Quem sou eu

Minha foto
São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 30 de março de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.


TRECHO DO LIVRO.

Lancarto já estava a sem esperança, havia sobrevivido até aquele momento graças às proteínas das aranhas que já estavam em números reduzidos, seus olhos se habituaram à escuridão, e ele observava com calma as poucas que ainda existiam. Uma delas, como se soubesse que para a sobrevivência da espécie teria que lhe mostrar uma saída, se deslocou por um pequeno orifício na parede e desapareceu entre essa fissura. Ele a observava atentamente, foi testando a parede até achar a que lhe parecia menos espessa. No desespero, tentou improvisar uma ferramenta de pedra que se desprendera com a explosão, mas ela se quebrou facilmente por ser de origem vulcânica, o que o deixou muito irritado. Ele gritou e esbravejou para si mesmo e para as aranhas: “Thomas... Ah, aquele desgraçado vai me pagar!” Esbravejou várias vezes, cheio de ódio.
Thomas havia levado todas as ferramentas com ele, incluindo a picareta. Lancarto usou o pé para quebrar uma estalagmite, que se mostrou um pouco mais resistente do que ele achava, pegou uma ponta e começou a escavar num ritmo frenético. As paredes de quartzo não eram tão resistentes, a ponto de fazê-lo desistir. Suas forças vinham da sua linhagem: seu pai fora um herói que morrera com honra, e ele guardara suas medalhas como referência de vida.
Suas mãos começaram a sangrar, e ele diminuiu o ritmo. Descansou recostado na parede da caverna e chorou de dor e raiva. Disposto a nascer de novo, depois de mais duas horas de escavação, com o cansaço querendo abater de novo sobre ele, Lancarto buscou forças nas entranhas da sua mente vingativa, invocou as forças das trevas para concluir seu intento,e mesmo exaurido quebrou quantas estalagmites eram necessária para continuar escavando. Rasgou sua calça e a manga da sua camisa e fez uma proteção para continuar sua tentativa de liberdade. Quando se sentia exausto, parava por alguns minutos somente e logo retornava àquela dura empreitada em busca da liberdade.
Lancarto era alimentado por um ódio que só crescia dentro de si. Por dois dias, a proteína das últimas aranhas o alimentou o suficiente para conseguir a sua liberdade. Seu esforço não havia sido em vão, e depois de muito escavar conseguiu uma abertura o suficiente para passar o seu corpo avantajado - ele havia perdido uns dez quilos, o que o ajudou a sair por uma fenda não muito larga. As suas mãos estavam em carne viva, agora ele era obrigado a rasgar o resto das pernas das suas calças para improvisar proteção para suas mãos, para escalar uma pequena parede. Com muito sacrifício, alcançou um respirador da caverna, escalou cem metros de parede agarrando-se a vegetação até alcançar o topo. Lancarto visualizou sua liberdade no horizonte. Do lado de fora, tentou dar um grito de liberdade, encheu seu pulmão de ar, mas o grito não saiu de tão debilitado que estava. Um choro contido, emocionalmente feliz, rolou por seu rosto, e ele desabou no chão e ficou estendido por duas horas até recobrar as forças.

quarta-feira, 28 de março de 2018

MEU PENSAR PROSAS CONTOS E POEMAS

Muitas histórias surgem quando menos esperamos. E isso se chama inspiração. É algo com oqual eu concordo quase que plenamente, porém no meu caso não creio especificamente nessa única fonte. Gosto de pensar que as minhas inspirações também sejam fruto do contexto do qual fui alimentado, pois sem essas raízes naturais eu não seria capaz de me manter fiel às minhas virtudes, que foram colocadas em teste por longos anos. Elas me proporcionaram subsídios para uma análise constante a fim de criar esse modo de pensar. Assim como outros autores que vivenciaram de forma explícita grandes acontecimentos da história e se tornaram mestres na arte de se expressar. Acredito que eles também devem agradecer terem vivido tais experiências. Ao concluir esses trechos, de contos, prosas e poemas, nos quais tento transmitir pequenos fragmentos e reflexos de uma vida em contexto, devo admitir que a minha razão e sensibilidade não poderiam existir sem uma origem. Por esse motivo sou eternamente grato ao meu pai e à minha mãe por terem me dado a vida com seus momentos de luta e lucidez. E de terem me alimentado com essa vertente que influenciou minha existência



segunda-feira, 26 de março de 2018

MEU PENSAR PROSAS CONTOS E POEMAS



                                                                       JOÃO MC.JR


https://www.amazon.com.br/Meu-pensar-contos-prosas-poemas/dp/8536651954/ref=redir_mobile_desktop?_encoding=UTF8

