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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

terça-feira, 20 de outubro de 2020

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

O governo também desenvolveu um sistema rápido de remoção de corpos. Com isso, os cadáveres encontrados ao relento eram retirados imediatamente e levados para o Crematório Municipal de Rio de Rosário. Era um sistema ágil, não dando tempo à imprensa de fazer qualquer reportagem a respeito das dezenas de corpos de jovens banidos do convívio social. A rigor, o procedimento não deixava pistas e só aumentava as estatísticas dos desaparecidos. As mães de Rio de Rosário choravam o desaparecimento dos filhos consumidos pelo vício e, sem uma “Praça de Maio” ou alguma causa lógica evidente, choravam em qualquer canto da cidade e em cada beco do bairro Marrom. Vivia-se um momento perigoso e decadente na área social devido à má administração de anos e anos seguidos. Poucas pessoas tinham a coragem de enfrentar a máfia do Judiciário e eram elas, por fim, a única voz dissonante a dizer que a corrupção crescia por culpa do sistema judiciário e que o dinheiro da área social ia pelo ralo da corrupção. Era uma constatação que todos sabiam, mas não se tomava nenhuma providência em prol de alguma solução. O delegado Malone lia tudo isso nauseado e incrédulo. Com tanta incompetência, o seu conceito de democracia e sua noção de conquistas sociais estavam a léguas de distância do governo para o qual trabalhava. Entre uma investigação e outra o delegado sempre esbarrava na burocracia e na falta de recursos para suas investigações, chegando a colocar dinheiro do próprio bolso para a compra de material. Mas tudo isso era pouco para um governo que tentava, a todo custo, encontrar uma fórmula mágica para reverter sua situação caótica. MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 445-450). Ponto Vital. Edição do Kindle. MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

OS USURPADORES.

>AVENTURA E HISTÓRIA.In memoriam.Dedico este livro a todos os homens e mulheres de bem que, através dos séculos até os dias de hoje, dedicaram-se e ainda se dedicam de corpo e alma a uma causa justa, como pela igualdade dos direitos humanos em defesa dos mais fracos e oprimidos. Uma luta como sabemos inglória, pois muitos deles tiveram suas vidas subtraídas por se oporem a governos tiranos e a uma parte da sociedade injusta e egoísta. Por isso o meu respeito a esses heróis que sacrificaram/sacrificam suas vidas em troca de causas na maioria das vezes perdidas. INTRODUÇÃOA HISTÓRIA NOS CONTA QUE...Através dos tempos, nas narrativas de historiadores, revelou-se que vários impérios foram formados por grandes homens de astúcia ímpar e bravura inquestionável. E os responsáveis por descrevê-los através da história os retrataram com uma certa glamorização e talvez elogios exagerados, pois sempre que podiam os enchiam de valores imensuráveis e pareciam orgulhosos em retratar suas façanhas sempre tentando amenizar suas barbaridades destrutivas contra cidades e extermínio de seres humanos. Eles eram endeusados por seus súditos amados, por uma parte do povo de sua etnia e, principalmente, pelos seus felizardos descendentes que eram os prováveis herdeiros ao trono que se enriqueciam com as pilhagens de guerras e invasões, engrandecendo-os. Sabedores dessas façanhas, que duraram por muitos séculos, eles se sentiam uma espécie rara neste planeta e os mais privilegiados dessa espécie humana na face da terra, consideravam-se de sangue “azul” como gostavam de se autodenominar. Mas, por trás dessa suposta grandeza, hoje sabemos que não passavam de conquistadores sanguinários que, por séculos, criaram diversos clãs de várias origens, e dominaram vários continentes, depondo reis e rainhas de seus tronos, seguindo impondo um regime cruel, nefasto, exterminador e escravocrata. E, consequentemente, impuseram um desterro de vários povos em sua própria pátria. Eles eram vistos como heróis por seus seguidores e considerados bárbaros para outros povos dominados por eles. Esse outro lado, a história não nos conta, mas...por trás dessa suposta grandeza, hoje sabemos que não passavam de conquistadores sanguinários que, por séculos, criaram diversos clãs de várias origens, e dominaram vários continentes, depondo reis e rainhas de seus tronos, seguindo impondo um regime cruel, nefasto, exterminador e escravocrata.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME

O verão de 40°C aumenta o fluxo de turistas e a cidade se transforma, em boa parte do ano, quase numa Torre de Babel. No seu momento surreal, Rio de Rosário transmite seu calor humano através de suas festas monumentais, pois ela é, pode-se assim dizer, uma cidade cosmopolita. Mas o poder paralelo do crime organizado cresce sorrateiramente no submundo sombrio da cidade. Seus chefões, em alguns casos, são vistos como homens de negócios e seus frutíferos e colossais empreendimentos estão diversificados e crescem dispersados por todo lado. Estão camuflados em alguns bairros nas fachadas discretas de  boates, bares e prostíbulos de luxo em prédios de sua propriedade, juntamente a clínicas de aborto que rendem milhões e a pequenos cassinos parceiros das máfias local e internacional. São oferecidas noites de orgias animadas por boa dose de drogas ao alcance de todos. Em alguns pontos, inclusive, a prostituição é livre e menores frequentam os locais sem nenhuma restrição nem combate dos órgãos competentes. Percebe-se que a cidade tem um toque de jogos vorazes em suas entranhas, em que a competição tem dono, não tem limites e ao vencedor é resguardado o direito de enriquecer rápido. Vive-se uma roleta russa na qual não é você quem puxa o gatilho. Explosões rotineiras dão o toque de guerra terrorista à cidade e estraçalham caixas eletrônicos, saqueados à luz do dia e nas madrugadas sombrias. Nas ações dos bandidos, civis são feitos reféns e viram escudos para os bandidos em fuga. Na mídia essas cenas banalizadas aparecem por segundos, como sendo reflexos de trailers de gângsteres em cartaz. Constata-se que há uma fonte inesgotável de fornecimento de explosivos e de armas aos bandidos e que também há um lado glamoroso nisso, pois vive-se um clima de grande festa nos bairros Dourado,


MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime . Ponto Vital. Edição do Kindle. 

sábado, 10 de outubro de 2020

ACASO DO DESTINO E-BOOK

 "Apesar de manter sua cabeça baixa, percebia-se que ela estava chorando em silêncio, pois dava pra ver em seu rosto pequenas gotículas, como se fossem pingos de orvalho, que escorriam pelo seu rosto. Por mais alguns minutos ela resistiu ao seu agressor, mais foi vencida pelo cansaço. E, já sem forças, a jovem finalmente se deixou ser empurrada pelo motorista para dentro do automóvel. Vencida pelo cansaço ela não mais relutava a entrar no veículo nem se agarrava a sua última esperança, que era a também a maçaneta da porta do carro. Com seu olhar de desamparada, ela, ao sentar-se no banco dianteiro do carro, demonstrava estar com muito medo, suas pernas tremiam e seu queixo batia, estava confusa e visivelmente temerosa por seu futuro, por isso resistiu o quanto pôde para não embarcar nesse veículo rumo ao desconhecido destino."

― de "ACASO DO DESTINO"

UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA.

 TRECHO DO LIVRO.


Já mais audacioso, uma característica da sua profissão, o detetive Roberto mantém-se de pé, obstruindo a passagem da cantora, o que faz com que ela tome uma atitude inesperada para ele, a de afastá-lo; dessa vez com as mãos em seu peito o empurra como se fosse um homem obrigando-o a sentar-se. E, de novo, volta a dizer com seu sotaque peculiar num tom menos cortês: RITA:– Sente-se, cavalheiro, você está um pouco afoito, talvez esteja me confundindo com alguma dançarina de Cancan, de cabaré. E impondo ao detive uma reprimenda ela diz com o dedo em sua cara, mas, sorrindo:– O cavalheiro é um pouco impertinente, fique sabendo que quem vem aqui é para me ouvir cantar e não para me cantar e tocar em meu corpo.


