Quem sou eu

Minha foto
São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Um conto de amor numa estrada vazia: JMC. JR
FRAGMENTOS
Estava perdido na Estrada, havia um vazio dentro de mim, estava só.
 Somente minha sombra caminhava ao meu lado. Caminhava trôpego e com sede, o sol castigava meu corpo ao mesmo tempo iluminava minha mente, não descansei todo aquele dia não avia sombra no caminho somente o vazio, ao redor. Não sabia por que me desviara do meu destino, não sei ate onde pretendia andar nem que distância percorrera, estava na estrada há tanto tempo que já me esquecera, de onde vim? Perguntava a mim mesmo e não encontrava resposta, não sabia de onde eu vinha só sei que corria contra o tempo, andava contra o vento.
Depois de léguas encontrei uma fonte e parei, minha sede aplaquei, e ali mesmo adormeci. A noite chegou o frio me congelou e logo que acordei na madrugada mais longa que já conheci muitos olhos eu vi espreitar-me ao meu redor, fitavam - me a distância, não queriam contato, me sentiam pelo olfato. Meus olhos brilhavam na escuridão do meu deserto mental, e de tão confuso mergulhei em sono profundo.
Ao amanhecer, enjoado do meu navegar inconsciente, mil perguntas eu fiz, ao vento que por ali passava trazendo o cheiro de Maresia, das ondas do meu pensar, quanta distância faltava? Perguntei, para o mar que predizia, nenhuma resposta me dava o vento e seu rumo seguia. Mil léguas talvez faltassem para chegar o mar de calmaria. Remando contra as minhas lembranças, era o destino que me escolhera não era eu que o conduzia. De sonhos também se vive, todo dia eu me dizia, não aceitava, não queria de mão beijada o que conquistaria. Na areia poemas escrevia sobre perdas que não havia por esse motivo sofria, mas a minha opinião bem formada levava aguentar esta jornada cansada, andava de cabeça erguida, pois nada havia ficado para trás, nenhum resquício de um bem querer, nenhum mal para padecer. De novo o vento meu caminho cruzou, e no seu rastro logo notei que outros vestígios deixaram, recolhi Pedaços de sentimentos que pela estrada alguém largou, Orgulho de corações partidos se revelou, em algum lugar da estrada alguém deixou pedaços de perdas e danos, lagrimam congeladas no tempo era o que eu mais temia encontrar na estrada onde amor não havia. De novo refeito do medo pra frente seguia sem rumo, talvez eu desistisse da jornada se não houvesse uma força do destino que me conduzia, mesmo sem saber que ele, o vento não me revelaria que dentro de mim talvez tivesse o destino que pré dizia. Por muito tempo calado na estrada já havia, palavra que eu escrevia na areia se perdia quando a chuva caia, eram versos de amor que a muito eu dizia , estavam gravadas na memória de quem escrevia , estavam memorizadas  pelo tempo por isso não se esquecia, rimava o tempo com o vento à noite com dia, vertia lagrimas de dor enquanto outros sorriam colhiam rosas vermelhas enquanto outras morriam ,queimava cartas de amor enquanto outro escrevia, meu tempo passava como se nada valia se não fosse a prosa eu não saberia distinguir um amor que  não vivia recolher esses sentimentos que  não se perdia por isso o vento trazia fragmentos de amor que muita gente perdia, espalhado pelo tempo já muito tempo fazia, não avia como junta-los sem donos jazia. Por muito tempo pensei, portanto logo eu  acordei. Que todo aquele tempo na estrada um mundo se revelou que perdido dentro de mim mesmo alguma história de amor existia. Estas lembranças trazidas pelo vento com cheiros do passado fizera parte da sua minha vida. Na estrada fugia de algo que me magoou ,por isso muito tempo na estrada minha  vida levei ,fugia de mim mesmo por muito tempo neguei que houve um grande amor que um dia o marcou a pobre existência deste humilde trovador.  Eu Vagava com ventos que meus fragmentos guardaram e tentava devolver-me na estrada do amor, mas eu fugia do passado que para traz deixei. Mas um belo dia cansado de fugir do destino fiz um acordo com o vento que para longe levou fragmentos do passado para sempre rejeitei, por medo sempre calado na estrada que me conduzia, na areia escrevia prosa e poesia, que falava de amor que dizia, sopre vento balança o pomar e o jardim em flor, sopre vento e leve pra longe a minha dor.


AUTOR: JOÃO MC. JR

Nenhum comentário: