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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Trecho do livro Trapaças do Destino Causa e Efeito

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TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO












Parecendo satisfeitos com o resultado, eles coçaram a cabeça e confabularam em tom baixo, para que ninguém ouvisse seus segredos e logo depois se retiraram, comentando entre si sobre o estado físico da vitima em local de risco. As nuvens se agruparam sobre a cidade e a chuva começou a cair, apagando rastros na noite, mas não com a intensidade anunciada, deixando pistas para trás. Mais adiante, a jovem estava tentando dormir, protegendo-se do frio com folhas de papelão, recostada na porta de entrada do ministério do trabalho. Uma hora depois, sem conseguir pegar no sono, ela acordou, trêmula e assustada com o intenso tráfego de caminhões e tanques de guerra, que trafegavam pela contramão, na rua Primeiro de Março. O forte pisar da tropa de soldados em marcha na cidade vazia ecoava de forma uníssona em seus ouvidos. Eles passavam olhando aquele ser envolto em folhas de papelão de listras amarelas e verdes. Seguiam uniformes, empunhando seus fuzis com baionetas que, de tão próximas da jovem, resvalavam em sua cabeça. Temerosa por sua vida e impressionada por tamanho aparato, ela permanecia inerte, como se morta estivesse. Olhares vindos de cima com pouca capacidade de avaliação avalizavam os riscos da sua presença, temerosos por qualquer reação contrária às suas ações, pois parecia, naquele momento, que todos eram inimigos antes de provarem ao contrário. Por isso, analisavam curiosos aquele frágil ser, temendo uma possível reação, mas, devido a seu estado físico aparente, perceberam que não representava nenhuma ameaça, e todo o resto da tropa passava ignorando-a, pois a sua presença não era ameaçadora. Sem a mínima noção do que se passava ao seu redor, ela simplesmente temia pela sua vida, pois eles a deixaram sobressaltada pela atitude arrogante com que passavam resvalando em seu corpo de maneira acintosa e provocante, desdenhando daquela pobre jovem mulher de pele morena cabelos longos e negros, que aparentava ter no máximo 16 anos. Apesar de sua boa aparência, suas roupas surradas escondiam a sua juventude e beleza, e só deixavam à mostra o que aparentava ser uma moradora de rua. Depois de acordar desse suposto pesadelo, ela recostou-se na parede que estava pichada acima da sua cabeça com letras garrafais de cor vermelha e desenhos de foice e martelo, com a frase “Abaixa a Ditadura”. Ela levantou-se e caminhava cabisbaixa por mais um quarteirão. Abalada com todo esse movimento a sua volta ela sentia os movimentos em seu ventre, estava consciente que nessa noite de inverno intenso, carregava consigo o fruto da maldade é a dor da incerteza. Nessa noite a temperatura provavelmente beirava a 15º, e parecia congelar seus pensamentos. Seu queixo batia debaixo do cobertor rasgado e gasto que ela achara na rua. Ela parecia desconexa vivendo nesse clima sombrio e tenso, que tomava conta da cidade e passava por momentos de grandes incertezas políticas. Ela estava alheia a tudo isto e há dias tentava somente ter direito à vida e sobreviver a esse momento crucial da sua gestação. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME













Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas.

A chuva aperta e as nuvens negras tomam conta do céu da cidade de Rio de
Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro:
– Vamos com calma, Ribeiro. Com essa chuva ninguém vai sair por aí correndo
que nem louco, nem os bandidos vão se arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano e ordena a Ribeiro a inversão na captura.
Faz uma rápida leitura no GPS do carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota
que o bairro Marrom (antigo bairro Kalege) não seria uma rota possível. E assim,
conhecedor das fugas de bandidos tão experientes, ele age ao contrário do que sugere a
informação do detetive Romão. Como estavam com o carro descaracterizado, poderiam
se posicionar exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao antigo bairro
Kalege. Provavelmente a rota de fuga seria a Avenida Azul-Petróleo (antiga Avenida do
Estado), que era a única opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
– Vamos fechar a avenida? – pergunta o detetive Ribeiro.
– Não quero abordagem, vamos deixar os carros passarem e os seguimos –
ordena o delegado.
– Não estou entendendo, chefe! Qual é o plano?
– Simples: somos dois e não sabemos quantos assaltantes são. O Romão sugeriu
outra direção, mas meu palpite é de que eles passarão por aqui e estaremos bem
posicionados. Vamos segui-los sem levantar suspeita e talvez possamos desvendar, de
vez, o mistério de tantos assaltos sem nenhuma prisão feita antes de eu vir para esta
delegacia.
– Como assim, delegado?
– Vê se você me entende, Ribeiro... A ideia é localizar o esconderijo da
quadrilha, onde provavelmente o Romão faz a partilha do roubo. Assim se explica
porque eles são bem-sucedidos em suas investidas, já que o esconderijo deve estar longe
da cidade. Quando os localizarmos, vamos acionar a delegacia local, faremos um cerco

e tentaremos prender todos juntos







JOGO SUJO CIDADE DO CRME













Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas.

A chuva aperta e as nuvens negras tomam conta do céu da cidade de Rio de
Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro:
– Vamos com calma, Ribeiro. Com essa chuva ninguém vai sair por aí correndo
que nem louco, nem os bandidos vão se arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano e ordena a Ribeiro a inversão na captura.
Faz uma rápida leitura no GPS do carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota
que o bairro Marrom (antigo bairro Kalege) não seria uma rota possível. E assim,
conhecedor das fugas de bandidos tão experientes, ele age ao contrário do que sugere a
informação do detetive Romão. Como estavam com o carro descaracterizado, poderiam
se posicionar exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao antigo bairro
Kalege. Provavelmente a rota de fuga seria a Avenida Azul-Petróleo (antiga Avenida do
Estado), que era a única opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
– Vamos fechar a avenida? – pergunta o detetive Ribeiro.
– Não quero abordagem, vamos deixar os carros passarem e os seguimos –
ordena o delegado.
– Não estou entendendo, chefe! Qual é o plano?
– Simples: somos dois e não sabemos quantos assaltantes são. O Romão sugeriu
outra direção, mas meu palpite é de que eles passarão por aqui e estaremos bem
posicionados. Vamos segui-los sem levantar suspeita e talvez possamos desvendar, de
vez, o mistério de tantos assaltos sem nenhuma prisão feita antes de eu vir para esta
delegacia.
– Como assim, delegado?
– Vê se você me entende, Ribeiro... A ideia é localizar o esconderijo da
quadrilha, onde provavelmente o Romão faz a partilha do roubo. Assim se explica
porque eles são bem-sucedidos em suas investidas, já que o esconderijo deve estar longe
da cidade. Quando os localizarmos, vamos acionar a delegacia local, faremos um cerco

e tentaremos prender todos juntos







TRAMA DA VIDA

Eram exatamente 4h30 da manhã, o silêncio só era quebrado pelo vento uivante da madrugada. E nessa casa de dois andares estilo colonial, si...