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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

JOGO SUJO CIDADE DOCRIME

JOGO SUJO CIDADE DO CRIME

Paris, ano 2025
Na Europa, há muitos dias longe do caos urbano de Rio de Rosário, Malone e
Olga usufruíam do seu último dia de férias.
A manhã agradável, o clima perfeito e o céu salpicado com poucas nuvens e de
um azul-turquesa ao fundo são uma aquarela a valorizar a paisagem e um convite para
se envolver e desfrutar da manhã. A temperatura de 15°C anima o casal, que acorda
cedo para aproveitar o penúltimo dia de férias na Cidade Luz.
Haviam deixado para esse dia o passeio que consideravam mais relevante. O
clima cooperava para a maratona cultural programada, já que era uma estação perfeita
para quem está de férias num país visto como símbolo da democracia no mundo.
O casal toma café no Pax Hotel e eles conversam bastante, enquanto fazem a
degustação do Pan au Chocolat.
Olga diz:
                                                      E-BOOK
                                       
                                                                LIVRO FÍSICO

– Malone, meu querido, sempre que está em Paris você acorda disposto e está
com uma cara de felicidade esta manhã! Parece que há uma energia boa emanando de
você. Não vai me dizer que tudo isso é fruto da nossa noite de amor ou é só o passeio
que está mexendo com você?
– Sabe, Olga, você tem sempre razão. Os anos passam e tanto você quanto Paris
ainda me revigoram e me enchem de amor e desejo – respondeu Malone.
Depois, com um sorriso e um beijo na face delicada da esposa, Malone completa
dizendo:
– Você adora Paris, Olga, e eu adoro você! Também vejo que você está mais
saltitante e até parece uma bailarina do Bolshoi!
– Continue massageando o meu ego, quem sabe eu não o retribua mais tarde –
insinuou-se Olga.
Prosseguindo, continuou ela:
– Mas como não gostar, meu Don Juan? O clima desta cidade faz cócegas
também no seu ego e você fica parecendo um adolescente com toda essa energia que
chega a me assustar. Te pergunto: como evitar todo esse clima afrodisíaco se aqui se
come bem, se respira democracia, o ar está impregnado de cultura, há museus por toda
parte, o passado está presente e o futuro se concretiza dia após dia? A violência não está
presente no cotidiano desta cidade nem a corrupção não se estabelece como meio de
enriquecimento ilícito. Tudo isso nos deixa com certa leveza no ser e você segue sem
suas paranoias e desligado das preocupações rotineiras.
– Você ficou tão poética hoje, querida! É até provável que nós voltaremos para a
suíte mais cedo...

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