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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

CIDADE RIO DE ROSÁRIO




O delegado olha no relógio. Meia hora se passou.
Estava na hora de descobrir o que o secretário queria com tanta
pressa. Dirige-se ao gabinete.
O Secretário de Segurança, Adriano Torres, era um
homem reservado. Quase nunca se ouvia a sua voz. Tinha fama
de durão e não hesitava em exonerar com um simples
telefonema, mas o seu método não era apreciado por todos. Ele
não estava desenvolvendo um bom trabalho a frente da
Secretaria, corria o boato de que não passaria daquele ano no
cargo. A inteligência não era o seu forte, diziam as más línguas


Apesar do equipamento importado para a inteligência
da polícia, até aquele momento não havia nenhum resultado
relevante que compensasse o investimento.
Ao entrar no gabinete, Malone é surpreendido pelo
secretário que vai direto ao assunto não dando tempo nem de
um comprimento:
- Preciso muito da sua ajuda, estou com um tremendo abacaxi
pra resolver. Você é a única pessoa em que confio neste
momento.
João M. C. Jr.
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- Mas, secretário... estou finalizando uma investigação e prestes
a prender três receptadores de obras de arte roubadas do museu
nacional.
- Sei, meu caro amigo. Vou dar o tempo necessário para que
você não perca o foco nesta questão e conclua a investigação,
mas não abro mão da sua presença à frente desta operação de
emergência. É crucial para o governo.
Malone resiste e argumenta:
- Talvez eu não seja a pessoa indicada. Gosto de atuar em área
de menos confronto, não sou de jogar pesado. Não é o meu
estilo de trabalho.
- A sua eficiência não está em julgamento, muito pelo
contrário, é exatamente por isto que eu estou aqui. É por sua
capacidade de organização e honradez no seu cargo que eu
estou recorrendo a você. E afirma.
- Olha, Malone, não vejo outro com a sua capacidade para
colocar ordem na casa.
- Desculpe, secretário. Sinto uma grande preocupação nas suas
palavras, poderia ser mais claro?
- A situação é a seguinte. Tenho uma grande dor de cabeça com
a Delegacia de roubos a Bancos. Há um grupo de policiais que
tem me tirado do sério. Sei que eles estão envolvidos em
alguma falcatrua, porém, não consegui reunir provas concretas
contra eles.
- Opa! Espera um pouco. – Afirma Malone, interrompendo o
secretário. – O senhor não vai querer que eu assuma aquele
antro?
- Sei que você tem toda razão. É realmente um antro. Só este
mês, afastei dois delegados e cinco detetives foram presos, mas
não foi o suficiente para reduzir os assaltos a bancos, minhas
medidas não surtiram os efeitos desejados. Sinto que só você,
utilizando seu método, poderá desmantelar esta gangue que se
apoderou da delegacia.

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