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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER

TRECHOS DO LIVRO [O GRADE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER]
E- BOOK NA LIVRARIA SARAIVA

O delegado Antunes Malone chega a um dos prédios
mais suntuosos de Rosário, só perdendo para a sede do banco
BOSTON BANK IMPERIAL CHANG. Todos que passam em
frente aos dois prédios já os haviam apelidado de as duas torres

(não se referiam às de Nova York, a conotação era com as do
filme “O Senhor dos Anéis”). Localizados na Rua Amarelo
Imperial nº 100, com sua construção futurista, em granito preto
importado da África Central, acabamento interno e externo nos
seus oitenta andares em blindex e aço escovado; os elevadores
têm comando de voz e só funcionam com a leitura da
impressão digital.
Decoram o Hall de entrada, pinturas futuristas de
artistas internacionais sobre a colonização do universo pela
raça humana. TV LED 3D em todos os andares e, na fachada,
grafado em letras douradas, identifica-se o local: SECRETARIA
DE SEGURANÇA DE ROSÁRIO.
A delegacia, especializada em investigações de roubo
de obras de arte, no centro da cidade no Bairro Amarelo, situa-
se na secretaria de segurança.
João M. C. Jr.
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Antes de começar a trabalhar, Malone gosta de tomar o
seu cafezinho que está, quase sempre, frio.
Folhear o jornal faz parte do seu ritual matinal para
saber como anda a sua cidade, principalmente no que diz
respeito às ações do governo na segurança. O delegado gosta
especialmente dos cadernos de eventos culturais, economia,
pois seu círculo de amizades é formado por intelectuais da cidade de Rosário e dos amigos da sua esposa. 
Olga, a diretora do Museu de Arte Contemporânea da Cidade de Rosário.
Ler sobre as ações do governo no âmbito social, era,
para ele, um termômetro que apontava para onde estava indo a
sua cidade: para o céu ou para o inferno.
Rio de Rosário é uma cidade turística, cuja
característica principal é o legado cultural deixado pelo seu
passado de capital do país, há mais de 500 anos, com belos
museus, teatros, bons hotéis e tentando ser o maior exportador
de rosas do hemisfério sul, produto inserido há pouco tempo na
floricultura do estado.
Depois de longos anos investindo na compra de
tecnologia para o combate ao narcotráfico, o uso da força ainda
era o carro chefe do governo, causando um clima de guerra na
cidade, aumentando os índices de mortes entre civis e policiais.
Os confrontos não tinham hora pra acontecer, se davam
à luz do dia ou assustavam a população na madrugada.
Mesmo com inúmeros confrontos, o número de traficantes
presos era ridículo, a maioria se evadia antes de a polícia
chegar, pois eram avisados antes das operações acontecerem. O
que deixava uma pergunta no ar: O governo realmente queria
reduzir o tráfico de drogas ou simplesmente queria os
traficantes habitando em outro lugar, longe dos olhares da
classe média, da elite e da mídia que, apesar de tendenciosa,
devido ao alto valor investido pelo estado nos meios de
comunicação com propagandas de autopromoção por obras
inacabadas ou inexistentes, não dispensava esta grana mesmo


que estivesse fazendo falta em hospitais ou escolas públicas,
como revelavam as reportagens. Fila de doentes em hospitais
por falta remédio, leitos ou médicos e escolas caindo aos
pedaços por má conservação por falta de verba, mas a verba da
mídia era uma verba considerada legal por estar no orçamento
dos gastos aprovado por deputados da base, era o único
dinheiro liberado integralmente pelo governo de Rosário.
Ainda assim, às vezes a mídia não tinha como esconder os
fatos de tão visível que era a violência.
Com uma política de transformação material e não
humana, o investimento na formação dos policiais era mal
elaborado, a seleção dos policiais se dava de forma equivocada,
o governo se preocupava mais com a quantidade de policiais do
que com a qualidade, os resultados eram pífios: a corrupção,
endêmica; o código de conduta, inexistente e o número de
viciados só crescia em Rosário.
O delegado Antunes Malone ao ler todas as medidas
tomadas pelo governo, tem sua própria opinião. Mesmo não
sendo a sua área de atuação, entendia porque cresciam os
assaltos a bancos da cidade.
A migração dos traficantes poderia ser um dos motivos,
como enfatizava o governo, mas o delegado não achava que
este seria o único motivo, ele via nas ações dos assaltantes um
planejamento muito sofisticado para ser praticado por
assaltantes oriundos do tráfico. Somente com uma participação
de pessoas responsáveis por esta área de segurança, os assaltos
poderiam ser bem-sucedidos, este era seu ponto de vista e não
podia externá-lo naquele momento.

