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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

terça-feira, 25 de março de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR

Em um domingo alvissareiro de 1949. Eram sete horas da manhã, na estrada de maravilha as dormideiras acordavam com os primeiros raios de sol que penetram entre os galhos do pé de Mulungu onde as maitacas faziam algazarra, acordando o dorminhoco tatu-canastra, que repousava em sua toca, abaixo do campo de cereais, aparentemente exausto, depois de uma cansativa noite de caça. Os gaviões faziam voos rasantes, tentando pegar calangos, que saíam das tocas em busca do calor do sol na pequena formação rochosa. Longe do perigo, em uma frondosa castanheira, a juriti-gemedeira ajeitava seus ovos no ninho.

TRECHOS DO LIVRO   O MENINO
QUE QUERIA VOAR

O encadeamento de episódios fez desta região, no passado, um lugar de relatos inusitados, e todo encantamento desse lugar despertava um desejo incomum. Esses episódios produziam certa alucinação nos seus moradores, que de vez em quando se sentiam incorporados e transformavam-se em atores coadjuvantes da trama, na cinemática da vida, papel desejado por eles, que, de alguma forma, pressentiam que a natureza, além de protagonista era quem produzia o cenário, determinava o roteiro e dirigia as ações no dia a dia das suas vidas. Essa magia parecia estar de alguma forma, conspirando para agraciar esta região, e seus habitantes agradeciam constantemente essa dádiva, pois faziam parte desse momento mágico, estavam agregados à natureza prodigiosa, rica em fatos extraordinários, que davam sentidos às suas vidas e asas à sua fértil imaginação.

NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO.

Em seguida, murmuraram em seu ouvido com vozes que ecoavam em seu cérebro, aconselhando-o a não retirar o ouro deles ou na próxima vez seria enterrado vivo juntos com os caldeirões.


 Quando questionado pela plateia se viu algum rosto de escravo, Zé Queiroga afirmava que só viu vultos disformes. Em seguida, foi induzido a um sono profundo, e no dia seguinte acordou somente ao entardecer sem as correntes em seu corpo, pensando ter tido um pesadelo foi procurar as pepitas, mas elas haviam desaparecido com o caldeirão

O MENINO QUE QUERIA VOAR

domingo, 23 de março de 2014

próximo LIVRO TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO.

QUEM NÃO GOSTARIA DE PREVER SEU FUTURO?
As respostas de Muitas pessoas para esta pergunta que intriga e aguça a mente de quase todos os seres humanos com certeza seria, Eu! Talvez essas pessoas tenham a coragem e a determinação de aceitarem o que o destino lhes reserva. E por estarem convictos de que não temeria as possíveis revelações DOS VIDENTES com o futuro e os prognósticos, favoráveis ou não. Certamente não temeriam por buscarem essa forma de anteciparem o inusitado, eles provavelmente aceitariam e ficariam confiantes. e levariam a diante as suas vidas, ACREDITANDO sempre EM POSSÍVEIS DESFECHOS FAVORÁVEIS independentes do momento obscuro em que estivessem vivendo ou teriam que passar. Provavelmente não temeriam  e seguiriam em frente aguardando o que estaria por vir.

TRECHOS DE TRAPAÇAS  DO DESTINO.

Ano1963.No centro da cidade na Cinelândia ás 6,00 da manhã.
 A jovem reergueu a sua cabeça, enxugou suas lagrimas suspirou fundo. Parecia estar olhando os monumentos  ao redor ou talvez esperando um aviso do além para tomar uma direção pois não conhecia nada na cidade. Para ela um mundo estranho , mas não tinha a sensação de estar sozinha devido ao grande trafego de carros e pessoas que começavam a se aglutinar.

 Com a noite chegando ela procura um abrigo para passar mais uma noite ao relento. Tentava aconchegar-se em baixo de uma marquise, pois o tempo anunciava  uma tempestade. Já passava das 9hs da noite, a cidade adormecera  mais cedo. Nesse dia as ruas estavam desertas, poucos carros circulavam pelo centro da cidade, os bares nas redondezas estavam vazios como a alma de alguns poucos passantes proibidos de aglomerarem-se, como era o hábitos das pessoas nós finais de semana, especialmente as sextas feira na Cinelândia. 

TRECHOS DO LIVRO TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

1964 Rio de Janeiro.
Por ordem do governo constituído o cinema Odeon não teria a sessão das dez, deixando os casais de namorados frustrados por não terem direito ao escurinho do cinema. Lamentavelmente para o publico em busca de lazer e boêmios das noites carioca. Os teatros e boates dos arredores estavam sob um toque de recolher. Artistas fechavam desiludidos seus camarins, enquanto músicos guardavam seus instrumentos desolados, prostitutas e gigolôs deixavam as ruas, recolhiam-se aos prostíbulo a espera de clientes sigilosos. O céu se fechava com trovoadas e raios  e ameaçadoras descargas elétricas, era o prenúncio de tempestade