#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
Quem sou eu

- #ESCRITOR#João.mc.jr arte e vida#
- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
domingo, 25 de outubro de 2015
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
DIÁLOGOS DO LIVRO.
Temos investido em compras de armas de última geração, carros blindados para delegados e uma central de escuta que custou milhões ao governo, e isto, Malone, é só o começo. Conto contigo para uma nova empreitada, numa cruzada contra o crime. Se você for bem-sucedido na missão e quiser arrumar um extra para comprar aquele tão sonhado apartamento em Miami de cara para a praia, coloco você na área de compras e tudo se resolve. – Desculpe, secretário, agradeço-o pela oferta, mas não tenho a intenção de mudar de ramo. Agora, com relação ao convite para assumir esta delegacia isso me deixa confuso. O senhor poderia ser mais claro? É que estou sentindo grande preocupação nas suas palavras e sei que temos ótimos policiais. Assim, por que logo eu que não sou da área sou convocado? Gostaria que fosse direto e, se possível, poderia ser mais claro. – A situação é a seguinte, meu caro amigo. Tenho uma grande dor de cabeça com a Delegacia de Roubos a Bancos... A frase é interrompida quando o telefone toca e o secretário o atende. Ele se vira de costas para Malone e, só depois de ouvir bem quem está do outro lado da linha, responde com evasivas palavras: “Sim, de acordo, está quase tudo acertado. É lógico que vai dar certo, pode confiar. Já falei, não se preocupe, está quase tudo certo”. Segundos depois, o secretário Adriano Torres retoma o diálogo com o delegado Malone: – Desculpe a interrupção, Malone, minha cabeça tá a mil nestes dias! Logicamente que você deve assistir aos noticiários e sabe que a coisa tá preta, amigo. Todo dia tenho de exonerar alguém envolvido com o crime, pois há um festival de delitos na cidade, o governador anda me pressionando e há um grupo de policiais que me tira do sério. Sei que eles estão envolvidos em falcatruas, porém não consegui reunir provas concretas contra eles.
Temos investido em compras de armas de última geração, carros blindados para delegados e uma central de escuta que custou milhões ao governo, e isto, Malone, é só o começo. Conto contigo para uma nova empreitada, numa cruzada contra o crime. Se você for bem-sucedido na missão e quiser arrumar um extra para comprar aquele tão sonhado apartamento em Miami de cara para a praia, coloco você na área de compras e tudo se resolve. – Desculpe, secretário, agradeço-o pela oferta, mas não tenho a intenção de mudar de ramo. Agora, com relação ao convite para assumir esta delegacia isso me deixa confuso. O senhor poderia ser mais claro? É que estou sentindo grande preocupação nas suas palavras e sei que temos ótimos policiais. Assim, por que logo eu que não sou da área sou convocado? Gostaria que fosse direto e, se possível, poderia ser mais claro. – A situação é a seguinte, meu caro amigo. Tenho uma grande dor de cabeça com a Delegacia de Roubos a Bancos... A frase é interrompida quando o telefone toca e o secretário o atende. Ele se vira de costas para Malone e, só depois de ouvir bem quem está do outro lado da linha, responde com evasivas palavras: “Sim, de acordo, está quase tudo acertado. É lógico que vai dar certo, pode confiar. Já falei, não se preocupe, está quase tudo certo”. Segundos depois, o secretário Adriano Torres retoma o diálogo com o delegado Malone: – Desculpe a interrupção, Malone, minha cabeça tá a mil nestes dias! Logicamente que você deve assistir aos noticiários e sabe que a coisa tá preta, amigo. Todo dia tenho de exonerar alguém envolvido com o crime, pois há um festival de delitos na cidade, o governador anda me pressionando e há um grupo de policiais que me tira do sério. Sei que eles estão envolvidos em falcatruas, porém não consegui reunir provas concretas contra eles.
terça-feira, 20 de outubro de 2015
TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO
TRECHOS DO LIVRO.
A cabeça da vítima, com o impacto do projétil, tombou à direita do seu corpo, escondendo temporariamente o sangue derramado.
Demostrando frieza, eles não fizeram questão de descobrir a vítima por inteiro. Levantaram somente a parte superior do cobertor, em que o orifício da bala entrou para se certificarem da sua eficácia e da sua trajetória na cabeça da vítima.
