se decadente porque não consegue uma boa reportagem desde quando deu o seu melhoro furo de reportagem da sua vida, no notório crime da fera da Penha
Por conta disso.

Ele passa constantemente um bom tempo irritando o detetive Roberto com suas frustrações  profissional e sempre reclamando de sua falta de sorte. A única coisa que ele não perdia era seu humor negro e, Sarcasticamente dizia que teve bons momentos como repórter criminal, mas, que desde o crime de Aída Curi a classe A tem matado pouco. E demostrava estar de saco cheio dessas matérias  de baixo nível, que era ver  pobre se matando a troco de nada ou fotos de extermínio em massa na baixada;


sábado, 16 de junho de 2018

TRECHO DO LIVRO O MENINO QUE QUERIA VOAR.

A vida continuava na sua lentidão costumeira. A sua luta estava apenas começando rumo a um futuro incerto, como um barco na correnteza, sem leme ou vela, ao sabor do vento, sem destino. Dependia da sorte, como voar sem sonhos, sem o poder da sua imaginação tolhida. Para não cair do barco e se perder na correnteza da vida, para não ser levado por sua onda de devastação humana, muito costumeira com os jovens, como todos na naquela situação, perto do perigo poderia simplesmente ser mais uma vítima por falta de opção, de uma perspectiva de vida. Eles não tinham onde se agarrarem, e viviam ao sabor do vento e do cheiro da fumaça da marijuana. Viviam atormentados a caminho do abismo, consumidos por sonhos de prazer. Os incautos Deslumbravam-se com um mar de lama como se fossem rios de mel. Tonavam-se cegos em desatinos encobertos pela sombra da noite: não enxergam o abismo, as armadilhas das sombras. Solitários de alma vazia, perdidos, só o vício governa suas vidas, que de tão breve nada além das sombras terão. No inalar do pó, perdiam o seu ideal de vida e a noção do perigo, encurtando as suas existências. Vida que segue como uma onda no mar sem prancha para surfar. Pegar jacaré era a onda aos domingos no ônibus 616 usina forte Copacabana rumo ao posto seis em Copacabana. Na praia sem prancha o rala peito era pura curtição de pobres e remediados. Na volta pra casa de barriga fazia faziam uma vaquinha para comprar um pão com mortadela na padaria da esquina do morro. Era um manjar dos deuses.

Galeria .DE lembranças de TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

2011-12-13 21.16.18 2011-12-13 23.28.52 2011-12-13 22.45.23 2011-12-13 23.26.59 2011-12-14 00.00.21 2011-12-13 21.11.14 2011-12-13 21.30.45 2011-12-13 21.26.19 2011-12-13 21.45.58

segunda-feira, 11 de junho de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

Acima de seus interesses estavam seus ideais. Chacon angariava simpatias dos mais humildes e despertava o ódio dois mais abastados, por defender os menos favorecidos e lutar por justiça. Era uma tentativa democrática de estabelecer uma alternativa para todos. Reivindicava melhorias nas condições precárias de vida do seu povo, a quem amava como amava sua esposa. Mercedes, principalmente por ser de origem indígena, sempre se colocava à frente das passeatas com seu filho no colo, tentando mostrar ao seu povo a afirmação da união que deveria prevalecer para governar o país. Ela tinha a convicção de que seu povo não poderia estar a mercê de um único clã que discriminava outras etnias que não fosse as suas.
A Frente Democrática Revolucionária de Talvegue, como era chamada pelos camponeses, era composta por membros que preferiam a luta armada para estabelecer a democracia. Chacon era pacifista e preferia outros métodos, reivindicava melhores salários para os trabalhadores do campo, que faziam greves nos canaviais, nas usinas de açúcar, reivindicando direitos trabalhistas, direito ao voto e educação para todos os camponeses. Chacon tentava organizar os camponeses em pequenos sindicatos. Ele sempre tinha em mãos uma cópia da Constituição americana, presente do padre Francesco, que era usada como referência às suas ideias democráticas.
Nos anos vinte, esse grupo de camponeses, que não tinha como ideais ideologias marxistas ou comunistas, lutavam contra um governo corrupto e cruel, que os escravizava em benefício dos latifundiários e donos de usinas de açúcar, jazidas de carvão e minérios nobres, como ouro e prata, que eram o carro-chefe da economia local.
O presidente Don Lancarto Aranha governava com mão de ferro esse país de dimensões continentais. Dividia o poder e os dezessete milhões, oitocentos e dezenove mil e cem quilômetros quadrados com seus seguidores, nomeados com títulos de nobreza, negando aos pobres trabalhadores rurais e os nativos o direito à escola ou qualquer direito trabalhista.

