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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
Mostrando postagens com marcador perambulou pela cidade e por três anos juntou-se a levas de meninos de rua. Um detalhe: nunca se envolveu com roubos ou drogas. Fazia biscates. Mostrar todas as postagens
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terça-feira, 8 de agosto de 2017

O MENINO QUE QUERIA VOAR

TRECHO DO LIVRO.

A ordem era mantida pelo xerife Werneck, amante da literatura francesa, influência da mãe de origem francesa. Era um homem respeitado, que mantinha todos dentro do mais perfeito regime da boa conduta e respeitabilidade nos bailes. Sempre trajando sua inseparável capa preta, chapéu de cowboy, dois punhais, um de cabo de madrepérola e outro cravejado de pedras vermelhas, que pareciam ser rubis, armas que ele se vangloriava de terem pertencido ao Conde de Monte Cristo, personagem de Alexandre Dumas, que ele dizia ser um ancestral da família para os menos esclarecidos que não sabiam que era um personagem de ficção. Levava na cintura uma garrucha de dois canos, que intimidava os pistoleiros, mas quase sempre resolvia os entreveros no pescoção e dedo no gatilho. Dominava os poucos, mas pertinazes, arruaceiros, levando-os para a prisão de Paty, onde permaneciam até o dia seguinte, para curar suas bebedeiras no xilindró. Contavam os velhos sábios da região, com o entusiasmo que lhes era peculiar, jurando por tudo que era mais sagrado como a caninha do dia a dia não era lenda e sim fato real, que no mês de agosto a figueira mais exuberante da estrada de Maravilha onde todos passantes desfrutavam da sua sombra para descansar relaxando de uma jornada estafante, misteriosamente se transformava nas noites de lua cheia. E seus moradores não podiam passar embaixo da figueira centenária na estrada de Maravilha ,que dizem que foi plantada em cima do cemitério indígena, exatamente onde estava enterrado o corpo de um pajé. Por isso, diz a lenda que a figueira tornou-se na sombra da noite lugar de visões

TRAMA DA VIDA

Eram exatamente 4h30 da manhã, o silêncio só era quebrado pelo vento uivante da madrugada. E nessa casa de dois andares estilo colonial, si...