#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
Quem sou eu
- #ESCRITOR#João.mc.jr arte e vida#
- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
segunda-feira, 23 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
TRECHO DO LIVRO. BROCHURA
O delegado Antunes Malone chega ao pátio da delegacia, salta do carro e tenta
abrir o guarda-chuva automático que não funciona. Ele desiste e segue andando na
chuva. Na entrada Malone é quase atropelado por policiais comandados pelo detetive
Romão, que saíam apressados em decorrência de um roubo de carro seguido de morte.
O delegado sente que o dia começou quente, apesar da chuva. Ao pensar, ele é
bombardeado por um pombo que, com sua pontaria certeira, atinge seu excremento no
ombro de Malone. O delegado olha para o céu cinzento e simplesmente acompanha o
voo do pombo, que finalmente pousa no parapeito do prédio da delegacia. A ave inclina
a cabeça e olha o delegado, como se quisesse adverti-lo de alguma coisa. Embora as
superstições não fizessem parte de sua vida, Malone pensa: “É apenas um bombo
branco, representa a paz, não é um corvo, que dizem ser a ave do mau agouro”. Em
seguida, conclui que aquela não era a sua manhã de sorte.
O delegado caminha até o banheiro, tira a camisa, limpa o bombardeio do
pombo, anda até sua mesa e percebe que tudo está desarrumado, provavelmente por
obra de um bisbilhoteiro. Compreende que não poderia guardar nada de importante ali,
nem deixar nada à mostra na delegacia. Afasta-se da mesa, pega o jornal e vai até a
cafeteira automática, que havia semanas não funcionava bem. Apesar de suas várias
reclamações, nada foi feito. Malone pega o café frio, folheia o jornal e vê que as
primeiras manchetes são desanimadoras. O assalto a uma joalheria fere cinco pessoas no
centro da cidade, há registro de outro assalto a banco na periferia, pedófilo é linchado
pela família da criança, entre outras matérias chocantes. O delegado muda a página
tentando achar notícias melhores, abre os cadernos de Economia e de Política e as
manchetes também não o agradam. Fala-se da crise mundial e de mais um escândalo de
desvios de verba no país
Aviso
Se você não gosta de pôr em dúvida suas virtudes e é desprovido dessa
chama e não tem coragem de encarar seus medos, e se, igualmente, não
aceita questionamentos sobre a ética, considere tal mudança ao ler este
livro.
E-BOOK
O delegado Antunes Malone chega ao pátio da delegacia, salta do carro e tenta
abrir o guarda-chuva automático que não funciona. Ele desiste e segue andando na
chuva. Na entrada Malone é quase atropelado por policiais comandados pelo detetive
Romão, que saíam apressados em decorrência de um roubo de carro seguido de morte.
O delegado sente que o dia começou quente, apesar da chuva. Ao pensar, ele é
bombardeado por um pombo que, com sua pontaria certeira, atinge seu excremento no
ombro de Malone. O delegado olha para o céu cinzento e simplesmente acompanha o
voo do pombo, que finalmente pousa no parapeito do prédio da delegacia. A ave inclina
a cabeça e olha o delegado, como se quisesse adverti-lo de alguma coisa. Embora as
superstições não fizessem parte de sua vida, Malone pensa: “É apenas um bombo
branco, representa a paz, não é um corvo, que dizem ser a ave do mau agouro”. Em
seguida, conclui que aquela não era a sua manhã de sorte.
O delegado caminha até o banheiro, tira a camisa, limpa o bombardeio do
pombo, anda até sua mesa e percebe que tudo está desarrumado, provavelmente por
obra de um bisbilhoteiro. Compreende que não poderia guardar nada de importante ali,
nem deixar nada à mostra na delegacia. Afasta-se da mesa, pega o jornal e vai até a
cafeteira automática, que havia semanas não funcionava bem. Apesar de suas várias
reclamações, nada foi feito. Malone pega o café frio, folheia o jornal e vê que as
primeiras manchetes são desanimadoras. O assalto a uma joalheria fere cinco pessoas no
centro da cidade, há registro de outro assalto a banco na periferia, pedófilo é linchado
pela família da criança, entre outras matérias chocantes. O delegado muda a página
tentando achar notícias melhores, abre os cadernos de Economia e de Política e as
manchetes também não o agradam. Fala-se da crise mundial e de mais um escândalo de
desvios de verba no país
terça-feira, 17 de maio de 2016
sexta-feira, 13 de maio de 2016
O MENINO QUE QUERIA VOAR
TRECHOS DO LIVRO.
Essas visões só desapareciam ao chegar perto do cemitério dos jesuítas. Horas mais tarde, após encerrarem seus relatos, todos iam para uma pista de jogo, montada na própria estrada, onde faziam suas apostas nos jogos de malha e cuspe a distância. Isso, claro, depois de mascarem fumo de rolo ou fumarem seus cigarros de palha de milho, pois davam uma excelente gosma para a competição. A jogatina durava até o entardecer, quando começaria a ladainha habitual com as mulheres rezadeiras, que iam embora após benzer o local onde aconteceria o baile. A festa varava a noite, com grupos de sanfoneiros de várias regiões, especialmente vindos de Arcozelo e Avelar, que animavam o popular arrasta-pé. A ordem era mantida pelo xerife Werneck, amante da literatura francesa, influência da mãe de origem francesa. Era um homem respeitado, que mantinha todos dentro do mais perfeito regime da boa conduta e da respeitabilidade nos bailes. Sempre trajando sua inseparável capa preta, chapéu de Cowboy, dois punhais, um de cabo de madrepérola e outro cravejado de
pedras vermelhas, que pareciam ser rubis, armas que ele se vangloriava de terem pertencido ao Conde de Monte Cristo, personagem de Alexandre Dumas. O xerife dizia que Dumas era um ancestral da família. E para os menos esclarecidos, que era um personagem de ficção. Levava na cintura uma garrucha de dois canos, que intimidava os pistoleiros, mas quase sempre resolvia os entreveros no pescoção e dedo no gatilho. Dominava os poucos, mas pertinazes arruaceiros, levando-os para a prisão de Paty, onde permaneciam até o dia seguinte para curar suas bebedeiras no xilindró. Contavam os velhos sábios da região, com o entusiasmo que lhes era peculiar, jurando por tudo que era mais sagrado, como a caninha do dia a dia, que não era lenda e sim fato real, que no mês de agosto a figueira mais exuberante da estrada de Maravilha, onde todos passantes desfrutavam da sua sombra para descansar, relaxando de uma jornada estafante, misteriosamente, se transformava nas noites de lua cheia. E seus moradores não podiam passar embaixo da figueira centenária na estrada
Essas visões só desapareciam ao chegar perto do cemitério dos jesuítas. Horas mais tarde, após encerrarem seus relatos, todos iam para uma pista de jogo, montada na própria estrada, onde faziam suas apostas nos jogos de malha e cuspe a distância. Isso, claro, depois de mascarem fumo de rolo ou fumarem seus cigarros de palha de milho, pois davam uma excelente gosma para a competição. A jogatina durava até o entardecer, quando começaria a ladainha habitual com as mulheres rezadeiras, que iam embora após benzer o local onde aconteceria o baile. A festa varava a noite, com grupos de sanfoneiros de várias regiões, especialmente vindos de Arcozelo e Avelar, que animavam o popular arrasta-pé. A ordem era mantida pelo xerife Werneck, amante da literatura francesa, influência da mãe de origem francesa. Era um homem respeitado, que mantinha todos dentro do mais perfeito regime da boa conduta e da respeitabilidade nos bailes. Sempre trajando sua inseparável capa preta, chapéu de Cowboy, dois punhais, um de cabo de madrepérola e outro cravejado de
pedras vermelhas, que pareciam ser rubis, armas que ele se vangloriava de terem pertencido ao Conde de Monte Cristo, personagem de Alexandre Dumas. O xerife dizia que Dumas era um ancestral da família. E para os menos esclarecidos, que era um personagem de ficção. Levava na cintura uma garrucha de dois canos, que intimidava os pistoleiros, mas quase sempre resolvia os entreveros no pescoção e dedo no gatilho. Dominava os poucos, mas pertinazes arruaceiros, levando-os para a prisão de Paty, onde permaneciam até o dia seguinte para curar suas bebedeiras no xilindró. Contavam os velhos sábios da região, com o entusiasmo que lhes era peculiar, jurando por tudo que era mais sagrado, como a caninha do dia a dia, que não era lenda e sim fato real, que no mês de agosto a figueira mais exuberante da estrada de Maravilha, onde todos passantes desfrutavam da sua sombra para descansar, relaxando de uma jornada estafante, misteriosamente, se transformava nas noites de lua cheia. E seus moradores não podiam passar embaixo da figueira centenária na estrada
quarta-feira, 11 de maio de 2016
O MENINO QUE QUERIA VOAR
O
tempo parecia não passar e se sentia um prisioneiro do destino. Naquela
circunstância, a vida estava sempre na contramão, a incerteza conduzia a vida,
estacionava os sonhos, em nuvens de tempestade. A realidade era dura e cruel e
as perspectivas de uma vida melhor eram algo distante. Com tanta coisa
desfavorável, somente seu amigo
Guilherme conseguia acreditar ou querer um futuro melhor para o menino. Nem
mesmo o menino compartilhava da mesma fé que movia seu amigo. A vida de
Guilherme ainda era muito pior. Apesar do seu barraco ser próprio e,
aparentemente, ter uma situação mais confortável, ele se sentia mais preso àquela
realidade do que o menino. Por ser oriundo daquele lugar, não tinha como
sonhar.
O
menino, sem seu poder de voar, olhava deprimido o tempo passar. Não havia
nenhuma beleza para contemplar, não havia cor nos barracos cinzentos, de
madeira envelhecida. Não mais ouvia o zumbir das abelhas, nem poderia correr
nos caminhos sob as sombras do jequitibá ou pé de mulungu. Apenas constatava a
ausência de flores nos becos ou quintal. Seus intentos eram quase inúteis. Moradia, saneamento, educação,
salário... tudo era somente promessa do governo e nada mais. Nada se
concretizava no tempo. Sem esperança, chorava.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
sexta-feira, 15 de abril de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
TRECHO DO LIVRO
O delegado Antunes Malone não vai para abordagem. Não vê nenhuma chance
de ele e o Ribeiro serem bem-sucedidos diante do poderio bélico do adversário. O
reforço ainda não havia chegado e toda a cena não levara mais de cinco minutos,
embora parecesse uma eternidade para ambos.
Com seu carro longe da visão do Romão, Malone salta e se esgueira entre as
árvores, porém não consegue manter-se oculto. Mesmo estando atrás dos arbustos, ele é
surpreendido por um aceno de mão do detetive alerta e vigilante.
– Estamos ferrados, Ribeiro. Fomos vistos pelo Romão! É tudo ou nada! –
exclama o delegado. – Prepare-se, o homem é mais astuto do que eu imaginava!
Antes que o delegado se colocasse na linha de fogo contra Romão, Malone ouve
as sirenes chegando e respira aliviado.
– Até que enfim, o reforço chegou! – exclama Malone, que então se sente
seguro.
– O reforço chegou na hora exata. Parece que estamos salvos – completa
Ribeiro.
O delegado receou a aproximação por um instante, mas se sentiu aliviado com a
chegada do reforço. Seguro, ele vai de encontro ao detetive Romão. Malone caminha
lentamente demonstrando segurança e, precavendo-se de infortúnios, carrega sua arma
na mão. Ao se aproximar, visualiza cinco corpos cravejados de bala. O sangue mistura-se
à terra, formando um cenário de horror. Os rostos desfigurados e jovens dos
assaltantes lembram cenas de guerra e de revoluções perdidas a troco de nada.
– E aí, Romão...
Antes que o delegado pudesse concluir a frase, o detetive atropelou-o com
palavrões e disse que os bandidos tentaram reagir.
– Eram eles ou nós, delegado. Com esses bandidos não existe chance de diálogo,
fui obrigado a responder à altura.
Ribeiro esboça uma reação e é contido pelo delegado.
Enquanto isso, as sirenes dos carros da polícia se aproximam e interrompem
Romão. Contrariado, ele esbravejava sem parar.
O reforço chega e Romão se antecipa ao comissário, dizendo que ele e o
delegado Antunes Malone conseguiram deter os assaltantes:
– Eles reagiram e por isso foram mortos. Vocês chegaram atrasados, amigos,
mas valeu o esforço. Os caras tentaram armar uma cilada mas se deram mal, pois
reagimos a tempo. Depois de uma intensa troca de tiros nós conseguimos detê-los,
O delegado Antunes percebe que Romão já o tinha envolvido numa grande farsa
e não conseguia achar uma saída, por isso deixou-o seguir.
O detetive Ribeiro sentiu que estava numa tremenda furada, mas saltava aos
olhos dele a possibilidade de uma participação nos lucros.
Romão sabia que o delegado não ia querer pôr sua reputação em jogo, já que
tinha mais de trinta anos de carreira e estava prestes a se aposentar. Se envolver num
processo apenas ia desgastá-lo. Ademais, ele e Ribeiro eram minoria e sua equipe
contava com seis integrantes. Não havia chance de o delegado desmascarar o seu plano
e tomar as rédeas do jogo.
– Está tudo sob controle – disse Romão. – Cabe rebocar os carros dos bandidos
com os corpos dentro e levá-los ao necrotério. Não vai haver perícia, pois estamos longe
da cidade. Se for esperar a perícia, os urubus chegarão primeiro! – ordena Romão à sua
equipe, eliminando qualquer possibilidade de periciar o local da chacina.
O delegado Antunes pensa em falar alguma coisa, mas percebe que Romão está
no controle e prefere entrar no jogo dele. Se era um blefe, estava acostumado a jogar
pôquer. A aposta era grande demais para ele desistir e não apostar as suas fichas.
Enquanto Romão se distraía com explicações sobre o confronto com o
comissário da delegacia local, Malone se aproximou dos corpos tentando achar algumas
pistas que o levassem a descobrir a origem deles. Ao se aproximar do bandido que
estava de terno, percebeu algo saindo de seu bolso. Era o cartão de um bar, o Eclipse
Solar. Em seguida, Malone recoloca o cartão no bolso do terno e se afasta analisando os
outros corpos. Não encontra nada que achasse relevante e que servisse de pista, a não
ser a aparente característica colombiana dos bandidos.
