O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Nas asas da imaginação, nasce um desejo prematuro, presságio de novos tempos. Diz a lenda que, nesse lugar de origem de histórias e magias, nunca houve limites nem idade para determinados sonhos. Esses nasceram de forma inusitada e perduraram por décadas, mas somente para alguns nativos tornaram-se verdadeiros e concretos. Comprovadamente, muitos desejos e sonhos sobreviveram ao tempo, ganhando vida ao serem alimentados ao longo dos anos por realidade ou fantasia. Não importa a fonte e não existe maneira de proibi-los. Sonhos são enigmas que regem a natureza humana; eles brotam em turbilhões, renascem das cinzas e se tornam reais, transcendem a fantasia e, com o tempo, ganham asas, alçam voos.

O menino era alimentado na rica fonte do imaginário popular e,

principalmente, das muitas lembranças do passado de uma criança que muito cedo aprendera a voar. Esse rico cenário tem como referência a cidade onde o menino nasceu. Ele ouvia, com a curiosidade de quem necessitava reviver seu passado, as histórias da sua família e relatos de lendas e magia que eram compartilhados com seus irmãos em noites de chuva, quando se reuniam na pequena sala, onde todos se agrupavam em volta do rádio para ouvir o programa Teatro de Mistério da Rádio Nacional, nos anos cinquenta.Como habitualmente ocorria nessa época,faltava luz,quase sempre nomelhor dadramaturgia. Era nesse momento oportuno, que seu irmão mais velho, o contador de contos de terror, com seu acervo de histórias da região surgia no escuro para contar seus “causos” da infância, repletos de mistérios. Gostava de amedrontar os pequenos, em noites de chuva, principalmente, no breu que tomava conta da humilde casa em que eles viviam no Rio de Janeiro, em 1957, cenário propício para narrar o passado fantasmagórico do Morro do Fama. Assim, manteve suas lembranças vivas. Ouvir essas histórias, para ele, era como beber a água da fonte do pequeno riacho da sua infância, saciar sua sede do passado e manter-se ligado, efetivamente, a esse lugar de boas lembranças, que dava prazer à sua alma e asas ao seu sentido.

ACASO DO DESTINO.

ACASO DO DESTINO. TRECHOS do livro. Jorge olhou para cara do leiteiro, que ele chamava de Galego, e disse, meio puto da vida: – Vai pastar com as vacas, Galego, antes que eu te mande ir praquele lugar. – Mas o leiteiro parecia que estava a fim de azucrinar com o motorista e continuou: – Tá zangado hoje porque teve que acordar tão cedo, é, amigão? Eu sei que essa é a dura realidade do meu amigo Jorge, e que a rotina cansa, e pelo jeito só pode ser para levar a madame mais uma vez ao Aeroporto. Ou meu amigo Jorge tá dando uma de esperto e vai fugir com alguém na surdina, hein, malandro? Me conta vai? O motorista soltando fumaça pelo nariz, pois já havia acendido outro cigarro, olhou para o leiteiro com cara de poucos amigos e pensou em mandá-lo plantar batatas ou coisa pior, mas preferiu fazer uma careta e não responder, ignorando-o. O leiteiro, percebendo que ele realmente estava de mau humor, se dirigiu até a carrocinha parada do outro lado da rua, em frente à casa do voyeur,que voltara a bisbilhotar da varanda da sua casa com o binóculo, em mais uma tentativa de ver a patroa do Jorge aparecer de robe transparente. O leiteiro olhou pra cima e chamou a atenção do Jorge, apontando na sua direção, dizendo: – Já percebeu esse vizinho bisbilhotando a casa da sua patroa? ​Jorge diz entre os dentes: – O que é dele está guardado, a dona Hortência já comunicou ao seu pai que vai dar uma dura nele em breve, ele acha que deve ser comunista, e, se for, tá ferrado de vez. ​O leiteiro olha de novo e diz: – Meu amigo Jorge está enganado. Essa cara dele é de tarado, safado, e essa de espião comunista morando em mansão em Santa Teresa, me desculpe, Jorge, mas essa mania do pai da sua patroa de achar que todo mundo é comunista tá virando uma paranoia nesse país. Até se fosse você com essa cara de mané tarado seria taxado de comunista. Bem, eu não acredito que ele seja, só pelos gestos dele alisando as partes baixas enquanto olha pelo binóculo deixa bem claro, deve ser é tarado mesmo, voyeur, pois geralmente quem é tarado não pensa em política, só em sacanagem, MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (p. 14). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle. MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (pp. 13-14). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle. MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (p. 13). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle.

