Quem sou eu

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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO


O mundo estava à deriva com a Guerra Fria,
articulando-se mudanças ideológicas em vários continentes.
As superpotências influenciavam vários governos de forma
explícita, financiando e articulando o destino dessas nações
e para manterem seus interesses financeiros pelo mundo, e
consequentemente seus domínios sobre elas







A tropa passou por ela posicionando-se em direção ao
Aeroporto Santos Dumont. Ela recompôs-se, respirou fundo,
tentando manter o equilíbrio do seu corpo e de sua emoção.
Depois de descansar por mais alguns minutos nas escadarias
do prédio do Ministério do Trabalho, ela reuniu a pouca força
que lhe restava, respirando fundo e segurando a sua imensa
barriga, pois teria de seguir em frente. Seu aspecto físico
impressionava os poucos transeuntes que olhavam para sua
barriga imensa, e ironicamente se perguntavam o que seria
dessa pobre criatura desamparada, mas sem nada fazerem
para ajudá-la.
Consciente do seu estado e sabendo que estava só nesse
mundo desconexo, contava apenas com seu esforço, nessa
jornada descomunal. Ela ergueu-se lentamente do chão.
Seu olhar em busca de uma direção mostrava uma pessoa
aparentemente perdida

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O MENINO QUE QUERIA VOAR

o menino da casa de estuque, janelas e portas azuis,
na sua inocência e sem que soubesse exatamente o que
se passava ao seu redor, passou a usar seu poder imaginário
para fugir de uma realidade que o assustava.
Lutava contra seus pesadelos e fantasmas, que povoavam
as histórias dos mais velhos que ele ouvia por detrás das
pesadas portas pintadas de azul feitas de torras de
madeira, onde poderia visualizar, através de buracos na
parede de barro, o olhar assustado do seu tio Chiquinho.
Este, dias antes, perdera sua casa em um incêndio provocado
por um raio em forma de bola de fogo, que antecedeu
uma tempestade e consumiu também toda sua
plantação de milho estocado em seu paiol. Desesperado
por não conseguir reerguer sua moradia, e há meses
morando com sua família na casa de sua irmã mais velha,
estava disposto a deixar para trás seus sonhos e suas
terras, e chorava ao relatar para o seu irmão a conspiração
da natureza ou castigo de Deus por ter abandonado a obra
da igreja, pois há meses deixara de frequentar o seus
cultos. Esses acontecimentos, para ele, era um presságio
de um futuro sombrio. Anos antes de o menino nascer,
alguns milagres aconteceram envolvendo seu pai

sábado, 10 de janeiro de 2015

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

As histórias contidas neles passaram a ter uma importância
maior na sua vida; alguns livros lhe davam conforto,
outros lhe davam alegria, começando a aguçar sua mente e a
despertar ainda mais seus sentidos para a importância das palavras.
Para fugir das armadilhas das ruas, passou a escrever
o que via nas sombras da noite. Quando procurava um lugar
para dormir, ele passou a perceber algo sinistro que rondava
a vida daquelas pessoas ao seu redor, e, como se protegendo
do mal, ele passou a escrever nos locais onde dormia como se
fosse um amuleto que o protegeria desse mal. Ele vivenciou
experiências em suas andanças pelas ruas da cidade, que deixou
marcas, em sua vida e dessas experiências surgiu mais
um tema para suas observações que ele deixou escrito com
o tema Sombras da noite. Essas escritas foram propositadamente
feitas com carvão e em letras garrafais para que todos
pudessem ver e refletir
Mural de José pela cidade

Sombras da noite”. Hospedeiros fatais
Quando a vida se revela obscura, toda loucura parece
normal.
Quando o corpo se desfaz do medo da sombra fugaz,
permeia pensamentos. Mundanos vagueiam perambulando,
entre escombros de corpos que não se erguem Jamais, serpenteiam as ruas escuras, escondem-se como animais, que procuram vidas vazias.

















Liberdade. “Poder de agir, condição do ser que pode agir
livremente.”
“Poder ou direito de agir sem coerção”. Poder de se determinar
a si mesmo, em plena consciência e após reflexão.
Personificação das ideias “liberais.”

