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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER.

TRECHOS DO LIVRO.



O detetive Ribeiro pega a lista de pessoas suspeitas e de
endereços e sai em campo.
À noite, no encontro com sua amante Juliana, loira de
olhos verdes, vinte e três anos - estava na flor da idade, bela e
perigosa como a qualificava o detetive Ribeiro. Sempre que
estava numa roda de amigos, não escondia os seus encantos por
ela.
A jovem o recebe com um vestido preto de decote
estonteante. Como de hábito, sempre se apresenta provocante.
Sabia usar como ninguém as suas armas de sedução, deixando
Ribeiro fora de ação e dominado.
Juliana sabia que um homem casado há mais de trinta
anos com a mesma mulher era uma presa fácil para seus
encantos sensuais. Manter o domínio era seu objetivo. Ela
deixa parte de seus lindos seios à mostra. Recebe Ribeiro com
um beijo ardente, deixando claro as suas intenções para aquela
noite.
No entanto, o detetive não olha para os seios de Juliana                  TRECHOS DO LIVRO
como das outras vezes, deixando-a preocupada. - Ela pergunta
com uma voz doce e macia - Você não está dando a mínima
pra mim. O que houve, Ribeiro?
- Ossos do ofício amorzinho. - E continua.
- Estou investigando um assunto desagradável que me aborrece
profundamente e não estou a fim de falar a respeito.

















O delegado Antunes Malone chega à carceragem. Para
o seu carro. Caminha em passos lentos, ainda esquematizando
o plano em sua cabeça. Nada do que ele pensa poderia ser
colocado em papel. Tudo deveria ser elaborado e guardado em
sua cabeça, jamais deveria existir qualquer vestígio das suas
ideias. Era uma lição que ele aprendera em todos esses anos de
polícia, os assaltantes cometiam erros e sempre deixavam
pistas que serviam como prova para as condenações.
Vai ao portão principal, identifica-se e diz para o
carcereiro que vai fazer um interrogatório. Caminha até a cela
onde se encontra o assaltante Justo e coloca seu plano em
andamento.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

A jovem, naquele momento, dentro de si
se sentia um ser insignificante para o mundo, e pensava que
com certeza ninguém sentiria sua falta a não ser quando a
sua família soubesse do fatídico. “Sabe-se Deus quando isso                  TRECHOS DO LIVRO
iria acontecer”, pensava ela, lembrando que há anos não
mantinha contato com seus familiares, não recebia cartas nem
poderia mandar nenhuma, pois não sabia escrever. Sentia
que seu mundo ruía aos seus pés, e, entorpecida, parecia
que estava deixando de existir, só lhe restava pensar, naquele
momento de fraqueza sobre o motivo que lhe trouxe todo
esse momento de angústia, relembrar o início do seu calvário,
a estava deixando fora de si, inconformada principalmente
pelas razões que a levaram a essa situação. Ficava remoendo
e lembrando que nem o causador do seu sofrimento não se
importou com ela, apesar de promessas veladas de ajudá-la a
superar esse momento em troca do seu silêncio


Logo depois do ato consumado à força. Ela não tinha raiva dele, mas bem lá
no fundo da sua alma a dor contida a devorava por dentro. Ela era tomada por esse sentimento de perda de ter sido violada,
desrespeitada. Era tudo muito confuso em sua mente

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO.

Trapaças do Destino
Causa e Efeito.

Mesmo assim há controvérsias
Desde os primórdios da humanidade
Muitos dizem que o destino de certas pessoas já estaria
escrito nas estrelas, outros afirmam que nos traçamos o nosso
destino. Há ainda os que acreditam que o destino a deus
pertence. Muitos estudiosos do assunto, desde os primórdios
das civilizações, como cartomantes e suas bolas de cristal,
supostamente podiam prever o futuro e os oráculos do passado
visionavam, nas chamas das piras dos templos, o destino de
reis e o desfecho de suas batalhas, e afirmavam, com absoluta
certeza, os seus vencedores, porém, quando mal-sucedidos
perdiam suas cabeças, pois estavam proibidos de decifrarem
seu próprio destino. Por consequência desses desfechos, o que
muitos céticos não aceitam é que o destino, por ter livre arbítrio,
às vezes pode muito bem assumir o poder de trapacear a seu
favor, seja por merecimento ou por você estar no lugar certo na
hora certa, ou no lugar errado na hora errada. Alguém pode
tentar mudar o seu destino. Você pode ser escolhido ao acaso,
só por ironia do destino. O desenrolar das histórias provam que
todas as possibilidades são válidas e, independente da origem
dos fatos, alguém sempre poderá ser favorecido por acaso ou por
ironia do destino.

















Enquanto ele olhava com um olhar sarcástico para aquela
pobre jovem indefesa e imaginava que a reação dela fosse de
acovardar-se e humilhar-se pedindo talvez a sua ajuda por
estar intimidada por suas palavras de persuasão. Mas, muito
ao contrário do que ele imaginava, a reação da jovem foi de
recompor-se, e, mesmo mantendo-se calada no banco, ela
encheu-se de coragem, ergueu a sua cabeça e, fitando-o bem
em seus olhos, já não mais demostrava medo. Ela limpou
suas lágrimas, com seu casaquinho bege de lã, demostrando
que aquelas palavras não a atingiriam, pois partiam da boca
de um ser vil que não merecia vê-la sofrer para satisfazer seus
instintos. E, por um instante, com seu cérebro em ebulição,
se viu tomada por uma vontade de reação em defesa da sua
honra. Enquanto ele dirigia olhando para aquele ser frágil
ao seu lado aparentemente dominada, não imaginava que a
jovem maquinava naquele instante ou fosse capaz de alguma
atitude insensata. Mas ele estava enganado, pois ela pensava
em um ato mais extremo, que era provocar um acidente
naquela ladeira. Por alguns segundos, ela ficou meio fora
de si, avaliando os riscos e analisando essa possibilidade.
Percebeu que para isso bastaria puxar o volante e fazer com
que aquele canalha que a agredia com palavras pagasse

