TRECHOS DO LIVRO.
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME.
O delegado Malone, em suas reflexões filosóficas, analisava e reavaliava os conceitos e se sentia bem fazendo o exame da situação que o envolvia diretamente, pois estava servindo o Estado. Fazer críticas para si mesmo o mantinha sempre alerta, já que se sentia num beco sem saída. Para ele, o sistema já estava dominado de forma diabólica e se assemelhava a uma irmandade. Ele sabia do perigo à sua volta e pensava sobre a sorte da população diante disso e, como ainda não havia união plena entre os membros da irmandade – em razão de desavenças internas e lutas mais pelo dinheiro do que pelo poder –, isso representava pontos aos demais. Malone sentia que pisava em terreno minado quando circulava pelos corredores da Palácio da Justiça e percebia os olhares desconfiados de quase todos os que cruzavam seu caminho. Malone pensava com seus botões: “Será que um dia isso terá fim? Será que o poder público chegou ao fundo do poço? Será que os promotores se eximem da culpa e perderam a liberdade de atuação ou se acovardam? Será que os juízes perderam a força para aplicar com braço forte o peso das sentenças e perderam o juízo da gravidade da situação? Será que um dia haverá Justiça digna e de confiança da qual possamos nos orgulhar? Será que um dia teremos governantes que usarão o dinheiro público de forma honesta?”.
MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 498-504). Ponto Vital. Edição do Kindle.
MC Jr., João. Jogo Sujo: Cidade do Crime (Locais do Kindle 494-498). Ponto Vital. Edição do Kindle.
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