#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
Quem sou eu
- #ESCRITOR#João.mc.jr arte e vida#
- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas.
A chuva aperta e as nuvens negras tomam conta do céu da cidade de Rio de
Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro:
– Vamos com calma, Ribeiro. Com essa chuva ninguém vai sair por aí correndo
que nem louco, nem os bandidos vão se arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano e ordena a Ribeiro a inversão na captura.
Faz uma rápida leitura no GPS do carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota
que o bairro Marrom (antigo bairro Kalege) não seria uma rota possível. E assim,
conhecedor das fugas de bandidos tão experientes, ele age ao contrário do que sugere a
informação do detetive Romão. Como estavam com o carro descaracterizado, poderiam
se posicionar exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao antigo bairro
Kalege. Provavelmente a rota de fuga seria a Avenida Azul-Petróleo (antiga Avenida do
Estado), que era a única opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
– Vamos fechar a avenida? – pergunta o detetive Ribeiro.
– Não quero abordagem, vamos deixar os carros passarem e os seguimos –
ordena o delegado.
– Não estou entendendo, chefe! Qual é o plano?
– Simples: somos dois e não sabemos quantos assaltantes são. O Romão sugeriu
outra direção, mas meu palpite é de que eles passarão por aqui e estaremos bem
posicionados. Vamos segui-los sem levantar suspeita e talvez possamos desvendar, de
vez, o mistério de tantos assaltos sem nenhuma prisão feita antes de eu vir para esta
delegacia.
– Como assim, delegado?
– Vê se você me entende, Ribeiro... A ideia é localizar o esconderijo da
quadrilha, onde provavelmente o Romão faz a partilha do roubo. Assim se explica
porque eles são bem-sucedidos em suas investidas, já que o esconderijo deve estar longe
da cidade. Quando os localizarmos, vamos acionar a delegacia local, faremos um cerco
e tentaremos prender todos juntos
A chuva aperta e as nuvens negras tomam conta do céu da cidade de Rio de
Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro:
– Vamos com calma, Ribeiro. Com essa chuva ninguém vai sair por aí correndo
que nem louco, nem os bandidos vão se arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano e ordena a Ribeiro a inversão na captura.
Faz uma rápida leitura no GPS do carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota
que o bairro Marrom (antigo bairro Kalege) não seria uma rota possível. E assim,
conhecedor das fugas de bandidos tão experientes, ele age ao contrário do que sugere a
informação do detetive Romão. Como estavam com o carro descaracterizado, poderiam
se posicionar exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao antigo bairro
Kalege. Provavelmente a rota de fuga seria a Avenida Azul-Petróleo (antiga Avenida do
Estado), que era a única opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
– Vamos fechar a avenida? – pergunta o detetive Ribeiro.
– Não quero abordagem, vamos deixar os carros passarem e os seguimos –
ordena o delegado.
– Não estou entendendo, chefe! Qual é o plano?
– Simples: somos dois e não sabemos quantos assaltantes são. O Romão sugeriu
outra direção, mas meu palpite é de que eles passarão por aqui e estaremos bem
posicionados. Vamos segui-los sem levantar suspeita e talvez possamos desvendar, de
vez, o mistério de tantos assaltos sem nenhuma prisão feita antes de eu vir para esta
delegacia.
– Como assim, delegado?
– Vê se você me entende, Ribeiro... A ideia é localizar o esconderijo da
quadrilha, onde provavelmente o Romão faz a partilha do roubo. Assim se explica
porque eles são bem-sucedidos em suas investidas, já que o esconderijo deve estar longe
da cidade. Quando os localizarmos, vamos acionar a delegacia local, faremos um cerco
e tentaremos prender todos juntos
JOGO SUJO CIDADE DO CRME
Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas.
A chuva aperta e as nuvens negras tomam conta do céu da cidade de Rio de
Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro:
– Vamos com calma, Ribeiro. Com essa chuva ninguém vai sair por aí correndo
que nem louco, nem os bandidos vão se arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano e ordena a Ribeiro a inversão na captura.
Faz uma rápida leitura no GPS do carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota
que o bairro Marrom (antigo bairro Kalege) não seria uma rota possível. E assim,
conhecedor das fugas de bandidos tão experientes, ele age ao contrário do que sugere a
informação do detetive Romão. Como estavam com o carro descaracterizado, poderiam
se posicionar exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao antigo bairro
Kalege. Provavelmente a rota de fuga seria a Avenida Azul-Petróleo (antiga Avenida do
Estado), que era a única opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
– Vamos fechar a avenida? – pergunta o detetive Ribeiro.