Temendo por sua vida, padre Francesco sugeriu que ele mudasse seu nome, para sua sobrevivência e também porque o ajudaria a se infiltrar nas fazendas, aproveitando que sua aparência de maltrapilho e barbudo o ajudaria a se passar por moradores locais, que por motivo religioso cultivavam grandes barbas.
Os paranaenses, moradores daquele vilarejo, apesar de serem descendente de imigrantes europeus, levavam uma vida simples baseada na agricultura familiar; não visavam o lucro nem exploravam a mão de obra escrava, e eram considerados os mais pobres naquela região; eles não tinham conhecimento das lutas e não se envolviam com os revolucionários de San José.
A família passou duas noites se revezando de esconderijo: durante o dia permaneciam na igreja, e à noite dormiam no estábulo. Com a mesma aparência dos locais, eles conseguiriam sair de San Paranhos nas caravanas. Antes de Chacon partir, o padre Francesco tentara convencê-lo a deixar seu filho no mosteiro para que eles cuidassem e o educassem. Chacon relutou por um instante e consultou sua mulher Mercedes, que estava apreensiva e temerosa com a infiltração que teriam que fazer na caravana comandada por inimigos.
A ideia de abandonar o filho lhes cortava o coração. Sem coragem para tomar uma decisão, com a voz embargada e os olhos já lacrimejando, se fecharam para um momento de reflexão. Mercedes pediu a Chacon para pensar por alguns instantes. Agachou-se perto do seu filho e o acariciou. Seu rosto sofrido deixava transparecer a dor desse momento, mas seu instinto de preservação a levava a concorda com o padre Francesco; o medo de perder o filho era maior do que a vontade de tê-lo a seu lado. Aquela mulher tinha consciência do perigo constante, então tomou coragem e disse com a voz embargada a Chacon:

sábado, 2 de junho de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

TRECHO DO LIVRO.

Depois de descansarem por duas horas, retomaram a jornada, mas logo adiante foram obrigados a escalar um pequeno rochedo de granito encoberto por uma vegetação rasa, formada por cipó e bromélias. Escalaram por mais de trinta minutos. Eles alcançaram, novamente exaustos, o outro lado da montanha. Um pouco mais adiante, Chacon deixou sua mulher e seu filho abrigados debaixo de uma pequena caverna na encosta da montanha e saiu para explorar a região. Caminhou por alguns minutos e parou em uma pequena nascente que brotava da montanha. Aproveitou para abastecer o seu cantil com água. Ao olhar para baixo, avistou um pequeno vilarejo, com casas humildes feita de toras de madeira rústicas e uma igreja no fim da pequena avenida. Um rio caudaloso dividia a cidade ao meio, formando um pequeno lago bem abaixo, e havia uma ponte que permitia o acesso até o vilarejo. Chacon calculou que seria mais um obstáculo em sua jornada, uma grande descida íngreme de mais de mil e setecentos metros, quase toda desmatada pelos moradores que exploravam madeiras para fazer suas casas.
Chacon voltou até onde se encontravam sua mulher e seu filho. Ao vê-los dormindo, parou por alguns minutos para admirá-los. No seu momento de reflexão, se questionou se tudo aquilo que estava passando valeria a pena, se tinha realmente algum sentido ter colocado sua vida e da sua família em risco por uma causa que parecia perdida. Ao mesmo tempo em que refletia, seu coração apertava pelo medo de perdê-los. Ambos significavam suas únicas joias preciosas. Suas preces pareciam não serem ouvidas, mas sua fé não esmorecia e seu ideal permanecia incólume.
Chacon aproveitou esse momento único também para descansar. Enquanto eles dormiam, a milícia passou por San Paranhos, vasculhando todas as casas naquela tarde. Eles dormiram por três horas no topo da montanha,