Parecendo satisfeitos com o resultado, eles coçaram a cabeça e confabularam em tom baixo, para que ninguém ouvisse seus segredos e se retiraram, comentando entre si sobre o estado físico do homem em local de risco. As nuvens se agruparam sobre a cidade e a chuva começou a cair, apagando rastros na noite, mas não com a intensidade anunciada, deixando pistas para trás. Mais adiante, a jovem estava tentando dormir, protegendo-se do frio com folhas de papelão, encostada na porta de entrada do Ministério do Trabalho.
Uma hora depois, acordou trêmula e assustada com o intenso tráfego de caminhões e tanques de guerra, que trafegavam pela contramão, na rua Primeiro de Março. O forte pisar da tropa de soldados em marcha na cidade vazia, ecoava de forma uníssona em seus ouvidos. Eles passavam, olhando aquele ser envolto em folhas de papelão de listras amarelas e verdes.
Seu queixo batia debaixo do cobertor rasgado e gasto que ela achara na rua. Ela parecia desconexa, vivendo nesse clima sombrio e tenso, que tomava conta do país e passava por momentos de grandes incertezas políticas. Estava alheia a tudo isto e há dias tentava somente ter direito à vida e sobreviver a essa gestação. Vagava a esmo, no burburinho da cidade. Seu lento deslocar era indício do que estava prestes a ocorrer. Com algumas contrações a incomodando, e com suas forças esvaindo-se, caminhava lentamente entre tanques de guerra e centenas de soldados.Estava enfraquecida pela falta de alimentação regular e pela luta diária para a sobrevivência dela e da sua gravidez. A incansável jovem buscava forças na providência divina. Precisava de uma mão amiga que a socorresse naquele momento crucial da sua vida. Não necessitava de esmolas, mas de compaixão, de amor do próximo, algo aparentemente inexistente no clima em volta dela, naqueles últimos dias de gestação.
A tropa passou por ela, posicionando-se em direção ao Aeroporto Santos Dumont. Ela recompôs-se, respirou fundo, tentando manter o equilíbrio do seu corpo e de sua emoção.
Depois de descansar por mais alguns minutos nas escadarias do prédio do Ministério do Trabalho, reuniu a pouca força que lhe restava,
A cabeça da vítima, com o impacto do projétil, tombou à direita do seu corpo, escondendo temporariamente o sangue derramado.
Demostrando frieza, eles não fizeram questão de descobrir a vítima por inteiro. Levantaram somente a parte superior do cobertor, em que o orifício da bala entrou para se certificarem da sua eficácia e da sua trajetória na cabeça da vítima.
Parecendo satisfeitos com o resultado, eles coçaram a cabeça e confabularam em tom baixo, para que ninguém ouvisse seus segredos e se retiraram, comentando entre si sobre o estado físico do homem em local de risco. As nuvens se agruparam sobre a cidade e a chuva começou a cair, apagando rastros na noite, mas não com a intensidade anunciada, deixando pistas para trás. Mais adiante, a jovem estava tentando dormir, protegendo-se do frio com folhas de papelão, encostada na porta de entrada do Ministério do Trabalho.
Uma hora depois, acordou trêmula e assustada com o intenso tráfego de caminhões e tanques de guerra, que trafegavam pela contramão, na rua Primeiro de Março. O forte pisar da tropa de soldados em marcha na cidade vazia, ecoava de forma uníssona em seus ouvidos. Eles passavam, olhando aquele ser envolto em folhas de papelão de listras amarelas e verdes.
Seu queixo batia debaixo do cobertor rasgado e gasto que ela achara na rua. Ela parecia desconexa, vivendo nesse clima sombrio e tenso, que tomava conta do país e passava por momentos de grandes incertezas políticas. Estava alheia a tudo isto e há dias tentava somente ter direito à vida e sobreviver a essa gestação. Vagava a esmo, no burburinho da cidade. Seu lento deslocar era indício do que estava prestes a ocorrer. Com algumas contrações a incomodando, e com suas forças esvaindo-se, caminhava lentamente entre tanques de guerra e centenas de soldados.Estava enfraquecida pela falta de alimentação regular e pela luta diária para a sobrevivência dela e da sua gravidez. A incansável jovem buscava forças na providência divina. Precisava de uma mão amiga que a socorresse naquele momento crucial da sua vida. Não necessitava de esmolas, mas de compaixão, de amor do próximo, algo aparentemente inexistente no clima em volta dela, naqueles últimos dias de gestação.