DO MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS. MEU TEXTO EM CONTEXTO.

MEU TEXTO EM CONTEXTO. 

O que germina da semente do bem e do mal, determina a trajetória dos seres humanos no mundo real.

Sabemos que, a semente da verdade demora a germinar, pois precisam estarem semeadas e bem  plantadas em terras  férteis e sempre bem cuidadas, e que sejam regadas diariamente  por pessoas de boa índole sem encharcar seu solo desnecessariamente. E devem ser também plantadas naquelas  terras  que  tenham sido outrora  cultivadas e irrigadas  com inverdades, e contaminadas por discórdias e mentiras,  essas. Primordialmente,  devem  receber contidades substânciais de   sementes do bem . Pois   no tempo certo germinará e proverá seus frutos sadios. E no  tempo da colheita seus frutos vistosos e benignos alimentará seus necessitados consumidores, proporcionando-lhes a saúde mental, sabedoria, altivez, glória eterna e paz duradoura que tanto necessitam. 

Já as sementes da mentira germina rapidamente, proporcionando aos seus semeadores,  coletores   seguidores e todos aqueles que dão preferência aos  frutos da semente da mentira, buscam  o prazer bestial de desgustar e saciar sua sede de discórdias. Mas, em busca desse prazer efêmero do orgasmo da ira como se fosse uma vitória divina,  consequentemente serão acometidos de volúpia  exacerbada,  ao desejar  ver a desgraça dos supostos inimigos ilusórios, causando devaneios, delírios e descontrole emocional, que causam ideias distorcidas da realidade do mundo,  e consequentemente atitudes irracionais tais como:   surtos psicóticos, a raiva em demasia,  que sempre acarreta transtornos e consequências irreversíveis ao cérebro humano, deixando sequelas no  sistema cognitivo. Além de provocar mortes súbitas, derrame, infarto e suicídio ou se tornam assassinos em potencial. 

João MC.Jr. .

João MC.Jr. .

ACASO DO DESTINO.

Eram exatamente 4h30 da manhã, o silêncio só era quebrado pelo vento uivante da madrugada. E nessa casa de dois andares estilo colonial, situada no bairro de Santa Teresa, a luz da lua refletia sobre o pátio da casa e iluminava a silhueta de um homem a deambular na parte internada da mansão. Essa misteriosa silhueta remetia quem a visualiza-se a pensar que se tratava de um intruso invadindo uma propriedade para um provável furto, algo que ocorria eventualmente nessa região das mansões do Rio; por esse motivo o vizinho xereta não desgrudava os olhos nem da varanda nem da silhueta misteriosa. Mas a noite tem seus mistérios, segredos e armadilhas, que nem sempre são o que nós pensamos ser. A sutileza e a descontraída desenvoltura da misteriosa silhueta deixava claro que, apesar do mistério a que remetia seu comportamento, não era o que parecia ser, e as suspeitas se dissipavam ao perceber o misterioso vulto cruzar calmamente no seu caminho com dois enormes cães da raça Dobermann, os guardiões ferozes da mansão, que não esboçaram nenhuma reação e permaneceram com olhar sonolento, deitados e inertes. O máximo que os cães se propuseram a fazer foi simplesmente acompanhar com o olhar a figura do homem a passear nas sombras da noite tranquilamente, sem se preocupar com a reação das feras. E essa interação com as feras desfazia de uma vez por todas a suspeita de que era um intruso. Toda essa ação recíproca ia deixando bem claro tratar-se de alguém que conhecia o terreno onde pisava. E, desfeito o mistério, a suposta misteriosa silhueta, ao chegar perto da iluminação que emanava dos lampadários, revelou-se. Pôde-se ver que era o chofer da família que circulava naquela madrugada de lua cheia, propicia a voos rasantes de morcegos hematófagos, que ajudavam a criar uma atmosfera fúnebre,  ainda mais com a neblina que cobria parte da casa e a temperatura baixa com ventos uivantes e cortantes. E, se não fosse pela exuberante cor rosa-choque da mansão, que ajudava a desfazer essa má impressão, a  ideia que ficaria no ar é de que se tratava de uma casa mal-assombrada e assustadora, ou de uma casa habitada por espíritos do mal, ou provavelmente seria propriedade de alguns ilustres moradores misteriosos. O voyeur desiludido e cansado de esperar pela dama da madrugada, como ele gostava de imaginar a vizinha de robe rosa, e convicto de que nada era o que parecia ser, ele resolve se retirar da varanda, entrar em sua casa e talvez esquecer do que ocorria no vizinho.

