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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

Os anos passaram, e Venâncio se tornara um jovem forte. Apesar do pouco estudo que tivera, se mostrava inteligente, era simpático e extrovertido e mantinha o bom relacionamento com a família Lancarto Aranha. Ele estava absorvendo e se desenvolvendo com os conceitos ideológicos absorvidos pela convivência com a família Lancarto, o que deixava o seu pai receoso e preocupado com o futuro e a segurança. Chacon começava a achar que seu próprio filho poderia estar se transformando em um inimigo ideológico, e não confiava conversar certos assuntos na sua frente com Mercedes; isso se tornara perigoso. Chacon se limitava a conversar assuntos corriqueiros, não abordando nada que se referisse ao movimento, e mesmo quando Venâncio se mostrava interessado, ele desconversava. Para Chacon, seu filho fora abduzido por algo fora do seu controle, já estava possuído, e havia o real perigo naquela amizade que seu filho desenvolvia com o patrão e principalmente com seu filho, cinco anos mais velho do que ele. Os dois cresciam juntos na casa da fazenda.
Venâncio se tornara o auxiliar direto de Lancarto, que o ensinara a montar e a cuidar dos animais. Lancarto estudava fora da fazenda, pois seu pai construíra um colégio somente para estrangeiros de origem inglesa na capital de San José de Talvegue. Os finais de semana ele passava na fazenda.
Os pais de Venâncio continuavam prisioneiros, sem opção de fuga. O país estava dominado pelo clã que mantinha o regime de terror. O fato de viverem na casa comunitária com outros trabalhadores rurais deixava Venâncio revoltado e sempre culpava os pais pela situação. Mas Chacon, percebendo que ele não poderia mais escolher seu próprio futuro, conversava diariamente com ele, aconselhando a nunca comentar o seu passado, muito menos o da família, pois isso colocaria seu futuro e a vida da família em risco. Eles sabiam que a família Lancarto continuava financiando o extermínio da luta armada opositora do regime governamental implantada por eles por todo o continente.
Don Lancarto agora contava com o apoio de grupos externos disfarçados de empresários interessados nas riquezas minerais. Chacon e Mercedes sofriam calados, percebendo nitidamente que seu filho havia crescido com outra visão do seu país. Venâncio reverenciava com frequência a família Lancarto, não se importando com suas conquistas sanguinárias.
Em um domingo, dia primeiro de maio de 1936, Chacon descansava na sombra da soleira da casa comunitária, enquanto sua mulher costurava um remendo em sua camisa de trabalho. Há mais de um ano eles não recebiam uma peça nova de roupa, e esse era o quarto remendo feito na mesma camisa. Nesse momento

quarta-feira, 11 de abril de 2018

O MENINO QUE QUERIA VOAR

Nesse domingo considerado especial, Messias trajava seu melhor terno de gabardine, que comprara semanas antes com o dinheiro das vendas da boa safra de abóboras e repolho. Vaidoso, gostava de ouvir os elogios dos parentes e membros da igreja à sua voz forte e afinada. Logo após o encerramento das pregações do seu tio Margarino, que dava ênfase ao pecado da gula do vício e das mentiras que levariam o homem à ruína, ele pegava seu cavalo Tinhoso e ia para o armazém do João Gouvêa, situado a menos de um quilômetro dali. Sua esposa, que todos chamavam de Dona Candida, aparentava ser bem mais jovem do que era. Apesar dos seus quarenta anos, nove filhos e toda a dureza da vida, tinha seus cabelos negros, pele morena, sem nenhuma marca do dia a dia rude que levava no campo, e duas lindas tranças grossas sobre os ombros, herança do seu sangue indígena. Transbordava alegria. Seu vestido, com motivos florais confeccionados por ela, a deixava em sintonia com a natureza ao redor, e, por hábito, usava um véu branco, presente da sua sogra de origem luso-alemã, casada com Messias, seu sogro, o artesão de colchões de origem cabocla. Ela o mantinha cobrindo sua cabeça, enquanto permanecia no templo. Estava grávida de nove meses e acompanhada por seus três filhos mais novos. Como fazia todos os domingos, ela repartiria entre os membros presentes o bolo de fubá e o café com leite que ainda se mantinha quente dentro de bules de ágata sobre o fogão a lenha na pequena e bem arrumada cozinha nos fundos da igreja. Os bolos de fubá ainda exalavam o cheirinho da erva-doce, que perfumava o ambiente, deixando todos salivando, enquanto dona Candida orava, agradecendo o alimento que estava sobre uma mesa de Jacarandá. Os bolos e pães estavam cobertos por guardanapos de linho bege, bordados com o tema que ela mais gostava: a flor maravilha. A mesa era forrada com uma toalha de crochê branca, feita por ela, engomada com a fécula de trigo. Um bule de ágata azul turquesa, cheio de flores margaridas, colhidas naquela manhã no caminho para igreja, ornamentava a cômoda, onde eram guardadas as toalhas. No final do culto, as mulheres eram presenteadas com buquês de flor maravilha pelo pastor Margarino. No interior do templo, alguns membros visitantes de outras regiões, aguardavam o desjejum que seria servido. Generosos pedaços de pão de centeio e de milho estavam dentro de pequenos cestos de vime que decoravam a mesa do café da manhã.

