E BOOK. LIVRARIA SARAIVA,TRAVESSA E AMAZON
#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
Quem sou eu

- #ESCRITOR#João.mc.jr arte e vida#
- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
UM LUGAR CHAMADO MARAVILHA
João M. C. Jr
Um lugar chamado maravilha.
Nas asas da imaginação.
Contam os historiadores que os senhores da terra no passado tinham por hábito batizar as cidades fundadas por eles e as terras doadas pelo imperador com pompa e fanfarra. Gostavam de nomes compostos, eventualmente, por nomes indígenas nas terras menos produtivas, por serem excêntricos para eles, e de homenagear e agradar a igreja com nome de santos nas grandes capitais, ou quase sempre de pessoas importantes do império. Os desbravadores quando muito vaidosos seu próprio nome é de seus fundadores.
Mas, uma fazenda promissora surgiu no século XVII e teve supostamente seu batismo de forma inusitada, provavelmente por alguém deslumbrado por sua natureza.
Diz a lenda dos contadores de história que provavelmente seu proprietário, depois de vários dias de viagem, vindo de Minas Gerais, deslumbrou-se ao parar no Morro do Fama e admirar aquele vale. Ficou encantado ao olhar aquela paisagem verdejante repleta de pequenas flores vermelhas, azuis, e amarelas, e provavelmente exclamou a frase que daria o nome à sua fazenda.
O nome teria de ser sinônimo de quase tudo que é belo e se pode qualificar como algo além da sua expectativa, algo que o surpreendeu magnificamente, nesse cenário deslumbrante. O Alferes foi dominado por indescritível emoção, e, em estado de estupor, um largo sorriso brotou no sisudo homem do império. A alegria do momento o fez esquecer o cansaço da longa viagem que se arrastava a vários dias se transformou em euforia. Foi o que sentiu o Alferes, ao olhar para esse presente da natureza intocável. Só poderia fazê-lo vibrar com tamanha beleza e exclamar, em alto e bom som para todos que estavam em sua caravana ouvir: “Que maravilha esse lugar”. Depois desse dia, diz a lenda dos contadores de história de mula sem cabeça, saci-pererê, que todos que por ali passavam traziam consigo muitas lendas e histórias, de seus países de origem, e, ao partirem, depois de realizarem ou não seus sonhos, deixavam essa herança no imaginário popular. Essas lendas seguiam criando um folclórico festejo, dando vida e passado a esse lugar de encanto. Maravilha era emoldurada pela linda paisagem de montanhas, soberbamente coberta por nativas palmeiras.
Pati, cujo fruto as aves como juritis apreciavam e os nativos faziam seus brincos e colares, e existia uma vegetação rica, habitada por várias espécies de animais. As raras flores maravilha nativas da região, davam um colorido único, cobrindo todo o vale. As noites eram quase sempre claras, de um límpido céu azul, sem igual. Quando, no seu luminar, as estrelas brilhavam e pareciam cair sobre suas cabeças, aguçavam os desejos latentes de seus habitantes. Seus vales verdejantes nutriam os animais todos os dias do ano, e suas cachoeiras e rios, onde os índios se banharam por milhares de anos, ainda forneciam peixes em abundância. Todos que por ali passaram em busca de novos tempos ou habitaram através dos séculos nesse lugar ou que porventura exploraram suas riquezas foram acometidos de sonhos e quimeras. Isso porque nesse lugar habitavam os mais fortes desejos de voar nas mais altas nuvens, em busca de seus sonhos e realizações.
Desde quando se tornou o caminho do imperador na exploração do ouro, milhares de imigrantes chegaram a esta região em busca de riqueza, transformando suas florestas em pastos, e lavouras expulsando os nativos para longe. A pacata Maravilha e arredores, como Avelar e Paty do Alferes, acolhiam quase todas as etnias, de várias partes do mundo, como escravos oriundos da África para trabalhar no plantio da cana-de-açúcar e no plantio do café. Muitos migraram em busca de riquezas, outros chegavam contratados para gerenciar as fazendas dos alferes, homens ricos, donos das terras oriundas de doações do imperador. Eles mantinham a prosperidade do lugar e desenvolviam sua
cultura. Com isso, a cidade crescia, atraindo novos moradores. As estradas que levavam ao centro de Paty do Alferes viviam congestionadas de charretes, disputando espaço com as boiadas em direção à estação de trem, por onde escoavam a produção agrícola e desembarcavam e novos imigrantes.
A população crescia também com algumas famílias descendentes de sesmeiros, que se agruparam ao redor da cidade séculos antes, e antigos colonos viviam nesse recanto, usufruindo da magia e esplendor das fazendas de café. Terra de índios e caboclos”. Dessa mistura racial, só uma vontade permanecera latente: Alimentando seus sonhos de voar, para um mundo melhor, em busca de seus sonhos de liberdade e conquista.
Maravilha é o nome do lugar de sonhos dos imigrantes e pesadelos dos escravos que se rebelavam em busca da liberdade. Alimentou sonhos dos que por ali passaram na caminhada longínqua em busca do ouro em Minas Gerais, caminho desbravado pelo legendário caçador de esmeraldas Fernão Dias Pães Leme. Terra de Barões do café, berço de poetas e do autor da letra do hino nacional. Maravilha agora vivia das histórias do passado, sua herança maior.
A região progrediu e ajudou a concretizar sonhos, idealizados por aqueles que receberam benesses do imperador para cultivar as fazendas de café, que muita riqueza acumularam para suas famílias abastadas. Séculos depois, foi cenário de tentativas de vida melhor dos imigrantes japoneses, que fugiam da guerra e da fome e puderam desenvolver a cultura do tomate na região de terra fértil, mas que também cooperou para o contágio dos rios com agrotóxicos das lavouras, matando peixes e animais nativos. Refúgio espiritual e lugar de penitência de padres que saíam em romaria das igrejas locais, onde se açoitavam em procissão nas estradas da Fazenda maravilha rumo ao Morro do Fama em longos cortejos e atos solenes, querendo redimir-se dos seus pecados e do mundo pagando essa penitência.
Foi descanso de aventureiros regressados de outros cantos, como alguns caçadores de esmeraldas perdidos nas montanhas sem ter para onde ir, imbuídos do imenso desejo de voar para longe, de seus fracassos e sonhos desfeitos, serviu de exemplo para redenção daqueles que não conseguiram se beneficiar com a riqueza da extração mineral e só queriam uma vida melhor longe do garimpo, que só trazia riqueza para seus proprietários. Mas esse lugar tinha homens de olhar poético, sensibilidade latente, amor pela terra, paixão pela natureza. Contagiado por sua verve, o poeta caminhava por essas bandas, registrando no seu caderno. Ele versejava e deleitava-se encantado com a beleza no caminho para Avelar.
