#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
Quem sou eu
- #ESCRITOR#João.mc.jr arte e vida#
- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.
TRECHOS DO LIVRO.
Mercedes, filha de imigrante espanhol com
indígena, tinha uma história de luta. Foi criada em um convento até os dezoito
anos, teve sua prisão decretada porque ensinava história do seu povo para
crianças órfãs em um mosteiro em San Paranhos, foi salva da morte por milagre
quando um terremoto destruiu a prisão onde ela se encontrava encarcerada em 1942, e de onde provavelmente não sairia
com vida. Depois do acontecido, os corpos que eram achados sob os escombros
eram jogados em uma vala comum no cemitério de indigentes, seu corpo estava
entre os mortos, retirados à noite e transportados em caminhões. No outro dia
seriam enterrados e uma retroescavadeira jogaria terra sobre os corpos.
Mercedes por um milagre acordou no meio da noite com
a chuva molhando o seu rosto. Tossindo muito, ela respirava com dificuldade.
Seu rosto esta coberto de terra, e
embaixo dela uma pilha de corpos se amontoava, na mais horripilante cena de
terror. Mercedes sentiu pernas e braços entrelaçados aos seus; inicialmente
imaginou estar ainda na prisão, onde poucos segundos antes de desmoronar havia
sido comunicada da sua transferência - os soldados estavam começando a abrir a
cela quando o evento se deu. Cinco horas depois ela encontrava-se em cima de
uma pilha de corpos de militantes e dos próprios soldados que a levariam talvez
para morte.
Mercedes se levantou dos mortos como numa cena de
ressurreição e bateu a terra do seu uniforme de prisioneira. A lua voltava a
brilhar sobre sua face. Ela caminhou em passos firmes; nenhuma alma naquela
noite circulava pelas ruas de Talvegue, nem a milícia ousava vasculhar os
escombros da cidade abalada por um tremor da liberdade. Sua silhueta dobrou a
esquina da rua do cemitério e sumiu na noite
Nos anos setenta, as vésperas das eleições, os
jornais pertencentes à família Lancarto noticiavam grandes festas populares de
graça nas praias e nas praças; e na televisão, os programas enalteciam os
feitos do governo nas áreas econômicas.
Nas ruas de Talvegue, os dias se tornavam cheios de
armadilhas para os desavisados. A truculência da polícia se fazia cada vez mais
constante; era proibido discursos de opositores a Lancarto, os simpatizantes da
candidata Mercedes Dolores eram presos e os pequenos jornais que apoiavam a sua
candidatura eram fechados ou incendiados à noite – fato que ficou conhecido como
noites das chamas antidemocráticas. Mercedes não aparecia em público por
segurança, e ficava em San Mercedes, onde tinha a sua base eleitoral. Não havia
dinheiro para ela se locomover, suas viagens eram feitas em ônibus e caminhões.
Por precaução Lancarto tomava atitudes tipicas de politico que tinha muitos inimigos.e quase toda a família de Lancarto passava as
férias na Europa durante as eleições, exceto em Londres. Lancarto percorria San
José no seu avião particularsegunda-feira, 14 de dezembro de 2015
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.
AMAZON, KOBO.
TRECHO DO LIVRO
Europa, ano 2025.
O delegado Malone e sua esposa Olga fazem um tour pelo continente com seus dois filhos, que depois retornam para onde estudam, a Suíça. Eles estão na Itália em breve passagem e saem do hotel, às 19h45, para visitar os parentes que moram em Roma.
Caminham tranquilamente como um casal romântico e de vez quando se abraçam e se beijam para se aquecer, pois a noite está fria. Minutos depois Malone pisa em falso ao atravessar a rua e quase cai, mas por sorte ele está abraçado à sua esposa e ela o ampara. Com o movimento brusco do seu corpo, porém, sua carteira escapa do seu bolso sem que ambos percebam e eles continuam a caminhada descontraídos.
Um pouco adiante ele segue distraído e admira a sua obra de arte barroca preferida, agora um pouco afastados dos inúmeros turistas aglomerados em frente à Fontana di Trevi. Como a Fontana di Trevi é a maior e a mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália, localizada na rione Trevi, em Roma, Malone pensa em jogar uma moeda e fazer um pedido de proteção contra os inimigos ocultos. Ele pede uma moeda para a esposa e faz menção de jogá-la, quando se assusta com o ronco de uma Scooter que freia bruscamente. Ele se volta para olhar e, nesse ínterim, alguém bate em suas costas. Ele dá de cara com um jovem cabeludo com jaqueta de couro e com um sorriso no rosto, que ostenta uma carteira na mão direita. O jovem italiano se dirige a ele e diz o seguinte em sua língua, que Malone domina muito bem por ser filho de italianos:
– Me dispiace, signore, che tu caduto il portafogli.