M.C. Jr., João. O menino que queria voar (Locais do Kindle 119-121). SG Leitura Digital. Edição do Kindle. 

M.C. Jr., João. O menino que queria voar (Locais do Kindle 105-119). SG Leitura Digital. Edição do Kindle. 

domingo, 8 de abril de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

Para justificar os seus atos, Thomas parou por alguns segundos, olhando aquele homem aos seus pés sem poder de reação, voltou no tempo e começou a relembrar o dia em que Lancarto tomara a frente na expedição a convite do rei Gustavo em seu lugar; relembrou a traição de Lancarto, que intercedera um comunicado vindo da Bélgica em seu nome e se passara por ele, ludibriando até o rei e conquistando também o coração da sobrinha do lorde Spencer, que estava prometida a ele. Thomas guardara tudo isso esperando uma chance de um dia poder retribuir toda aquela traição de Lancarto. Esse momento chegara, e não havia caído do céu, mas sim do teto, o que era a mesma coisa.
A cobiça aflorou em sua mente e Thomas resolveu dinamitar a caverna para ter a certeza que ficaria livre de vez do seu sócio. A parte da caverna que seria dinamitada não comprometeria o ouro achado anteriormente, que ficava bem antes de onde ocorreria a explosão. Ele retirou calmamente de sua mochila quatro bananas de dinamite, em seguida colocou estrategicamente duas em cada fenda no teto da caverna acima da cabeça do Lancarto, em seguida afastou-se esticando os fios até perto da curva. Perto da saída, acendeu os pavios e saiu apressado, não olhando para trás.
Segundos depois, do lado de fora da caverna, Charles ouviu a detonação, que provocou uma pequena avalanche de pedras, que quase o atingiram na cabeça. Na parte inferior da caverna, o desmoronamento foi colossal, pedras enormes se desprendiam do teto e fechavam completamente a saída para Lancarto, dividindo a caverna com pedras e uma espessa camada de terra.

sábado, 7 de abril de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS ´POR AMBIÇÃO.

