Um dia qualquer no bairro Marrom, Rua da Urtiga, às 17 horas O dia está chuvoso e com nuvens negras que cobrem o céu numa tarde sombria de ar fúnebre. Relâmpagos riscam o céu e trovoadas ecoam e provocam alteração ruidosa nas ruas do bairro Marrom, mas nem mesmo o alagamento provocado pela chuva dissipou o cheiro de pólvora nos guetos do bairro e tampouco lavou a rua do sangue escorrendo pelos ralos. Somente os relâmpagos e as trovoadas amenizaram o barulho dos tiros da tarde, embora os moradores, habituados a essa rotina e com os ouvidos aguçados, sabiam distinguir muito bem as rajadas de balas das trovoadas e dos relâmpagos. Eles não se aventuravam a sair de casa nem que estivessem passando muito mal, pois o risco de morrerem pelo mal atendimento que teriam no posto de saúde local era aumentado pelas milhares de balas perdidas que cruzavam o céu e transpassavam suas frágeis paredes domésticas. Três horas depois As ruas estavam às escuras e sem luz devido à chuva ou pelo tiroteio ocorrido entre traficantes e pela disputa entre facções criminosas pelo controle do bairro Marrom. Os moradores do bairro ficaram trancados dentro de casa e, com a noite chegando, estavam à luz de velas, pois os técnicos da companhia de luz não ousavam vir enquanto a polícia não chegasse ao local. Como era rotina, todos sabiam que a normalidade só voltaria depois de algumas horas, só quando ‘baixasse a poeira’ ou a ‘vaca tossisse’, tal como ressaltavam os moradores em sua gíria. Já eram mais de 23 horas quando a polícia chegou com dois carros e seis policiais, que pareciam tranquilos para estabelecer a ordem após a carnificina. A perícia fotografava os corpos sem isolar a área e curiosos circulavam entre os cadáveres. Logo depois, deram ordem para dois rabecões recolherem oito corpos, sendo a maioria a de negros e de prováveis jovens.
#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
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