O Grande Assalto O DECLÍNIO DO PODER

quarta-feira, 14 de maio de 2014

TRECHOS DO LIVRO[DO MENINO QUE QUERIA VOAR]

O orvalho começava a cair lentamente, cobrindo a relva do campo, onde
os grilos cantantes davam o ritmo sinfônico à natureza, convocando todos os seres vivos que habitam a relva do campo para a festa na grota, após o entardecer, onde milhares de ortópteros se fartariam nas lavouras juntando-se ao mais operante deles, os gafanhotos, os mestres da comilança, astutos e bem organizados como um exército invasor, que bombardeavam e atacavam pelos flancos as lavouras, não dando chance de defesa às leguminosas ou hortaliças.
Eles seguiam dizimando grande parte do trabalho árduo do pequeno agricultor, que, por meses, cultivara a terra em busca de dias melhores.
Nas noites de outono, a lua resplandecia sobre o vale, e nesse cenário de magia iluminava o teatro da vida animal abaixo do Morro do Fama. Com sua continua sonoridade uivante, o vento frio castigava os animais no curral das fazendas, deixando-os inquietos. Animais de hábitos noturnos, como os morcegos-vampiros, saíam das cavernas em busca de seu alimento preferido para o seu banquete noturno, o sangue do gado que ficavam ao relento. A matreira coruja Suindara, meticulosa e sorrateira, espreitava por entre galhos da jabuticabeira o galinheiro da casa de portas azuis, aguardando o momento oportuno para sua investida

A noite do MENINO QUE QUERIA VOAR

Nas asas da imaginação 
Surge um desejo.



sexta-feira, 9 de maio de 2014


Noite do    MENINO QUE QUERIA VOAR

Maio de 1949. À noite, de lua quarto crescente, as estrelas brilhavam intensamente, iluminando a estrada, onde sapos se reuniam para um coaxar estridente, quebrando o silêncio da madrugada. Do outro lado da estrada, em uma casa próxima de uma pequena igreja, uma luz permanecia acesa. Era uma hora da madrugada. Gemidos de dor ecoavam dentro da casa de portas azuis, onde dona Candida estava deitada na esteira no chão do quarto, com o lampião aceso ao seu lado. Ela contorcia-se de dor há mais de uma hora, e sua filha de quatro anos e seu filho de onze a observam com olhar assustados. Sem nada poderem fazer, acariciam seu rosto, tentando aliviar sua dor. Minutos depois, dona Candida levantou-se com muita dificuldade, agachou-se e pegou, no bolso do seu marido que dormia no chão, seu relógio de bolso .



Ela olha as horas, são exatamente meia noite





quinta-feira, 8 de maio de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO BREVE [EDITORA MULTIFICO]

TRECHOS DE TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO


Ó liberdade, não me venha com todos seus gritos.

Não me venha com todos seus conflitos existenciais. Para mim basta o que sei das histórias de lamentos de outrora, eu fui e sou a causa, desta sua inercia, é, portanto a testemunha ocular de todos seus anseios, eu vi teu sofrimento através dos tempos. Questionam-me porque tenho esse poder de reclamar da angustia da liberdade, direi a todos que clamam por liberdade. Eu tenho esse  poder, pois fui designado com poderes quase supremo pelo criador da obscuridade o senhor da fraqueza.
Sou capaz de criar discípulos para estabelecer meu reinado, a eles dou o poder de disseminarem a minha doutrina, pois outorguei a eles, donos de uma parte desse mundo desigual o comando de uma boa parte da humanidade constituídas de fracos e oprimidos. Deleguei  aos insensíveis seres  humanos desse planeta  o direito de explorar aqueles que se entregam a minha vontade, e mesmo os pobres coitados que são possuídos por mim, trabalham a meu favor inconscientemente propagando o meu legado. Sem precisar me esmerar eu os uso por um bom tempo como seres descartáveis, que após cumprirem sua missão de disseminar minha faceta são colocados em prisões por longo tempo, e alguns irracionais se tornam meus escravos para sempre até sucumbirem

quinta-feira, 1 de maio de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

[BREVE. TRAPAÇAS DO DESTINO.]

– Não acredito, pode escrever o que eu estou te dizendo. O destino dela é certo e com certeza será o mesmo que acontece com todas aquelas que se oferecem para homens achando que estarão resolvendo suas vidas da maneira mais fácil. Vida fácil, e, quando se veem na rua da amargura, acabam achando um homem para se aproveitar delas e depois usá-las para se prostituir para eles. Escreve o que estou te falando Jorge: você ainda vai da de cara com ela na Lapa rodando a bolsinha.


CAUSA E EFEITO.

A jovem reergueu a sua cabeça, enxugou suas lágrimas e suspirou fundo. Parecia estar olhando os monumentos ao redor ou talvez esperando um aviso do além para tomar uma direção, pois não conhecia nada na cidade, para ela um mundo estranho.



TRAMA DA VIDA

Eram exatamente 4h30 da manhã, o silêncio só era quebrado pelo vento uivante da madrugada. E nessa casa de dois andares estilo colonial, si...