Lancarto e seu sócio Lorde Thomas Spider resolveram voltar à caverna, a sós. Após uma hora de caminhada, alcançaram o desfiladeiro que dava acesso ao sopé da montanha. Sem parar para descansar, eles alcançaram o topo da montanha, onde se localiza a caverna, em quarenta minutos.
Na entrada da caverna, pararam, olharam ao redor para se certificarem de que não haviam sido seguidos, adentraram a caverna e começaram a se aprofundar sozinhos na nova exploração de outro corredor. Deslumbrados com a possibilidade de nova descoberta, penetraram cada vez mais na sombria e rica caverna. À medida que visualizavam as belezas naturais da caverna, ficavam mais fascinados com as paredes em quartzo e a estalagmite no chão, de um branco sem igual, que os deixava atônitos.
Por conta disso, eles não perceberam que havia inúmeras aranhas no teto da caverna, que se aglutinavam em posição de defesa. Depois de caminharem mais alguns minutos, o cabo de uma das ferramentas que Thomas carregava nas costas esbarrou em uma das teias de aranha, as despertando, e uma delas, de cor marrom, caiu sobre o pescoço de Charles Lancarto. Ele se assustou com o contato em seu pescoço, e na tentativa de removê-la, a apertou com força contra seu pescoço. A picada da aranha lhe causou um edema instantâneo na altura da medula espinhal, o veneno injetado causou uma paralisação em seus movimentos, e em segundos ele caiu desfalecido.
Thomas inicialmente tentou socorrê-lo, mas percebeu que seria um fardo carregar um homem de quase dois metros até a saída da caverna, que era íngreme. Por alguns minutos, ele observou o corpo de Charles inerte, com um olhar desprezível, sem demonstrar nenhuma emoção. Thomas agachou-se e debruçou-se sobre Lancarto e pegou seus pertences, como a mochila com suas ferramentas, o relógio de ouro que fora presenteado pelo rei Gustavo da Bélgica em reconhecimento aos seus serviços prestados ao império belga. Thomas escutou seu coração, que batia lentamente, e percebeu que Lancarto respirava com dificuldade. Ele não tinha ideia da sua lucidez, pois estava paralisado, sem conseguir esboçar nenhuma reação, mas seus sentidos continuavam intactos. Lancarto via seu sócio espoliando seus pertences e não podia fazer nada, percebeu que seria largado à própria sorte por aquele que ele salvara em diversas ocasiões de perigo na África.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

EM TEMPOS DE DISPUTA HÁ ALGUÉM TRAVANDO LUTA.

Tempos de Traicao: Possuidos por Ambicao: João M. C. Junior ...

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Tempos de Traicao: Possuidos por Ambicao [João M. C. Junior] on Amazon.com. *FREE* shipping on qualifying offers. Um contratempo dentro da história, uma aventura idealista feita de homens capazes de superar e extrair da adversidade seu ponto de partida para a riqueza e o poder.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Trecho do livro JOGO SUJO CIDADE DO CRIME DO CRIME.

Lembrei de você quando li esta citação de "Jogo Sujo: Cidade do Crime" de João MC Jr. -O delegado diz para sua esposa. "– Olga, tenho uma novidade não muito agradável para te contar. Sei que você pode me achar fora de juízo, mas quero deixar claro que não foi uma punição tal como pode parecer. Também não foi uma decisão fácil. O secretário me pediu que assumisse a Delegacia de Roubos a Bancos, que por sinal está tirando o sono dele. Olga interrompeu o marido: – Mamma mia, Malone! Se entendi bem, ele simplesmente passou para você as preocupações dele! Como você aceita um convite assim? Parece mais uma cilada. E logo agora, quando você está prestes a se aposentar! Correr todo esse risco para agradar ao secretário? Desculpe, querido, mas não foi uma decisão muito inteligente. – Entendo sua preocupação, Olga, mas o que pesou na minha decisão foi o fato de estar na polícia há trinta anos. Fiz uma análise da minha carreira até aqui e cheguei à conclusão de que, apesar de todo esse tempo, parece que eu não fiz nada para a sociedade. – Como assim? – interrompeu a esposa alterando a voz, coisa rara em sua postura. – Você esqueceu todas as prisões que efetuou e os roubos que desvendou em trinta anos? – Claro que não! Mas pense bem: todos os casos que eu resolvi estavam relacionados a roubos em museus do país. A relação com o povo era muito distante e não havia prejuízo direto para a população. Não afetava a vida do cidadão comum. Os casos que eu resolvi beneficiaram somente museus, seguradoras e o governo. Eu achei que poderia dar uma contribuição maior à minha cidade antes de me aposentar. – Olhando assim, acho que você tem um pouco de razão. Mas quem deveria ter feito alguma coisa contra este estado lastimável em que se encontra o país não o fez. Quem deveria assumir os riscos não os assumiu. Portanto, eu espero que você use o bom senso e não dê uma de herói ao colocar sua vida em risco. – Você pode ter certeza de que as minhas ideias não são as de confronto – afirma Malone, tentando tranquilizar Olga. – Confio em você, querido. Só quero que prometa que não vai adiar a sua aposentadoria" Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/8PbDlJM
Lembrei de você quando li esta citação de "Trapaças do Destino: causa e efeito" de João MC Jr. - "Este é o meu momento, Fazer uma prosa não é lamento, Pode ser a dor de um sentimento, Pode ser tudo ou nada, Pode ser o amor neste momento, Pode ser a saudade que vem como o vento, Pode ser o que pensei neste momento, Nos vestígios deixados pelo passado vivido. Pode ser um sonho não esquecido Do qual não acordei e estou adormecido. Pode ser o que foi, ou o que será do amanhã que virá, Na certeza de te encontrar, Deste sonho acordar. De todos os amores vividos, Nenhum tenho esquecido. De todos os amores passados, Só por você tenho sofrido. Nesta guerra do amor, eu peço a paz, Tudo que é admissível. Mesmo assim não entendo, Não compreendo esta dor que me causa você, Eu não desisto e sigo em paz, dou-lhe uma flor, Lhe faço um verso, amor”" Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/3IicKbB

