Um conto de amor numa estrada vazia: JMC. JR
FRAGMENTOS
Estava
perdido na Estrada, havia um vazio dentro de mim, estava só.
Somente minha sombra
caminhava ao meu lado. Caminhava trôpego e com sede, o sol castigava meu corpo
ao mesmo tempo iluminava minha mente, não descansei todo aquele dia não avia
sombra no caminho somente o vazio, ao redor. Não sabia por que me desviara do
meu destino, não sei ate onde pretendia andar nem que distância percorrera,
estava na estrada há tanto tempo que já me esquecera, de onde vim? Perguntava a
mim mesmo e não encontrava resposta, não sabia de onde eu vinha só sei que
corria contra o tempo, andava contra o vento.
Depois de léguas encontrei uma fonte e parei, minha sede aplaquei,
e ali mesmo adormeci. A noite chegou o frio me congelou e logo que acordei na
madrugada mais longa que já conheci muitos olhos eu vi espreitar-me ao meu redor,
fitavam - me a distância, não queriam contato, me sentiam pelo olfato. Meus
olhos brilhavam na escuridão do meu deserto mental, e de tão confuso mergulhei
em sono profundo.
Ao amanhecer, enjoado do meu navegar inconsciente, mil perguntas
eu fiz, ao vento que por ali passava trazendo o cheiro de Maresia, das ondas do
meu pensar, quanta distância faltava? Perguntei, para o mar que predizia,
nenhuma resposta me dava o vento e seu rumo seguia. Mil léguas talvez faltassem
para chegar o mar de calmaria. Remando contra as minhas lembranças, era o
destino que me escolhera não era eu que o conduzia. De sonhos também se vive,
todo dia eu me dizia, não aceitava, não queria de mão beijada o que
conquistaria. Na areia poemas escrevia sobre perdas que não havia por esse
motivo sofria, mas a minha opinião bem formada levava aguentar esta jornada cansada,
andava de cabeça erguida, pois nada havia ficado para trás, nenhum resquício de
um bem querer, nenhum mal para padecer. De novo o vento meu caminho cruzou, e no
seu rastro logo notei que outros vestígios deixaram, recolhi Pedaços de
sentimentos que pela estrada alguém largou, Orgulho de corações partidos se revelou,
em algum lugar da estrada alguém deixou pedaços de perdas e danos, lagrimam
congeladas no tempo era o que eu mais temia encontrar na estrada onde amor não havia.
De novo refeito do medo pra frente seguia sem rumo, talvez eu desistisse da
jornada se não houvesse uma força do destino que me conduzia, mesmo sem saber
que ele, o vento não me revelaria que dentro de mim talvez tivesse o destino
que pré dizia. Por muito tempo calado na estrada já havia, palavra que eu escrevia
na areia se perdia quando a chuva caia, eram versos de amor que a muito eu
dizia , estavam gravadas na memória de quem escrevia , estavam memorizadas pelo tempo por isso não se esquecia, rimava o
tempo com o vento à noite com dia, vertia lagrimas de dor enquanto outros
sorriam colhiam rosas vermelhas enquanto outras morriam ,queimava cartas de
amor enquanto outro escrevia, meu tempo passava como se nada valia se não fosse
a prosa eu não saberia distinguir um amor que não vivia recolher esses sentimentos que não se perdia por isso o vento trazia
fragmentos de amor que muita gente perdia, espalhado pelo tempo já muito tempo
fazia, não avia como junta-los sem donos jazia. Por muito tempo pensei,
portanto logo eu acordei. Que todo
aquele tempo na estrada um mundo se revelou que perdido dentro de mim mesmo alguma
história de amor existia. Estas lembranças trazidas pelo vento com cheiros do passado
fizera parte da sua minha vida. Na estrada fugia de algo que me magoou ,por isso
muito tempo na estrada minha vida levei
,fugia de mim mesmo por muito tempo neguei que houve um grande amor que um dia
o marcou a pobre existência deste humilde trovador. Eu Vagava com ventos que meus fragmentos guardaram
e tentava devolver-me na estrada do amor, mas eu fugia do passado que para traz
deixei. Mas um belo dia cansado de fugir do destino fiz um acordo com o vento
que para longe levou fragmentos do passado para sempre rejeitei, por medo
sempre calado na estrada que me conduzia, na areia escrevia prosa e poesia, que
falava de amor que dizia, sopre vento balança o pomar e o jardim em flor, sopre
vento e leve pra longe a minha dor.
AUTOR: JOÃO MC. JR
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