“Nessa terra tem palmeiras, castanheira, imbuia e jacarandá, alamedas de ipê roxo e o florido jequitibá. Seus rios de águas límpidas alimentam o bisbilhar de riachos que embalam nossos sonhos ao anoitecer. Também tem aves de canto, como canta o sabia. Não há dia em que não me encante com o furor lírico do canário-da-terra e a sua perfeita sinfonia no ar. Enche-me de alegria o fugaz festim de andorinhas no céu a bailar. Nessa terra onde devagar vai-se longe, caminho feliz, lentamente percebo que o esse pássaro Vira Campo ajuda a semear o seu fruto, e, ainda que lentamente, percebo que há mais vida na imbaúba, onde a habita a preguiça desfrutando do seu banquete alimentar. Logo adiante, resistentes e imponentes, construídas sobre os galhos do pau-brasil, há casas de joão-de-barro perfeitas para morar. Em meu devaneio de tanta beleza fitar, fico envaidecido e mergulho no meu soberbo delírio, pois meu olhar deslumbra-se mais ainda com o vigor do vermelho-sangue, da flor do pé de Mulungu onde descansam as maitacas em algazarra, ao revoar.
Um lugar chamado maravilha.
Nas asas da imaginação.
Contam os historiadores que os senhores da terra no passado tinham por hábito batizar as cidades fundadas por eles e as terras doadas pelo imperador com pompa e fanfarra. Gostavam de nomes compostos, eventualmente, por nomes indígenas nas terras menos produtivas, por serem excêntricos para eles, e de homenagear e agradar a igreja com nome de santos nas grandes capitais, ou quase sempre de pessoas importantes do império. Os desbravadores quando muito vaidosos seu próprio nome é de seus fundadores.
Mas, uma fazenda promissora surgiu no século XVII e teve supostamente seu batismo de forma inusitada, provavelmente por alguém deslumbrado por sua natureza.
Diz a lenda dos contadores de história que provavelmente seu proprietário, depois de vários dias de viagem, vindo de Minas Gerais, deslumbrou-se ao parar no Morro do Fama e admirar aquele vale. Ficou encantado ao olhar aquela paisagem verdejante repleta de pequenas flores vermelhas, azuis, e amarelas, e provavelmente exclamou a frase que daria o nome à sua fazenda.
O nome teria de ser sinônimo de quase tudo que é belo e se pode qualificar como algo além da sua expectativa, algo que o surpreendeu magnificamente, nesse cenário deslumbrante. O Alferes foi dominado por indescritível emoção, e, em estado de estupor, um largo sorriso brotou no sisudo homem do império. A alegria do momento o fez esquecer o cansaço da longa viagem que se arrastava a vários dias se transformou em euforia. Foi o que sentiu o Alferes, ao olhar para esse presente da natureza intocável. Só poderia fazê-lo vibrar com tamanha beleza e exclamar, em alto e bom som para todos que estavam em sua caravana ouvir: “Que maravilha esse lugar”. Depois desse dia, diz a lenda dos contadores de história de mula sem cabeça, saci-pererê, que todos que por ali passavam traziam consigo muitas lendas e histórias, de seus países de origem, e, ao partirem, depois de realizarem ou não seus sonhos, deixavam essa herança no imaginário popular. Essas lendas seguiam criando um folclórico festejo, dando vida e passado a esse lugar de encanto. Maravilha era emoldurada pela linda paisagem de montanhas, soberbamente coberta por nativas palmeiras.
Pati, cujo fruto as aves como juritis apreciavam e os nativos faziam seus brincos e colares, e existia uma vegetação rica, habitada por várias espécies de animais. As raras flores maravilha nativas da região, davam um colorido único, cobrindo todo o vale. As noites eram quase sempre claras, de um límpido céu azul, sem igual. Quando, no seu luminar, as estrelas brilhavam e pareciam cair sobre suas cabeças, aguçavam os desejos latentes de seus habitantes. Seus vales verdejantes nutriam os animais todos os dias do ano, e suas cachoeiras e rios, onde os índios se banharam por milhares de anos, ainda forneciam peixes em abundância. Todos que por ali passaram em busca de novos tempos ou habitaram através dos séculos nesse lugar ou que porventura exploraram suas riquezas foram acometidos de sonhos e quimeras. Isso porque nesse lugar habitavam os mais fortes desejos de voar nas mais altas nuvens, em busca de seus sonhos e realizações.
Desde quando se tornou o caminho do imperador na exploração do ouro, milhares de imigrantes chegaram a esta região em busca de riqueza, transformando suas florestas em pastos, e lavouras expulsando os nativos para longe. A pacata Maravilha e arredores, como Avelar e Paty do Alferes, acolhiam quase todas as etnias, de várias partes do mundo, como escravos oriundos da África para trabalhar no plantio da cana-de-açúcar e no plantio do café. Muitos migraram em busca de riquezas, outros chegavam contratados para gerenciar as fazendas dos alferes, homens ricos, donos das terras oriundas de doações do imperador. Eles mantinham a prosperidade do lugar e desenvolviam sua
cultura. Com isso, a cidade crescia, atraindo novos moradores. As estradas que levavam ao centro de Paty do Alferes viviam congestionadas de charretes, disputando espaço com as boiadas em direção à estação de trem, por onde escoavam a produção agrícola e desembarcavam e novos imigrantes.
A população crescia também com algumas famílias descendentes de sesmeiros, que se agruparam ao redor da cidade séculos antes, e antigos colonos viviam nesse recanto, usufruindo da magia e esplendor das fazendas de café. Terra de índios e caboclos”. Dessa mistura racial, só uma vontade permanecera latente: Alimentando seus sonhos de voar, para um mundo melhor, em busca de seus sonhos de liberdade e conquista.
Maravilha é o nome do lugar de sonhos dos imigrantes e pesadelos dos escravos que se rebelavam em busca da liberdade. Alimentou sonhos dos que por ali passaram na caminhada longínqua em busca do ouro em Minas Gerais, caminho desbravado pelo legendário caçador de esmeraldas Fernão Dias Pães Leme. Terra de Barões do café, berço de poetas e do autor da letra do hino nacional. Maravilha agora vivia das histórias do passado, sua herança maior.