quinta-feira, 31 de maio de 2018

ANTOLOGIA, MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS

LANÇAMENTO EM E-BOOK
Perdido no labirinto verde da vegetação abre-se um caminho na escuridão do meu pensar. Vejo, vergo e quebro a vara de marmelo na escuridão do meu caminho. Em um lampejo de lucidez vejo a cor do amor a curvar-se em minhas mãos e a escorrer entre meus dedos. Destemido por um ins¬tante eu sinto o poder efêmero desse devaneio, e deleito-me com a efêmera e pura ilusão de poder que abastece meu co¬ração. No campo sinto o cheiro de jasmim a exalar das gotí¬culas de orvalho que molham meus pés descalços na estrada deserta. Surgem vagas luzes no horizonte a clarear pedras no caminho, iluminam pensamentos em desatinos como se estivessem enrolados em pergaminho
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Em cada manhã um novo despertar.
Em cada descoberta um novo olhar. E na brisa que vem do mar há magia da vida que invade e acalma o nosso desassossego terreno ,nosso viver pequeno. E das profundezas do mar imerge vidas serenas que magnificamente, envolve e acalma o nosso despertar

Shared via Kindle. Description: Muitas histórias surgem quando menos esperamos. E isso se chama inspiração. É algo com o qual eu concordo qua¬se…
LER.AMAZON.COM.BR

MEU PENSAR PROSAS CONTOS E POEMAS

Acho que você gostaria deste livro: "MEU PENSAR: CONTOS PROSAS POEMAS (01)" de João Manoel da Costa Junior. Comece a ler gratuitamente: http://amz.onl/d76k93n

quarta-feira, 30 de maio de 2018

O MENINO QUE QUERIA VOAR

https://www.chiadobooks.com/livraria/o-menino-que-queria-voarSinopse
Nas asas da imaginação nasce um desejo prematuro, presságio de novos tempos. Diz a lenda que, nesse lugar de origem de histórias e magias, nunca houve limites nem idade para determinados sonhos. Esses nasceram de formas inusitadas e perduraram por décadas, mas somente para alguns nativos se tornaram verdadeiros e concretos. Poderemos comprovar que muitos desejos e sonhos sobrevivem ao tempo, ganhando vida ao serem alimentados, por realidade ou por fantasia, ao longo dos anos. Não importa a fonte e não existe maneira de proibi-los. Sonhos são enigmas que regem a natureza humana; eles brotam em turbilhões, renascem das cinzas e se tornam reais, transcendem a fantasia, e com o tempo ganham asas, alçam voos.

sábado, 26 de maio de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME





SINOPSE

"Jogo sujo - Cidade do crime" se passa no futuro não muito distante. Onde o crime organizado ou não se estabelece de forma contundente. Em 2025, no cotidiano dessa cidade imaginária, a ausência do poder ou seus equívocos éticos proporcionam um campo fértil para todos os tipos de barbárie urbana que se possa imaginar, e desgraçadamente habitam o dia a dia de seus cidadãos, proporcionando medo e dor. E inevitavelmente colocando de forma explicíta essa bela cidade na contramão dos avanços de outras cidades do mundo, onde esse universo marginal e obscuro fora banido. Na cidade de Rio de Rosário, a mão pesada da lei não se fez presente e não estabeleceu com o tempo ou determinou o fim desses abusos. Mas, para avaliar tais conceitos éticos, por outra ótica existe, dentro desse universo caótico dessa cidade, alguém que estabelece um paradoxo e questiona com seus métodos tais desvio de conduta e cria esse contratempo para uma breve reflexão.

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sexta-feira, 25 de maio de 2018

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO.

Lembrei de você quando li esta citação de "Trapaças do Destino: causa e efeito" de João MC Jr. - "Falar de amor também era um tema recorrente em suas anotações. Criar e sentir a presença de um grande amor em sua vida era como aplacar um pouco da ausência daquele sentimento ainda não vivido por ele, mas não inexistente em sua mente. 

