Em um domingo alvissareiro de 1949. Eram sete
horas da manhã, na estrada de maravilha as dormideiras acordavam com os
primeiros raios de sol que penetram entre os galhos do pé de Mulungu onde as maitacas
faziam algazarra, acordando o dorminhoco tatu-canastra, que repousava em sua
toca, abaixo do campo de cereais, aparentemente exausto, depois de uma
cansativa noite de caça. Os gaviões faziam voos rasantes, tentando pegar calangos,
que saíam das tocas em busca do calor do sol na pequena formação rochosa. Longe
do perigo, em uma frondosa castanheira, a juriti-gemedeira ajeitava seus ovos
no ninho.
TRECHOS DO LIVRO O MENINO
QUE QUERIA VOAR
O encadeamento de episódios fez desta região, no passado, um lugar de relatos inusitados, e todo encantamento desse lugar despertava um desejo incomum. Esses episódios produziam certa alucinação nos seus moradores, que de vez em quando se sentiam incorporados e transformavam-se em atores coadjuvantes da trama, na cinemática da vida, papel desejado por eles, que, de alguma forma, pressentiam que a natureza, além de protagonista era quem produzia o cenário, determinava o roteiro e dirigia as ações no dia a dia das suas vidas. Essa magia parecia estar de alguma forma, conspirando para agraciar esta região, e seus habitantes agradeciam constantemente essa dádiva, pois faziam parte desse momento mágico, estavam agregados à natureza prodigiosa, rica em fatos extraordinários, que davam sentidos às suas vidas e asas à sua fértil imaginação.
NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO.
Em seguida, murmuraram em seu ouvido com vozes que ecoavam em seu cérebro, aconselhando-o a não retirar o ouro deles ou na próxima vez seria enterrado vivo juntos com os caldeirões.
Quando questionado pela plateia se viu algum rosto de escravo, Zé Queiroga afirmava que só viu vultos disformes. Em seguida, foi induzido a um sono profundo, e no dia seguinte acordou somente ao entardecer sem as correntes em seu corpo, pensando ter tido um pesadelo foi procurar as pepitas, mas elas haviam desaparecido com o caldeirão
TRECHOS DO LIVRO O MENINO
QUE QUERIA VOAR
O encadeamento de episódios fez desta região, no passado, um lugar de relatos inusitados, e todo encantamento desse lugar despertava um desejo incomum. Esses episódios produziam certa alucinação nos seus moradores, que de vez em quando se sentiam incorporados e transformavam-se em atores coadjuvantes da trama, na cinemática da vida, papel desejado por eles, que, de alguma forma, pressentiam que a natureza, além de protagonista era quem produzia o cenário, determinava o roteiro e dirigia as ações no dia a dia das suas vidas. Essa magia parecia estar de alguma forma, conspirando para agraciar esta região, e seus habitantes agradeciam constantemente essa dádiva, pois faziam parte desse momento mágico, estavam agregados à natureza prodigiosa, rica em fatos extraordinários, que davam sentidos às suas vidas e asas à sua fértil imaginação.
NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO.
Em seguida, murmuraram em seu ouvido com vozes que ecoavam em seu cérebro, aconselhando-o a não retirar o ouro deles ou na próxima vez seria enterrado vivo juntos com os caldeirões.
Quando questionado pela plateia se viu algum rosto de escravo, Zé Queiroga afirmava que só viu vultos disformes. Em seguida, foi induzido a um sono profundo, e no dia seguinte acordou somente ao entardecer sem as correntes em seu corpo, pensando ter tido um pesadelo foi procurar as pepitas, mas elas haviam desaparecido com o caldeirão
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