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


O que nos reserva o destino?”.
O que esperar deste mundo tão gasto e sofrido? 
O que exigir de seres tão corrompidos? O que cobrar de mentes de mandantes
esquecidos, de filosofias arcaicas, de planos diabólicos com afinidade bélicas de destruição em massa, com fins lucrativos que a morte compensam os fabricantes de armas, senhores da guerra que pelo mundo se espalham, urbanas mundanas maliciosas
milícias se formam em grupos para militar, os contra a
paz e a favor da dor da perda, senhores das tribos das gangues que pelo mundo se espalha.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO







Trapaças do Destino - Causa e Efeito
9 4
Não sei até onde pretendia andar nem que distância percorrera;
estava na estrada há tanto tempo que já me esquecera. De onde
eu vim? Perguntava a mim mesmo e não encontrava a resposta,
não sabia de onde vinha, só sei que corria contra o tempo,

andava contra o vento’’


Em outra rua, em outro muro, ele dava sequência
as seus questionamento, e suas reflexões sobre dua vida.

“Depois de léguas, encontrei uma fonte e parei, minha
sede aplaquei e ali mesmo adormeci; a noite chegou, o frio me
congelou e logo que acordei na madrugada mais longa que já
conheci muitos olhos espreitavam-me ao meu redor. Fitavam-me
a distância, não queriam contato, sentiam-me pelo olfato.’’
Às vezes, José Francisco dava uma pausa de dias, trocava
de parede, escolha um novo pedaço de giz, em seguida dava
continuidade ao seu desabafo em forma de versos, sem perder

o ritmo ou o fio da meada





Agora ele direcionaria seus esforços para achar essa moça
chamada Maria, que sumira do diário dos empregados e que
não constava no diário da sua mãe. Ele se indagava o motivo
de terem apagado seu nome, e logo ela, sua mãe, que fazia
referência a outros empregados com elogios ou críticas, no
que ela era implacável com alguns por não admitir falhas, às
vezes os ofendendo no seu diário. Outras vezes, sem poder
guardar sua ira, falava diretamente como eles, atitude que ele
presenciara algumas vezes, deixando-o constrangido.
Marcos incumbiu seu secretário de confiança para
descobrir o paradeiro de Maria. Quem foi essa misteriosa
Maria que sumiu em 1963. Seu único medo era de que ela
fosse uma guerrilheira dos Palmares e que seu pai a tivesse
delatado por ser da esquerda e ele da extrema direita, coisa
que ele não escondia e tinha até orgulho, pois fora muito
bem-sucedido financeiramente com suas empresas, e, nesse
período, tinha pavor da reforma agrária, acreditando que ela
levaria o país à ruína.
Para Marcos, ele não foi uma influência política, pois não
vivenciou esses momentos, tendo crescido nos Estados Unidos
e, portanto, não precisou de qualquer engajamento político
para manter-se como empresário. O que mais o incomodava
era essa sua dúvida, a pergunta que ele fazia a si mesmo como
se fosse uma necessidade extrema que o perturbava,

domingo, 4 de janeiro de 2015

O GRANDE ASSALTO A DECLÍNIO DO PODER

Germano diz que não haverá dificuldade. Os guardas
não desconfiarão. Estão habituados à operações desse porte. O
dinheiro da máfia só é retirado durante a noite e levado em
aviões particulares para o exterior sempre na madrugada.
- Perfeito. Provoque os caras e eles vão te dar uma coronhada.
Eles adoram deixar suas marcas nas vítimas, não se assuste,
mas você precisa de um álibi forte, convincente, ficará preso no
cofre.
- Não pense que faço isso só por dinheiro. Você é meu irmão,
merece uma boa aposentadoria, uma vingança completa e um
prêmio.
Revelando o porquê do seu empenho, Germano sabe
que o irmão tem o intuito de matar três coelhos de uma só vez:
roubar o dinheiro da máfia; envolver os assaltantes; colocar
Osmar no esquema e deixar a máfia cassino cuidar de tudo pra
ele. - Pensa - Pode ser perfeito.
O delegado se despede com um brinde. - Boa noite e
boa sorte, Germano. Terça às 20h. - Germano lembra-se de um
detalhe importante e fundamental no plano do seu irmão. –
Opa, ia esquecendo o telefone do Monte Cassino que você me
pediu. É fundamental. - Boa sorte, Malone. Terça às 20hs