sábado, 11 de outubro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

Os vários tiros quebram o silêncio da pacata estrada,
nuvens negras ainda cobrem o céu da cidade de Rosário. O
revoar dos pássaros dava o toque final trágico e anunciava o
final de uma carnificina.
O delegado quase perde o controle. Em todo o seu
tempo como policial, jamais tinha visto tamanha covardia.
Covardia praticada por homens da lei, na tentativa de esconder
as provas de seu envolvimento. Uma queima de arquivo a
sangue frio. Percebe que algo saiu errado. Algo que para ele,
era inesperado. Malone não contava com este desfecho. Agora
é a vez de o detetive Ribeiro manter a calma e segurar o
delegado. A sua experiência lhe dizia para manter o controle e
fazer parte da farsa que estava por vir.
Depois do tiroteio, um cheiro de sangue toma conta do
ar. Impera um silencio fúnebre, por segundos, nem o vento
sopra. Somente o cheiro de morte e pólvora domina aquele
cenário tingindo de sangue.










O jogo só tinha começado e não tinha vencedor ainda.
Quatro horas depois, Osmar chega à delegacia contando
vantagem e falando da perseguição aos assaltantes do banco, de
como foi o confronto e morte dos mesmos.
- Foi uma troca de tiros infernal. Os caras abriram fogo contra
mim e o delegado Malone e toda a equipe reagiu à altura.
Senão, a essa hora estaríamos todos mortos, não foi delegado?
Mencionando a participação do delegado Antunes
Malone na operação e tentando envolvê-lo ainda mais na sua
farsa, o detetive Osmar lamenta não ter conseguido recuperar
os dois milhões do roubo, deixando o delegado mais uma vez

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

TRECHOS DO LIVRO.



A chuva aperta, nuvens negras tomam conta do céu da
cidade de Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro.
- Vamos com calma, Ribeiro. Com esta chuva ninguém vai sair
por aí correndo que nem louco. Nem os bandidos vão se
arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano. Ordena a Ribeiro
uma inversão na captura. Faz uma rápida leitura no GPS do
carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota que o Bairro
Marrom (antigo bairro kalege), não seria uma rota possível, e
inteligente de fugas para bandidos tão experientes. Age ao
contrário do que sugere a informação do detetive Osmar. Como
estão com o carro descaracterizado, poderiam se posicionar
exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao bairro
kalege, como lia seu GPS. Provavelmente a rota de fuga seria a
Avenida Azul-petróleo (antiga avenida do estado), a única
opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
- Vamos fechar a avenida?- Pergunta o detetive Ribeiro.
- Não quero abordagem, vamos deixar passar os carros e os
seguimos. - Ordena o delegado.
- Não estou entendendo, chefe. Qual o plano?
- Simples. Somos dois e não sabemos quantos assaltantes são.
O Osmar sugeriu outra direção, meu palpite é que eles passarão
por aqui. Estaremos bem posicionados. Vamos segui-los sem
levantar suspeita e talvez possamos desvendar o mistério de
tantos assaltos sem nenhuma prisão antes de eu vir para esta
delegacia.
- Como assim, delegado?
- Vê se você me entende, Ribeiro. A ideia é tentar localizar o
esconderijo da quadrilha, provavelmente é onde Osmar faz a
partilha do roubo, longe da cidade. Assim se explica porque

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

TRECHOS DO LIVRO [O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER]






João M. C. Jr.
36
O delegado sente que o dia começou quente apesar da
chuva. Neste mesmo instante ele é bombardeado por um
pombo que, com sua pontaria certeira, atinge o seu ombro. O
delegado olha para o céu cinzento, acompanha o voo do pombo
que pousa no parapeito do prédio da delegacia. A ave inclina
sua cabeça olha para o delegado como se quisesse adverti-lo de
alguma coisa. Ele pensa, é apenas um bombo branco,
representa a paz, e não um corvo, que dizem ser a ave de mau
agouro. Superstições não faziam parte da sua vida. Conclui:
simplesmente não era sua manhã de sorte.
O delegado caminha até o banheiro, tira a camisa, limpa
o bombardeio do pombo, volta a sua mesa e percebe que ela
está desarrumada, provavelmente obra de um bisbilhoteiro.
Compreende que não poderia guarda nada de importante, nem
deixar nada a mostra na delegacia. Levanta-se da mesa, pega o
jornal, vai até a cafeteira automática que há semanas não
funciona bem. Apesar de suas várias reclamações, nada foi
feito. Pega o seu café frio e folheia o seu jornal, as primeiras
manchetes são desanimadoras. Assalto a joalheria fere cinco
pessoas no centro da cidade, mais um assalto a banco na
periferia da cidade, pedófilo linchado pela família da criança
etc. o delegado muda a página tentando achar notícias
melhores. Abre no caderno de economia e política e as
manchetes também não o agradam. A crise mundial e um
escândalo por desvio de verba rondava o país.