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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA.

O detetive Roberto tentava levantar-se da cama nesse seu minúsculo apartamento no bairro do Catete. Depois de certa hesitação e muita esfregação de olhos para poder abri-lo, ele se esticou ainda sentado na cama, acendeu a abajur da cabeceira da cama para enxergar o chinelo que havia empurrado para debaixo da mesinha, e só assim pode calçar-se. Já em pé, ele sacudiu-se todo como se estivesse tirando ou expulsando algo agarrado ao seu corpo moído e dolorido de uma noite mal dormida e, por muito custo, ele colocou-se de frente para o banheiro e pôs-se a encaminhar até ele, quase atropelando o seu gato de estimação e fiel companheiro, que o acompanhava de perto todas as manhãs com muita paciência esperando ele curar suas ressacas para depois lhe servir a sua refeição rotineira. Roberto liga o chuveiro e entra de roupa e tudo, pois era como ele lavava a roupa que dormira. Esse era seu hábito, ao mesmo tempo em que tomava banho lavava sua camisa, cueca e meias que dormira. Seu salário não era dos piores como detetive, mas essa era uma forma que ele achou para economizar água e dinheiro, pois a grana andava curta devido a pensão que pagava à ex-mulher, e poder bancar suas noitadas, que apesar de entrar de graça, as bebidas ele pagava e, não era qualquer bebida, pois só tomava uísque importado 12 anos.
Costa, JOÃO. UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA. (01) (Locais do Kindle 104-105). UNKNOWN. Edição do Kindle.

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