Costa, JOÃO. UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA. (01) (Locais do Kindle 211-216). UNKNOWN. Edição do Kindle. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

ACASO DO DESTINO.

ACASO DO DESTINO
40
Jorge coça a cabeça e prefere não relatar os seus diálogos e 
contratempos com a jovem pelo caminho até a cidade, resume o 
seu relatório e diz de cabeça baixa, fingindo não ver o corpo da 
patroa que ficava visível sob o robe:
– Não, Madame Albuquerque, isso foi fazendo a barba no es-curo que eu me arranhei com a navalha, mas pode ficar tranquila, 
está tudo dentro do controle como a senhora recomendou. Eu a 
deixei bem no centro como combinamos. E ainda dei um tempinho 
e fiquei por algum minutosobservando sua reação e olhando, de longe, para ver se ela chamaria alguém para ajudá-la ou a polícia, mas ela simplesmente sentou na calçada e ficou de cabeça baixa, chorando por algum tempo e depois levantou-se e seguiu a Rua Rio Branco em direção à Candelária em meio a multidão que circulava. Ela talvez tente retornar para casa.
Soltando uma risada de deboche, disse Hortência, com ar dequiromante de ocasião:
– Isso é pouco improvável; eu conheço essa gente, Jorge. O que ela não conseguiu aqui em casa, com certeza vai tentar com outro tolo como o Marcos, que se encanta com essas carinhas de bonequinha, bonitinhas. Ele é um fraco, idiota, que pensa ser um garanhão, mas não passa de um idiota que não resiste à tentação carnal e, idiotamente, como vários que eu conheço nessa cidade, 
cai na cilada dessas diabinhas com cara de anjinho. Hortência respira fundo, olha para a cara do motorista, em quem, apesar de estar olhando para o chão, percebe-se um sorriso no canto da boca. Então, como se estivesse recitando uma frase de uma peça teatral, como se estivesse no palco, ela gesticula e diz:
– Pobres homens ricos, meu caro Jorge, que não conhecem os sortilégios das mulheres, mas sorte sua que não corre o risco de cair nessa armadilha, e essa é uma das vantagens dos homens pobres, acho que elas só se entregam por amor.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

OS USURPADORES.

    •  A ORIGEM. SÉCULOS ANTES.
    •  Ao longo dos séculos, esses clãs acumularam grandes riquezas e se tornaram egoístas ambiciosos. Por ostentarem seus bens materiais, ornamentados em ouro e pedras preciosas, tornaram-se alvo da cobiça de seus generais, de seus próprios entes queridos e de outros povos. Mas, muitos desses heróicos conquistadores permaneceram por longos anos em seus tronos. Com sua sabedoria ardilosa souberam se defender contra intrigas e traições. E, por longo tempo, esses homens vistos como heróis ou semideuses, por alguns incautos e doutrina dos subservientes, puderam delinear o mapa do mundo, comandando grandes exércitos. E com o poder divino a eles concedido por seus sacerdotes, dispunham de muita influência sobre o povo. Eles seguiam protegendo seu reinado de agressores e impondo-se como conquistadores. Também se fundiam geneticamente com remanescentes de outros reinados em várias partes do mundo, constituindo e criando dinastias. Por séculos seguiram perpetuando suas linhagens, criando um sistema de absoluto poder ao ungir seus herdeiros como semideuses, para substituí-los quando estivessem velhos para governar. Mas, nem sempre havia o consenso entre eles, e quase sempre a cobiça entre seus herdeiros antecipava essas sucessões. Através de intrigas e traições ficavam possuídos pela cobiça, eliminavam os opositores para sua segurança própria e também todos aqueles que estivessem no seu caminho sucessório ao trono, inclusive, às vezes, o próprio Rei, o próprio pai, a própria mãe ou seus próprios irmãos. Na guerra para sucedê-los, seriam capazes de os envilecer para atingir seus objetivos.
    • OS USURPADORES (01 Livro 1) eBook Kindle






segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O SEGREDO, A CURA

O SEGREDO, A CURA
Jordan, muito reservado, evita abordagens com relação a suas namoradas e muitos pensavam que fosse por sua timidez, mas, por experiência própria, ele sabia que precisa protegê-las, mantendo-as longe do seu trabalho, o que se tornara fonte de interesses escusos. Nesses dias, todos os cientistas eram monitorados por certa organização e ele tinha seus motivos particulares pelos quais preferia não comentar com ninguém, de modo que seus relacionamentos sempre foram passageiros. Exatamente por ter se tornado um obstinado homem da ciência, o que toma uma boa parte do seu tempo, estava quase sempre viajando a trabalho. Ele dedicava quase todo seu tempo de trabalho a desvendar os mistérios ocultos nas arqueologias antigas, sempre em busca de respostas em suas pesquisas. Esse incansável processo de busca pela verdade e seus questionamentos pessoais no meio científico já lhe haviam ocasionado alguns atritos com colegas que seguiam uma cartilha pré-estabelecida pelo mundo da ciência e da arqueologia. Discordar desse grupo poderia ser fatal para sua carreira como arqueólogo, cientista e geneticista forense.�O domínio dos renomados Institutos de Arqueologia e Ciência estava agora nas mãos de grandes corporações financeiras, aliadas a alguns grupos religiosos com descomunal poder monetário e de manipulação da população, e associados aos governos e a seguimentos duvidosos da sociedade.

Jr, João M. C.. O segredo, a cura (Locais do Kindle 112-114). Autografia. Edição do Kindle. 

sábado, 19 de setembro de 2020

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS.

 Penso que, A fonte do pensar poético é, provavelmente, uma essência transcendental que irradia, e que por isso já vem iluminada de uma nascente inesgotável de sublimes palavras que abastece nossos cérebros, e o desperta com essas ideias que são os nossos anseios de dialogar com nosso subconsciente e o nosso consciente. E é isso que nos faz despertar para a razão do viver, e faz transparecer a nossa delicada e sutileza do ser. E, inconscientemente, nos faz expor nossas convicções poéticas, sempre impulsionadas por nossos anseios que alimenta o nosso imaginário.

COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) (Locais do Kindle 8-13). João Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

 Malone estava muito preocupado com a estranha demora para a expedição do mandato, considerando-a fora dos padrões. A demora poderia facilitar a fuga dos envolvidos e o vazamento de informações. Se mais uns dias se passassem, isso daria tempo para os criminosos sumirem com as provas e jogar-se-ia por terra todo seu trabalho de meses. O delegado tinha sua sala de operações instalada no terceiro andar do prédio da Secretaria de Segurança, bem ao lado do secretário. Trabalhar ao lado do chefe tinha vantagens e desvantagens, pensava Malone todas as vezes que encontrava o secretário e o cumprimentava. Se as decisões exigissem a aprovação imediata do secretário, bastaria atravessar o corredor e, quiçá em poucos segundos, ele obteria alguma resposta. Da mesma forma, quando o secretário o convocasse para uma reunião seria fácil encontrá-lo. Neste momento, como se fosse transmissão de pensamento, ele olha para o corredor e as portas de vidro transparentes e vê o secretário Adriano Torres. O secretário usa seuterno impecável da grife Armani Chang, sapatos bicolores reluzentes e ostenta seu anel de ouro e brilhantes, que de longe brilhavam como pequenos faróis a caminhar em direção ao seu gabinete. Malone balança a cabeça procurando não pensar no que via naquela figura ostensiva que, com passadas rápidas, chega até sua porta. – Bom dia, Malone! Como tem passado? Estamos tão perto e quase não nos vemos! Estou acompanhando seus passos, quer dizer, seu trabalho. Por falar nisso, como seguem as investigações sobre esse famoso roubo de grande repercussão na mídia? – Bem, secretário Adriano, estamos quase fechando o cerco em cima da quadrilha que atacou o Museu Histórico Nacional. – O que roubaram desta vez? – Levaram dois quadros de um pintor alemão do século XVII, que retratavam a assinatura da criação do Estado de Rosário pelo imperador.

MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 539-545). Ponto Vital. Edição do Kindle.
MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 531-539). Ponto Vital. Edição do Kindle.

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domingo, 6 de setembro de 2020

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Ele pensa que gostaria de ter o poder de voar a fim de não precisar gastar tanta energia para subir o Morro do Fama e desfrutar, como os pássaros, de uma visão aérea do vale, mas, infelizmente, não possui mais esse poder. Então, como todo ser humano, chega exausto e relaxa à sombra da frondosa, mas ainda pequena árvore, que dali a alguns anos atingirá sua plenitude de 30 a 50 metros de altura, e, caso não venha a ser derrubada, dará frutos e será uma árvore frondosa como todas de sua espécie que ele conhecera no passado. Muito provavelmente, abrigará ninhos de juriti e outros pássaros, se é que ainda existirão, pensa ele, olhando para o céu, à procura de alguma ave. Sua tentativa de visualizar algum pássaro que pudesse ser fotografado foi em vão. Ele deita-se na grama e deixa que algumas pequeninas joaninhas de bolinhas pretas, com seu corpo semiesférico e suas seis patinhas, subam em sua mão, fazendo-o relaxar. Por segundos, ele se esquece do mundo, apreciando o lento deslocar desses magníficos insetos coleópteros em seu braço. As joaninhas alçam voo e seguem o seu destino. Ele as acompanha com o olhar de observador e um sorriso de satisfação no canto da boca por lembrar-se do seu tempo de criança. Uma leve brisa toma conta do Morro do Fama, e ele respira fundo, tentando sentir o puro oxigênio no seu pulmão e o cheiro da escassa natureza ao redor, mas é interrompido por um caminhão carregado de madeiras, que deixa um rastro de fumaça e odor de óleo queimado no ar. Segundos depois, a fumaça se dissipa.Ele volta a sentir uma leva brisa, oxigenando seu cérebro. Inclina-se um pouco para frente, agarrado a um tronco para poder ver a paisagem do vale, com seu aspecto verdejante de poucas árvores à vista. A visão do alto do morro não é desconhecida dele, mas está desfigurada e mexe com suas remotas lembranças, além de não o deixar alegre, como imaginou que ficaria, ao subir o Morro do Fama, naquela manhã.

M.C. Jr., João. O menino que queria voar . SG Leitura Digital. Edição do Kindle. 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.

 Mas um pouco adiante a história era bem diferente. Na Rua Prelúdio, a principal do bairro e onde se localizavam as casas de show, as boates já estavam funcionando. Os pontos de venda de drogas eram mais conhecidos como lojas das viagens e a rua como sendo a rua da perdição. O movimento já era grande e a nata do crime havia incorporado aos seus ganhos essa nova modalidade de negócios neste bairro recentemente criado pelo governo local, que se transformara em terra de ninguém. Os novos “Senhores do Pedaço”, como eram conhecidos pelas pessoas de bem, estavam aparentemente sendo bem orientados por pessoas de fora e lucravam com a mudança de visão dos traficantes. Estes outrora viviam nos morros em constantes confrontos com outros grupos, mas agora parecia haver certa união de interesses em que só morriam os que eram contra e eram descartados quando representavam perigo à organização.


#FILHOS DO BEM FILHOS DO MAL#

FILHOS DO BEM FILHOS DO MAL. Vídeo Clipe! Criado por: João 07/04/2025 O mundo tem. Certos. Conceitos. Que precisam. Ser refeitos. ...