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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O MENINO QUE QUERIA VOAR

Por ter passado por
maus momentos, tentava não deixá-lo mais sozinho. os
fatos ocorridos meses antes a fizeram passar por dois
sustos, e fizeram dela uma mãe sempre alerta, sempre
o MENiNo QUE QUERiAVoAR
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pronta a proteger seu pequeno tesouro. Um deles foi
quando dona Candida, ao ver seu filho sendo arrastado
por uma porca que acabara de da criar, o abocanhou pela
roupa no quintal e tentava levá-lo a todo custo para dentro
do chiqueiro, talvez para servir de alimento aos porcos
capados da raça White Chester seus companheiros de
chiqueiro, pai dos seus doze filhos suínos robustos
“Animais introduzidos pelos ingleses na região no início
do século” Porcos enormes criados para serem mortos e
vendidos na cidade de Paty. inutilmente, o menino
franzino lutava e gritava por sua mãe, que, por sorte,
encontrava-se cortando lenha no quintal. Ao ouvir seus
apelos, em segundos ela surgiu para resgatá-lo e salvá-lo
da fúria do animal. obstinada, ela entrou em luta corporal
com a porca, agarrando-a pelos pés. Seguiu-se uma luta
desesperada entre aquela pequena mulher e o animal
enraivecido. Com muito esforço, ela a manteve perto de
si, segurando-a pelo rabo, foi ganhando terreno e por
muito custo a arrastou para perto de onde estava cortando
a lenha, afastando-a do chiqueiro e mantendo a porca ao
seu alcance. Usou a sua astúcia e a fibra de mãe, quando
viu sua cria em risco de vida

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