A tropa passou por ela, posicionando-se em direção ao Aeroporto Santos Dumont. Ela recompôs-se, respirou fundo, tentando manter o equilíbrio do seu corpo e de sua emoção.
Depois de descansar por mais alguns minutos nas escadarias do prédio do Ministério do Trabalho, reuniu a pouca força que lhe restava,
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
E-BOOK NAS LIVRARIAS, AMAZON, SARAIVA,
“Os grandes pensadores como Aristóteles já falavam da ética em
sua Física, afirmando que a função natural do homem é
raciocinar bem e raciocinar bem é raciocinar em consonância
com a virtude. Portanto, a ética de Aristóteles se concentra no
caráter do agente como aquele que é bom ou moralmente mau.
Essa é a chamada ética da virtude.”
Citação do autor
Aviso
Se você não gosta de pôr em dúvida suas virtudes e é desprovido dessa
chama e não tem coragem de encarar seus medos, e se, igualmente, não
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Nas asas da imaginação nasce um desejo.
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sábado, 26 de setembro de 2015
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.
"Jogo sujo - Cidade do crime" se passa no futuro não muito distante. Onde o crime organizado ou não se estabelece de forma contundente. Em 2025, no cotidiano dessa cidade imaginária, a ausência do poder ou seus equívocos éticos proporcionam um campo fértil para todos os tipos de barbárie urbana que se possa imaginar, e desgraçadamente habitam o dia a dia de seus cidadãos, proporcionando medo e dor. E inevitavelmente colocando de forma explicíta essa bela cidade na contramão dos avanços de outras cidades do mundo, onde esse universo marginal e obscuro fora banido. Na cidade de Rio de Rosário, a mão pesada da lei não se fez presente e não estabeleceu com o tempo ou determinou o fim desses abusos. Mas, para avaliar tais conceitos éticos, por outra ótica existe, dentro desse universo caótico dessa cidade, alguém que estabelece um paradoxo e questiona com seus métodos tais desvio de conduta e cria esse contratempo para uma breve reflexão
terça-feira, 15 de setembro de 2015
O MENINO QUE QUERIA VOAR
Decepcionado com a concorrência desleal, ele voltava para casa
frustrado e de mãos vazias. À noite, seu irmão brincava com uma pedra muito brilhante, que emitia uma luz própria quando colocada no escuro. Ele achara esta pedra no riacho em meio à tabatinga, guardava-a como talismã e a escondia de todos, como um bem muito precioso. Tempos depois, um homem de nome Rachid, que se dizia caixeiro via- jante, encontrou-se supostamente por acaso com seu irmão, que tinha a fama de o guri da pedra brilhante que vivia brincando com sua pedra brilhante dentro de uma caixa de madeira, que, por ser escura, iluminava seu interior. Rachid o cercou e pediu para apreciar sua pedra de brilho intenso, ficou impressionado com tamanha beleza e preciosidade, e, como bom vendedor,
o convenceu a trocá-la por um par de galochas, maior que o seu pequenino pé.
Depois dessa barganha, nunca mais foi
Depois dessa barganha, nunca mais foi
visto no Morro do Fama, enquanto o menino da pedra
brilhante passou alguns anos medindo a galocha no seu
pé todos os dias. No entanto, nunca a calçou, pois seu pé
não cresceu o bastante. o menino observava sua mãe com
um olhar carinhoso e, preocupado com ela na sua tarefa
estafante de todos os dias, tentava ajudá-la na tarefa do
dia a dia. Ainda franzino, com suas pernas curtas e muito
pequeno ainda para tal trabalho, ele tentava inutilmente
acompanhar seu ritmo alucinante nas tarefas de debulhar
o milho para fazer o fubá, cortar a cana para colocar na
moenda, depois de extrair seu caldo, levar ao fogo para
se transformar em melado
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
http://googleweblight.com/?lite_url=http://sgleituradigital.com.br/?portfolio%3Dtwitter-interface&ei=WbSASZXr&lc=pt-BR&s=1&m=485&ts=1441984685&sig=APONPFkzjQDBY36woGiO4ci09RsAfc3Peg
Ano 2025.