.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

COLETÂNEA 2014



















 O MENINO QUE
QUERIA VOAR

Zé Queiroga gostava de narrar a sua expe-
riência com os espíritos dos escravos da fazenda Mara-
vilha, que durante um século guardaram potes de ferro
repletos de pepitas de ouro que eles achavam nos rios da
região e escondiam dos seus senhores engolindo-as.
Posteriormente, eles as defecavam em caldeirões de ferro
e enterravam nos arredores da senzala, pensando um dia
poder usar a riqueza camuflada junto aos seus dejetos
secos para comprarem sua liberdade. No entanto, como
a abolição chegou antes, eles não puderam usar as
pepitas, pois seriam acusados de roubo e voltariam para
a senzala. Sabiamente, eles mantiveram segredo por um
século, e os caldeirões de pepitas posteriormente passa-
ram a ser protegidos por guardiões do além. Contava Zé
Queiroga com sua voz de trovão depois desta explanação.
Contou que, num belo dia, estava arando a terra da sua
propriedade no final da tarde, e tocou a enxada em uma
borda de metal, que tilintou como um sino da igreja local.
Agachado, limpou as bordas, pensando ter achado um
sino da corroa imperial, como tantos outros perdidos na
estrada do coqueiral, mas, para sua surpresa, ao terminar
a escavação, deparou-se com um caldeirão de ferro,
repleto de pepitas de ouro envolto em uma camada de
suposta cinza. Nervoso pelo achado de tamanho valor, já
pensava que, com aquele tesouro, poderia comprar terras
até onde alcançasse seus olhos, e seria possível realiza




GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

Capítulo VI
O detetive Ribeiro pede ao delegado a quebra dos
sigilos nos telefones dos suspeitos. Estava difícil de localizar o
local de encontro dos aliciadores.
- Delegado Malone, tenho que colocar escutas. Os pedófilos
são pessoas de alto nível, não se expõem. Tem um agente que
leva as crianças até eles. Para descobrir o local, somente com
escutas.
O delegado encaminha o pedido de escuta.
Ribeiro pergunta: - E o Osmar, delegado. Tem alguma
parada? Tô precisando. Aquela grana tá acabando chefe.
- Cuidado, Ribeiro. Esse tipo de grana ainda pode acabar com
você.
- Discordo. Ficar duro acaba mais rápido. É só olhar os
políticos, quanto mais roubam, mais são eleitos.
- Dizem que roubam, mas fazem. - Comenta o delegado, com
um sorriso no canto da boca.
- Não sei o quê, delegado. Se o país crescesse como o
patrimônio deles, não haveria tanto pobre e tanto bandido.
- É o que você está mostrando com o seu desvio de conduta,
Ribeiro. Volte ao trabalho e vê se não se afunda mais na lama.
Ribeiro sai se perguntado se o delegado não teria levado
uma grana do detetive Osmar depois daquele dia. Era uma
dúvida que o martirizava.
Na delegacia chega a notícia de que Osmar quase foi
morto em um confronto; na perseguição e captura de
assaltantes na residência do Secretário de Finanças do Estado.
Os bandidos fizeram o secretário de refém e fugiram furando o
cerco da polícia no Bairro Azul, bairro nobre da cidade








TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO
Seu
raciocínio dizia a ele mesmo todos os dias: “Esta é sua vida.
Viva da melhor maneira possível, siga seu instinto, alimente
seu cérebro com coisas boas”. Por trinta e cinco anos, José
Francisco não pensou diferente: a rua era sua casa, sua mãe
biológica não existia, não tinha como encontrar seus parentes
biológicos, tarefa impossível para ele, não havia aquém recorrer
ou que ele conhecesse para buscar ajuda. Sem contar com
seus pais adotivos que o esquecera para sempre e ele passou
a aceitar placidamente resignado com seu destino. Depois de
um bom tempo nas ruas longe das pressões diárias da sua
mãe adotiva ele passou a sentir uma mudança repentina e
estava evoluindo mentalmente, e naquele momento tinha a
noção exata de que a vida estava lhe pregando uma peça. O
tempo passara e ele não havia encontrado a formula certa de
como reagir ou superar aquela situação adversa. Ele passava o
tempo escrevendo frases de desejos contidos, amores pedidos
que nunca tivera e sonhar passou a fazer parte da sua vida
como forma de sobreviver ao relento, sonhar de novo com
um lar e imaginar uma família, filhos para poder dar o que
não recebera. No entanto, tinha plena consciência de que era
um sonho quase impossível de realizar. Só uma reviravolta,
uma trapaça do destino o colocaria de volta em sincronia com
o mundo real e distante. Por esse motivo, ele escrevia como
se tivesse vivido um passado que não existiu, sentia falta de
um amor que perdeu, mas que não viveu.

sábado, 27 de dezembro de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR

O MENINO QUE QUERIA VOAR










Um ano depois,
O menino teve a graça de conhecer o Natal no seu esplendor, quando
algumas vezes no mês de dezembro, acompanhado de
sua irmã, foi até a cidade para ela fazer compras para seus
filhos antecipadamente, antes que os preços aumentassem.
Ele a acompanhava pelas ruas do centro, encantado
com as vitrines e lojas de brinquedos. Na véspera do
Natal, eles seriam colocados na janela à noite, junto aos
seus sapatos. Seus filhos acreditavam em Papai Noel e
aguardavam ansiosamente esta noite para vestirem as
roupas novas. o menino ficava deslumbrado com toda
aquele clima de festa e alegria envolvente e, mesmo não
ganhando nada, sentia-se feliz de participar e aceitava as
desculpas da sua irmã, que dizia que o dinheiro era pouco
e não dava para comprar nada para ele. Depois de tentar
sem sucesso vender limonada e engraxar sapatos para
arrumar um dinheirinho e assistir ao seu primeiro filme
no cinema Metro, que era mais caro que o Olinda,
 Nesse dia ele contou com a sorte. Descendo a ladeira,
 ele achou uma nota de dez cruzeiros. o inusitado aconteceu pela primeira vez:
achar dinheiro na rua na descida do morro, onde quase
todo mundo anda olhando para o chão, em pleno domingo,
em que todos se preparavam para ir ao cinema,
só poderia ser considerado um milagre. Seus irmãos não
tinham dinheiro para levá-lo ao cinema. Achar dinheiro
no morro era um verdadeiro golpe da sorte, pois poucos
tinham para gastar e nenhum para perder. o filme era de
fantasia, de Walt Disney, e o cinema Olinda era o maior
da praça. Ele perdeu mais tempo olhando as pilastras do
que o filme.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

Trapaças do Destino - Causa e Efeito
4 8













TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO






Quarta feira 25 de dezembro de 1963
Ela amanheceu na mesma calçada, mas o bar onde o dono
lhe servia por caridade sua primeira refeição não abriu nesse
dia. Quando ela acordou. olhou para a porta do bar fechada e
ficou desolada, sem perceber que a seu lado havia uma cesta
repleta de bolos, castanhas e um recipiente com comida. Ao
olhar para aquela cesta de vime que havia surgido à sua frente
como um passe de mágica, ela sorriu e sentiu pela primeira
vez nessa cidade a emoção de ser lembrada por alguém. Com
um sorriso que não cabia em seu rosto, levantou-se e abraçou
aquela cesta, como se fosse ele que estivesse ali incorporado
aquele presente, e pulou como uma criança contente por
saber que aquela boa alma não a esqueceu.







TRECHOS DO LIVRO



Pensava em agradecer aquele presente de Natal, que
provavelmente fora deixada por ele, “a cesta recheada da
manhã do dia 25 de dezembro”, mas preferiu guardar em
seu coração toda a sua gratidão.


6 MESES DEPOIS.

Ele perguntou o nome dela para as enfermeiras, e essas
responderam:
– Não tivemos tempo de preencher a ficha de internação
e não sabemos o nome dela doutor. Não achamos nenhum
documento com ela que a identificasse.
Dr. Osvaldo dirigiu-se para a jovem mãe e lhe fez uma
pergunta:
– Qual é o seu nome, minha jovem?
Ela respondeu:
– Maria.
– E qual é a sua idade? perguntou o doutor.
– Dezesseis anos – responde Maria.
– Minha jovem, tem noção da sua responsabilidade
daqui por diante? Você sabe que terá de cuidar de trigêmeos
– enfatizou o doutor Osvaldo, esperando a reação da jovem
mãe, que respondeu, depois de suspirar fundo, demostrando
nervosismo e esfregando as mãos em seu rosto:
– Eu sei doutor, e estou desesperada, e sem saber pra
onde ir.
– Posso saber por quê?
– Eu não tenho ninguém doutor. Minha família não é
do Rio, não posso voltar para casa – disse Maria, começando
a chorar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO.

