OS USURPADORES.

TRECHO. Um vento frio soprava naquela noite de inverno, no céu uma pequena nuvem negra encobria uma parte da lua cheia sobre a fazenda. Na cidade, moradores se recolhiam as suas casas mais cedo do que o habitual, espalhava-se entre os boias-frias naquela noite mais um boato de magia e terror, os boatos apavoravam os trabalhadores da fazenda que sumiam num piscar de olhos após noites de lua cheia. De volta da casa comunitária onde tentou falar com seus pais, Venâncio para por um instante, olha para o céu nublado, pensativo ele estava em frente à sua casa, a casa do administrador como ele a chamava, com orgulho onde ele mora, apreensivo olha para a sacada da casa principal da fazenda, que fica a uns duzentos metros, a luz do lampião a gás ilumina a silueta de Samara Aranha, esse era o nome da irmã de Lancarto, ela parecia olhar em sua direção, sua roupa semitransparente mostra um corpo perfeito que Venâncio não ousa desejar, ele sabia que na família Aranha só membros do clã se acasalam, os que ousaram entrar desaparecem como fumaça. Venâncio sente um arrepio em suas costas como se estivesse sem o seu grosso casaco de couro marrom presente de Lancarto, chega a pensar que pudesse estar com febre, tivera um dia apreensivo com os acontecimentos local. Venâncio começa a relembrar as palavras da sua mãe. Na parte da manhã discutira com seu pai que se mostrava desgostoso com o seu relacionamento com a família Lancarto, sua mãe se referiu a ele como um possível traidor do seu povo, ela diz de uma forma explícita de como está decepcionada com sua maneira de tratá-los ultimamente, que ele estava esquecendo a sua origem para atingir seus objetivos pessoais, que ele poderia vir a se transformar num opressor do seu próprio povo, aos prantos Mercedes diz que ela preferia morrer a vivenciar esse desgosto, e antes que isso viesse a acontecer, eles partiriam. JUNIOR, JOÃO MANOEL. OS USURPADORES (01) . Edição do Kindle.

JUNIOR, JOÃO MANOEL. OS USURPADORES (01) . Edição do Kindle.