Os principais jornais internacionais noticiam, com grande pompa, a aterrissagem
de uma nave espacial chinesa no planeta Marte. Sem muito alarde, os chineses
venceram a corrida espacial e chegaram antes dos americanos e dos russos e se
consagraram como os primeiros seres humanos a pisar no solo de Marte. Eles ainda não
haviam detectado sinais de vida inteligente em Marte mas, ao fincarem sua bandeira
vermelha lá, descobriram um volume de petróleo tão abundante como se fosse um mar
de lama negra.
O problema dos chineses seria a construção de naves de carga, para assim poder
transportar o petróleo e se tornarem os novos reis do ouro-negro. Já na Terra, em outra
manchete alentadora, era feita a descoberta da cura do câncer na Índia, sendo ambos os
fatos extraordinários para humanidade. Em alguns países estavam sendo desativadas
prisões de segurança máxima com a redução do número de criminosos e,
consequentemente, do crime – organizado ou não. Certos governos haviam equacionado
de forma inteligente a onda de violência urbana em seus países e, com a ciência
evoluindo quase ao ritmo da velocidade da luz, foi possível a descoberta da vacina
antidroga.
Na contramão dos avanços de ordem científica e punitiva, a queda das
desigualdades sociais – sendo ambos fatores apontados como responsáveis pelo
progresso nos países – no hemisfério sul, na cidade de Rio de Rosário, vive-se à sombra
do medo. Com o aumento dos derivados de petróleo no mundo, devido à Guerra do
Oriente o contrabando de gasolina enriquecia a máfia do petróleo. O aumento da
criminalidade abarrotava as prisões de criminosos, as quais explodiam em violência
com a superlotação. Muitos prisioneiros amotinados degolavam seus rivais para poder
reduzir a população carcerária, que sem dúvida extrapolava o limite da tolerância
humana. Nas ruas havia um confronto diário que deixava rastros de sangue nas esquinas
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
O MENINO QUE QUERIA VOAR
A madrugada chegava e a fauna tomava conta do palco, diversificando-se.
Novos e ativos exploradores chegavam furtivos para desfrutar da
riqueza da flora e da fauna. Sem se importar com o frio
da madrugada, o ouriço-cacheiro, protegendo seus rebentos
recém-nascidos, espantou seus predadores, os lobos guará,
soltando seus espinhos, com uma precisão de arqueiros medievais,
causando dor aos oponentes. Um pouco mais abaixo em uma plantação de milho,
com seu olfato aguçado, um tamanduá-bandeira localizou seu
banquete noturno e balançou sua cauda longa, espeçando
em sinal de satisfação. Em seguida, alimentou-se em um
cupinzeiro, aproveitando a lua nova. A seu lado, o tatu canastra,
seu vizinho e companheiro de caça noturna,
Novos e ativos exploradores chegavam furtivos para desfrutar da
riqueza da flora e da fauna. Sem se importar com o frio
da madrugada, o ouriço-cacheiro, protegendo seus rebentos
recém-nascidos, espantou seus predadores, os lobos guará,
soltando seus espinhos, com uma precisão de arqueiros medievais,
causando dor aos oponentes. Um pouco mais abaixo em uma plantação de milho,
com seu olfato aguçado, um tamanduá-bandeira localizou seu
banquete noturno e balançou sua cauda longa, espeçando
em sinal de satisfação. Em seguida, alimentou-se em um
cupinzeiro, aproveitando a lua nova. A seu lado, o tatu canastra,
seu vizinho e companheiro de caça noturna,
domingo, 6 de setembro de 2015
O MENINO QUE QUERIA VOAR
O orvalho começava a cair lentamente, cobrindo a relva do campo, onde os grilos cantantes davam o ritmo sinfônico à natureza, convocando todos os seres vivos que habitam a relva do campo para a festa na grota, após o entardecer, onde milhares de ortópteros se fartariam nas
lavouras juntando-se ao mais operante deles, os gafanhotos os mestres da comilança, astutos e bem organizados como um exército invasor, que bombardeavam e atacavam pelos flancos as lavouras A madrugada chegava e a fauna tomava conta do palco, diversificando-se.