domingo, 25 de março de 2018

Trecho do livro. JOGO SUJO CIDADE DO CRIME


Paris. Ano 2025.
A manhã está agradável, o clima perfeito, o céu salpicado de poucas nuvens e com seu azul-turquesa ao fundo e um convite para desfrutarem dessa manhã, a temperatura de 15 graus positivos anima o casal que acorda cedo para aproveitar o seu penúltimo dia de férias na cidade
luz.
Haviam deixado para este dia o passeio que
consideravam mais relevante. O clima cooperava para a
maratona cultural daquele dia, uma estação perfeita para quem está de férias, num país considerado como o símbolo da
democracia no mundo.
O casal toma café no PAX HOTEL. Conversam
enquanto fazem sua degustação de Pan au Chocolat.
A mulher diz:
- Malone, você esta com uma cara de felicidade esta
manhã! Parece que há uma energia emanando de você não vai me dizer tudo isto é fruto de nossa noite de amor ou o passeio está mexendo com você?
- Sabe, Olga. Você tem dupla razão. Os anos passam e tanto
você quanto Paris ainda me enchem de amor e desejo.
Com um sorriso e um beijo na face feminina, Malone
completa a frase.
- Você adora Paris Olga, e eu adoro você
- Como não gostar, o clima dessa cidade faz cocegas no seu ego e você fica parecendo um adolescente com toda essa energia que chega a me assustar, mas como evitar tudo isso    se aqui se como bem se respira democracia, o ar esta impregnado de cultura, há museus por toda parte, o passado está presente e o futuro se concretiza dia após dia. A violência não está presente no cotidiano da cidade e a corrupção não se
estabelece como meio de enriquecimento ilícito, tudo que nós deixa com uma certa leveza do ser e você sem suas preocupações rotineiras.
-Você ficou tão poética  essa manhã querida, que estou achando que vamos voltar para suíte.

sábado, 24 de março de 2018

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

Lembrei de você quando li esta citação de "Trapaças do Destino: causa e efeito" de João MC Jr. - "José sabia que quando um ser vazio, desprovido do medo, caminha para o abismo e contempla caminhos tortuosos, acaba vagando perdido em si mesmo, sem poder constatar que caminhos não há pra voltar. Ele percebia com sua alma em jogo que, nas sombras da noite esses obscuros seres ardilosos espreitam, envolvem e embalam em um sono profundo. Não há como despertar. José Francisco estava em uma fase da vida extremamente perigosa. Lutava para desvencilhar-se das armadilhas que o cercava. Via constantemente, conhecidos seus de andanças pelas ruas sucumbirem ao vício ou se tornarem presas fáceis nas mãos dos traficantes que os exploravam e depois os descartavam como lixo nos guetos ou vielas, na escuridão das noites. Seres de alma vazia e atormentada a caminho do abismo, consumidos por sonhos de prazer, se deslumbram com um mar de lama, como se fossem rios de mel. São cegos em desatinos encobertos pela sombra da noite, não enxergam o abismo, as armadilhas das sombras. Senhores dos guetos atormentam os pobres de espírito, que vivem solitários e de alma perdida já que só o vício governa suas vidas, que de tão breve, nada além das sombras terão. José Francisco ao terminar esses seus textos-mural, sentia como se tivesse criado um amuleto que o protegeria pela cidade. Sentia que sua missão estaria cumprida ao alertar os pobres de espírito que vagavam como ele pela cidade" Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz.onl/aijyFZl

sexta-feira, 23 de março de 2018

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME

À noite.
Ao chegar em casa, Malone encontra Olga na sala lendo um livro com um título sugestivo: A Arte de Vencer o Medo. – Que título sugestivo, querida! Quem é o autor? – O livro é de um autor novo, Malone. Ele narra a experiência de adaptação numa cidade violenta, após sair do interior do país e vir para a capital tentar vencer o medo do mundo urbano. Para conquistar seu espaço como escritor, ele pretende terminar o livro sobre a vida de um policial infiltrado no mundo da máfia que tem de frequentar lugares perigosos, assim como seu personagem. Naquela hora, comunicar à esposa a sua transferência para a Delegacia de Roubos a Bancos passou a ser um desafio. O livro que Olga lia parecia mais um presságio na vida do delegado. Malone dá um tempo e caminha ao banheiro pensativo e, cantarolando uma música em italiano, ele toma banho. Olga tira a lasanha de vegetais do formo, a preferida de Malone, arruma a salada com um quiche de aipo e diz: – Querido, vê se para de imitar o Pavarotti porque o jantar vai esfriar. O jantar já está na mesa! – grita a esposa. Malone se senta à mesa e diz para Olga: – Que cheirinho bom, Olga, é receita da Magela? – Não se iluda, essa daí é comprada mesmo, a única diferença é que é importada, meu carcamano. O delegado sorri e responde: – Mesmo assim foi uma boa escolha. Por alguns minutos, Malone parece sair do ar e come calado. Olga percebe que não é o comportamento habitual do esposo e pergunta: – O que você quer me contar? Pode falar, querido. Nada mais me assusta neste país. O que roubaram desta vez? O retrato do governador pintado por Van Gogh no gabinete do Palácio Laranja? – dispara ironicamente Olga, para descontrair e não pensar que poderia ser algo pior

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME DO CRIME.

#kobo #readmore #quote #koboquote Veja o livro aqui: https://store.kobobooks.com/pt-BR/ebook/jogo-sujo-cidade-do-crime?utm_campaign=PhotoQuotesAdr&utm_medium=Social&utm_source=App_Acq