Segunda feira 23 de Dezembro 4h da tarde
No centro da cidade do Rio de Janeiro, o povo vivia a
expectativa de novos tempos com a proximidade do ano
novo. A politica no país capengava com incertezas e rumores,
mas o povo mantinha as esperanças em dias melhores Pois
era a semana do Natal, e o espírito cristão e natalino ainda
predominava sobre a maioria das pessoas, fazendo com que
esquecessem por alguns instantes das agruras do mundo. As
lojas estavam enfeitadas para o Natal, com presépios retratando
o nascimento do menino Jesus.







TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO





 Nas vitrines das lojas, bolas
coloridas e luzes piscavam em ritmo cadenciado nas árvores
de natalinas, iluminando o Papai Noel e suas renas em
cenários com neve montados dentro das lojas, aguçando os
sonhos das crianças e suas cores vivas encantando os passantes
nas ruas, vidrados em seu efeito mágico. Nessa época de festa,
todos se mantinham centrados em seus afazeres. O som das
músicas de Natal ecoava nas ruas, vindo das lojas de nome
Rei da Voz e dava o clima festivo do mês de dezembro. “Jingle
Bells” era a música que tocava na maioria das lojas do centro
da cidade. A multidão aglomerada em busca de novidades
se acotovelava nas lojas de discos, pois as vendas de músicas
natalinas aumentavam com novos lançamentos e a maiorias
dessas pessoas preferia a “Noite Feliz”, escrita em 1818 pelo
padre Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber”.
O clima era contagiante nas ruas da Alfândega e Sete de
setembro, que estavam cheias de homens mulheres e crianças
aparentemente felizes, na sua maioria consumidores em busca
de presentes. As pessoas se aglomeravam em frente às vitrines
de joalherias e a jovem ficava de olhos bem abertos, vidrados
e arregalados, admirando os homens comprando colares
para suas mulheres ou amantes.

















 Proeminentes senhoras da
alta sociedade avidas por novidades enchiam os magazines
do centro da cidade e carregavam a tiracolo suas empregadas
para carregarem suas compras. Na Rua Buenos Aires, as
crianças em algazarra entravam nas lojas de brinquedos
eufóricas. Do lado de fora da loja, a jovem humilde, enrolada
em um cobertor, observava o movimento dos consumidores
e sorria contagiada pelo clima festivo e admirada com suas
sacolas e embrulhos de presentes envolto em papel coloridos.
Minutos depois, essa mesma jovem estendeu a mão aos ilustres senhores que passavam por ela como se ela não existisse. 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO

 

TEMPOS DE TRAIÇÃO.

O homem de preto pegou os títulos de terras que completaria o pagamento das minas e coloca sobre a mesa .
por segundos ,a mente de Thomas ficou confusa; aquela voz lhe soava familiar mas sua lembrança o traia  









terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

Ribeiro não queria acreditar. Estava demorando pra cair
a ficha. Não que ele fosse inocente ou tão idiota, longe disso,
ele mesmo já tinha se locupletado algumas vezes, mas não com
tanto risco, a ponto de dar cobertura a bandidos.
- Se for verdade, vai ser difícil. Como vamos resolver a
parada?
- É isso, Ribeiro. Você que viver como herói ou viver como
corrupto? Ser preso, sua família vai se envergonhar de você,
seu filho e sua mulher terão que mudar de endereço.
Ribeiro pensou várias situações em segundos, inclusive,
pouco se preocupava com sua mulher, mas seu filho estudava
em um bom colégio, custava caro. Ele e Juliana, sua amante,
não mereceriam. Até porque a sua amante era sobrinha de um
padre celebridade na cidade, com grande influência no governo
local e ele tinha planos. Ribeiro preferia pequenos delitos. Seu
lema? De grão em grão eu banco a Juliana.
- Taí, chefe. Tô dentro. Qual o plano? – Pergunta o detetive
como se fosse um lance pessoal e não uma operação policial.
- Você dirige e eu fotógrafo até onde der, sinto um cheiro
podre no ar e precisamos de provas. - Conclui o delegado,
pegando a máquina fotográfica.