– Não quero abordagem, vamos deixar os carros passarem e os seguimos –
ordena o delegado.
– Não estou entendendo, chefe! Qual é o plano?
– Simples: somos dois e não sabemos quantos assaltantes são. O Romão sugeriu
outra direção, mas meu palpite é de que eles passarão por aqui e estaremos bem
posicionados. Vamos segui-los sem levantar suspeita e talvez possamos desvendar, de
vez, o mistério de tantos assaltos sem nenhuma prisão feita antes de eu vir para esta
delegacia.
– Como assim, delegado?
– Vê se você me entende, Ribeiro... A ideia é localizar o esconderijo da
quadrilha, onde provavelmente o Romão faz a partilha do roubo. Assim se explica
porque eles são bem-sucedidos em suas investidas, já que o esconderijo deve estar longe
da cidade. Quando os localizarmos, vamos acionar a delegacia local, faremos um cerco
e tentaremos prender todos juntos
A chuva aperta e as nuvens negras tomam conta do céu da cidade de Rio de
Rosário. O delegado pede cautela a Ribeiro:
– Vamos com calma, Ribeiro. Com essa chuva ninguém vai sair por aí correndo
que nem louco, nem os bandidos vão se arriscar a um acidente.
O delegado Antunes tinha um plano e ordena a Ribeiro a inversão na captura.
Faz uma rápida leitura no GPS do carro, vê sua localização no mapa do bairro e nota
que o bairro Marrom (antigo bairro Kalege) não seria uma rota possível. E assim,
conhecedor das fugas de bandidos tão experientes, ele age ao contrário do que sugere a
informação do detetive Romão. Como estavam com o carro descaracterizado, poderiam
se posicionar exatamente onde estavam naquele momento, inverso ao antigo bairro
Kalege. Provavelmente a rota de fuga seria a Avenida Azul-Petróleo (antiga Avenida do
Estado), que era a única opção inteligente, pensava o delegado Antunes Malone.
– Vamos fechar a avenida? – pergunta o detetive Ribeiro.
– Não quero abordagem, vamos deixar os carros passarem e os seguimos –
ordena o delegado.
– Não estou entendendo, chefe! Qual é o plano?
– Simples: somos dois e não sabemos quantos assaltantes são. O Romão sugeriu
outra direção, mas meu palpite é de que eles passarão por aqui e estaremos bem
posicionados. Vamos segui-los sem levantar suspeita e talvez possamos desvendar, de
vez, o mistério de tantos assaltos sem nenhuma prisão feita antes de eu vir para esta
delegacia.
– Como assim, delegado?
– Vê se você me entende, Ribeiro... A ideia é localizar o esconderijo da
quadrilha, onde provavelmente o Romão faz a partilha do roubo. Assim se explica
porque eles são bem-sucedidos em suas investidas, já que o esconderijo deve estar longe
da cidade. Quando os localizarmos, vamos acionar a delegacia local, faremos um cerco
e tentaremos prender todos juntos
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Logicamente que, por ser planejado por você, deixaremos um rombo neles por uma boa
causa.
Germano continua:
– Estou enojado, mano, é inacreditável! Só esta semana depositaram mais de
duzentos milhões de euros, e provavelmente o montante chegará a mais ou menos
quinhentos milhões se somados aos dólares depositados anteriormente.
– Excelente! – responde Malone. – Vou pôr em ordem o plano e voltamos a nos
falar.
– Perfeito, Malone, a conta hoje é minha. Quando estivermos em Paris, você é
quem a pagará!
– Você está ficando esperto, maninho, mas merece que eu pague.
Eles se despedem com um aperto de mãos e com um abraço tenso, pois ambos
conheciam os riscos de se mexer com o dinheiro da máfia Monte Cassino.
Na madrugada do mesmo dia, o delegado volta à carceragem fingindo a
necessidade de proceder a um interrogatório. Passa os dados do assalto para Justo, que
seria realizado no Banco Boston Villa. O Boston Villa era o maior banco de Rio de
Rosário e sua sede estava no centro da cidade. Lá se guardava todo o dinheiro não só do
governo e dos correntistas, mas da máfia de Monte Cassino – incluindo lavagem do
dinheiro das drogas e do tráfico internacional. Deviam existir ali mais de quinhentos
milhões ilegais. O banco não poderia justificar a origem do montante, logo se tratava de
um dinheiro fácil de esquentar depois de roubado.