“É lindo e tão sublime esse seu doce olhar. Vejo em seus olhos a perfeita união, Seu doce acalento e puro encanto sem solidão, Viver em você é como vagar em nuvens, Ou dormir na relva, acariciado pelo vento. Quando tudo se completa, Quase chegamos à perfeição, Mas é puro devaneio, esta constatação, Se o amor existe, não a paixão, Somente o sonho faz parte desta relação. Mas o que compensa o doce o amargo desta Constatação” “É viver nesta incerteza e bela ilusão" Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/4EneBS7

segunda-feira, 21 de maio de 2018

#MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS

“Pelos mares da minha imaginação naveguei. E por ti procurei. E perdido na imensidão do mar da ilusão quase naufraguei meus sonhos encobertos pelas ondas do meu coração. No horizonte, tentei descobrir outro amor, em terras que nunca vi. Tempestades e tormentas enfrentei, no mar do amor que naveguei. De vagões escapei. Sem esperanças de encontrar o amor, virei o leme do meu coração. Tentando encontrar meu caminho, segui as estrelas que guiavam o rumo da minha solidão. E no porto que ti perdi, atraquei meu coração. Recomecei a sonhar com este amor navegante para encobrir esta dor nauseante, e ancorada ficar.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

MEU PENSAR, CONTOS PROSAS E POEMAS.

UM CONTO DE AMOR EM UMA ESTRADA VAZIA

Estava perdido na estrada, estava ao sabor do vento, havia um vazio dentro de mim, estava só. Somente minha sombra caminhava ao meu lado. Não havia sombra no caminho, somente o vazio. Não sei até onde pretendia andar nem que distância percorrera, estava na estrada há tanto tempo que já me esquecera. De onde eu vim? Perguntava a mim mesmo e não encontrava as respostas, não sabia de onde vinha, só sei que corria contra o tempo, caminhava contra o vento. Ao amanhecer, mil perguntas eu fiz ao vento que por ali passava, trazendo o cheiro de maresia, quanta distância faltava, pro mar que pré-dizia. Nenhuma resposta me dava o vento e seu rumo seguia. Mil léguas talvez faltassem pro rumo que me levaria. Era o destino que me escolhera, não era eu que o conduzia. Não sei até onde pretendia andar nem que distância percorrera, estava na estrada há tanto tempo que já me esquecera. De onde eu vim? Perguntava a mim mesmo e não encontrava a resposta,não sabia de onde vinha, só sei que corria contra o tempo, andava contra o vento. Depois de léguas, encontrei uma fonte e parei, minha sede aplaquei e ali mesmo adormeci. A noite chegou, o frio me congelou e, logo que acordei  na madrugada mais longa que já conheci, muitos olhos espreitavam-me ao meu redor. Fitavam-me à distância, não queriam contato, sentiam-me pelo olfato. Ao amanhecer, mil perguntas eu fiz ao vento que por ali passava trazendo o cheiro  de maresia, quanta distância faltava pro mar que pré-dizia. Nenhuma resposta me dava o vento e seu rumo seguia.

terça-feira, 15 de maio de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

A ave inclina a cabeça e olha o delegado, como se quisesse adverti-lo de alguma coisa. Embora as superstições não fizessem parte de sua vida, Malone pensa: “É apenas um bombo branco, representa a paz, não é um corvo, que dizem ser a ave do mau agouro”. Em seguida, conclui que aquela não era a sua manhã de sorte. O delegado caminha até o banheiro, tira a camisa, limpa o bombardeio do pombo, anda até sua mesa e percebe que tudo está desarrumado, provavelmente por obra de um bisbilhoteiro. Compreende que não poderia guardar nada de importante ali, nem deixar nada à mostra na delegacia. Afasta-se da mesa, pega o jornal e vai até a cafeteira automática, que havia semanas não funcionava bem. Apesar de suas várias reclamações, nada foi feito. Malone pega o café frio, folheia o jornal e vê que as primeiras manchetes são desanimadoras. O assalto a uma joalheria fere cinco pessoas no centro da cidade, há registro de outro assalto a banco na periferia, pedófilo é linchado pela família da criança, entre outras matérias chocantes. O delegado muda a página tentando achar notícias melhores, abre os cadernos de Economia e de Política e as manchetes também não o agradam. Fala-se da crise mundial e de mais um escândalo de desvios de verba no país. Malone folheia o Caderno de Cinema buscando em achar um bom filme para se distrair e relaxar. Queria um filme preferencialmente de arte, para o qual pudesse convidar Olga para assistirem à noite. Contudo, todos os filmes em cartaz abordam violência ou política. Alguns, financiados por políticos, enalteciam suas figuras como homens do povo. Havia virado moda fazer filmes de políticos bancados por amigos empresários, como uma forma de agradecer aos benefícios vindos de obras sem licitação.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POA AMBIÇÃO

EM TEMPOS DE DISPUTA HÁ ALGUÉM TRAVANDO LUTA,.
UM CONTRA TEMPO TEMPO DA HISTÓRIA.