Novos e ativos exploradores chegavam furtivos para desfrutar da riqueza da flora e da fauna. Sem se importar com o frio da madrugada, o ouriço-cacheiro, protegendo seus rebentos
recém-nascidos, espantou seus predadores, os lobos guará,soltando seus espinhos, com uma precisão de arqueiros medievais, causando dor aos oponentes. Um pouco mais abaixo em uma plantação de milho, com seu olfato aguçado, um tamanduá-bandeira localizou seu banquete noturno e balançou sua cauda longa, espeçando em sinal de satisfação. Em seguida, alimentou-se em um cupinzeiro, aproveitando a lua nova. A seu lado, o tatu canastra, seu vizinho e companheiro de caça noturna,
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
"Jogo sujo - Cidade do crime" se passa no futuro não muito distante. Onde o crime organizado ou não se estabelece de forma contundente. Em 2025, no cotidiano dessa cidade imaginária, a ausência do poder ou seus equívocos éticos proporcionam um campo fértil para todos os tipos de barbárie urbana que se possa imaginar, e desgraçadamente habitam o dia a dia de seus cidadãos, proporcionando medo e dor. E inevitavelmente colocando de forma explicita
essa bela cidade na contramão dos avanços de outras cidades do mundo, onde esse universo marginal e obscuro fora banido. Na cidade de Rio de Rosário, a mão pesada da lei não se fez presente e não estabeleceu com o tempo ou determinou o fim desses abusos. Mas, para avaliar tais conceitos éticos, por outra ótica existe, dentro desse universo caótico dessa cidade, alguém que estabelece um paradoxo e questiona com seus métodos tais desvio de conduta e cria esse contratempo para uma breve reflexão.
essa bela cidade na contramão dos avanços de outras cidades do mundo, onde esse universo marginal e obscuro fora banido. Na cidade de Rio de Rosário, a mão pesada da lei não se fez presente e não estabeleceu com o tempo ou determinou o fim desses abusos. Mas, para avaliar tais conceitos éticos, por outra ótica existe, dentro desse universo caótico dessa cidade, alguém que estabelece um paradoxo e questiona com seus métodos tais desvio de conduta e cria esse contratempo para uma breve reflexão.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
O MENINO QUE QUERIA VOAR
TRECHO DO LIVRO
Tais fatos foram protagonizados por seus moradores
e eram perpetuados nas lembranças dos prosadores,
noctívagos e contadores de histórias desse passado
inusitado. Nesse tempo de labor, as forças da natureza
determinavam o rumo que os moradores dessa região
deveriam tomar ao confrontar-se com as intempéries,
decorrentes do tempo sombrio, a que foram submetidos,
como testes às suas convicções.
Messias, como era chamado, sacou sua arma,
deu um passo à frente, fez a mira como se fosse um duelo
quando só há uma chance de abater o inimigo. Ele atirou
sem tremer ou pestanejar, e a fumaça tomou conta do
cenário. Quando clareou o ambiente, pode se ver que ele
havia abatido a onça com dois tiros entre os olhos, usando
sua inseparável garrucha de dois canos. Enquanto seu pai
vibrava com seu feito, o menino aproximou-se da onça e
acariciou o animal, entristecido.

Todos esses fatos eram
comprovados por caçadores colecionadores de relíquias,
que negociavam unhas e pelos dos supostos lobisomens
que os deixavam grudados na figueira ao fugir dos
cachorros de caça da região. Esses fatos só ocorriam
depois da meia noite na lua cheia. o mais convincente de
todos era Zeca Calango, mestiço de olhos verdes e forte
como um touro, exímio tocador de acordeom. Ele gostava
de cantar cantiga de rima, antes de começar a narrar suas
histórias como a rima que lhe deu nome, Calango tango
no caminho da lacraia vou tocando e me rindo no
calango, atrás de um rabo de saia. Vindo das cercanias de
Arcozelo, Zeca Calango contava suas fábulas sempre
com um sorriso de canto de boca, valorizadas por três
dentes de ouro. A sua preferida era da mula Fantasma.
Dizia que, na lua nova, no alto do Morro do Fama, a mula
sem cabeça trotava na estrada, soltando labaredas da
degola e por onde passava deixava um rastro de destruição
e terror, incendiando lavouras, cafezais e ranchos.
