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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 13 de março de 2017

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO.

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domingo, 12 de março de 2017

Book Trailer JOGO SUJO


Esse é o ponto contraditório que se descortina na realidade latente que mais se assemelha à ficção dos filmes em cartaz, que se fundem, de forma explícita, à realidade estampada nos noticiários jornalísticos e demais periódicos. Tal conflito urbano perturbador faz com que as pessoas percam a percepção entre o que é real e a ficção no seu cotidiano, muitas vezes ficando sem coragem de encarar a realidade e preferindo fechar os olhos ao que existe de fato. Assim é que não enxergam as milhares de mortes oriundas da peleja jogada no campo sujo deste caos urbano, mascarado, de um lado, sutilmente, embora deixando sua mácula irreparável.
            Eis o ponto inicial do conceito para se ir direto à abordagem.


segunda-feira, 6 de março de 2017

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

Percebe-se que a cidade tem um toque de jogos vorazes em suas entranhas, em que a competição tem dono, não tem limites e ao vencedor é resguardado o direito de enriquecer rápido. Vive-se uma roleta russa na qual não é você quem puxa o gatilho. Explosões rotineiras dão o toque de guerra terrorista à cidade e estraçalham caixas eletrônicos, saqueados à luz do dia e nas madrugadas sombrias. Nas ações dos bandidos, civis são feitos reféns e viram escudos para os bandidos em fuga. Na mídia essas cenas banalizadas aparecem por segundos, como sendo reflexos de trailers de gângsteres em cartaz. Constata-se que há uma fonte inesgotável de fornecimento de explosivos e de armas aos bandidos e que também há um lado glamoroso nisso, pois vive-se um clima de grande festa nos bairros Dourado, Azul e Amarelo, onde se desfruta de certa tranquilidade, mesmo que passageira.


     Nas ruas, por sua vez, a tranquilidade pode ser duradoura nas fortalezas das classes do poder, nos seus carros blindados e pela garantia dada por seguranças particulares.

     Esse antagonismo demonstra de forma desumana dois extremos vivendo na cidade e tal paradigma determina o modelo conceptual equivocado vivido e fora de controle. Extrapola-se o bom senso e algumas retaliações aos bandidos são proporcionadas, que excedem suas fronteiras e atacam pessoas ilustres em demonstração de força.

     A consequência é que o véu da beleza que cobre a bela cidade banhada pelo Atlântico Sul e de clima tropical,
que contagia a todos que a visitam, às vezes cai. Em contrapartida, verifica-se uma realidade cruel do outro lado da cidade, longe dos holofotes da mídia e do olhar de muitos. Nas periferias do bairro Marrom as mazelas e a violência imperam, mesmo assim, tal como se propaga na mídia, Rio de Rosário ainda é considerada uma das melhores cidades do mundo e é uma cidade caliente e bonita por natureza. Mas a decadência moral e o declínio do poder estão favorecendo os criminosos mais astutos, que diversificam seus ganhos com o crime organizado. A união das forças do mal está ganhando terreno e o poder político local age de forma equivocada, pois estabelece políticas utópicas e proporciona oportunidades aos fora da lei.

     Os que deveriam zelar pela segurança da cidade estão se abastecendo na fonte inesgotável do submundo do crime e se associam e às vezes comandam as organizações criminosas de maneira sutil. As organizações os enriquecem de modo rápido e assustador para a elite dominante, que os vê cada vez mais próximos e vizinhos de seus condomínios de luxo.

     Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas

     O dia está chuvoso e com nuvens negras que cobrem o céu numa tarde sombria de ar fúnebre. Relâmpagos riscam o céu e trovoadas ecoam e provocam alteração ruidosa nas ruas do bairro Marrom, mas nem mesmo o alagamento provocado pela chuva dissipou o cheiro de pólvora nos guetos do bairro e tampouco lavou a rua do sangue escorrendo pelos ralos.

     Somente os relâmpagos e as trovoadas amenizaram o barulho dos tiros da tarde, embora os moradores, habituados a essa rotina e com os ouvidos aguçados, sabiam distinguir muito bem as rajadas de balas das trovoadas e dos relâmpagos. Eles não se aventuravam a sair de casa nem que estivessem passando muito mal pois o risco de morrerem pelo mal atendimento que teriam no posto de saúde local era aumentado pelas milhares de balas perdidas que cruzavam o céu e transpassavam suas frágeis paredes domésticas.

