Malone finge não entender a sugestão do secretário e responde:
– Não será necessário, secretário. O museu está fechado para reforma e só deve
ficar pronto dentro de seis meses, e até lá já teremos, provavelmente, recuperado os
quadros.
– Era só uma sugestão prática para acabar com essa dor de cabeça. Porém, já que
você tem certeza de que vai recuperá-los é ótimo. Boas notícias são bem-vindas neste
momento, pode acreditar. Mas o motivo da minha visita, Malone, não está relacionado
às suas investigações. É um assunto de emergência, por isso aguardo você no meu
gabinete. Precisamos conversar em particular daqui a meia hora, Malone – como se
fosse uma ordem o secretário finaliza.
O secretário sai da sala da mesma forma que entrou, sem dar chance ao delegado
de perguntar o motivo da reunião e deixando-o atordoado e sem ação. Fechar a
investigação que ele comandava havia meses era sua prioridade e a reunião de
emergência no gabinete do secretário não poderia vir em pior hora.
Para não perder o foco, Malone recapitula suas últimas ações e vai até seu
computador verificar dados e apontamentos. Confere a agenda para o dia e em seguida
convoca o detetive Ribeiro, que é o investigador especializado nas escutas.
Malone diz:
– Ribeiro, hoje quero que monitore os telefones o dia todo. As escutas são a
chave para acharmos os receptadores, por isso não deixe escapar nada, tudo é
importante. À noite nos encontraremos e você irá me relatar o que foi apurado, depois
traçaremos um plano de ação detalhado.
– Deixa comigo, delegado – responde Ribeiro.
O delegado olha o relógio e constata que meia hora já se passara. Estava na hora
de descobrir o que o secretário queria com tanta pressa. Dois minutos depois, então, ele
se dirige ao gabinete do secretário de segurança.
Aparentemente, Adriano Torres parecia ser um homem reservado e poucos
tinham acesso a ele e quase nunca se ouvia sua voz. Tinha fama de durão e não hesitava
em exonerar alguém com um simples telefonema, embora tal método não fosse
apreciado por todos. Ele não estava desenvolvendo um bom trabalho à frente da
secretaria que comandava e corria o boato de que não passaria daquele ano no cargo. A
inteligência não era seu forte, diziam as más-línguas.
Apesar do equipamento importado para beneficiar o setor de inteligência da
polícia, até aquele momento não havia nenhum resultado relevante que compensasse o
investimento.
– Não será necessário, secretário. O museu está fechado para reforma e só deve
ficar pronto dentro de seis meses, e até lá já teremos, provavelmente, recuperado os
quadros.
– Era só uma sugestão prática para acabar com essa dor de cabeça. Porém, já que
você tem certeza de que vai recuperá-los é ótimo. Boas notícias são bem-vindas neste
momento, pode acreditar. Mas o motivo da minha visita, Malone, não está relacionado
às suas investigações. É um assunto de emergência, por isso aguardo você no meu
gabinete. Precisamos conversar em particular daqui a meia hora, Malone – como se
fosse uma ordem o secretário finaliza.
O secretário sai da sala da mesma forma que entrou, sem dar chance ao delegado
de perguntar o motivo da reunião e deixando-o atordoado e sem ação. Fechar a
investigação que ele comandava havia meses era sua prioridade e a reunião de
emergência no gabinete do secretário não poderia vir em pior hora.
Para não perder o foco, Malone recapitula suas últimas ações e vai até seu
computador verificar dados e apontamentos. Confere a agenda para o dia e em seguida
convoca o detetive Ribeiro, que é o investigador especializado nas escutas.
Malone diz:
– Ribeiro, hoje quero que monitore os telefones o dia todo. As escutas são a
chave para acharmos os receptadores, por isso não deixe escapar nada, tudo é
importante. À noite nos encontraremos e você irá me relatar o que foi apurado, depois
traçaremos um plano de ação detalhado.
– Deixa comigo, delegado – responde Ribeiro.
O delegado olha o relógio e constata que meia hora já se passara. Estava na hora
de descobrir o que o secretário queria com tanta pressa. Dois minutos depois, então, ele
se dirige ao gabinete do secretário de segurança.
Aparentemente, Adriano Torres parecia ser um homem reservado e poucos
tinham acesso a ele e quase nunca se ouvia sua voz. Tinha fama de durão e não hesitava
em exonerar alguém com um simples telefonema, embora tal método não fosse
apreciado por todos. Ele não estava desenvolvendo um bom trabalho à frente da
secretaria que comandava e corria o boato de que não passaria daquele ano no cargo. A
inteligência não era seu forte, diziam as más-línguas.
Apesar do equipamento importado para beneficiar o setor de inteligência da
polícia, até aquele momento não havia nenhum resultado relevante que compensasse o
investimento.
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