– Tudo bem, delegado – disse Justo. – O plano parece interessante. Mas como
sair com toda essa grana de lá? É muito dinheiro!
– Vou estar com um carro-forte à disposição. Vocês vão fazer a transferência
pela garagem, depois de dominar a situação. Fiz todo o levantamento e, da entrada
principal até o cofre, só há um corredor. A operação será rápida, precisa e objetiva. Há
pouca distância a percorrer. Entrarei com o carro-forte e estacionarei na garagem que é
exatamente debaixo do cofre, daí sairei como sendo uma retirada de rotina. O dinheiro
ilegal só sai à noite, portanto não levantará suspeitas.
“Vocês terão o disfarce perfeito, vão entrar como fiscais do Banco Central. Será
à noite, como se fosse uma auditoria de rotina. Já está tudo no esquema e tenho alguém
de alta confiança envolvido. A informação é quente. Não tem erro.”
– Alguém do banco está no esquema? – Justo pergunta.
– É um dos nossos, na hora vocês vão saber quem é – responde o delegado, não
dando detalhes.
– E como os cofres serão abertos?
– Não esquenta quanto a isso. Quando os auditores chegam os cofres são abertos
pelo diretor financeiro, que vocês vão render logo depois de dominarem os guardas no
portão. O único trabalho será render a todos e os trancar no cofre. Os alarmes estarão
desligados e não se preocupem com as câmeras, pois estarão desligadas também.
– Quantos homens eu posso levar na operação? – pergunta Justo.
– No máximo quatro, incluindo três auditores e o motorista. As armas têm de ser
leves, nada de AR-15 nem escopetas. Todos devem ir de terno e gravata. O seu grupo só
pode ter rapaziada de boa aparência, não pode ter negros. Mesmo com a política de
cotas, ainda não há auditores negros, sacou? Preste bem atenção: não vai dar para
repassar o plano de novo. Só temos hoje, por isso fica ligado nos detalhes. A grana vai
sair pela garagem, de dentro do carro-forte.
“O Romão vai dar cobertura a vocês com o carro da polícia e, depois que
completarem a operação, sairão no mesmo veículo. Eu levo a grana no carro-forte
causa.
Germano continua:
– Estou enojado, mano, é inacreditável! Só esta semana depositaram mais de
duzentos milhões de euros, e provavelmente o montante chegará a mais ou menos
quinhentos milhões se somados aos dólares depositados anteriormente.
– Excelente! – responde Malone. – Vou pôr em ordem o plano e voltamos a nos
falar.
– Perfeito, Malone, a conta hoje é minha. Quando estivermos em Paris, você é
quem a pagará!
– Você está ficando esperto, maninho, mas merece que eu pague.
Eles se despedem com um aperto de mãos e com um abraço tenso, pois ambos
conheciam os riscos de se mexer com o dinheiro da máfia Monte Cassino.
Na madrugada do mesmo dia, o delegado volta à carceragem fingindo a
necessidade de proceder a um interrogatório. Passa os dados do assalto para Justo, que
seria realizado no Banco Boston Villa. O Boston Villa era o maior banco de Rio de
Rosário e sua sede estava no centro da cidade. Lá se guardava todo o dinheiro não só do
governo e dos correntistas, mas da máfia de Monte Cassino – incluindo lavagem do
dinheiro das drogas e do tráfico internacional. Deviam existir ali mais de quinhentos
milhões ilegais. O banco não poderia justificar a origem do montante, logo se tratava de
um dinheiro fácil de esquentar depois de roubado.
– Tudo bem, delegado – disse Justo. – O plano parece interessante. Mas como
sair com toda essa grana de lá? É muito dinheiro!
– Vou estar com um carro-forte à disposição. Vocês vão fazer a transferência
pela garagem, depois de dominar a situação. Fiz todo o levantamento e, da entrada
principal até o cofre, só há um corredor. A operação será rápida, precisa e objetiva. Há
pouca distância a percorrer. Entrarei com o carro-forte e estacionarei na garagem que é
exatamente debaixo do cofre, daí sairei como sendo uma retirada de rotina. O dinheiro
ilegal só sai à noite, portanto não levantará suspeitas.