Em seguida o jovem lhe devolve a carteira e Malone, bastante surpreso, pega-a e coloca a mão no bolso da calça para certificar-se de que aquela era mesmo a sua. Depois, agradecido, ele segura a mão do jovem e diz:
– Molto grato, giovane.
O rapaz sorri para o delegado, sobe na sua Scooter 350 CL e sai cantando pneus e sumindo na esquina.
Malone olha para Olga, dá um sorriso maroto e, olhando a carteira intacta, diz para a esposa:
– Que sorte a minha! Além dos documentos, ainda tem aqui 700£.
Olga segura Malone pelos braços, vira-o de costas e enfia a mão no bolso da calça do seu marido para se certificar de que estava rasgado, depois diz:
– O bolso não está rasgado, querido, mas sua sorte é estar onde o rato não roeu a roupa do rei de Roma, e não lá, em Rosário, onde o corrupto ri à toa. Mas também pudera, Malone, o bolso da sua calça está muito raso. Quando voltarmos, vou escolher uma calça de bolsos fundos para você andar em Rosário.
Malone dá uma risada e diz:
– Esse seu trocadilho é bem antigo e infame, Olga, mas gostei. Confesso que foi bem repaginado e não deixou de ser engraçado.
TRECHO DO LIVRO
Europa, ano 2025.
O delegado Malone e sua esposa Olga fazem um tour pelo continente com seus dois filhos, que depois retornam para onde estudam, a Suíça. Eles estão na Itália em breve passagem e saem do hotel, às 19h45, para visitar os parentes que moram em Roma.
Caminham tranquilamente como um casal romântico e de vez quando se abraçam e se beijam para se aquecer, pois a noite está fria. Minutos depois Malone pisa em falso ao atravessar a rua e quase cai, mas por sorte ele está abraçado à sua esposa e ela o ampara. Com o movimento brusco do seu corpo, porém, sua carteira escapa do seu bolso sem que ambos percebam e eles continuam a caminhada descontraídos.
Um pouco adiante ele segue distraído e admira a sua obra de arte barroca preferida, agora um pouco afastados dos inúmeros turistas aglomerados em frente à Fontana di Trevi. Como a Fontana di Trevi é a maior e a mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália, localizada na rione Trevi, em Roma, Malone pensa em jogar uma moeda e fazer um pedido de proteção contra os inimigos ocultos. Ele pede uma moeda para a esposa e faz menção de jogá-la, quando se assusta com o ronco de uma Scooter que freia bruscamente. Ele se volta para olhar e, nesse ínterim, alguém bate em suas costas. Ele dá de cara com um jovem cabeludo com jaqueta de couro e com um sorriso no rosto, que ostenta uma carteira na mão direita. O jovem italiano se dirige a ele e diz o seguinte em sua língua, que Malone domina muito bem por ser filho de italianos:
– Me dispiace, signore, che tu caduto il portafogli.
Em seguida o jovem lhe devolve a carteira e Malone, bastante surpreso, pega-a e coloca a mão no bolso da calça para certificar-se de que aquela era mesmo a sua. Depois, agradecido, ele segura a mão do jovem e diz:
– Molto grato, giovane.
O rapaz sorri para o delegado, sobe na sua Scooter 350 CL e sai cantando pneus e sumindo na esquina.
Malone olha para Olga, dá um sorriso maroto e, olhando a carteira intacta, diz para a esposa:
– Que sorte a minha! Além dos documentos, ainda tem aqui 700£.
Olga segura Malone pelos braços, vira-o de costas e enfia a mão no bolso da calça do seu marido para se certificar de que estava rasgado, depois diz:
– O bolso não está rasgado, querido, mas sua sorte é estar onde o rato não roeu a roupa do rei de Roma, e não lá, em Rosário, onde o corrupto ri à toa. Mas também pudera, Malone, o bolso da sua calça está muito raso. Quando voltarmos, vou escolher uma calça de bolsos fundos para você andar em Rosário.
Malone dá uma risada e diz:
– Esse seu trocadilho é bem antigo e infame, Olga, mas gostei. Confesso que foi bem repaginado e não deixou de ser engraçado.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
sábado, 21 de novembro de 2015
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