A região progrediu e ajudou a concretizar sonhos, idealizados por aqueles que receberam benesses do imperador para cultivar as fazendas de café, que muita riqueza acumularam para suas famílias abastadas. Séculos depois, foi cenário de tentativas de vida melhor dos imigrantes japoneses, que fugiam da guerra e da fome e puderam desenvolver a cultura do tomate na região de terra fértil, mas que também cooperou para o contágio dos rios com agrotóxicos das lavouras, matando peixes e animais nativos. Refúgio espiritual e lugar de penitência de padres que saíam em romaria das igrejas locais, onde se açoitavam em procissão nas estradas da Fazenda maravilha rumo ao Morro do Fama em longos cortejos e atos solenes, querendo redimir-se dos seus pecados e do mundo pagando essa penitência.
Foi descanso de aventureiros regressados de outros cantos, como alguns caçadores de esmeraldas perdidos nas montanhas sem ter para onde ir, imbuídos do imenso desejo de voar para longe, de seus fracassos e sonhos desfeitos, serviu de exemplo para redenção daqueles que não conseguiram se beneficiar com a riqueza da extração mineral e só queriam uma vida melhor longe do garimpo, que só trazia riqueza para seus proprietários. Mas esse lugar tinha homens de olhar poético, sensibilidade latente, amor pela terra, paixão pela natureza. Contagiado por sua verve, o poeta caminhava por essas bandas, registrando no seu caderno. Ele versejava e deleitava-se encantado com a beleza no caminho para Avelar.
“Nessa terra tem palmeiras, castanheira, imbuia e jacarandá, alamedas de ipê roxo e o florido jequitibá. Seus rios de águas límpidas alimentam o bisbilhar de riachos que embalam nossos sonhos ao anoitecer. Também tem aves de canto, como canta o sabia. Não há dia em que não me encante com o furor lírico do canário-da-terra e a sua perfeita sinfonia no ar. Enche-me de alegria o fugaz festim de andorinhas no céu a bailar. Nessa terra onde devagar vai-se longe, caminho feliz, lentamente percebo que o esse pássaro Vira Campo ajuda a semear o seu fruto, e, ainda que lentamente, percebo que há mais vida na imbaúba, onde a habita a preguiça desfrutando do seu banquete alimentar. Logo adiante, resistentes e imponentes, construídas sobre os galhos do pau-brasil, há casas de joão-de-barro perfeitas para morar. Em meu devaneio de tanta beleza fitar, fico envaidecido e mergulho no meu soberbo delírio, pois meu olhar deslumbra-se mais ainda com o vigor do vermelho-sangue, da flor do pé de Mulungu onde descansam as maitacas em algazarra, ao revoar.
sábado, 14 de janeiro de 2017
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Trecho do livro O MENINO que QUERIA VOAR.
Lembrei de você quando li esta citação de "O menino que queria voar" de João M.C. Jr. -
"Os fatos ocorridos meses antes a fizeram passar por dois sustos, e isso a tornou mais alerta, sempre pronta a proteger seu pequeno tesouro. Um deles foi quando dona Candida viu seu filho sendo arrastado por uma porca que acabara de dar cria , abocanhando-o pela roupa no quintal e tentando levá-lo a todo custo para dentro do chiqueiro. Talvez, o animal quisesse servir o garoto de alimento aos porcos capados da raça White Chester, seus companheiros de chiqueiro , pai dos seus doze filhos suínos robustos. Eram todos animais introduzidos pelos ingleses na região no início do século. Porcos enormes criados para serem mortos e vendidos na cidade de Paty. Inutilmente, o menino franzino lutava e gritava por sua"
Comece a ler este livro gratuitamente: http://amz
.onl/7m0JqcZ
.onl/7m0JqcZ
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO
Fingindo ser seu amigo, mas com seu tom de voz alterado,
ele a manteve sob pressão e a agredia com seus argumentos depreciativos.
– Você tem cara de meio bobinha, mas garanto que vai
aprender
rapidinho como se vive na cidade grande, como tantas
outras que eu conheço. E, lamento menina mas, foi uma pena você ter sido tão ingênua e caído nas lábias do patrão, ti
garanto que se você tivesse olhado um pouquinho pra mim ou escolhido alguém do
seu nível como eu, por exemplo, não estaria nessa situação tão complicada. E
complementou seu diálogo tentando passar a mão em sua perna. Mas, a jovem
estava atenta e antes que ele alcançasse seu intento, ela numa reação
espontânea, desferiu uma tapa em sua cara.
Em um movimento rápido, Jorge se esquivou da tapa
desferido
pela jovem que ainda assim resvalou em seu rosto,
deixando as marcas das suas unhas fazendo-o perder o controle do carro, que
derrapou na curva, quase batendo no murro da casa na esquina. Irado com a
reação da jovem tentando agredi-lo, a sua face ficou vermelha e ele soltou um
palavrão, ameaçando bater em seu rosto. Ela se afastou no banco encostando-se à
porta do carro e segurou sua saia plissada entre as pernas em posição de
defesa, enquanto ele a ameaçava espanca-la caso ela repetisse o seu ato. Depois de controlar
seu estado de nervo e o carro, e demostrando que era realmente um aproveitador
da fragilidade da jovem, ele se virou para ela, com um sorriso de canalha no
rosto, e disse:
–
Pode se fazer de difícil agora, menina, mas não se preocupe não. A vida pra
você pode se tornar muito fácil, é só você querer.- Presta atenção no que eu
vou lhe dizer, pode ser sua ultima chance na vida, não adianta esconder pois eu
sei que você esta gravidaTRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO
Fingindo ser seu amigo, mas com seu tom de voz alterado,
ele a manteve sob pressão e a agredia com seus argumentos depreciativos.
– Você tem cara de meio bobinha, mas garanto que vai
aprender
rapidinho como se vive na cidade grande, como tantas
outras que eu conheço. E, lamento menina mas, foi uma pena você ter sido tão ingênua e caído nas lábias do patrão, ti
garanto que se você tivesse olhado um pouquinho pra mim ou escolhido alguém do
seu nível como eu, por exemplo, não estaria nessa situação tão complicada. E
complementou seu diálogo tentando passar a mão em sua perna. Mas, a jovem
estava atenta e antes que ele alcançasse seu intento, ela numa reação
espontânea, desferiu uma tapa em sua cara.