Estaria a civilzação prestes a desaparecer O SEGREDO A CURA desvenda o futuro da humanidade. Ficção , amor e aventura futurista... Meses depois, Jordan estava em Berlim, Alemanha. Ele e sua namorada, Mercedes, caminhavam pela rua principal de Berlin, no meio da passeata de protesto contra a poluição global, organizada por uma ONG alemã. Caminhavam de braços dados, sorridentes, pela Unter den Linden, e seguiam gritando palavra de ordem contra os poluidores do planeta. Alguns grupos de extrema-direita nazi-fascistas se uniram e defendiam o outro lado, organizados por grupos paramilitares que se intitulavam membros da Nova Ordem Mundial. Traziam a sigla N.O.M. no peito e, nas costas, as suásticas nazistas. Eles estavam a dois quarteirões dali em um protesto de apoio às empresas, com cartazes defendendo os poluidores. Alegavam que tais empresas lhes garantiam o emprego, a segurança familiar e os protegiam de imigrantes ilegais em seu território. Pela fúria com que se dirigiam contra os ambientalistas, uma tragédia estava prestes a ocorrer, mas a polícia local não interveio para evitar o encontro entre esses grupos opostos. Ao encontrarem-se no centro da cidade, o inevitável veio a ocorrer: o confronto provocado pelos nazis. Armados de porretes e correntes, eles partiram para cima dos defensores da natureza gritando palavras de ordem e agredindo todos que encontravam pela frente. A polícia presente não interferiu por algum tempo e os ativistas verdes, como eram chamados, foram dispersos agressivamente. Na correria, Jordan se perdeu de Mercedes. Cansou de procurar e de perguntar aos amigos de passeata, que também estavam apavorados com tanta violência e não souberam lhe informar. Ele ficou, então, sem notícias dela, https://www.google.com/search?q=o+segredo+a+cura&rlz=1C1GCEA_enBR1004BR1004&oq=&aqs=chrome.1.35i39i362l7j46i39i362.179272373j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8#:~:text=O%20Segredo%20a%20Cura%20%7C%20Amazon,Segredo%2DCura%2DJo%C3%A3o%2DM%2DJrJr, João M. C.. O segredo, a cura (pp. 16-17). Autografia. Edição do Kindle. Jr, João M. C.. O segredo, a cura (p. 16). Autografia. Edição do Kindle.

O SEGREDO A CURA

Estaria a civilização preste a desaparecer?

Enquanto Jordan e Emma pareciam viver no paraíso, o mundo não deixava de mergulhar em um abismo. Os membros da Nova ordem estavam acelerando por todo o mundo uma corrida para construções de naves com capacidade de voo até Marte, onde já havia uma base para centenas de pessoas viverem por alguns anos. E tudo isso porque sabiam que era eminente o choque de asteroides de tamanho descomunal, que provocariam uma tragédia inevitável. A população não tinham conhecimento da gravidade, pois eles não divulgavam.
Quanto à Suíça, ela tinha seus abrigos aparentemente bem estruturados, mas para uma possível guerra nuclear e ninguém sabia se suportaria tamanho impacto. Eles eram distribuídos por todas as cidades, desde a guerra fria, como uma fortaleza da era da paranoica eminência de guerra contra o Oriente, o que não passou de uma propaganda contra os árabes da Síria e Irã, promovida pela Nova Ordem para justificar as invasões posteriores. Eles não haviam se alinhado a essa nova política mundial e foram quase dizimados nos anos 30 d.C.

REFLEXÃO

PARADOXO.

PARADOXO.

Reflexões sobre uma das Verdades absolutas.

 “O nosso tempo”. Cada um dos seres viventes  tem seu próprio tempo mas, nenhum de nós saberá quanto tempo  verdadeiramente teremos ao longo da vida, o tempo não se revela para nenhum de nós. O tempo  foi o passado é o  presente e pode ser o futuro, mas,  determinado por si mesmo, e não sabemos se será o nosso futuro, ele é absoluto, contínuo e infinito, portanto o senhor de si mesmo, e por isso, ninguém está ou vive fora do seu espaço-tempo. E a constatação é  que, não á fuga dessa realidade, somos prisioneiros do nosso tempo, e consequentemente vivemos presos somente ao nosso tempo, que é inevitavelmente determinado pelo  tempo que ele nos dá de vida. Mas  para alguns  que marcaram o seu tempo na história, restará somente o registro da memória dos seus feitos, perpetuados através do tempo.” . 