     Três horas depois

     As ruas estavam às escuras e sem luz devido à chuva ou pelo tiroteio ocorrido entre traficantes e pela disputa entre facções criminosas pelo controle do bairro Marrom. Os moradores do bairro ficaram trancados dentro de casa e, com a noite chegando, estavam à luz de velas, pois os técnicos da companhia de luz não ousavam vir enquanto a polícia não chegasse ao local.

     Como era rotina, todos sabiam que a normalidade só voltaria depois de algumas horas, só quando ‘baixasse a poeira’ ou a ‘vaca tossisse’, tal como ressaltavam os moradores em sua gíria.

     Já eram mais de 23 horas quando a polícia chegou com dois carros e seis policiais, que pareciam tranquilos para estabelecer a ordem após a carnificina. A perícia fotografava os corpos sem isolar a área e curiosos circulavam entre os cadáveres. Logo depois, deram ordem para dois rabecões recolherem oito corpos, sendo a maioria a de negros e de prováveis jovens. No local, todos estavam enfileirados e de costas como se tivessem sidos executados e todos tinham perfurações nas nucas. Alguns mantinham as mãos ainda para trás como se houvessem sido amarrados antes das execuções, pois havia marcas de fios bem apertados nos pulsos.

     A polícia não perdia tempo tentando achar testemunhas porque a maioria dos moradores trabalhava longe de casa e a rua era exclusivamente residencial. Além disso, os poucos moradores que estavam em casa provavelmente foram para debaixo de suas camas para não serem atingidos por uma bala perdida.

sexta-feira, 3 de março de 2017

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

TRECHO DO LIVRO.

Quem tem as melhores armas vence a batalha e, com relação à corrupção, nem se fala.
Estamos falhando seriamente e não se confia mais no Judiciário lento e ineficaz, que
aplica penas brandas encorajando a prática de delitos de todas as espécies. Temos de
tomar uma atitude forte, Malone, pois estamos colocando em risco a nossa segurança e a
da sociedade inteira. Faltam inteligência e planejamento e é aí que você se encaixa.”
Não demonstrando nenhuma vaidade pelos elogios do chefe, Malone resiste ao
convite:
– Secretário, estou em final de carreira e gostaria de encerrá-la com o mínimo de
risco possível, sem estresse.
Adriano Torres insiste e tenta quebrar a resistência do delegado:
– Esta é uma tarefa para pessoas como você, Malone, vamos lhe dar todo apoio
que for necessário. Use o método que quiser e terá todo o equipamento tecnológico
necessário para levá-lo a efeito. Preciso mudar a metodologia daquela delegacia com
alguém que tenha uma visão diferenciada da atual conjuntura.
– O senhor sabe que gosto da autonomia investigativa, mas a missão proposta é
pesada demais, secretário.
– Concordo, inclusive faço um acordo com você. Se você não conseguir
resultados em seis meses, você me chama e eu faço as mudanças necessárias.
Em seguida, para descontrair e colocar suas ideias em ordem, o delegado
pergunta:
– Posso tomar um café?
– Fique à vontade – responde o secretário.
– Se o café estiver quente é melhor ainda, pois o café da minha sala vive frio.
– É, as cafeteiras da polícia vivem negando fogo – conclui o secretário.
Depois de tomar café, Malone pede licença e vai ao banheiro para refletir por
alguns minutos. Pensa nos prós e nos contras da empreitada, vendo que os riscos são
enormes. Olga provavelmente ia achar que ele estava ficando louco, mas sentia que
poderia fazer um favor à sociedade aceitando a missão. Em seguida, Malone volta à sala
e se dirige ao secretário:
– Certo, eu aceito. Mas serão apenas seis meses e nem mais um dia – respondeu
o delegado, aceitando o apelo do secretário de segurança de Rosário

quarta-feira, 1 de março de 2017

Trecho do livro Trapaças do Destino Causa

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TRAMA DA VIDA

Eram exatamente 4h30 da manhã, o silêncio só era quebrado pelo vento uivante da madrugada. E nessa casa de dois andares estilo colonial, si...