sexta-feira, 30 de março de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.


TRECHO DO LIVRO.

Lancarto já estava a sem esperança, havia sobrevivido até aquele momento graças às proteínas das aranhas que já estavam em números reduzidos, seus olhos se habituaram à escuridão, e ele observava com calma as poucas que ainda existiam. Uma delas, como se soubesse que para a sobrevivência da espécie teria que lhe mostrar uma saída, se deslocou por um pequeno orifício na parede e desapareceu entre essa fissura. Ele a observava atentamente, foi testando a parede até achar a que lhe parecia menos espessa. No desespero, tentou improvisar uma ferramenta de pedra que se desprendera com a explosão, mas ela se quebrou facilmente por ser de origem vulcânica, o que o deixou muito irritado. Ele gritou e esbravejou para si mesmo e para as aranhas: “Thomas... Ah, aquele desgraçado vai me pagar!” Esbravejou várias vezes, cheio de ódio.
Thomas havia levado todas as ferramentas com ele, incluindo a picareta. Lancarto usou o pé para quebrar uma estalagmite, que se mostrou um pouco mais resistente do que ele achava, pegou uma ponta e começou a escavar num ritmo frenético. As paredes de quartzo não eram tão resistentes, a ponto de fazê-lo desistir. Suas forças vinham da sua linhagem: seu pai fora um herói que morrera com honra, e ele guardara suas medalhas como referência de vida.
Suas mãos começaram a sangrar, e ele diminuiu o ritmo. Descansou recostado na parede da caverna e chorou de dor e raiva. Disposto a nascer de novo, depois de mais duas horas de escavação, com o cansaço querendo abater de novo sobre ele, Lancarto buscou forças nas entranhas da sua mente vingativa, invocou as forças das trevas para concluir seu intento,e mesmo exaurido quebrou quantas estalagmites eram necessária para continuar escavando. Rasgou sua calça e a manga da sua camisa e fez uma proteção para continuar sua tentativa de liberdade. Quando se sentia exausto, parava por alguns minutos somente e logo retornava àquela dura empreitada em busca da liberdade.
Lancarto era alimentado por um ódio que só crescia dentro de si. Por dois dias, a proteína das últimas aranhas o alimentou o suficiente para conseguir a sua liberdade. Seu esforço não havia sido em vão, e depois de muito escavar conseguiu uma abertura o suficiente para passar o seu corpo avantajado - ele havia perdido uns dez quilos, o que o ajudou a sair por uma fenda não muito larga. As suas mãos estavam em carne viva, agora ele era obrigado a rasgar o resto das pernas das suas calças para improvisar proteção para suas mãos, para escalar uma pequena parede. Com muito sacrifício, alcançou um respirador da caverna, escalou cem metros de parede agarrando-se a vegetação até alcançar o topo. Lancarto visualizou sua liberdade no horizonte. Do lado de fora, tentou dar um grito de liberdade, encheu seu pulmão de ar, mas o grito não saiu de tão debilitado que estava. Um choro contido, emocionalmente feliz, rolou por seu rosto, e ele desabou no chão e ficou estendido por duas horas até recobrar as forças.

