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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

ACASO DO DESTINO

Mas dessa vez ele ficou com cara de pastel, olhando a jovem pegar somente o que lhe pertencia, como um cobertor de listras azuis com que cobria sua  malinha surrada e sair porta afora somente com a roupa do corpo,  deixando o pouco que tinha para trás, por estar apressada e com  medo de que viesse lhe ocorrer o pior. Ela ganhou a rua, tentando  se recompor, só parou duas quadras depois para se refazer do susto.  Com a cidade quase deserta, ela se enrolou no cobertor, para não  chamar a atenção, tampando seu rosto, e procurou abrigo perto de alguns mendigos que já dormiam debaixo de uma marquise na Rua Sete de Setembro. Depois desse dia, sua vida voltou à estaca zero, “como era a  referência de quem começaria tudo de novo’’. Desiludida, voltou a perambular pelo centro do Rio de Janeiro. Muito jovem, ainda não conhecia as artimanhas das ruas nem as suas agruras. Mas seu instinto de sobrevivência a mantinha sempre alerta; estava apren-dendo com as próprias dificuldades a que fora submetida. A lei da selva era o que predominava nas ruas para as jovens sem destino,  desprotegidas, e ela estava no perfil desse conceito dos caçadores. Parecia-se com uma caça, frágil e apetitosa, o alvo predileto desse olhar ardiloso dos predadores, que circulavam em busca de presas fáceis.
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