TEMPOS DE TRAIÇÃO

Venâncio foi até a mesinha de cabeceira onde estava  o chapéu ,e ao pega-lo , um pedaço de papel caiu no chão . Ele se espantou . pois não havia deixado nada na mesinha , a não ser o chapéu e uma caneca de ágata branca em que ele havia tomado café de manhã. Se agachou e pegou o papel. percebeu que estava rabiscado com uma letra não muito legível .era uma letra trêmula . porém parecida com a do seu pai.   


' Querido filho, talvez você não entenda a nossa atitude neste momento em que tudo parece calmo em nossas vidas. não posso entrar em detalhes agora , nossas vidas corre perigo. Após sermos alertados pele vigário Gusmão.

TEMPOS DE TRAIÇÃO

Com o olhar fixo em  Venâncio ,Lancarto o rodeava com duas cruzes de ferro nas mãos como se estivesse o benzendo. Fez isso por doze vezes ,até que parou parou repentinamente .Venâncio foi colocado no centro de uma roda de velas acesas . O calor tomou conta do seu corpo , e ele se sentiu como estivesse flutuando sobre o fogo , parecia que seu corpo não lhe pertencia mais. 

TEMPOS DE TRAIÇÃO.

                             HERÓIS E VILÕES HABITAM EM CADA UM DE NÓS

A DÉCADA DE SESSENTA FOI LUCRATIVA PARA A FAMÍLIA LANCARTO COM O MOVIMENTO DE LIBERAÇÃO DOS JOVENS E FESTIVAIS DE ROCK EM TODO MUNDO , DECORRÊNCIA DA QUANTIDADE DE DROGA COMERCIALIZADA . COM ESSE NOVO SISTEMA DE EUFORIA PASSAGEIRA , SERIA FÁCIL SE MANTER NO PODER POR MAIS UMA DÉCADA .

Durante dez minutos ,o silêncio foi total . Os aparentes corpos dentro de sacos não tiveram nenhuma reação, como se estivessem dopados , Venâncio não tinha dúvidas ; sabia que havia algum tipo de vida ali dentro. 

TEMPOS DE TRAIÇÃO

                       Um contra tempo dentro da história.
Frases ditas por Chacon há quarenta anos eram reproduzidas em
jornais que não pertenciam á família Lancarto " Não se pode mudar o passado, mas podemos aprender com ele para mudar   o futuro".

O povo de são Jose de Talvegue estava acordando de um sonho hipnótico de quinhentos anos de escravidão.

  

O MENINO QUE QUERIA VOAR

                                        NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO ano 1960

O tempo parecia não passar e se sentia um prisioneiro do destino.
Naquela circunstância, a vida estava sempre na contramão, a incerteza conduzia a vida, estacionava os sonhos. em nuvens de tempestade.

Os bons corriam de medo, até os incrédulos se benziam.

Guilerminho acreditava nas profecias da sua mãe, que lia as mãos dos seus amigos , mas não tinha coragem de dar a sua mão para ela ler.
   

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Um pouco mais acima do morro do Fama , na mata fechada ,com sua preguiça costumeira da manhã , a onça pintada descia do tronco da Peroba , afiando suas garras e iniciava sua jornada de caça a capivaras a beira do rio.

como de costume ,seus obstinados moradores já estavam na estrada ao alvorecer .Alguns recolhiam Jenipapos , afim de produzirem licores fortificantes para ajudar os menos afortunados a combater a tuberculose que se alastrava na região.


Ela usou a sua astúcia e a fibra de mãe , quando viu sua cria em risco de vida . Em seguida ,esticou sua mão direita , pegando o machado que estava a seu alcance .
 Um desejo incomum pode ocasionar milagres e transformar sonhos em realidade

O MENINO QUE QUERIA VOAR

DIZ A LENDA 
O menino quando não estava voando sobre o campo ,gostava de usar folha da taioba para beber água da fonte do pequeno riacho .

Contagiado por sua verve , o poeta caminhava por essas bandas registrando no seu caderno de prosa.
Ele versejava e deleitava-se encantado com a beleza no caminho para Avelar.


O SEU PEQUENO MUNDO FICAVA PARA TRAZ, ENQUANTO O TREM PARTIA DA ESTAÇÃO.