Em um movimento rápido, Jorge se esquivou da tapa
desferido
pela jovem que ainda assim resvalou em seu rosto,
deixando as marcas das suas unhas fazendo-o perder o controle do carro, que
derrapou na curva, quase batendo no murro da casa na esquina. Irado com a
reação da jovem tentando agredi-lo, a sua face ficou vermelha e ele soltou um
palavrão, ameaçando bater em seu rosto. Ela se afastou no banco encostando-se à
porta do carro e segurou sua saia plissada entre as pernas em posição de
defesa, enquanto ele a ameaçava espanca-la caso ela repetisse o seu ato. Depois de controlar
seu estado de nervo e o carro, e demostrando que era realmente um aproveitador
da fragilidade da jovem, ele se virou para ela, com um sorriso de canalha no
rosto, e disse:
–
Pode se fazer de difícil agora, menina, mas não se preocupe não. A vida pra
você pode se tornar muito fácil, é só você querersexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Trecho do livro Trapaças do Destino Causa e Efeito
#kobo #readmore #quote #koboquote Veja o livro aqui: https://store.kobobooks.com/pt-BR/ebook/trapacas-do-destino-causa-e-efeito?utm_campaign=PhotoQuotesAdr&utm_medium=Social&utm_source=App_Acq
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Nas ruas, por sua vez, a tranquilidade pode ser duradoura nas fortalezas das classes do poder, nos seus carros blindados e pela garantia dada por seguranças particulares.
Esse antagonismo demonstra de forma desumana dois extremos vivendo na cidade e tal paradigma determina o modelo conceptual equivocado vivido e fora de controle. Extrapola-se o bom senso e algumas retaliações aos bandidos são proporcionadas, que excedem suas fronteiras e atacam pessoas ilustres em demonstração de força.
A consequência é que o véu da beleza que cobre a bela cidade banhada pelo Atlântico Sul e de clima tropical, que contagia a todos que a visitam, às vezes cai. Em contrapartida, verifica-se uma realidade cruel do outro lado da cidade, longe dos holofotes da mídia e do olhar de muitos. Nas periferias do bairro Marrom as mazelas e a violência imperam, mesmo assim, tal como se propaga na mídia, Rio de Rosário ainda é considerada uma das melhores cidades do mundo e é uma cidade caliente e bonita por natureza. Mas a decadência moral e o declínio do poder estão favorecendo os criminosos mais astutos, que diversificam seus ganhos com o crime organizado. A união das forças do mal está ganhando terreno e o poder político local age de forma equivocada, pois estabelece políticas utópicas e proporciona oportunidades aos fora da lei.
Os que deveriam zelar pela segurança da cidade estão se abastecendo na fonte inesgotável do submundo do crime e se associam e às vezes comandam as organizações criminosas de maneira sutil. As organizações os enriquecem de modo rápido e assustador para a elite dominante, que os vê cada vez mais próximos e vizinhos de seus condomínios de luxo.
Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas
O dia está chuvoso e com nuvens negras que cobrem o céu numa tarde sombria de ar fúnebre. Relâmpagos riscam o céu e trovoadas ecoam e provocam alteração ruidosa nas ruas do bairro Marrom, mas nem mesmo o alagamento provocado pela chuva dissipou o cheiro de pólvora nos guetos do bairro e tampouco lavou a rua do sangue escorrendo pelos ralos
Esse antagonismo demonstra de forma desumana dois extremos vivendo na cidade e tal paradigma determina o modelo conceptual equivocado vivido e fora de controle. Extrapola-se o bom senso e algumas retaliações aos bandidos são proporcionadas, que excedem suas fronteiras e atacam pessoas ilustres em demonstração de força.
A consequência é que o véu da beleza que cobre a bela cidade banhada pelo Atlântico Sul e de clima tropical, que contagia a todos que a visitam, às vezes cai. Em contrapartida, verifica-se uma realidade cruel do outro lado da cidade, longe dos holofotes da mídia e do olhar de muitos. Nas periferias do bairro Marrom as mazelas e a violência imperam, mesmo assim, tal como se propaga na mídia, Rio de Rosário ainda é considerada uma das melhores cidades do mundo e é uma cidade caliente e bonita por natureza. Mas a decadência moral e o declínio do poder estão favorecendo os criminosos mais astutos, que diversificam seus ganhos com o crime organizado. A união das forças do mal está ganhando terreno e o poder político local age de forma equivocada, pois estabelece políticas utópicas e proporciona oportunidades aos fora da lei.
Os que deveriam zelar pela segurança da cidade estão se abastecendo na fonte inesgotável do submundo do crime e se associam e às vezes comandam as organizações criminosas de maneira sutil. As organizações os enriquecem de modo rápido e assustador para a elite dominante, que os vê cada vez mais próximos e vizinhos de seus condomínios de luxo.
Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas
O dia está chuvoso e com nuvens negras que cobrem o céu numa tarde sombria de ar fúnebre. Relâmpagos riscam o céu e trovoadas ecoam e provocam alteração ruidosa nas ruas do bairro Marrom, mas nem mesmo o alagamento provocado pela chuva dissipou o cheiro de pólvora nos guetos do bairro e tampouco lavou a rua do sangue escorrendo pelos ralos
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Enquanto isso, na América do Sul...
Em Rio de Rosário o calor é abrasador e dizem que é por causa da guerra climática denominada de HAARP – um projeto de estudos sobre a ionosfera terrestre usado, por certos países, como arma secreta contra os países concorrentes. Talvez fosse esta a razão de o verão torrar os miolos das pessoas durante o dia com a temperatura constante de 55Cº, pela qual os mananciais estão secando e as chuvas fortes, típicas de dilúvio, inundam as avenidas com seus bueiros entupidos no final das tardes. Isso causa tremendos transtornos, provoca doenças advindas dos ratos e grandes engarrafamentos, o que também proporciona, aos delinquentes, a oportunidade de saquear os motoristas presos no trânsito.
Como várias cidades do extremo sul do planeta, Rio de Rosário também vive uma epidemia malévola e algo sinistro toma conta de tudo sutilmente, como sendo um poder paralelo. Percebe-se uma inércia no ar que favorece os bandidos e os conspiradores de plantão. Milhares de cruzes são fincadas quase todos os dias sobre rios de lágrimas, respingadas do sangue de inocentes vítimas de balas perdidas e de assaltos nas saídas de bancos, dentro dos ônibus, nos trens e nos metrôs. A violência não escolhe vítimas, pois crianças, velhos e policiais são todos vitimados por essa onda nefasta. Ademais, corriqueiramente algumas cidades são sitiadas por bandos armados que nos remetem ao passado, fazendo-nos relembrar o faroeste do tempo das diligências.
Sul da cidade
Em um shopping no bairro Dourado, o detetive Romão, lotado na Delegacia de Roubos e Furtos, passeia com sua namorada. Eles entram numa loja de roupas femininas da marca Lellis France e sua namorada escolhe cinco pares de sapatos importados de 500£ e bolsas de R$ 2.000,00. Romão está sentado bem relaxado numa poltrona de couro, parecendo mais um DJ bem-sucedido trajando uma calça jeans da grife DL. Ostentando um relógio Rolex de ouro no pulso e um cordão de ouro com uma cruz cravejada de brilhantes, Romão age como uma celebridade do mundo do showbiz. É bajulado pelas vendedoras que já o conhecem como um possível novo rico, alguém que gasta sem reclamar. Muito solícitas, elas o agradam servindo, numa bandeja de prata, drinques e petiscos. Enquanto ele degusta canapés, azeitonas, calabresas e toma reforçada dose de uísque, sua namorada marombada e loiríssima gasta a rodo. Minutos depois eles saem do shopping abarrotados de compras e ele, na garagem, entra na sua Lamborghini modelo 2025, depois seguem pelas ruas do bairro Dourado.
O verão de 40°C aumenta o fluxo de turistas e a cidade se transforma, em boa parte do ano, quase numa Torre de Babel. No seu momento surreal, Rio de Rosário transmite seu calor humano através de suas festas monumentais, pois ela é, pode-se assim dizer, uma cidade cosmopolita.
Mas o poder paralelo do crime organizado cresce sorrateiramente no submundo sombrio da cidade. Seus chefões, em alguns casos, são vistos como homens de negócios e seus frutíferos e colossais empreendimentos estão diversificados e crescem dispersados por todo lado. Estão camuflados em alguns bairros nas fachadas discretas de boates, bares e prostíbulos de luxo em prédios de sua propriedade, juntamente a clínicas de aborto que rendem milhões e a pequenos cassinos parceiros das máfias local e internacional. São oferecidas noites de orgias animadas por boa dose de drogas ao alcance de todos. Em alguns pontos, inclusive, a prostituição é livre e menores frequentam os locais sem nenhuma restrição nem combate dos órgãos competentes.
Percebe-se que a cidade tem um toque de jogos vorazes em suas entranhas, em que a competição tem dono, não tem limites e ao vencedor é resguardado o direito de enriquecer rápido. Vive-se uma roleta russa na qual não é você quem puxa o gatilho. Explosões rotineiras dão o toque de guerra terrorista à cidade e estraçalham caixas eletrônicos, saqueados à luz do dia e nas madrugadas sombrias. Nas ações dos bandidos, civis são feitos reféns e viram escudos para os bandidos em fuga. Na mídia essas cenas banalizadas aparecem por segundos, como sendo reflexos de trailers de gângsteres em cartaz. Constata-se que há uma fonte inesgotável de fornecimento de explosivos e de armas aos bandidos e que também há um lado glamoroso nisso, pois vive-se um clima de grande festa nos bairros Dourado, Azul e Amarelo, onde se desfruta de certa tranquilidade, mesmo que passageira.
Nas ruas, por sua vez, a tranquilidade pode ser duradoura nas fortalezas das classes do poder, nos seus carros blindados e pela garantia dada por seguranças particulares.
Esse antagonismo demonstra de forma desumana dois extremos vivendo na cidade e tal paradigma determina o modelo conceptual equivocado vivido e fora de controle. Extrapola-se o bom senso e algumas retaliações aos bandidos são proporcionadas, que excedem suas fronteiras e atacam pessoas ilustres em demonstração de força.
A consequência é que o véu da beleza que cobre a bela cidade banhada pelo Atlântico Sul e de clima tropical, que contagia a todos que a visitam, às vezes cai. Em contrapartida, verifica-se uma realidade cruel do outro lado da cidade, longe dos holofotes da mídia e do olhar de muitos. Nas periferias do bairro Marrom as mazelas e a violência imperam, mesmo assim, tal como se propaga na mídia, Rio de Rosário ainda é considerada uma das melhores cidades do mundo e é uma cidade caliente e bonita por natureza. Mas a decadência moral e o declínio do poder estão favorecendo os criminosos mais astutos, que diversificam seus ganhos com o crime organizado.
Em Rio de Rosário o calor é abrasador e dizem que é por causa da guerra climática denominada de HAARP – um projeto de estudos sobre a ionosfera terrestre usado, por certos países, como arma secreta contra os países concorrentes. Talvez fosse esta a razão de o verão torrar os miolos das pessoas durante o dia com a temperatura constante de 55Cº, pela qual os mananciais estão secando e as chuvas fortes, típicas de dilúvio, inundam as avenidas com seus bueiros entupidos no final das tardes. Isso causa tremendos transtornos, provoca doenças advindas dos ratos e grandes engarrafamentos, o que também proporciona, aos delinquentes, a oportunidade de saquear os motoristas presos no trânsito.
Como várias cidades do extremo sul do planeta, Rio de Rosário também vive uma epidemia malévola e algo sinistro toma conta de tudo sutilmente, como sendo um poder paralelo. Percebe-se uma inércia no ar que favorece os bandidos e os conspiradores de plantão. Milhares de cruzes são fincadas quase todos os dias sobre rios de lágrimas, respingadas do sangue de inocentes vítimas de balas perdidas e de assaltos nas saídas de bancos, dentro dos ônibus, nos trens e nos metrôs. A violência não escolhe vítimas, pois crianças, velhos e policiais são todos vitimados por essa onda nefasta. Ademais, corriqueiramente algumas cidades são sitiadas por bandos armados que nos remetem ao passado, fazendo-nos relembrar o faroeste do tempo das diligências.
Sul da cidade
Em um shopping no bairro Dourado, o detetive Romão, lotado na Delegacia de Roubos e Furtos, passeia com sua namorada. Eles entram numa loja de roupas femininas da marca Lellis France e sua namorada escolhe cinco pares de sapatos importados de 500£ e bolsas de R$ 2.000,00. Romão está sentado bem relaxado numa poltrona de couro, parecendo mais um DJ bem-sucedido trajando uma calça jeans da grife DL. Ostentando um relógio Rolex de ouro no pulso e um cordão de ouro com uma cruz cravejada de brilhantes, Romão age como uma celebridade do mundo do showbiz. É bajulado pelas vendedoras que já o conhecem como um possível novo rico, alguém que gasta sem reclamar. Muito solícitas, elas o agradam servindo, numa bandeja de prata, drinques e petiscos. Enquanto ele degusta canapés, azeitonas, calabresas e toma reforçada dose de uísque, sua namorada marombada e loiríssima gasta a rodo. Minutos depois eles saem do shopping abarrotados de compras e ele, na garagem, entra na sua Lamborghini modelo 2025, depois seguem pelas ruas do bairro Dourado.
