Pinturas.

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS.

ACASO DO DESTINO.

A luz da lua o guiava até seu suposto destino, os fundos da mansão, onde se localizavam a lavanderia e os quartos dos empregados, que ficavam junto à garagem da mansão. Nesse instante um gato atravessou a sua frente rapidamente, pulando e perseguindo uma mariposa que voava perto da luz. Ele parou por alguns segundos para observar a tentativa aparentemente inútil do gato, que pulava tentando alcançá-la no ar. Ele olhou para o felino e pensou em voz baixa: – Que gato idiota, querendo voar por causa de uma mariposa. Em seguida deu mais alguns passos e parou em frente a um dos quartos que tinha o número 1 na porta e a segurou, forçando a  maçaneta, tentou abri-la, mas estava trancada, então, como se não quisesse que outras pessoas ouvissem sua voz e despertassem com o barulho na silenciosa, escura e sombria madrugada, deu com as pontas dos dedos uma leve batida na porta e ficou olhando pelo buraco da fechadura. No entanto, a escuridão do quarto não permitia que ele visse o que se passava em seu interior. O chofer ficou irritado com a demora à sua chamada e voltou a bater na porta com mais força. Sem respostas à sua investida mais agressiva, MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (p. 10). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle.

ACASO DO DESTINO.

Ano 1963. centro da Cidade do Rio de Janeiro. 

Segunda-feira, 23 de dezembro, 

quatro horas da tarde.No centro da cidade, o povo vivia a expectativa de novos tempos com a proximidade do Natal e do Ano-Novo. A política no país capengava com incertezas e rumores, mas o povo mantinha 

as esperanças em dias melhores, pois era a semana do Natal, e o 

espírito cristão e natalino ainda predominavam sobre a maioria das pessoas, fazendo com que esquecessem por alguns instantes das agruras do mundo. As lojas estavam enfeitadas para o Natal,com presépios retratando o nascimento do menino Jesus. Nas vitrines das lojas, bolas coloridas e luzes piscavam em ritmo cadenciado nas árvores natalinas, iluminando o Papai Noel e suas renas, embalados por músicas de Natal que ecoavam nas ruas, vindo das lojas de nome Rei da Voz, e davam o clima festivo do mês de dezembro. “Jingle Bells” era a música que tocava na maioria das lojas do cen-tro da cidade. A multidão aglomerada em busca de novidades se acotovelava nas lojas de discos, pois as vendas demúsicas natalinas aumentavam com novos lançamentos e a maioria dessas pessoas preferia “Noite Feliz”, escrita em 1818 pelo padre Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber. O clima era contagiante em toda cidade e principalmente nas ruas da Alfândega e Sete de Setembro, onde a maioria das lojas se concentravam, por  esse motivojá estavam cheias de homens, mulheres e crianças aparentemente felizes, na 

sua maioria consumidores em busca de presentes. As pessoas se aglomeravam em frente às vitrines de joalherias, e a jovem ficava de olhos bem abertos, vidrados e arregalados, admirando os homens comprando colares para suas mulheres ou amantes. Proeminentes senhoras da alta sociedade, ávidas por novidades, enchiam os maga-zines do centro da cidade e carregavam a tiracolo suas empregadas

para carregarem suas compras.

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS.

MEU PENASAR, CONTOS PROSAS E POEMAS. Cresci no beco, sem saída, da escuridão vi a janela pra vida. Criei asas na imaginação, sem pensar na solidão. Forjei nas sombras, a luz da vida, em passos lentos curei feridas. Cultivei as plantas nos jardins do saber, abrindo a mente para o um novo amanhecer. Brotei em campos, semeando amor, despendido de sofrimento e dor. Sou a flor do cerrado, o rio açoreado de um tempo de confronto, de seres desnorteado, vivendo em um mundo, devastado. Cresci em campos, semeando amor, despendido de sofrimento e dor. João Manoel da Costa jr. REVISADO ANTOLOGIA DE JOÃOM.C.Jr VOLUME Meu Pensar. 2 (Locais do Kindle 71-75). Edição do Kindle.

os usurpadores.

Um vento frio soprava naquela noite de inverno, no céu uma pequena nuvem negra encobria uma parte da lua cheia sobre a fazenda. Na cidade, moradores se recolhiam as suas casas mais cedo do que o habitual, espalhava-se entre os boias-frias naquela noite mais um boato de magia e terror, os boatos apavoravam os trabalhadores da fazenda que sumiam num piscar de olhos após noites de lua cheia. De volta da casa comunitária onde tentou falar com seus pais, Venâncio para por um instante, olha para o céu nublado, pensativo ele estava em frente à sua casa, a casa do administrador como ele a chamava, com orgulho onde ele mora, apreensivo olha para a sacada da casa principal da fazenda, que fica a uns duzentos metros, a luz do lampião a gás ilumina a silueta de Samara Aranha, esse era o nome da irmã de Lancarto, ela parecia olhar em sua direção, sua roupa semitransparente mostra um corpo perfeito Junior, JOÃO MC.. OS USURPADORES (01) (p. 61). JOÃO COSTA. Edição do Kindle.

OS USURPADORES.

Venâncio realmente desconhecia todo aquele modo misterioso de vida dos Lancarto, mas tentava mostrar interesse quando se tratava do poder das forças ocultas, disfarçava sua ignorância a respeito dos assuntos políticos, respondia sempre com frases curtas, e olhando sempre nos olhos de Samara Lancarto, Venâncio parecia firme nas suas respostas para não levantar suspeita, mas ao mesmo tempo gostava da curiosidade despertada por Samara, era uma boa desculpa para ele fitar os seus olhos e admirar aquela beleza cheia de sortilégio, seu sorriso de Monalisa irradiava beleza ao mesmo tempo em que causava temor, enquanto ela falava seus olhos pareciam mudar de cor como se tivesse lendo a sua mente, enquanto isso, seu irmão Lancarto simplesmente ouvia e parecia anotar discretamente alguma coisa em um pequeno diário de capa vermelha. Alimentar este sonho de conquista  fazia com que Venâncio fascinado sonhasse com riqueza e poder. Junior, JOÃO MC.. OS USURPADORES (01) (p. 60). JOÃO COSTA. Edição do Kindle.