sábado, 13 de dezembro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER


O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER












Malone convoca Osmar para ir a sua sala. E trava um
diálogo não muito conclusivo. O delegado dirige-se a ele:
- Sei que você é um crápula, mas o que me impressiona é a sua
frieza assassina e inescrupulosa. Você se revelou um grande
ator. Vamos tirar a máscara agora.
- Desculpe chefe, mas não há máscara. Somos o que somos,
não precisamos de máscara. O esquema já estava montado, se
você não gosta, não interfira e acaba tudo bem. Não me
preocupa se não vai querer a sua parte ou não, vai sobrar mais
pra mim. Quando você chegou, já imaginava a sua atitude.
Todos falam a mesma coisa no início, mas com o tempo, todos
entram no esquema. Esta é a minha maneira de trabalhar e não
existe volta. Se eu cair, cai muita gente comigo! - Ameaça o
detetive, aumentando a voz.
- Você pensa que me envolveu num esquema, no qual eu não
pedi para entrar. - Afirma o delegado com o dedo na cara do
detetive.
- Lamento, mas o esquema é este, delegado. Há mais gente do que
você pensa, e se mexer, será como efeito dominó, cai todo mundo..
- Sinto que você se sente dono da situação, Osmar. Você acha que
está acima da lei, tomou conta da delegacia aproveitando-se
desta doença endêmica e confiando na impunidade, mas
comigo será diferente, eu garanto. - E continua.- Vai à merda.
Eu não estou neste esquema, não entro neste esquema, não
quero este dinheiro sujo. Fui bem claro seu filho da...? - Corta a
frase, quase perdendo o controle da situação.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER


Manhã seguinte
Cidade Rio de Rosário, ano 2015, 07:00 hs.
No saguão hotel BIG HILTON, no bairro dourado da
cidade, um senhor de terno de cor cinza-grafite, Armani Chang,
aparentando 70 anos, de cabelos grisalhos e bigode bem
aparado, com uma maleta metálica fixada a uma algema no
braço, dirige-se ao balcão de atendimento, pergunta pela
reserva de um apartamento, em nome de Germano Malone. A
bela e simpática recepcionista, sorridente, dirige-se ao hóspede,
pede um minuto e checa no computador.
- Sim, temos uma reserva para o Embaixador Germano
Malone.


O embaixador salta do elevador no quarto andar e
percorre um longo corredor com carpete vermelho. Nas
paredes, réplicas de quadros do período renascentista. Germano
toca a campainha do apartamento 406, vizinho ao apartamento
408, um homem entreabre a porta discretamente e diz: - Ok,
Ribeiro tudo em ordem, fique atento! – Rapidamente se
despedem. O Embaixador faz um sinal positivo, abre a porta do
apartamento 408 e entra. Verifica o interior do apartamento,
retira a algema que prende a maleta a seu braço e a coloca
dentro de um armário. Abre a maleta, retira três latas de
refrigerantes e coloca no frigobar.
Dez minutos depois, um táxi para em frente ao hotel.
Dois rapazes saltam, esperam o motorista abrir o bagageiro do
carro, retiram dois embrulhos em formato de quadro. Com suas
mochilas nas costas, entram no hotel. O embrulho em formato
de quadro chama a atenção da recepcionista. Ela se posiciona
em frente a uma colega, demonstrando interesse em atendê-los.
Eles chegam. Logo, o mais afoito, loiro e parecendo ser o mais
velho, pergunta à recepcionista se o Embaixador Germano
Malone está hospedado naquele hotel.
Ela confirma. Ele pergunta se ele deixou algum recado
para eles. A recepcionista pede o nome dos rapazes e os libera
para subir. E diz:
- O apartamento é o 408. Elevador à esquerda, senhores. - Os
rapazes não agradecem, parecem apressados. A recepcionista
pega o telefone e discretamente avisa o Embaixador.
Os dois rapazes saltam do elevador e olham em todas as
direções. Parecem desconfiados. Chegam ao apartamento 408.
Um deles coloca o ouvido na porta tentando ouvir alguma
coisa. Esperam alguns segundos e batem à porta.
Germano abre a porta e os recepciona com um sorriso.
- Até que enfim chegaram! Faz um ano e três horas que espero
ansiosamente por estas maravilhas

#FILHOS DO BEM FILHOS DO MAL#

FILHOS DO BEM FILHOS DO MAL. Vídeo Clipe! Criado por: João 07/04/2025 O mundo tem. Certos. Conceitos. Que precisam. Ser refeitos. ...