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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O MENINO QUE QUERIA VOAR



TRECHOS DO LIVRO








Zé Polin, o pequeno inventor. Ele morava do outro lado
do Morro do Fama e tinha um sonho equidistante do seu
mundo real: queria ser aviador. De tanto ouvir lendas de
homens que voavam em máquinas voadoras, o menino
sonhador, um dia, por acaso, viu bater à sua porta em uma
tarde de vento forte, prenúncio de tempestade. Curioso
com a batida insistente pensou que era gente. Correu para
a porta apressado, abaixou a tramela, e, ansioso, foi logo
abrindo a porta da sala para ver quem batia insistente;    MENINO QUE QUERIA VOAR

Assustou-se por não ver ninguém. Com seu olhar de
menino desolado, deparou-se somente com um vento
forte e gelado. Era o mau tempo, vindo ao seu encontro.
Ó vento, trazia consigo uma folha de jornal que agarrou
em seu rosto. Surpreso pelo ataque da folha de papel, o
menino sonhador pensou em rasgá-lo, mas, ao retirar o
incômodo da sua face, uma ideia aflorou, pois um recorte
de jornal impresso em francês, escrita que ele não
entendia, nenhuma relevância tinha naquele momento.
Porém, seus olhos vidrados se mantinham em uma
imagem que surgiu da foto do jornal. Para ele, parecia ter
caído do céu, e pensou: “Meu sonho veio voando com o
vento”, e no brilho do seu olhar de menino sonhador pôde
se ver alegria. Seu sorriso tomou conta do seu rosto, seus
olhos amendoados arregalaram-se ao se deparar com a
imagem dos seus sonhos em um velho e sujo recorte de
jornal, provavelmente deixado no Morro do Fama

sábado, 25 de outubro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

Falar de si mesmo talvez fosse a melhor maneira de José
achar fonte da sua inspiração, por isso seu tema era como
uma reflexão sobre os momentos de superação pela qual passava,
e deixar de uma forma explícita suas convicções perpetuadas
em papel.


Trapaças do Destino - Causa e Efeito
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Escrevo dos sonhos.
Sou um sonhador.
Analiso a vida, sou um pensador.
Critico a guerra. Sou pacifista.
Defendo a natureza. Sou ambientalista.
Eu amo a vida e amo o que sou.”

Em suas reflexões, ele escrevia sobre o tempo e as etapas
da vida da qual ele se encaixava e achava relevante em sua
concepção

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

TRECHOS DO LIVRO.

Ela citou algumas de suas obras
e seu interesse por Ibsen, o que o levou a tentar escrever um
texto teatral. Anne fez questão de ler uma parte do texto na
entrevista na televisão, e dedicou o texto para Helena, pois sabia
que, caso sua mãe adotiva estivesse vendo provavelmente,
ela voltaria a sentir orgulho do filho rejeitado, ocorrendo uma
possível aproximação entre os dois depois de mais de trinta
anos. Talvez ela tivesse a coragem de resignar-se e fosse ao seu
encontro, procurando-o para pedir perdão pelos seus erros de
avaliação e egoísmo exacerbados. José Francisco, depois de
citar uma das frases do dramaturgo norueguês, “Pode-se ficar
alegre consigo mesmo durante certo tempo... Mas em longo
prazo a alegria tem que ser compartilhada por duas pessoas”,
relatou que a sua inspiração, além das leituras de Ibsen







Com menos de dez anos, José Francisco descobrira
que fora adotado. E ele soube da verdade de uma forma
dramática, pela sua mãe de criação, que surtara em um dia
de fúria. Indignada com suas notas baixas na escola, não se
conformando com a sua falta de capacidade para os estudos,
ela o agrediu verbalmente, insultou e jogara na sua cara suas
frustações. Hoje, consciente de como fora abandonado pela
mãe na porta de uma loja em uma lixeira, aquela lembrança
parecia não ter mais relevância para ele, servindo apenas pra
lembrá-lo de como o destino determina certos caminhos, mas
nem sempre o fim da estrada, como contava a sua mãe adotiva
quando lhe queria ofender. Aos seis anos, Helena lhe contara
que era adotado. Seus pais adotivos eram de uma família
de classe média bem-sucedida, que via naquela adoção a
solução dos seus problemas conjugais

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO


TRECHOS DO LIVRO [ TRAPAÇAS DO DESTINO]






















Como um navegante que vive um sonho de amor em
todos os portos nas suas viagens do inconsciente, ele transformava
suas inspirações numa realidade quase presente, por
isso era essa vertente que fazia José Francisco divagar nas ondas
do seu coração e escrevia sobre a ausência de um grande
amor fruto dos seus devaneios, verdadeiros ou não, ficando
latente a sua solidão.

Não perco de vista
As minhas conquistas.
Afago meu ego.
Não sou egoísta
Este amor que me atiça
Aumenta a minha cobiça por você,
Enfeitiçado pelo amor, avanço o sinal
Não meço nem penso no que possa dar.
A sua recusa não esta nos meus planos.
Não cometo enganos.
No meu coração, não há lugar para lamentos.
Nem perdas, nem danos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO















Falar de amor também era um tema recorrente em suas
anotações. Criar e sentir a presença de um grande amor em
sua vida era como aplacar um pouco da ausência daquele sentimento
ainda não vivido por ele, mas não inexistente em sua
mente.
“E lindo e tão sublime esse seu doce olhar.
Vejo em teus olhos a perfeita união,
Seu doce acalento e puro encanto sem solidão,
Viver em ti e como vagar em nuvens,
Ou dormir na relva, acariciado pelo vento.
Quando tudo se completa,
Quase chegamos à perfeição,
Mais e puro devaneio, esta constatação,
Se o amor existe, não a paixão,
Somente o sonho faz parte desta relação.
Mais o que compensa o doce o amargo desta
Constatação
“É viver nesta incerteza e bela ilusão.”

sábado, 18 de outubro de 2014