Na manhã seguinte, Venâncio acordou com seu café já servido em uma mesa lateral, as toalhas brancas de banho e de rosto estavam nos pés da cama. Eram exatamente nove horas, e alguém já havia entrado no quarto e ele não percebera; seu sono nunca fora tão pesado como naquela noite, ele nunca acordara tão tarde em toda a sua vida. Teve a sensação de que tivera um sonho macabro e ao mesmo tempo sentia-se bem de acordar naquele ambiente limpo e sofisticado. Pensou consigo mesmo: “Isto é o que eu quero para minha vida, não nasci para aquela pobreza.”
Seu corpo estava leve como uma pluma. Levantou-se e encaminhou-se até o banheiro. Um espelho estilo colonial tomava toda a parede acima da pia, e decorava suntuosamente o ambiente. Pela primeira vez ele se via em um espelho, pois sempre fizera sua barba usando como espelho seu reflexo na bacia d’água ou na beira do rio, usando seu recanto mais calmo sem correnteza onde o reflexo era possível. Nesse momento, sorriu para o espelho discretamente e esboçou uma leve careta, afinal ele era um jovem encantado com o luxo que nunca conhecera. Olhou para o chuveiro, acariciou seus metais e sentiu a frieza em suas mãos, como se fossem joias. O que era ainda melhor era a luz elétrica. Venâncio brincava com o interruptor como uma criança; era a primeira vez que ele tinha contato com a eletricidade, pois somente um por cento das casas de São Jose de Talvegue tinha luz elétrica. Depois de minutos de contemplação, resolveu abrir as torneiras e tomar seu primeiro banho de chuveiro na vida.
Vinte minutos depois, Lancarto bateu à porta. Venâncio estava tão fascinado com seu banho de chuveiro que não ouviu a batida. Lancarto, então, pegou a sua arma e bateu com a coronha, o que fez com que Venâncio ouvisse as batidas. Ele se enrolou na toalha, procurou suas roupas mas não as achou. Só depois de dois minutos abriu a porta e disse:
- Desculpe, estava no chuveiro e não ouvi o chefe bater.
- Já lhe disse, Venâncio, esqueça as formalidades e me chame de Lancarto, por favor. É uma ordem. Toma estas roupas, de hoje em diante o seu novo uniforme será este.
Venâncio pegou dois embrulhos e uma mala e os levou até a cama. Antes que ele se virasse, Lancarto falou: - Se arrume e desça, pois temos muito que conversar.
- E as minhas roupas antigas, onde estão?
- Não terão mais nenhuma serventia, por isso foram queimadas, assim como o seu passado.
Venâncio contraiu sua testa, pensando que o bilhete de seu pai estava no chapéu, e perguntou:
- Meu chapéu também foi queimado?
- Tudo, Venâncio, tudo.
- Mas ele era novinho, Lancarto.
- Não era de panamá, a partir de hoje você só usará chapéu de panamá, afinal de contas você será um novo homem. E tem mais, vamos da um sobrenome a você, pois não gosto do seu sobrenome: Chacon. Com ele você não tem futuro, você precisa de um nome republicano, talvez Almeida Ferraço lhe caia bem.
Venâncio ficou confuso, porque seu sobrenome nunca fora usado por ele ou por seus pais, que tinham trocado de nomes. Ficou pensando em como Lancarto saberia daquilo. Lancarto olhou bem nos olhos de Venâncio, que sentiu certo temor pelo que Lancarto diria a seguir.
- Pensei num sobrenome forte que imponha respeito, um novo batismo. Um nome de peso faz muita diferença na vida de um homem, e decidi que seu nome de guerra será Ferraço. É isso, você se chamara Venâncio Ferraço. Gostou? Ou melhor, use sempre Ferraço, é mais imponente, e, por favor, Venâncio, pode me chamar de chefe de agora em diante.
Venâncio respirou fundo, aliviado ao ouvir de Lancarto que deveria adotar outro nome. O seu temor não se concretizara e ele pela primeira vez ousou abraçar Lancarto, que afastou educadamente, sem empurrá-lo. Venâncio disse:
- Se você acha que faz diferença, chefe, tudo bem, estou de acordo



terça-feira, 8 de maio de 2018

Trecho do livro O MENINO QUE QUERIA VOAR.