“Vocês terão o disfarce perfeito, vão entrar como fiscais do Banco Central. Será
à noite, como se fosse uma auditoria de rotina. Já está tudo no esquema e tenho alguém
de alta confiança envolvido. A informação é quente. Não tem erro.”
– Alguém do banco está no esquema? – Justo pergunta.
– É um dos nossos, na hora vocês vão saber quem é – responde o delegado, não
dando detalhes.
– E como os cofres serão abertos?
– Não esquenta quanto a isso. Quando os auditores chegam os cofres são abertos
pelo diretor financeiro, que vocês vão render logo depois de dominarem os guardas no
portão. O único trabalho será render a todos e os trancar no cofre. Os alarmes estarão
desligados e não se preocupem com as câmeras, pois estarão desligadas também.
– Quantos homens eu posso levar na operação? – pergunta Justo.
– No máximo quatro, incluindo três auditores e o motorista. As armas têm de ser
leves, nada de AR-15 nem escopetas. Todos devem ir de terno e gravata. O seu grupo só
pode ter rapaziada de boa aparência, não pode ter negros. Mesmo com a política de
cotas, ainda não há auditores negros, sacou? Preste bem atenção: não vai dar para
repassar o plano de novo. Só temos hoje, por isso fica ligado nos detalhes. A grana vai
sair pela garagem, de dentro do carro-forte.
“O Romão vai dar cobertura a vocês com o carro da polícia e, depois que
completarem a operação, sairão no mesmo veículo. Eu levo a grana no carro-forte
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Logicamente que, por ser planejado por você, deixaremos um rombo neles por uma boa
causa.
Germano continua:
– Estou enojado, mano, é inacreditável! Só esta semana depositaram mais de
duzentos milhões de euros, e provavelmente o montante chegará a mais ou menos
quinhentos milhões se somados aos dólares depositados anteriormente.
– Excelente! – responde Malone. – Vou pôr em ordem o plano e voltamos a nos
falar.
– Perfeito, Malone, a conta hoje é minha. Quando estivermos em Paris, você é
quem a pagará!
– Você está ficando esperto, maninho, mas merece que eu pague.
Eles se despedem com um aperto de mãos e com um abraço tenso, pois ambos
conheciam os riscos de se mexer com o dinheiro da máfia Monte Cassino.
Na madrugada do mesmo dia, o delegado volta à carceragem fingindo a
necessidade de proceder a um interrogatório. Passa os dados do assalto para Justo, que
seria realizado no Banco Boston Villa. O Boston Villa era o maior banco de Rio de
Rosário e sua sede estava no centro da cidade. Lá se guardava todo o dinheiro não só do
governo e dos correntistas, mas da máfia de Monte Cassino – incluindo lavagem do
dinheiro das drogas e do tráfico internacional. Deviam existir ali mais de quinhentos
milhões ilegais. O banco não poderia justificar a origem do montante, logo se tratava de
um dinheiro fácil de esquentar depois de roubado.
– Tudo bem, delegado – disse Justo. – O plano parece interessante. Mas como
sair com toda essa grana de lá? É muito dinheiro!
– Vou estar com um carro-forte à disposição. Vocês vão fazer a transferência
pela garagem, depois de dominar a situação. Fiz todo o levantamento e, da entrada
principal até o cofre, só há um corredor. A operação será rápida, precisa e objetiva. Há
pouca distância a percorrer. Entrarei com o carro-forte e estacionarei na garagem que é
exatamente debaixo do cofre, daí sairei como sendo uma retirada de rotina. O dinheiro
ilegal só sai à noite, portanto não levantará suspeitas.
“Vocês terão o disfarce perfeito, vão entrar como fiscais do Banco Central. Será
à noite, como se fosse uma auditoria de rotina. Já está tudo no esquema e tenho alguém
de alta confiança envolvido. A informação é quente. Não tem erro.”
– Alguém do banco está no esquema? – Justo pergunta.
– É um dos nossos, na hora vocês vão saber quem é – responde o delegado, não
dando detalhes.
– E como os cofres serão abertos?
– Não esquenta quanto a isso. Quando os auditores chegam os cofres são abertos
pelo diretor financeiro, que vocês vão render logo depois de dominarem os guardas no
portão. O único trabalho será render a todos e os trancar no cofre. Os alarmes estarão
desligados e não se preocupem com as câmeras, pois estarão desligadas também.