Afirmava convicto de suas histórias, que esta alma
penada era da mula de um escravo de nome Justino, que
recebera a mula do seu senhor, o Conde de Avelar, como
prêmio por nunca ter sido castigado todo o tempo em que
fora escravo de um único senhor. Mas o fato ocorrido no
passado em uma fatídica noite de lua cheia com a mula
desse pobre homem deu origem à suposta lenda para
alguns e fato real para os sábios da região, principalmente
ele, o destemido Zeca Calango, que se apresentava como
descendente do escravo Justino.
Tais fatos foram protagonizados por seus moradores
e eram perpetuados nas lembranças dos prosadores,
noctívagos e contadores de histórias desse passado
inusitado. Nesse tempo de labor, as forças da natureza
determinavam o rumo que os moradores dessa região
deveriam tomar ao confrontar-se com as intempéries,
decorrentes do tempo sombrio, a que foram submetidos,
como testes às suas convicções.

deu um passo à frente, fez a mira como se fosse um duelo
quando só há uma chance de abater o inimigo. Ele atirou
sem tremer ou pestanejar, e a fumaça tomou conta do
cenário. Quando clareou o ambiente, pode se ver que ele
havia abatido a onça com dois tiros entre os olhos, usando
sua inseparável garrucha de dois canos. Enquanto seu pai
vibrava com seu feito, o menino aproximou-se da onça e
acariciou o animal, entristecido.

Todos esses fatos eram
comprovados por caçadores colecionadores de relíquias,
que negociavam unhas e pelos dos supostos lobisomens
que os deixavam grudados na figueira ao fugir dos
cachorros de caça da região. Esses fatos só ocorriam
depois da meia noite na lua cheia. o mais convincente de
todos era Zeca Calango, mestiço de olhos verdes e forte
como um touro, exímio tocador de acordeom. Ele gostava
de cantar cantiga de rima, antes de começar a narrar suas
histórias como a rima que lhe deu nome, Calango tango
no caminho da lacraia vou tocando e me rindo no
calango, atrás de um rabo de saia. Vindo das cercanias de
Arcozelo, Zeca Calango contava suas fábulas sempre
com um sorriso de canto de boca, valorizadas por três
dentes de ouro. A sua preferida era da mula Fantasma.
Dizia que, na lua nova, no alto do Morro do Fama, a mula
sem cabeça trotava na estrada, soltando labaredas da
degola e por onde passava deixava um rastro de destruição
e terror, incendiando lavouras, cafezais e ranchos.
Afirmava convicto de suas histórias, que esta alma
penada era da mula de um escravo de nome Justino, que
recebera a mula do seu senhor, o Conde de Avelar, como
prêmio por nunca ter sido castigado todo o tempo em que
fora escravo de um único senhor. Mas o fato ocorrido no
passado em uma fatídica noite de lua cheia com a mula
desse pobre homem deu origem à suposta lenda para
alguns e fato real para os sábios da região, principalmente
ele, o destemido Zeca Calango, que se apresentava como
descendente do escravo Justino.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
O MENINO QUE QUERIA VOAR
TRECHO DO LIVRO.
Ele sorria feliz por preencher com sua voz afinada a acústica da pequena igreja, a Casa de Oração de Maravilha construída logo abaixo do Morro do Fama, e, como de hábito, estava sempre bem vestido. Nesse domingo considerado especial, ele trajava seu melhor terno de gabardine, que comprara semanas antes com o dinheiro das vendas da boa safra de abóboras e repolho. Vaidoso, ele gostava de ouvir os elogios dos parentes e membros da igreja à sua voz forte e afinada. Logo após o encerramento das pregações do seu tio Margarino, que dava ênfase ao pecado da gula do vício, e das mentiras que levaria o homem à ruína, ele pegava seu cavalo tinhoso e ia para o armazém do João Gouvêa, situado a menos um quilômetro dali. Sua esposa, que todos chamavam de Dona Cândida, tinha as feições de uma pessoa bem mais jovem. Apesar dos seus quarenta anos, nove filhos e toda a dureza da vida, tinham seus cabelos negros, pele morena, sem nenhuma marca da vida dura que levava no campo, e duas lindas tranças grossas sobre os ombros, herança do seu sangue indígena. Transbordava alegria por estar servindo a este propósito. Seu vestido, com motivos florais confeccionados por ela, a deixava em sintonia com a natureza ao redor, e por hábito usava um véu branco, presente da sua sogra de origem [luso-alemã, casada com Messias, seu sogro, o artesão de colchões de origem cabocla]. Ela o mantinha cobrindo sua cabeça enquanto permanecesse no templo. Estava grávida de nove meses, e acompanhada por seus três filhos mais novos. Como fazia todos os domingos, ela repartiria entre os membros presentes o bolo de fubá e o café com leite que ainda se mantinha quente dentro de bules de ágata sobre o fogão a lenha na pequena e bem arrumada cozinha nos fundos da igreja. Os bolos de fubá ainda exalavam o cheirinho da erva doce, que perfumava o ambiente, deixando todos salivando, enquanto dona Candida orava, agradecendo o alimento que estava sobre uma mesa de Jacarandá, os bolos e pães estavam coberto por guardanapos de linho bege bordados com o tema que ela mais gostava: as flores Maravilha.


