Quem sou eu

Minha foto
São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO.

Segunda feira 23 de Dezembro 4h da tarde
No centro da cidade do Rio de Janeiro, o povo vivia a
expectativa de novos tempos com a proximidade do ano
novo. A politica no país capengava com incertezas e rumores,
mas o povo mantinha as esperanças em dias melhores Pois
era a semana do Natal, e o espírito cristão e natalino ainda
predominava sobre a maioria das pessoas, fazendo com que
esquecessem por alguns instantes das agruras do mundo. As
lojas estavam enfeitadas para o Natal, com presépios retratando
o nascimento do menino Jesus.







TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO





 Nas vitrines das lojas, bolas
coloridas e luzes piscavam em ritmo cadenciado nas árvores
de natalinas, iluminando o Papai Noel e suas renas em
cenários com neve montados dentro das lojas, aguçando os
sonhos das crianças e suas cores vivas encantando os passantes
nas ruas, vidrados em seu efeito mágico. Nessa época de festa,
todos se mantinham centrados em seus afazeres. O som das
músicas de Natal ecoava nas ruas, vindo das lojas de nome
Rei da Voz e dava o clima festivo do mês de dezembro. “Jingle
Bells” era a música que tocava na maioria das lojas do centro
da cidade. A multidão aglomerada em busca de novidades
se acotovelava nas lojas de discos, pois as vendas de músicas
natalinas aumentavam com novos lançamentos e a maiorias
dessas pessoas preferia a “Noite Feliz”, escrita em 1818 pelo
padre Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber”.
O clima era contagiante nas ruas da Alfândega e Sete de
setembro, que estavam cheias de homens mulheres e crianças
aparentemente felizes, na sua maioria consumidores em busca
de presentes. As pessoas se aglomeravam em frente às vitrines
de joalherias e a jovem ficava de olhos bem abertos, vidrados
e arregalados, admirando os homens comprando colares
para suas mulheres ou amantes.

















 Proeminentes senhoras da
alta sociedade avidas por novidades enchiam os magazines
do centro da cidade e carregavam a tiracolo suas empregadas
para carregarem suas compras. Na Rua Buenos Aires, as
crianças em algazarra entravam nas lojas de brinquedos
eufóricas. Do lado de fora da loja, a jovem humilde, enrolada
em um cobertor, observava o movimento dos consumidores
e sorria contagiada pelo clima festivo e admirada com suas
sacolas e embrulhos de presentes envolto em papel coloridos.
Minutos depois, essa mesma jovem estendeu a mão aos ilustres senhores que passavam por ela como se ela não existisse. 

Nenhum comentário: