TRECHOS DO LIVRO
Marcos se deparou com alguns nomes de empregados
com os quais ele chegara a conviver até os quinze anos, e tinha
uma vaga lembrança do motorista que o levava ao colégio,
uma figura de nome Alfredo, com a qual ele não simpatizava,
por ser arrogante, de baixo nível e muito abusado, e não
entendia por que sua mãe o aturava. Parecia que tinha medo
dele e não o mandava embora, mas não era mais relevante,
pois Alfredo morreu tempos depois de sífilis, e não poderia
ser útil naquele momento. Só os vivos interessavam para suas
pesquisas. Ele, inclusive, tinha achado anotações do dia em
que fora adotado, 31 de março de 1967, mas não se ateve a
esse fato, que para ele não tinha mais importância, a não ser
a instituição na qual ele estava. Todavia, manteve sua atenção
na página que tinha o nome de uma emprega chamada de
Maria. Os detalhes da página e sua chegada à casa, assim
como a sua saída, estavam rasgados, o que o deixou intrigado,
pois essa era a única página rasgada de um registro de mais
de duzentas páginas.
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