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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

TRECHOS DO LIVRO



Por trinta e cinco anos, José Francisco não pensou diferente:
rua era sua casa, sua mãe biológica não existia, não tinha como
encontrar seus parentes biológicos, tarefa impossível para ele,
não havia aquém recorrer ou que ele conhecesse para buscar ajuda.
Sem contar com seus pais adotivos que o esquecera para sempre e
ele passou a aceitar placidamente resignado com seu destino.
Depois de um bom tempo nas ruas longe das pressões diárias da sua
mãe adotiva ele passou a sentir uma mudança repentina e
estava evoluindo mentalmente, e naquele momento tinha a
noção exata de que a vida estava lhe pregando uma peça. O
tempo passara e ele não havia encontrado a formula certa de
como reagir ou superar aquela situação adversa. Ele passava o
tempo escrevendo frases de desejos contidos, amores pedidos
que nunca tivera e sonhar passou a fazer parte da sua vida
como forma de sobreviver ao relento, sonhar de novo com
um lar e imaginar uma família, filhos para poder dar o que
não recebera. No entanto, tinha plena consciência de que era
um sonho quase impossível de realizar. Só uma reviravolta,
uma trapaça do destino o colocaria de volta em sincronia com
o mundo real e distante. Por esse motivo, ele escrevia como
se tivesse vivido um passado que não existiu, sentia falta de
um amor que perdeu, mas que não viveu.


Levar a vida em verso

Este é o meu momento,
Fazer uma prosa não é lamento,
Pode ser a dor de um sentimento,
Pode ser tudo ou nada,
Pode ser o amor neste momento,
Pode ser a saudade que vem como o vento,
Pode ser o que pensei neste momento,
Nos vestígios deixados pelo passado vivido.
Pode ser um sonho não esquecido
Do qual não acordei e estou adormecido.
Pode ser o que foi, ou o que será do amanhã que virá,
Na certeza de te encontrar,
Deste sonho acordar 



Muitos de vocês convivem comigo há muito tempo e não

sabem o meu nome. Meu nome quer saber meu nome? Eu

sou aquele hospedeiro que te oprime todo esse tempo, que

te fez baixar a guarda, que te tirou à autoestima, e subverteu
teu ânimo, que sugou o teu sangue. Eu te fiz rastejar aos pés
de teus senhores opressores escravocratas. Por séculos não te
dei chance de reação, pois já me apoderara de teu espírito
de derrotado, te fiz sofrer calado, pois não te dei o direito do
saber, não te deixei expandir seus horizontes, bloqueei a sua
mente e te mantive longe da altivez e do conhecimento, Por
muito tempo não te deixei evoluir, para ó manter longe dos
seus direitos, por isso não te deixei aspirar à liberdade. Ainda
queres saber meu nome? Pois bem, eu vou dizer... Meu nome
é Medo Covardia, mas eu não sou invencível; já fui derrotado
em outras eras por povos que se libertaram da minha opressão,
do meu poder, de persuasão, souberam usar o antídoto,

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