Ele sorria feliz por preencher com sua voz afinada a acústica da pequena igreja, a Casa de Oração de Maravilha construída logo abaixo do Morro do Fama, e, como de hábito, estava sempre bem vestido. Nesse domingo considerado especial, ele trajava seu melhor terno de gabardine, que comprara semanas antes com o dinheiro das vendas da boa safra de abóboras e repolho. Vaidoso, ele gostava de ouvir os elogios dos parentes e membros da igreja à sua voz forte e afinada. Logo após o encerramento das pregações do seu tio Margarino, que dava ênfase ao pecado da gula do vício, e das mentiras que levaria o homem à ruína, ele pegava seu cavalo tinhoso e ia para o armazém do João Gouvêa, situado a menos um quilômetro dali. Sua esposa, que todos chamavam de Dona Cândida, tinha as feições de uma pessoa bem mais jovem. Apesar dos seus quarenta anos, nove filhos e toda a dureza da vida, tinham seus cabelos negros, pele morena, sem nenhuma marca da vida dura que levava no campo, e duas lindas tranças grossas sobre os ombros, herança do seu sangue indígena. Transbordava alegria por estar servindo a este propósito. Seu vestido, com motivos florais confeccionados por ela, a deixava em sintonia com a natureza ao redor, e por hábito usava um véu branco, presente da sua sogra de origem [luso-alemã, casada com Messias, seu sogro, o artesão de colchões de origem cabocla]. Ela o mantinha cobrindo sua cabeça enquanto permanecesse no templo. Estava grávida de nove meses, e acompanhada por seus três filhos mais novos. Como fazia todos os domingos, ela repartiria entre os membros presentes o bolo de fubá e o café com leite que ainda se mantinha quente dentro de bules de ágata sobre o fogão a lenha na pequena e bem arrumada cozinha nos fundos da igreja. Os bolos de fubá ainda exalavam o cheirinho da erva doce, que perfumava o ambiente, deixando todos salivando, enquanto dona Candida orava, agradecendo o alimento que estava sobre uma mesa de Jacarandá, os bolos e pães estavam coberto por guardanapos de linho bege bordados com o tema que ela mais gostava: as flores Maravilha.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015
O MENINO QUE QUERIA VOAR
TRECHO DO LIVRO
À noite, as novelas aguçavam a imaginação e os faziam esquecer, por algum tempo, da pobre existência. Ouviam horas a fio, à noite. Não teriam outro divertimento, não fosse esse rádio vermelho da marca G.E, chamado de rabo quente, que, quando esquentava, parava de funcionar. Além disso, a eletricidade era tão fraca quase não dava para ouvir as novelas da rádio nacional, torcer pelo herói, do rádio, Jerônimo, o “herói do sertão”, e o anjo e metralha heróis urbanos do famoso Teatro de Mistério da rádio nacional. Em noites quente do verão maldormidas sob os telhados de zinco, com goteiras para todos os lados quando chovia, a família superava estas mazelas com o bom humor. Todos cantarolavam as músicas que ouviam no rádio “a noite está tão fria. Chove lá fora” e completavam com e aqui dentro também,e quando esquentava o zinco do telhado, torrava os miolos pediam, “chove chuva chove sem parar” e faziam uma prece a Deus nosso senhor. O menino observava com angustia sua mãe, noites a fio, na sua máquina de costura a pedalando para colocar a comida na mesa ,ela poupava o pouco que tinha para poder comprar um cobertor para quando o inverno batesse a sua porta cheia de fendas onde o vento gelado da madrugada penetrava impiedosamente sobre o menino que dormia no chão frio sobre uma esteira . era o sacrifício de agasalhar com um coberto de flanela ,para um sonho acalentar na esperança de dias melhores para viver e fé em Deus para vencer “Ao soprar do vento, não há jardins nem flores, não derrube a rosa faceira o fruto e a flor da Mangueira”, dizia seu irmão Paulo em forma de música, no seu momento poético.