O verão de 40°C aumenta o fluxo de turistas e a cidade se transforma, em boa parte do ano, quase numa Torre de Babel. No seu momento surreal, Rio de Rosário transmite seu calor humano através de suas festas monumentais, pois ela é, pode-se assim dizer, uma cidade cosmopolita.
Mas o poder paralelo do crime organizado cresce sorrateiramente no submundo sombrio da cidade. Seus chefões, em alguns casos, são vistos como homens de negócios e seus frutíferos e colossais empreendimentos estão diversificados e crescem dispersados por todo lado. Estão camuflados em alguns bairros nas fachadas discretas de boates, bares e prostíbulos de luxo em prédios de sua propriedade, juntamente a clínicas de aborto que rendem milhões e a pequenos cassinos parceiros das máfias local e internacional. São oferecidas noites de orgias animadas por boa dose de drogas ao alcance de todos. Em alguns pontos, inclusive, a prostituição é livre e menores frequentam os locais sem nenhuma restrição nem combate dos órgãos competentes.
Percebe-se que a cidade tem um toque de jogos vorazes em suas entranhas, em que a competição tem dono, não tem limites e ao vencedor é resguardado o direito de enriquecer rápido. Vive-se uma roleta russa na qual não é você quem puxa o gatilho. Explosões rotineiras dão o toque de guerra terrorista à cidade e estraçalham caixas eletrônicos, saqueados à luz do dia e nas madrugadas sombrias. Nas ações dos bandidos, civis são feitos reféns e viram escudos para os bandidos em fuga. Na mídia essas cenas banalizadas aparecem por segundos, como sendo reflexos de trailers de gângsteres em cartaz. Constata-se que há uma fonte inesgotável de fornecimento de explosivos e de armas aos bandidos e que também há um lado glamoroso nisso, pois vive-se um clima de grande festa nos bairros Dourado, Azul e Amarelo, onde se desfruta de certa tranquilidade, mesmo que passageira.
Nas ruas, por sua vez, a tranquilidade pode ser duradoura nas fortalezas das classes do poder, nos seus carros blindados e pela garantia dada por seguranças particulares.
Esse antagonismo demonstra de forma desumana dois extremos vivendo na cidade e tal paradigma determina o modelo conceptual equivocado vivido e fora de controle. Extrapola-se o bom senso e algumas retaliações aos bandidos são proporcionadas, que excedem suas fronteiras e atacam pessoas ilustres em demonstração de força.
A consequência é que o véu da beleza que cobre a bela cidade banhada pelo Atlântico Sul e de clima tropical, que contagia a todos que a visitam, às vezes cai. Em contrapartida, verifica-se uma realidade cruel do outro lado da cidade, longe dos holofotes da mídia e do olhar de muitos. Nas periferias do bairro Marrom as mazelas e a violência imperam, mesmo assim, tal como se propaga na mídia, Rio de Rosário ainda é considerada uma das melhores cidades do mundo e é uma cidade caliente e bonita por natureza. Mas a decadência moral e o declínio do poder estão favorecendo os criminosos mais astutos, que diversificam seus ganhos com o crime organizado.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Paris, ano 2025
Na Europa, há muitos dias longe do caos urbano de Rio de Rosário, Malone e
Olga usufruíam do seu último dia de férias.
A manhã agradável, o clima perfeito e o céu salpicado com poucas nuvens e de
um azul-turquesa ao fundo são uma aquarela a valorizar a paisagem e um convite para
se envolver e desfrutar da manhã. A temperatura de 15°C anima o casal, que acorda
cedo para aproveitar o penúltimo dia de férias na Cidade Luz.
Haviam deixado para esse dia o passeio que consideravam mais relevante. O
clima cooperava para a maratona cultural programada, já que era uma estação perfeita
para quem está de férias num país visto como símbolo da democracia no mundo.
O casal toma café no Pax Hotel e eles conversam bastante, enquanto fazem a
degustação do Pan au Chocolat.
Olga diz:
– Malone, meu querido, sempre que está em Paris você acorda disposto e está
com uma cara de felicidade esta manhã! Parece que há uma energia boa emanando de
você. Não vai me dizer que tudo isso é fruto da nossa noite de amor ou é só o passeio
que está mexendo com você?
– Sabe, Olga, você tem sempre razão. Os anos passam e tanto você quanto Paris
ainda me revigoram e me enchem de amor e desejo – respondeu Malone.
Depois, com um sorriso e um beijo na face delicada da esposa, Malone completa
dizendo:
– Você adora Paris, Olga, e eu adoro você! Também vejo que você está mais
saltitante e até parece uma bailarina do Bolshoi!
– Continue massageando o meu ego, quem sabe eu não o retribua mais tarde –
insinuou-se Olga.
Prosseguindo, continuou ela:
– Mas como não gostar, meu Don Juan? O clima desta cidade faz cócegas
também no seu ego e você fica parecendo um adolescente com toda essa energia que
chega a me assustar. Te pergunto: como evitar todo esse clima afrodisíaco se aqui se
come bem, se respira democracia, o ar está impregnado de cultura, há museus por toda
parte, o passado está presente e o futuro se concretiza dia após dia? A violência não está
presente no cotidiano desta cidade nem a corrupção não se estabelece como meio de
enriquecimento ilícito. Tudo isso nos deixa com certa leveza no ser
Na Europa, há muitos dias longe do caos urbano de Rio de Rosário, Malone e
Olga usufruíam do seu último dia de férias.
A manhã agradável, o clima perfeito e o céu salpicado com poucas nuvens e de
um azul-turquesa ao fundo são uma aquarela a valorizar a paisagem e um convite para
se envolver e desfrutar da manhã. A temperatura de 15°C anima o casal, que acorda
cedo para aproveitar o penúltimo dia de férias na Cidade Luz.
Haviam deixado para esse dia o passeio que consideravam mais relevante. O
clima cooperava para a maratona cultural programada, já que era uma estação perfeita
para quem está de férias num país visto como símbolo da democracia no mundo.
O casal toma café no Pax Hotel e eles conversam bastante, enquanto fazem a
degustação do Pan au Chocolat.
Olga diz:
– Malone, meu querido, sempre que está em Paris você acorda disposto e está
com uma cara de felicidade esta manhã! Parece que há uma energia boa emanando de
você. Não vai me dizer que tudo isso é fruto da nossa noite de amor ou é só o passeio
que está mexendo com você?
