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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O MENINO QUE QUERIA VOAR

Decepcionado com a concorrência desleal, ele voltava para casa
 frustrado e de mãos vazias. À noite, seu irmão brincava com uma pedra muito brilhante, que emitia uma luz própria quando colocada no escuro. Ele achara esta pedra no riacho em meio à tabatinga, guardava-a como talismã e a escondia de todos, como um bem muito precioso. Tempos depois, um homem de nome Rachid, que se dizia caixeiro via- jante, encontrou-se supostamente por acaso com seu irmão, que tinha a fama de o guri da pedra brilhante que vivia brincando com sua pedra brilhante dentro de uma caixa de madeira, que, por ser escura, iluminava seu interior. Rachid o cercou e pediu para apreciar sua pedra de brilho intenso, ficou impressionado com tamanha beleza e preciosidade, e, como bom vendedor,
 o convenceu a trocá-la por um par de galochas, maior que o seu pequenino pé.
Depois dessa barganha, nunca mais foi
visto no Morro do Fama, enquanto o menino da pedra
brilhante passou alguns anos medindo a galocha no seu
pé todos os dias. No entanto, nunca a calçou, pois seu pé
não cresceu o bastante. o menino observava sua mãe com
um olhar carinhoso e, preocupado com ela na sua tarefa
estafante de todos os dias, tentava ajudá-la na tarefa do
dia a dia. Ainda franzino, com suas pernas curtas e muito
pequeno ainda para tal trabalho, ele tentava inutilmente
acompanhar seu ritmo alucinante nas tarefas de debulhar
o milho para fazer o fubá, cortar a cana para colocar na
moenda, depois de extrair seu caldo, levar ao fogo para
se transformar em melado

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