“Quando a rosa cair no chão espantará a dor e a tristeza, alegrando os corações”.
Das sombras da noite, surgiam figuras para aterrorizar os moradores; despertava do gueto o mal, oriundo das sombras da noite. Eles dominariam por algum tempo o poder local. Peixe, Alicate, Dejailson surgiram do nada e de repente eram donos do pedaço. Ele não entendia nem queria entender.
Quem os delegava tanto poder.
À noite, as novelas aguçavam a imaginação e os faziam esquecer, por algum tempo, da pobre existência. Ouviam horas a fio, à noite. Não teriam outro divertimento, não fosse esse rádio vermelho da marca G.E, chamado de rabo quente, que, quando esquentava, parava de funcionar. Além disso, a eletricidade era tão fraca quase não dava para ouvir as novelas da rádio nacional, torcer pelo herói, do rádio, Jerônimo, o “herói do sertão”, e o anjo e metralha heróis urbanos do famoso Teatro de Mistério da rádio nacional. Em noites quente do verão maldormidas sob os telhados de zinco, com goteiras para todos os lados quando chovia, a família superava estas mazelas com o bom humor. Todos cantarolavam as músicas que ouviam no rádio “a noite está tão fria. Chove lá fora” e completavam com e aqui dentro também,e quando esquentava o zinco do telhado, torrava os miolos pediam, “chove chuva chove sem parar” e faziam uma prece a Deus nosso senhor. O menino observava com angustia sua mãe, noites a fio, na sua máquina de costura a pedalando para colocar a comida na mesa ,ela poupava o pouco que tinha para poder comprar um cobertor para quando o inverno batesse a sua porta cheia de fendas onde o vento gelado da madrugada penetrava impiedosamente sobre o menino que dormia no chão frio sobre uma esteira . era o sacrifício de agasalhar com um coberto de flanela ,para um sonho acalentar na esperança de dias melhores para viver e fé em Deus para vencer “Ao soprar do vento, não há jardins nem flores, não derrube a rosa faceira o fruto e a flor da Mangueira”, dizia seu irmão Paulo em forma de música, no seu momento poético.
“Quando a rosa cair no chão espantará a dor e a tristeza, alegrando os corações”.
Das sombras da noite, surgiam figuras para aterrorizar os moradores; despertava do gueto o mal, oriundo das sombras da noite. Eles dominariam por algum tempo o poder local. Peixe, Alicate, Dejailson surgiram do nada e de repente eram donos do pedaço. Ele não entendia nem queria entender.
Quem os delegava tanto poder.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO
TRECHOS DO LIVRO
Governantes oriundos de
vários clãs, que se estabeleceram de forma obscura no poder por séculos, dizem
que não se pode mudar a história já escrita e consolidada, que não há como mudar
o destino de raças predestinadas a serem dominadas por outra raça supostamente superior,
como se fosse o destino que estabelecera tal ordem ao universo da humanidade, e,
portanto, se justificam, como se não houvesse injustiças cometidas por eles. Quando
julgados, não sentem culpa pelos crimes praticados ao longo dos anos de opressão.
Esses clãs não consideram que suas conquistas e suas riquezas tenham sido fruto
da espoliação das riquezas desses povos. Não consideram crimes seus erros
cometidos pela desumanidade,
agem como bárbaros, déspotas, tiranos, ditadores, e corruptos, que
não podem reparar o passado para construir o futuro, e devolver tudo que
tiraram por séculos de povos oprimidos- como dignidade, perseverança e autoestima.
Mas sempre haverá homens como Chacon, que
acreditam que se
pode escrever
uma nova história para o seu povo, fruto de uma luta democrática, de uma
consciência plena sobre seus direitos universais, como seres iguais perante a lei,
que um dia servirá para punir todos os tiranos, ditadores, corruptos.
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