– Sabe, Olga, você tem sempre razão. Os anos passam e tanto você quanto Paris
ainda me revigoram e me enchem de amor e desejo – respondeu Malone.
Depois, com um sorriso e um beijo na face delicada da esposa, Malone completa
dizendo:
– Você adora Paris, Olga, e eu adoro você! Também vejo que você está mais
saltitante e até parece uma bailarina do Bolshoi!
– Continue massageando o meu ego, quem sabe eu não o retribua mais tarde –
insinuou-se Olga.
Prosseguindo, continuou ela:
– Mas como não gostar, meu Don Juan? O clima desta cidade faz cócegas
também no seu ego e você fica parecendo um adolescente com toda essa energia que
chega a me assustar. Te pergunto: como evitar todo esse clima afrodisíaco se aqui se
come bem, se respira democracia, o ar está impregnado de cultura, há museus por toda
parte, o passado está presente e o futuro se concretiza dia após dia? A violência não está
presente no cotidiano desta cidade nem a corrupção não se estabelece como meio de
enriquecimento ilícito. Tudo isso nos deixa com certa leveza no ser
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO
Segunda-feira, 23 de dezembro de 1963, 13h
A jovem caminhava lentamente na Praça Tiradentes, e alguns pombos brancos alçavam voo sobre sua cabeça.Ela parou indecisa em frente ao teatro Carlos Gomes, sem a noção exata para onde seguir. Seus pés doíam dentro do seu sapato Anabela gasto e com o salto
deformado, que lhe tirava o equilíbrio. Ela ficou por alguns segundos parada
na esquina pensando para onde ir, e estava tão distraída com seus pensamentos confusos que não percebeu a aproximação de um senhor de terno escuro e gravata branca e sapatos bicolor, com seu perfume barato exalando pelos poros e olhar matreiro sobre ela. Sem que ela percebesse, num
gesto sutil, ele a segurou pelo braço, puxando-a para perto
dele.
Numa abordagem direta, ele lhe ofereceu dinheiro para fazer um programa e acompanhá-lo até o hotel mais próximo dali. Surpreendida com a proposta obscena, ele reagiu de forma brusca, demostrando repulsa àquela figura um tanto asquerosa. Ela desvencilhou-se de suas garras e o
empurrou com força, jogando-o no chão. Ele levantou-se, e limpou
sua roupa com um lenço branco que tirara do bolso traseiro de
sua calça molhada. Paralisado com a atitude surpreendente da jovem, ele a olhou com ódio,
fazendo menção de agredi-la mas, se acovardou-se ao perceber que um policial o
observava do outro lado da rua, então ele esbravejou alguns palavrões ainda no
asfalto perto de uma poça-d’água. Irritado e com a face enrubescida de vergonha
pelos risos de outros passantes, ele se recompôs e se retirou resolutivo,
abraçado a uma suposta prostituta que veio
a seu socorro. Parecendo bajulá-lo, ela tomou o lenço da sua mão e saiu limpando
seu terno com o lenço branco. Aproveitando o tumulto à sua volta, a jovem
retirou-se em passos apressados e entrou na Rua Sete de Setembro, sumindo na multidão.
Segunda feira 23 de Dezembro 4h da tarde
No centro da cidade do Rio de Janeiro, o povo vivia a expectativa de novos tempos com a proximidade do ano novo. A politica no país capengava com incertezas e rumores, mas o povo mantinha as esperanças em dias melhores Pois era a semana do Natal, e o espírito cristão e natalino
ainda predominava sobre a maioria das pessoas, fazendo com que esquecessem por alguns instantes das agruras do mundo. As lojas estavam enfeitadas para o Natal, com presépios
retratando o nascimento do menino Jesus. Nas vitrines das lojas,
bolas coloridas e luzes piscavam em ritmo cadenciado nas
árvores de natalinas, iluminando o Papai Noel e suas renas em músicas de Natal ecoava nas ruas, vindo das
lojas de nome Rei
da Voz e dava o clima festivo do mês de dezembro. “Jingle Bells” era a música
que tocava na maioria das lojas do centro da cidade. A multidão aglomerada em
busca de novidades se acotovelava nas lojas de discos, pois as vendas de
músicas natalinas aumentavam com novos lançamentos e a maiorias dessas pessoas
preferia a “Noite Feliz”, escrita em 1818 pelo padre Joseph Mohr e musicada por
Franz Gruber”. O clima era contagiante em toda cidade e principalmente nas ruas
da Alfândega e Sete de setembro, onde a maioria das loja se concentravam por
esse motivo já estavam cheias de homens mulheres e crianças aparentemente
felizes, na sua maioria consumidores em busca de presentes. As pessoas se
aglomeravam em frente às vitrines de joalherias e a jovem ficava de olhos bem
abertos, vidrados e arregalados, admirando os homens comprando colares para
suas mulheres ou amantes. Proeminentes senhoras da alta sociedade ávidas por
novidades enchiam os magazines do centro da cidade e carregavam a tiracolo suas
empregadas para carregarem suas compras.
Na Rua Buenos Aires, as crianças entravam nas lojas de brinquedos eufóricas. Do
lado de fora da loja, a jovem enrolada em um cobertor,
observava o movimento dos consumidores e sorria contagiada pelo clima festivo e admirada com
suas sacolas e embrulhos de presentes envolto em papel coloridos. Minutos
depois, essa mesma jovem estendeu a mão aos clientes que saíam das lojas
abarrotadas de presentes, mas eles a ignoravam, reclamando dos números de
pedintes nessa data natalina.
Duas horas depois
A noite chegou, as lojas se fecharam e o brilho das luzes de Natal se apagou. As ruas foram ficando desertas,
poucos carros circulavam pela presidente Vargas, e pouco a pouco cidade se apagou. Desiludida, ela caminhava cabisbaixa
com um aperto em seu coração, meio perdida na multidão que se aglomerava em pontos de ônibus para retornar às suas
casas. Ela seguiu olhando as lojas de roupas infantis que ainda
se mantinham acesas, e as vitrines com manequins de crianças vestidas para noite de festas. Seus olhos brilhavam
mareados enquanto acariciava sua barriga. As músicas das lojas de
discos haviam embalado seus sonhos distantes de sua realidade. Desilusões momentâneas tomaram conta daquela jovem, que experimentava
as agruras de viver ao relento
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Trecho do livro O MENINO que QUERIA VOAR
#kobo #readmore #quote #koboquote Veja o livro aqui: https://store.kobobooks.com/pt-BR/ebook/o-menino-que-queria-voar-1?utm_campaign=PhotoQuotesAdr&utm_medium=Social&utm_source=App_Acq
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Malone finge não entender a sugestão do secretário e responde:
– Não será necessário, secretário. O museu está fechado para reforma e só deve
ficar pronto dentro de seis meses, e até lá já teremos, provavelmente, recuperado os
quadros.