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O MENINO QUE QUERIA VOAR.

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sábado, 5 de maio de 2018

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITP





MC Jr., João. Trapaças do Destino: causa e efeito (Locais do Kindle 1555). Ponto Vital Editora. Edição do Kindle.
problema. Quanto a Otávio, estava dominado por Helena e, mesmo gostando do garoto, não tinha poder de decisão e se omitia, deixando a esposa assumir toda a responsabilidade sobre o destino de José Francisco. Inocente, ele sorria sempre, pois essa era sua maneira de encarar as situações adversas impostas pelos seus pais até aquele momento. Trinta e cinco anos atrás... 23 de dezembro de 1971, 13hs. Helena chegou agitada em casa. A sua TPM estava a mil por hora e, naquele estado de estresse, ela sempre perdia o controle. Ela tinha ligado do trabalho para Otávio e foi informada que ele havia saído e que não se encontrava no bar como habitualmente. Sua reação foi de fúria, pois Helena era muito ciumenta e, por estar naqueles dias de descontrole, só pensava em uma coisa: que ele pudesse ter saído com qualquer sirigaita que rondava o bar na hora do almoço e que ele estaria no caminho da perdição. Com essas ideias torrando a sua mente, entrou no quarto de José e o encontrou dormindo. Descontrolada, ela o empurrou da cama e começou a agredi-lo verbalmente. José levantou-se e ficou estarrecido e sem ação. O menino, fora humilhado e insultado, chamado de burro, idiota. Ser ofendido por sua mãe adotiva estava se tornando uma rotina. Era comum para ele. Só que, especificamente, naquele dia, ele fora chamado por um nome que mexeu com seus brios e o magoou de tal forma que resolveu tomar uma atitude para sempre.

MC Jr., João. Trapaças do Destino: causa e efeito (Locais do Kindle 1549-1561). Ponto Vital Editora. Edição do Kindle. 

sexta-feira, 4 de maio de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

Lembrei de você quando li esta citação de "Jogo Sujo: Cidade do Crime" de João MC Jr. - "O secretário usa seu terno impecável da grife Armani Chang, sapatos bicolores reluzentes e ostenta seu anel de ouro e brilhantes, que de longe brilhavam como pequenos faróis a caminhar em direção ao seu gabinete. Malone balança a cabeça procurando não pensar no que via naquela figura ostensiva que, com passadas rápidas, chega até sua porta. – Bom dia, Malone! Como tem passado? Estamos tão perto e quase não nos vemos! Estou acompanhando seus passos, quer dizer, seu trabalho. Por falar nisso, como seguem as investigações sobre esse famoso roubo de grande repercussão na mídia? – Bem, secretário Adriano, estamos quase fechando o cerco em cima da quadrilha que atacou o Museu Histórico Nacional. – O que roubaram desta vez? – Levaram dois quadros de um pintor alemão do século XVII, que retratavam a assinatura da criação do Estado de Rosário pelo imperador. – Estes quadros têm algum valor de mercado, Malone, ou estão roubando somente um registro da nossa história? – indaga o secretário. – Com certeza não haverá mercado nem colecionador que os queiram, secretário. Mas talvez os ladrões não saibam o que pode dificultar a nossa investigação. Com ar irônico e sorriso contido, o secretário olha para Malone e diz: – Posso te dar uma sugestão, Malone? – Pois não, secretário. – Vai ficar só entre nós. Arrume réplicas e as ponha no lugar, pois ninguém vai perceber nada. Sua esposa conhece muitos artistas, não é certo? Então, encomendamos cópias perfeitas e pronto. As colocaremos no lugar e tenho certeza de que dá pra enganar o povo que visita o museu. A maioria, Malone, não sabe nada da história de Rosário. Malone finge não entender a sugestão do secretário e responde: – Não será necessário, secretário. O museu está fechado para reforma e só deve ficar pronto dentro de seis meses, e até lá já teremos, provavelmente, recuperado os quadros. – Era só uma sugestão p" Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/4fSyOd8

##musica TENHO TEMPO DE PENSAR

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