quarta-feira, 28 de março de 2018

MEU PENSAR PROSAS CONTOS E POEMAS

Muitas histórias surgem quando menos esperamos. E isso se chama inspiração. É algo com oqual eu concordo quase que plenamente, porém no meu caso não creio especificamente nessa única fonte. Gosto de pensar que as minhas inspirações também sejam fruto do contexto do qual fui alimentado, pois sem essas raízes naturais eu não seria capaz de me manter fiel às minhas virtudes, que foram colocadas em teste por longos anos. Elas me proporcionaram subsídios para uma análise constante a fim de criar esse modo de pensar. Assim como outros autores que vivenciaram de forma explícita grandes acontecimentos da história e se tornaram mestres na arte de se expressar. Acredito que eles também devem agradecer terem vivido tais experiências. Ao concluir esses trechos, de contos, prosas e poemas, nos quais tento transmitir pequenos fragmentos e reflexos de uma vida em contexto, devo admitir que a minha razão e sensibilidade não poderiam existir sem uma origem. Por esse motivo sou eternamente grato ao meu pai e à minha mãe por terem me dado a vida com seus momentos de luta e lucidez. E de terem me alimentado com essa vertente que influenciou minha existência



segunda-feira, 26 de março de 2018

MEU PENSAR PROSAS CONTOS E POEMAS



                                                                       JOÃO MC.JR


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domingo, 25 de março de 2018

Trecho do livro. JOGO SUJO CIDADE DO CRIME


Paris. Ano 2025.
A manhã está agradável, o clima perfeito, o céu salpicado de poucas nuvens e com seu azul-turquesa ao fundo e um convite para desfrutarem dessa manhã, a temperatura de 15 graus positivos anima o casal que acorda cedo para aproveitar o seu penúltimo dia de férias na cidade
luz.
Haviam deixado para este dia o passeio que
consideravam mais relevante. O clima cooperava para a
maratona cultural daquele dia, uma estação perfeita para quem está de férias, num país considerado como o símbolo da
democracia no mundo.
O casal toma café no PAX HOTEL. Conversam
enquanto fazem sua degustação de Pan au Chocolat.
A mulher diz:
- Malone, você esta com uma cara de felicidade esta
manhã! Parece que há uma energia emanando de você não vai me dizer tudo isto é fruto de nossa noite de amor ou o passeio está mexendo com você?
- Sabe, Olga. Você tem dupla razão. Os anos passam e tanto
você quanto Paris ainda me enchem de amor e desejo.
Com um sorriso e um beijo na face feminina, Malone
completa a frase.
- Você adora Paris Olga, e eu adoro você
- Como não gostar, o clima dessa cidade faz cocegas no seu ego e você fica parecendo um adolescente com toda essa energia que chega a me assustar, mas como evitar tudo isso    se aqui se como bem se respira democracia, o ar esta impregnado de cultura, há museus por toda parte, o passado está presente e o futuro se concretiza dia após dia. A violência não está presente no cotidiano da cidade e a corrupção não se
estabelece como meio de enriquecimento ilícito, tudo que nós deixa com uma certa leveza do ser e você sem suas preocupações rotineiras.
-Você ficou tão poética  essa manhã querida, que estou achando que vamos voltar para suíte.

sábado, 24 de março de 2018

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

Lembrei de você quando li esta citação de "Trapaças do Destino: causa e efeito" de João MC Jr. - "José sabia que quando um ser vazio, desprovido do medo, caminha para o abismo e contempla caminhos tortuosos, acaba vagando perdido em si mesmo, sem poder constatar que caminhos não há pra voltar. Ele percebia com sua alma em jogo que, nas sombras da noite esses obscuros seres ardilosos espreitam, envolvem e embalam em um sono profundo. Não há como despertar. José Francisco estava em uma fase da vida extremamente perigosa. Lutava para desvencilhar-se das armadilhas que o cercava. Via constantemente, conhecidos seus de andanças pelas ruas sucumbirem ao vício ou se tornarem presas fáceis nas mãos dos traficantes que os exploravam e depois os descartavam como lixo nos guetos ou vielas, na escuridão das noites. Seres de alma vazia e atormentada a caminho do abismo, consumidos por sonhos de prazer, se deslumbram com um mar de lama, como se fossem rios de mel. São cegos em desatinos encobertos pela sombra da noite, não enxergam o abismo, as armadilhas das sombras. Senhores dos guetos atormentam os pobres de espírito, que vivem solitários e de alma perdida já que só o vício governa suas vidas, que de tão breve, nada além das sombras terão. José Francisco ao terminar esses seus textos-mural, sentia como se tivesse criado um amuleto que o protegeria pela cidade. Sentia que sua missão estaria cumprida ao alertar os pobres de espírito que vagavam como ele pela cidade" Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/aijyFZl

sexta-feira, 23 de março de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME

À noite.
Ao chegar em casa, Malone encontra Olga na sala lendo um livro com um título sugestivo: A Arte de Vencer o Medo. – Que título sugestivo, querida! Quem é o autor? – O livro é de um autor novo, Malone. Ele narra a experiência de adaptação numa cidade violenta, após sair do interior do país e vir para a capital tentar vencer o medo do mundo urbano. Para conquistar seu espaço como escritor, ele pretende terminar o livro sobre a vida de um policial infiltrado no mundo da máfia que tem de frequentar lugares perigosos, assim como seu personagem. Naquela hora, comunicar à esposa a sua transferência para a Delegacia de Roubos a Bancos passou a ser um desafio. O livro que Olga lia parecia mais um presságio na vida do delegado. Malone dá um tempo e caminha ao banheiro pensativo e, cantarolando uma música em italiano, ele toma banho. Olga tira a lasanha de vegetais do formo, a preferida de Malone, arruma a salada com um quiche de aipo e diz: – Querido, vê se para de imitar o Pavarotti porque o jantar vai esfriar. O jantar já está na mesa! – grita a esposa. Malone se senta à mesa e diz para Olga: – Que cheirinho bom, Olga, é receita da Magela? – Não se iluda, essa daí é comprada mesmo, a única diferença é que é importada, meu carcamano. O delegado sorri e responde: – Mesmo assim foi uma boa escolha. Por alguns minutos, Malone parece sair do ar e come calado. Olga percebe que não é o comportamento habitual do esposo e pergunta: – O que você quer me contar? Pode falar, querido. Nada mais me assusta neste país. O que roubaram desta vez? O retrato do governador pintado por Van Gogh no gabinete do Palácio Laranja? – dispara ironicamente Olga, para descontrair e não pensar que poderia ser algo pior

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME DO CRIME.

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quinta-feira, 22 de março de 2018

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

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segunda-feira, 19 de março de 2018

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

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sábado, 17 de março de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME DO CRIME.

https://www.livrariacultura.com.br/busca?N=0+102281&Nr=AND%28product.siteId%3Acultura%2COR%28product.catalogId%3Adefault_catalog%29%29&Ntt=Jogo+sujo+cidade+do+crimev
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domingo, 11 de março de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME DO CRIME.