– Era só uma sugestão prática para acabar com essa dor de cabeça. Porém, já que
você tem certeza de que vai recuperá-los é ótimo. Boas notícias são bem-vindas neste
momento, pode acreditar. Mas o motivo da minha visita, Malone, não está relacionado
às suas investigações. É um assunto de emergência, por isso aguardo você no meu
gabinete. Precisamos conversar em particular daqui a meia hora, Malone – como se
fosse uma ordem o secretário finaliza.
O secretário sai da sala da mesma forma que entrou, sem dar chance ao delegado
de perguntar o motivo da reunião e deixando-o atordoado e sem ação. Fechar a
investigação que ele comandava havia meses era sua prioridade e a reunião de
emergência no gabinete do secretário não poderia vir em pior hora.
Para não perder o foco, Malone recapitula suas últimas ações e vai até seu
computador verificar dados e apontamentos. Confere a agenda para o dia e em seguida
convoca o detetive Ribeiro, que é o investigador especializado nas escutas.
Malone diz:
– Ribeiro, hoje quero que monitore os telefones o dia todo. As escutas são a
chave para acharmos os receptadores, por isso não deixe escapar nada, tudo é
importante. À noite nos encontraremos e você irá me relatar o que foi apurado, depois
traçaremos um plano de ação detalhado.
– Deixa comigo, delegado – responde Ribeiro.
O delegado olha o relógio e constata que meia hora já se passara. Estava na hora
de descobrir o que o secretário queria com tanta pressa. Dois minutos depois, então, ele
se dirige ao gabinete do secretário de segurança.
Aparentemente, Adriano Torres parecia ser um homem reservado e poucos
tinham acesso a ele e quase nunca se ouvia sua voz. Tinha fama de durão e não hesitava
em exonerar alguém com um simples telefonema, embora tal método não fosse
apreciado por todos. Ele não estava desenvolvendo um bom trabalho à frente da
secretaria que comandava e corria o boato de que não passaria daquele ano no cargo. A
inteligência não era seu forte, diziam as más-línguas.
Apesar do equipamento importado para beneficiar o setor de inteligência da
polícia, até aquele momento não havia nenhum resultado relevante que compensasse o
investimento.
– Não será necessário, secretário. O museu está fechado para reforma e só deve
ficar pronto dentro de seis meses, e até lá já teremos, provavelmente, recuperado os
quadros.
– Era só uma sugestão prática para acabar com essa dor de cabeça. Porém, já que
você tem certeza de que vai recuperá-los é ótimo. Boas notícias são bem-vindas neste
momento, pode acreditar. Mas o motivo da minha visita, Malone, não está relacionado
às suas investigações. É um assunto de emergência, por isso aguardo você no meu
gabinete. Precisamos conversar em particular daqui a meia hora, Malone – como se
fosse uma ordem o secretário finaliza.
O secretário sai da sala da mesma forma que entrou, sem dar chance ao delegado
de perguntar o motivo da reunião e deixando-o atordoado e sem ação. Fechar a
investigação que ele comandava havia meses era sua prioridade e a reunião de
emergência no gabinete do secretário não poderia vir em pior hora.
Para não perder o foco, Malone recapitula suas últimas ações e vai até seu
computador verificar dados e apontamentos. Confere a agenda para o dia e em seguida
convoca o detetive Ribeiro, que é o investigador especializado nas escutas.
Malone diz:
– Ribeiro, hoje quero que monitore os telefones o dia todo. As escutas são a
chave para acharmos os receptadores, por isso não deixe escapar nada, tudo é
importante. À noite nos encontraremos e você irá me relatar o que foi apurado, depois
traçaremos um plano de ação detalhado.
– Deixa comigo, delegado – responde Ribeiro.
O delegado olha o relógio e constata que meia hora já se passara. Estava na hora
de descobrir o que o secretário queria com tanta pressa. Dois minutos depois, então, ele
se dirige ao gabinete do secretário de segurança.
Aparentemente, Adriano Torres parecia ser um homem reservado e poucos
tinham acesso a ele e quase nunca se ouvia sua voz. Tinha fama de durão e não hesitava
em exonerar alguém com um simples telefonema, embora tal método não fosse
apreciado por todos. Ele não estava desenvolvendo um bom trabalho à frente da
secretaria que comandava e corria o boato de que não passaria daquele ano no cargo. A
inteligência não era seu forte, diziam as más-línguas.
Apesar do equipamento importado para beneficiar o setor de inteligência da
polícia, até aquele momento não havia nenhum resultado relevante que compensasse o
investimento.
Assinar:
Postagens (Atom)
#FILHOS DO BEM FILHOS DO MAL#
FILHOS DO BEM FILHOS DO MAL. Vídeo Clipe! Criado por: João 07/04/2025 O mundo tem. Certos. Conceitos. Que precisam. Ser refeitos. ...

-
O segredo, a cura - Autografia www.autografia.com.br/loja/o-segredo,-a-cura/detalhes O segredo, a cura Voltar. O...
-
TRECHO DO LIVRO Tais fatos foram protagonizados por seus moradores e eram perpetuados nas lembranças dos prosadores, noctívagos e contad...
-
TRECHO DO LIVRO À noite, as novelas aguçavam a imaginação e os faziam esquecer, por algum tempo, da pobre existência. Ouviam horas a fio,...
-
Enquanto uma nova ordem mundial tenta impor ao mundo, suas novas doutrinas financeiras e dominar a ciência, manipulando-a em benefício pró...
-
Europa, ano 2025. O delegado Malone e sua esposa Olga fazem um tour pelo continente com seus dois filhos, que depois retornam para onde e...
-
TRECHOS DO LIVRO Governantes oriundos de vários clãs, que se estabeleceram de forma obscura no poder por séculos, dizem que não ...
-
#kobo #readmore #quote #koboquote Veja o livro aqui: http://bit.ly/2hu1pyeOs MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 3...
-
TRECHO DO LIVRO. Ele sorria feliz por preencher com sua voz afinada a acústica da pequena igreja, a Casa de Oração de Maravilha construíd...