– Quantos homens eu posso levar na operação? – pergunta Justo.
– No máximo quatro, incluindo três auditores e o motorista. As armas têm de ser
leves, nada de AR-15 nem escopetas. Todos devem ir de terno e gravata. O seu grupo só
pode ter rapaziada de boa aparência, não pode ter negros. Mesmo com a política de
cotas, ainda não há auditores negros, sacou? Preste bem atenção: não vai dar para
repassar o plano de novo. Só temos hoje, por isso fica ligado nos detalhes. A grana vai
sair pela garagem, de dentro do carro-forte.
“O Romão vai dar cobertura a vocês com o carro da polícia e, depois que
completarem a operação, sairão no mesmo veículo. Eu levo a grana no carro-forte
causa.
Germano continua:
– Estou enojado, mano, é inacreditável! Só esta semana depositaram mais de
duzentos milhões de euros, e provavelmente o montante chegará a mais ou menos
quinhentos milhões se somados aos dólares depositados anteriormente.
– Excelente! – responde Malone. – Vou pôr em ordem o plano e voltamos a nos
falar.
– Perfeito, Malone, a conta hoje é minha. Quando estivermos em Paris, você é
quem a pagará!
– Você está ficando esperto, maninho, mas merece que eu pague.
Eles se despedem com um aperto de mãos e com um abraço tenso, pois ambos
conheciam os riscos de se mexer com o dinheiro da máfia Monte Cassino.
Na madrugada do mesmo dia, o delegado volta à carceragem fingindo a
necessidade de proceder a um interrogatório. Passa os dados do assalto para Justo, que
seria realizado no Banco Boston Villa. O Boston Villa era o maior banco de Rio de
Rosário e sua sede estava no centro da cidade. Lá se guardava todo o dinheiro não só do
governo e dos correntistas, mas da máfia de Monte Cassino – incluindo lavagem do
dinheiro das drogas e do tráfico internacional. Deviam existir ali mais de quinhentos
milhões ilegais. O banco não poderia justificar a origem do montante, logo se tratava de
um dinheiro fácil de esquentar depois de roubado.
– Tudo bem, delegado – disse Justo. – O plano parece interessante. Mas como
sair com toda essa grana de lá? É muito dinheiro!
– Vou estar com um carro-forte à disposição. Vocês vão fazer a transferência
pela garagem, depois de dominar a situação. Fiz todo o levantamento e, da entrada
principal até o cofre, só há um corredor. A operação será rápida, precisa e objetiva. Há
pouca distância a percorrer. Entrarei com o carro-forte e estacionarei na garagem que é
exatamente debaixo do cofre, daí sairei como sendo uma retirada de rotina. O dinheiro
ilegal só sai à noite, portanto não levantará suspeitas.
“Vocês terão o disfarce perfeito, vão entrar como fiscais do Banco Central. Será
à noite, como se fosse uma auditoria de rotina. Já está tudo no esquema e tenho alguém
de alta confiança envolvido. A informação é quente. Não tem erro.”
– Alguém do banco está no esquema? – Justo pergunta.
– É um dos nossos, na hora vocês vão saber quem é – responde o delegado, não
dando detalhes.
– E como os cofres serão abertos?
– Não esquenta quanto a isso. Quando os auditores chegam os cofres são abertos
pelo diretor financeiro, que vocês vão render logo depois de dominarem os guardas no
portão. O único trabalho será render a todos e os trancar no cofre. Os alarmes estarão
desligados e não se preocupem com as câmeras, pois estarão desligadas também.
– Quantos homens eu posso levar na operação? – pergunta Justo.
– No máximo quatro, incluindo três auditores e o motorista. As armas têm de ser
leves, nada de AR-15 nem escopetas. Todos devem ir de terno e gravata. O seu grupo só
pode ter rapaziada de boa aparência, não pode ter negros. Mesmo com a política de
cotas, ainda não há auditores negros, sacou? Preste bem atenção: não vai dar para
repassar o plano de novo. Só temos hoje, por isso fica ligado nos detalhes. A grana vai
sair pela garagem, de dentro do carro-forte.