Lembrei de você quando li esta citação de "Jogo Sujo: Cidade do Crime" de João MC Jr. - ". Somente com a participação de pessoas responsáveis por esta área os assaltos poderiam ser bem-sucedidos. Esse era seu ponto de vista e não podia externá-lo naquele momento. Por ironia do destino, o delegado também tinha certeza de que tais problemas estavam relacionados ao passado da cidade. Rio de Rosário teve uma de suas primeiras favelas originada logo após a libertação dos escravos, que logicamente não tinham para onde ir e formaram esses aglomerados de gente. Não receberam nenhum amparo na época para tocar suas vidas e, sem perspectivas nem ensino, ficaram entregues à própria sorte. Ademais, outras aglomerações surgiram por ocupação de soldados que não tinham moradias quando voltaram da guerra e se estabeleceram no morro, formando uma cabeça de porco ou cortiço como eram chamados naquela época. Em 1893 o prefeito demoliu os cortiços, mas deixou que os moradores levassem os restos de madeira da demolição para que fizessem barracos em lugares distantes do centro da cidade. Com tal atitude tomada no século XIX, já se mostrava que tipo de governante Rio de Rosário teria dali pra frente. De uma favela para mil favelas bastou somente um século. Hoje, em pleno ano de 2025, a polícia tenta recuperar do tráfico o domínio dos territórios abandonados por mais de um século. Era isso o que o delegado constatava naquele momento e que muito o preocupava. O trafico nas áreas carentes localizadas perto do bairro Azul atuava de forma discreta, mas nem na zona sul da cidade a violência estava sob controle. O número de assaltos a condomínios, a bares e a turistas só aumentava e isso fazia com que os bandidos mudassem só de endereço, mas o crime era igualmente perpetrado. Do ponto de vista do delegado, o que houve, na realidade, foi o deslocamento estratégico deste tipo de criminoso para a periferia, que hoje se encontra dominada pelo tráfico e relegada ao segundo plano do governo. O bairro Marrom havia se transformado no local perfeito para vários tipos de criminosos se agruparem, e ali, reunidos, eles se sentiam protegidos. Depois de restabelecida a ordem em alguns morros os moradores estavam sendo tratados quase como cidadão rio-rosarianos, mas havia um preço a pagar e eles tiveram de saldá-lo mediante serviços antes subsidiados e gratuitos. Impostos que nunca foram cobrados, por exemplo, passaram a ser. E os moradores que não conseguiam pagá-los tinham, com o tempo, seu imóvel penhorado pela prefeitura. Isso fez com que o custo de vida ficasse muito elevado, levando os moradores ao desespero. Como suas rendas não aumentavam, eles passaram a vender seus imóveis para investidores obscuros e isso deu chance ao governo de praticar seu plano de remoção. Alguma oferta irrecusável era feita então aos moradores, que, além dos impostos, também estavam endividados por serviços como os de internet, banda larga e tevê a cabo. E, com outra de suas ideias utópicas, o governo lançou títulos de capitalização com o intuito de angariar fundos e financiou a expansão imobiliária. Foram feitas ofertas de compra de casas a preços três vezes acima do valor de mercado mais o perdão das dívidas em troca de apartamentos no bairro Marrom. Os moradores não resistiram à oferta tentadora e a aceitaram, já que, além de ganharem um bom apartamento, eles ficariam, como prometia o governo, com algum dinheiro na mão. Contudo, por trás da oferta tentadora estava a máfia disfarçada de investidores imobiliários de grupos estrangeiros. O governo dava seu aval a esses grupos e fingia desconhecer a origem do dinheiro, pois ganharia muito com os impostos depois que os morros da zona sul fossem transformados em condomínios de luxo." Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/fRPBwDM

sábado, 10 de março de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME

Os dois se dirigem ao frigobar e cada um deles pega uma soda e a bebe quase numa golada só. Ansiosos para contar o dinheiro, abrem a maleta eufóricos e notam que os pacotes de notas de euros estavam em maços de cinquenta mil. Em seguida, eles se apressam tentando colocá-los em suas mochilas enormes. O embaixador se acomoda no sofá e observa a tudo atentamente, prevendo algo. Os rapazes de repente diminuem o ritmo frenético, uma vez que seus braços parecem não responder mais à sua vontade. Os dois param ao mesmo tempo, olham para o embaixador e, num último inútil esforço, tentam levar as mãos à cintura a fim de sacarem suas armas. O embaixador se levanta calmamente, aproxima-se de um deles, retira a sua arma e fala em seu ouvido: – É inútil reagir, pois dormirão em um segundo... Antes que o embaixador concluísse a frase, os dois rapazes caíram de costas desmaiados. O embaixador pega todo o dinheiro de volta e recoloca os maços na maleta. Dirige-se ao telefone do hotel na cabeceira da cama, aperta a tecla 1, a recepcionista atende e ele diz: – Sofia, é o delegado Malone. Manda o detetive Ribeiro e sua equipe ao apartamento para recolherem a dupla dinâmica. Os anjinhos dormiram. – Delegado, hoje foi muito rápido. Não vamos pagar nem sequer uma diária ao hotel. – Eles estavam com muita pressa, Sofia, e foram com muita sede ao pote. Resolveram dormir mais cedo, detetive – respondeu o delegado, demonstrando que a recepcionista também é uma agente da lei.

MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 340-352). Ponto Vital. Edição do Kindle.

terça-feira, 6 de março de 2018

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

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sexta-feira, 2 de março de 2018

Trecho do livro JOGO SUJO CIDADE DO CRIME DO CRIME.