Havia muito sangue esparramado no local, o que dificultava as buscas de
Malone sem chamar a atenção de Romão.
O delegado Antunes Malone não vai para abordagem. Não vê nenhuma chance
de ele e o Ribeiro serem bem-sucedidos diante do poderio bélico do adversário. O
reforço ainda não havia chegado e toda a cena não levara mais de cinco minutos,
embora parecesse uma eternidade para ambos.
Com seu carro longe da visão do Romão, Malone salta e se esgueira entre as
árvores, porém não consegue manter-se oculto. Mesmo estando atrás dos arbustos, ele é
surpreendido por um aceno de mão do detetive alerta e vigilante.
– Estamos ferrados, Ribeiro. Fomos vistos pelo Romão! É tudo ou nada! –
exclama o delegado. – Prepare-se, o homem é mais astuto do que eu imaginava!
Antes que o delegado se colocasse na linha de fogo contra Romão, Malone ouve
as sirenes chegando e respira aliviado.
– Até que enfim, o reforço chegou! – exclama Malone, que então se sente
seguro.
– O reforço chegou na hora exata. Parece que estamos salvos – completa
Ribeiro.
O delegado receou a aproximação por um instante, mas se sentiu aliviado com a
chegada do reforço. Seguro, ele vai de encontro ao detetive Romão. Malone caminha
lentamente demonstrando segurança e, precavendo-se de infortúnios, carrega sua arma
na mão. Ao se aproximar, visualiza cinco corpos cravejados de bala. O sangue mistura-se
à terra, formando um cenário de horror. Os rostos desfigurados e jovens dos
assaltantes lembram cenas de guerra e de revoluções perdidas a troco de nada.
– E aí, Romão...
Antes que o delegado pudesse concluir a frase, o detetive atropelou-o com
palavrões e disse que os bandidos tentaram reagir.
– Eram eles ou nós, delegado. Com esses bandidos não existe chance de diálogo,
fui obrigado a responder à altura.
Ribeiro esboça uma reação e é contido pelo delegado.
Enquanto isso, as sirenes dos carros da polícia se aproximam e interrompem
Romão. Contrariado, ele esbravejava sem parar.
O reforço chega e Romão se antecipa ao comissário, dizendo que ele e o
delegado Antunes Malone conseguiram deter os assaltantes:
– Eles reagiram e por isso foram mortos. Vocês chegaram atrasados, amigos,
mas valeu o esforço. Os caras tentaram armar uma cilada mas se deram mal, pois
reagimos a tempo. Depois de uma intensa troca de tiros nós conseguimos detê-los,
O delegado Antunes percebe que Romão já o tinha envolvido numa grande farsa
e não conseguia achar uma saída, por isso deixou-o seguir.
O detetive Ribeiro sentiu que estava numa tremenda furada, mas saltava aos
olhos dele a possibilidade de uma participação nos lucros.
Romão sabia que o delegado não ia querer pôr sua reputação em jogo, já que
tinha mais de trinta anos de carreira e estava prestes a se aposentar. Se envolver num
processo apenas ia desgastá-lo. Ademais, ele e Ribeiro eram minoria e sua equipe
contava com seis integrantes. Não havia chance de o delegado desmascarar o seu plano
e tomar as rédeas do jogo.
– Está tudo sob controle – disse Romão. – Cabe rebocar os carros dos bandidos
com os corpos dentro e levá-los ao necrotério. Não vai haver perícia, pois estamos longe
da cidade. Se for esperar a perícia, os urubus chegarão primeiro! – ordena Romão à sua
equipe, eliminando qualquer possibilidade de periciar o local da chacina.
O delegado Antunes pensa em falar alguma coisa, mas percebe que Romão está
no controle e prefere entrar no jogo dele. Se era um blefe, estava acostumado a jogar
pôquer. A aposta era grande demais para ele desistir e não apostar as suas fichas.
Enquanto Romão se distraía com explicações sobre o confronto com o
comissário da delegacia local, Malone se aproximou dos corpos tentando achar algumas
pistas que o levassem a descobrir a origem deles. Ao se aproximar do bandido que
estava de terno, percebeu algo saindo de seu bolso. Era o cartão de um bar, o Eclipse
Solar. Em seguida, Malone recoloca o cartão no bolso do terno e se afasta analisando os
outros corpos. Não encontra nada que achasse relevante e que servisse de pista, a não
ser a aparente característica colombiana dos bandidos.
Havia muito sangue esparramado no local, o que dificultava as buscas de
Malone sem chamar a atenção de Romão.
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