“O Romão vai dar cobertura a vocês com o carro da polícia e, depois que
completarem a operação, sairão no mesmo veículo. Eu levo a grana no carro-forte
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO
Dois dias depois
Maria deixou a maternidade somente com uma criança no
colo. Por alguns meses, ela perambulava pela cidade pedindo
esmola para alimentar-se e poder amamentar a criança. Ela
passou alguns dias dormindo embaixo das marquises da
Avenida Rio Branco. Durante o dia, fixava-se no Largo da
Carioca, esperando a caridade de um passante que lhe pagasse
uma refeição ou um pão. De vez em quando, oferecia-se para
lavar pratos em algum bar em troca de comida, mas, quando
o dono percebia a sua beleza, ela sempre acabava sendo
assediada pelo dono do bar que lhe oferecia emprego em troca
de possíveis carícias, o que ela rejeitava e voltava para rua.
Depois de uma semana dormindo pelas ruas, ela tomou uma
atitude. Queria regressar para sua terra, iniciar uma nova vida
e para isso teria de fazer o que mais lhe partiria o coração,
pois não poderia regressar para sua terra com um filho no
colo e sem um pai, algo inadmissível para sua família, que
com certeza a rejeitaria de volta ao seu convívio, por isso teria
de doá-lo, mas não a um orfanato em que as crianças levam
às vezes anos para serem adotadas
.
Diante do olhar triste da mãe, ele fez essa promessa de
cuidar da criança como se fosse seu filho. Maria estendeu a
mão como se quisesse pegá-lo, mas desistiu. Dr. Osvaldo, em
seguida, antes que houvesse uma mudança no desejo da mãe,
apressou-se em lhe comunicar que na manhã seguinte levara
ao hospital o escrivão para ela assinar os papéis, abrindo mão
da criança. Ela pensou um pouco e tentou refletir sobre sua
responsabilidade, mas suas alternativas eram ínfimas. Ela não
viu saída a não ser concordar com a proposta do médico e
disse:
– Não tem problema doutor, eu assino.
No dia seguinte, logo pela manhã, o escrivão, seu amigo,
chegou cedo à Santa Casa. Em posse dos documentos para
adoção, dirigiram-se à enfermaria, é só aí perceberam que
ela não sabia ler ou escrever. Foram obrigados a improvisar
uma tinta para que ela deixasse suas impressões digitais no
documento
Maria deixou a maternidade somente com uma criança no
colo. Por alguns meses, ela perambulava pela cidade pedindo
esmola para alimentar-se e poder amamentar a criança. Ela
passou alguns dias dormindo embaixo das marquises da
Avenida Rio Branco. Durante o dia, fixava-se no Largo da
Carioca, esperando a caridade de um passante que lhe pagasse
uma refeição ou um pão. De vez em quando, oferecia-se para
lavar pratos em algum bar em troca de comida, mas, quando
o dono percebia a sua beleza, ela sempre acabava sendo
assediada pelo dono do bar que lhe oferecia emprego em troca
de possíveis carícias, o que ela rejeitava e voltava para rua.
Depois de uma semana dormindo pelas ruas, ela tomou uma
atitude. Queria regressar para sua terra, iniciar uma nova vida
e para isso teria de fazer o que mais lhe partiria o coração,
pois não poderia regressar para sua terra com um filho no
colo e sem um pai, algo inadmissível para sua família, que
com certeza a rejeitaria de volta ao seu convívio, por isso teria
de doá-lo, mas não a um orfanato em que as crianças levam
às vezes anos para serem adotadas
.
Diante do olhar triste da mãe, ele fez essa promessa de
cuidar da criança como se fosse seu filho. Maria estendeu a
mão como se quisesse pegá-lo, mas desistiu. Dr. Osvaldo, em
seguida, antes que houvesse uma mudança no desejo da mãe,
apressou-se em lhe comunicar que na manhã seguinte levara
ao hospital o escrivão para ela assinar os papéis, abrindo mão
da criança. Ela pensou um pouco e tentou refletir sobre sua
responsabilidade, mas suas alternativas eram ínfimas. Ela não
viu saída a não ser concordar com a proposta do médico e
disse:
– Não tem problema doutor, eu assino.
No dia seguinte, logo pela manhã, o escrivão, seu amigo,
chegou cedo à Santa Casa. Em posse dos documentos para
adoção, dirigiram-se à enfermaria, é só aí perceberam que
ela não sabia ler ou escrever. Foram obrigados a improvisar
uma tinta para que ela deixasse suas impressões digitais no
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TRECHO DO LIVRO. Ele sorria feliz por preencher com sua voz afinada a acústica da pequena igreja, a Casa de Oração de Maravilha construíd...