Lembrei de você quando li esta citação de "Jogo Sujo: Cidade do Crime" de João MC Jr. - "Como um estranho no ninho, porém, um homem ainda resiste às tentações e à cobiça do enriquecimento ilícito. Esse homem se chama Antunes Malone, um delegado aparentemente acuado pelo sistema corrupto de sua cidade. Sua ética não lhe permite fugir de seus ideais e ele sempre recorda uma frase de Che Guevara para definir suas atitudes: “Retroceder sim, render-se jamais”. Consciente do perigo, Malone tenta resolver por conta própria todos os desafios. Assim, ele precisa mais do que certo idealismo e mais do que a coragem para encarar de frente o crime organizado. Não bastam os ideais éticos, já que a situação requer mais astúcia e sangue-frio. Não estamos mais na época das retóricas e o tempo, logicamente, agora é outro. De igual sorte, jamais se deve confiar no sistema. Então, somente Malone sabe de suas determinações. Muitos proeminentes cidadãos de Rio de Rosário se questionariam caso soubessem das intenções de Malone. As duas perguntas prováveis seriam estas: “Por que um delegado, bem-sucedido e no final de carreira, tem tais preocupações e seu conhecido pudor e idealismo com a ética? Por que ele coloca sua vida em risco quando mais fácil seria simplesmente aposentar-se e levar todas as suas condecorações por bons serviços prestados, usufruindo da natural tranquilidade do ócio sem os fantasmas dos inimigos seguindo seus passos?”. Na atual conjuntura é quase incompreensível tal posicionamento, talvez sendo mais fácil entender suas convicções se pudéssemos invadir seu cérebro e penetrar nas entranhas dos seus pensamentos. Assim poderíamos saber como se forma um caráter e conhecer seus conceitos, sua forte chama ética e, consequentemente, seus princípios morais e suas virtudes. Mas ao agir com sua sabedoria, senso de justiça, coragem, moderação e lucidez, isso permite a Malone avaliar e concluir que sua luta é inglória contra os valores pervertidos. Em suas reflexões ele chega à conclusão de que, nos dias atuais, a chama ética da virtude se perde no universo nebuloso em que vivemos. Entre a percepção da realidade e o universo ficcional inserido no cotidiano desta cidade, tudo é possível e pode-se afirmar que o princípio básico da ética está em um conceito que foi deixado de lado: a vergonha. Desprovidas dessa moral, as pessoas não se deixam formar conceitos éticos dentro de si e, sem tal excelência, não se deixam inserir nos princípios básicos de outras virtudes. Os sem-vergonha não têm medo do malfeito nem da cretinice e os indignados da cidade, enquanto isso, ficam perplexos e não entendem por que os sem-vergonha são tratados com certa benevolência e até são classificados carinhosamente por seus pares e por parte da sociedade educada de caras de pau – e muitas vezes considerados, pelos intelectuais analistas do comedimento humano, meros doentes mentais portadores de desvios de condutas. Como diz o delegado Malone: “Já presenciei muitos bandidos, assassinos e corruptos praticarem barbaridades e mudarem sua personalidade na frente do juiz, usando artimanhas e se passando por loucos ou paraplégicos para escaparem de sentenças maiores”. Seja de que forma sejam considerados, fica no ar esse sentimento profundo e desagradável da depreciação do juízo e percebe-se nestas pessoas que a falta do sentimento do medo, relacionado ao receio da desonra, foi perdido. Tal deplorável constatação deixa-nos atônitos e conclui-se que a chama ética se apagou. Esse é o ponto contraditório que se descortina na realidade latente que mais se assemelha à ficção dos filmes em cartaz, que se fundem, de forma explícita, à realidade estampada nos noticiários jornalísticos e demais periódicos. Tal conflito urbano perturbador faz com que as pessoas percam a percepção entre o que é real e a ficção no seu cotidiano, muitas vezes ficando sem coragem de encarar a realidade e preferindo fechar os olhos ao que existe de fato. Assim é que não enxergam as milhares de mortes oriundas da peleja jogada no campo sujo deste caos urbano, mascarado, de um lado, sutilmente, embora deixando sua mácula irreparável. Eis o ponto inicial do conceito para se ir direto à abordagem." Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/2Sdr9lF
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##musica TENHO TEMPO DE PENSAR

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