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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

sexta-feira, 17 de março de 2023

UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA

Descrição Product Description O mistério tem seu início na pérgula da piscina do mais glamoroso hotel do Rio, onde desfilam bilionários brasileiros e a nata do Jet Set internacional; eles se banharam toda a manhã de sol nessa que era a mais glamorosa delas, e não imaginavam que mais tarde ali seria o palco do misterioso assassinato de uma corista de danças eróticas. As dúvidas, com relação ao caso, questionam se poderia ter sido praticado por um tarado admirador da corista, que estava na festa, ou se seria um crime passional. O detetive tem outras suspeitas, e bons motivos, mas, reluta acreditar que possa ser um crime com enredo internacional, que relembra os tempos de Mata Hari;Uma cantora russa e um pianista da mesma nacionalidade fariam pela primeira vez um show no Brasil, cantando músicas de Frank Sinatra, algo inusitado nessa apresentação, em virtude da Guerra Fria que rondava o mundo na disputa entre os dois países. Talvez por isso o show despertasse tanto interesse de curiosos e fãs do grande Frank Sinatra. A não ser por uma única figura presente nessa noite, que discretamente, sentado no bar, não desgrudava os olhos da cantora que não só atraia a atenção por sua bela voz, mas, também, por sua beleza e sensualidade. />

quarta-feira, 15 de março de 2023

ACASO DO DESTINO

Degustar com prazer e ler com atenção nos faz viajar no tempo. ACASO DO DESTINO Estado da Guanabara. 1963. Três meses antes. No bairro de Santa Tereza, uma jovem empregada domés-tica de nome Maria acorda muito cedo para cumprir com suas rotinas do trabalho. Ela é uma jovem de anos presumíveis, pele morena, tem cabelos longos e pretos. Vive e trabalha para uma família de classe alta no estado da Guanabara no bairro de Santa Tereza, já faz alguns anos, e, como preestabelecido, tem hora para começar suas tarefas, mas não há hora para terminá--las, pois é sua função rotineira naquela mansão a arrumação dos seus oito quartos. Nesse dia estava dez minutos atrasada, então, nem bem acabou de tomar seu café da manhã, subiu as escadarias para o segundo andar carregando espanador, aspirador de pó e um jogo de lençóis rosa com brocados brancos importados da França para trocar como diariamente fazia, mesmo que a patroa estivesse viajando, como era o caso. E ela era a única das empre-gadas destinada a essa tarefa, por recomendação da patroa, que a considerava muito caprichosa e apta para a arrumação no quarto do casal. Era uma terça-feira, 11h30, do mês de agosto, a sua patroa de nome Hortência estava viajando para visitar sua família no Rio Grande do sul, pois sua mãe era separada do seu pai, um Coronel do Exército que agora morava no estado do Pará e tinha entrado para a política ao se casar de novo com uma das filhas de uma importante família de políticos que mandavam no estado. Ele já estava separado da sua mãe havia um bom tempo e seus negócios ampliaram depois desse casamento. Ele estava na exploração do garimpo no Pará e havia se tornado secretário de segurança, não tinha filhos desse novo casamento e a esposa era bem mais jovem que ele. Hortência embarcara para o sul nesse mesmo dia às seis da manhã, depois que recebera um telefonema de uma tia, avisando-a que sua mãe estava muito doente e seu estado era grave. Então, ela viajou apressadamente, pegando o primeiro voo da manhã.

quinta-feira, 9 de março de 2023

ACASO DO DESTINO. Livro brochura e E-BOOK

Com seu tom de voz rouca e pigarrenta, ele colocou sua boca no buraco da fechadura e ordenou que a pessoa que se encontrava no interior do quarto se apressasse, dizendo de uma forma ríspida e jocosa: – Não temos o dia todo, menina safada, não se faça de surda, sei que você já está acordada, e vê se saia já daí, se não serei obrigado a tirá-la à força de dentro desse quarto. Dentro do quarto, no escuro, a menina a quem ele se referia estava encolhida em um canto sobre a cama, e, com o fraco raio de luz que entrava pela pequena janela acima da sua cama, dava para visualizar na penumbra seu corpo encolhido e trêmulo. Pelos trajes, percebia-se  que ela já estava arrumada, pois calçava um sapato anabela surrado de cor bege, parecia estar vestida com uma saia plissada, ou muito amassada, e havia um casaquinho de lã jogado ao lado da cama, dava pra ver que havia uma jarra de água sobre a mesinha de cabeceira e uma pequena mala ao seu lado. Mesmo na penumbra dava para ver quando ela piscava os seus olhos vermelhos, lacrimejantes e às vezes esbugalhados, quando a voz do motorista ecoava dentro do quarto, e era o que mais realçava sob o parco feixe de luz. MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (p. 11). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle.
MC.JR, JOÃO . ACASO DO DESTINO (pp. 10-11). JOÃO MC .Jr. Edição do Kindle.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

OS USURPADORES. NOVA CAPA DURA.

AVENTURA E HISTÓRIA.In memoriam.Dedico este livro a todos os homens e mulheres de bem que, através dos séculos até os dias de hoje, dedicaram-se e ainda se dedicam de corpo e alma a uma causa justa, como pela igualdade dos direitos humanos em defesa dos mais fracos e oprimidos. Uma luta como sabemos inglória, pois muitos deles tiveram suas vidas subtraídas por se oporem a governos tiranos e a uma parte da sociedade injusta e egoísta. Por isso o meu respeito a esses heróis que sacrificaram/sacrificam suas vidas em troca de causas na maioria das vezes perdidas.
INTRODUÇÃOA HISTÓRIA NOS CONTA QUE...Através dos tempos, nas narrativas de historiadores, revelou-se que vários impérios foram formados por grandes homens de astúcia ímpar e bravura inquestionável. E os responsáveis por descrevê-los através da história os retrataram com uma certa glamorização e talvez elogios exagerados, pois sempre que podiam os enchiam de valores imensuráveis e pareciam orgulhosos em retratar suas façanhas sempre tentando amenizar suas barbaridades destrutivas contra cidades e extermínio de seres humanos. Eles eram endeusados por seus súditos amados, por uma parte do povo de sua etnia e, principalmente, pelos seus felizardos descendentes que eram os prováveis herdeiros ao trono que se enriqueciam com as pilhagens de guerras e invasões, engrandecendo-os. Sabedores dessas façanhas, que duraram por muitos séculos, eles se sentiam uma espécie rara neste planeta e os mais privilegiados dessa espécie humana na face da terra, consideravam-se de sangue “azul” como gostavam de se autodenominar. Mas, por trás dessa suposta grandeza, hoje sabemos que não passavam de conquistadores sanguinários que, por séculos, criaram diversos clãs de várias origens, e dominaram vários continentes, depondo reis e rainhas de seus tronos, seguindo impondo um regime cruel, nefasto, exterminador e escravocrata. E, consequentemente, impuseram um desterro de vários povos em sua própria pátria. Eles eram vistos como heróis por seus seguidores e considerados bárbaros para outros povos dominados por eles. Esse outro lado, a história não nos conta, mas...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Nas asas da imaginação, nasce um desejo prematuro, presságio de novos tempos. Diz a lenda que, nesse lugar de origem de histórias e magias, nunca houve limites nem idade para determinados sonhos. Esses nasceram de forma inusitada e perduraram por décadas, mas somente para alguns nativos tornaram-se verdadeiros e concretos. Comprovadamente, muitos desejos e sonhos sobreviveram ao tempo, ganhando vida ao serem alimentados ao longo dos anos por realidade ou fantasia. Não importa a fonte e não existe maneira de proibi-los. Sonhos são enigmas que regem a natureza humana; eles brotam em turbilhões, renascem das cinzas e se tornam reais, transcendem a fantasia e, com o tempo, ganham asas, alçam voos. O menino era alimentado na rica fonte do imaginário popular e,
principalmente, das muitas lembranças do passado de uma criança que muito cedo aprendera a voar. Esse rico cenário tem como referência a cidade onde o menino nasceu. Ele ouvia, com a curiosidade de quem necessitava reviver seu passado, as histórias da sua família e relatos de lendas e magia que eram compartilhados com seus irmãos em noites de chuva, quando se reuniam na pequena sala, onde todos se agrupavam em volta do rádio para ouvir o programa Teatro de Mistério da Rádio Nacional, nos anos cinquenta.Como habitualmente ocorria nessa época,faltava luz,quase sempre nomelhor dadramaturgia. Era nesse momento oportuno, que seu irmão mais velho, o contador de contos de terror, com seu acervo de histórias da região surgia no escuro para contar seus “causos” da infância, repletos de mistérios. Gostava de amedrontar os pequenos, em noites de chuva, principalmente, no breu que tomava conta da humilde casa em que eles viviam no Rio de Janeiro, em 1957, cenário propício para narrar o passado fantasmagórico do Morro do Fama. Assim, manteve suas lembranças vivas. Ouvir essas histórias, para ele, era como beber a água da fonte do pequeno riacho da sua infância, saciar sua sede do passado e manter-se ligado, efetivamente, a esse lugar de boas lembranças, que dava prazer à sua alma e asas ao seu sentido.