João MC.Jr.

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS.

Pinturas.

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS.

ACASO DO DESTINO.

A luz da lua o guiava até seu suposto destino, os fundos da mansão, onde se localizavam a lavanderia e os quartos dos empregados, que ficavam junto à garagem da mansão. Nesse instante um gato atravessou a sua frente rapidamente, pulando e perseguindo uma mariposa que voava perto da luz. Ele parou por alguns segundos para observar a tentativa aparentemente inútil do gato, que pulava tentando alcançá-la no ar. Ele olhou para o felino e pensou em voz baixa: – Que gato idiota, querendo voar por causa de uma mariposa. Em seguida deu mais alguns passos e parou em frente a um dos quartos que tinha o número 1 na porta e a segurou, forçando a  maçaneta, tentou abri-la, mas estava trancada, então, como se não quisesse que outras pessoas ouvissem sua voz e despertassem com o barulho na silenciosa, escura e sombria madrugada, deu com as pontas dos dedos uma leve batida na porta e ficou olhando pelo buraco da fechadura. No entanto, a escuridão do quarto não permitia que ele visse o que se passava em seu interior. O chofer ficou irritado com a demora à sua chamada e voltou a bater na porta com mais força. Sem respostas à sua investida mais agressiva, MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (p. 10). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle.

ACASO DO DESTINO.

Ano 1963. centro da Cidade do Rio de Janeiro. 

Segunda-feira, 23 de dezembro, 

quatro horas da tarde.No centro da cidade, o povo vivia a expectativa de novos tempos com a proximidade do Natal e do Ano-Novo. A política no país capengava com incertezas e rumores, mas o povo mantinha 

as esperanças em dias melhores, pois era a semana do Natal, e o 

espírito cristão e natalino ainda predominavam sobre a maioria das pessoas, fazendo com que esquecessem por alguns instantes das agruras do mundo. As lojas estavam enfeitadas para o Natal,com presépios retratando o nascimento do menino Jesus. Nas vitrines das lojas, bolas coloridas e luzes piscavam em ritmo cadenciado nas árvores natalinas, iluminando o Papai Noel e suas renas, embalados por músicas de Natal que ecoavam nas ruas, vindo das lojas de nome Rei da Voz, e davam o clima festivo do mês de dezembro. “Jingle Bells” era a música que tocava na maioria das lojas do cen-tro da cidade. A multidão aglomerada em busca de novidades se acotovelava nas lojas de discos, pois as vendas demúsicas natalinas aumentavam com novos lançamentos e a maioria dessas pessoas preferia “Noite Feliz”, escrita em 1818 pelo padre Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber. O clima era contagiante em toda cidade e principalmente nas ruas da Alfândega e Sete de Setembro, onde a maioria das lojas se concentravam, por  esse motivojá estavam cheias de homens, mulheres e crianças aparentemente felizes, na 

sua maioria consumidores em busca de presentes. As pessoas se aglomeravam em frente às vitrines de joalherias, e a jovem ficava de olhos bem abertos, vidrados e arregalados, admirando os homens comprando colares para suas mulheres ou amantes. Proeminentes senhoras da alta sociedade, ávidas por novidades, enchiam os maga-zines do centro da cidade e carregavam a tiracolo suas empregadas

para carregarem suas compras.

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS.

MEU PENASAR, CONTOS PROSAS E POEMAS. Cresci no beco, sem saída, da escuridão vi a janela pra vida. Criei asas na imaginação, sem pensar na solidão. Forjei nas sombras, a luz da vida, em passos lentos curei feridas. Cultivei as plantas nos jardins do saber, abrindo a mente para o um novo amanhecer. Brotei em campos, semeando amor, despendido de sofrimento e dor. Sou a flor do cerrado, o rio açoreado de um tempo de confronto, de seres desnorteado, vivendo em um mundo, devastado. Cresci em campos, semeando amor, despendido de sofrimento e dor. João Manoel da Costa jr. REVISADO ANTOLOGIA DE JOÃOM.C.Jr VOLUME Meu Pensar. 2 (Locais do Kindle 71-75). Edição do Kindle.