Quem sou eu

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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

quinta-feira, 29 de maio de 2014


PROSA E VERSO. DO LIVRO TRAPAÇAS

Quando buscamos momentos
Eternizados em sonhos
Esquecemo-nos da realidade.
Achamos que tudo será para sempre
Não sabemos o que reserva o destino
Todo sonho desfaz-se, em lagrimas
Em um piscar do tempo, nada será como antes.
Amenidades, futilidades tomam conta da relação.
Vaidades deturpam o ser que conhecemos
Desfaz o encanto que tivemos
Pois dentro si esconde-se outro ser 


Vou com fé a todas as direções
Procuro canções que fale de amor
E toque o meu coração,
Palavras sentidas
movidas pela paixão,
Profundo desejo
Fala forte ao coração de quem ama,
Reclamam da sorte
lamenta a morte
Quando fere o sentimento.
Amor amigo amor bandido
Causa dor e solidão
Reclama, exclama perdão
Pede a volta, joga com a sorte.
Como diz as canções
De quem quis amar e sonhar
Quem quis mudar seu viver ti fazer feliz

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O GRANDE ASSALTO O DECLÍNIO DO PODER


TRECHOS DO LIVRO. O GRANDE ASSALTO




S ão  exatamente  22  horas.  Uma  moto  possante  da
marca  HALLE  CHANG,  de  fabricação  chinesa,  deixa  a
garagem fora da delegacia, com seu som peculiar chamando a
atenção  de  quem  passa  na  calçada.  Pilotando  a  moto,  um
motoqueiro  de  cabelos  longos.  Sua  roupa  de  couro  tem  o
símbolo  da  gangue  Chang.  Parece  mais  um  dos  milhares  de
motoqueiros que habitam a cidade de Rosário, onde se situa a
fábrica chinesa de motos. O motoqueiro cruza toda cidade em
direção  ao  Bairro  Marrom.  Entra  pela  Rua  Negro  Monte,  a
principal do bairro, as luzes de LED iluminam as fachadas das
boates  e  dos  vários  prostíbulos  onde  mulheres  e  travestis  se
oferecem como mercadoria em lojas de departamento de luxo,
com etiquetas de preços com código de barras colado ao corpo.



Nas  vitrines  se  expõem,  é  a  tecnologia  a  serviço  da
prostituição. Mulheres e homens passam escolhendo o que vão
comprar. Escaneiam as suas compras para saber detalhes sobre
a mercadoria, idade, sexo, origem. Dados inseridos no código
de barras.
As bancas de drogas funcionam nas ruas como bancas
de  jornal  e  revistas,  iluminadas  e  com  caixas  eletrônicos  do
lado  para  saques.  O  lugar  mais  seguro  da  cidade  de  Rosário
para  os  caixas  eletrônicos  dos  bancos  era,  por  incrível  que
pareça, o Bairro Marrom. Nenhum caixa eletrônico até aquele
momento  tinha  sido  arrombado.  Era  o  código  de  honra  dos bandidos,
 respeitado até por assaltantes de banco. Só dinheiro
vivo  era  aceito  nas  boates,  bares  e  casas  do  prazer,  como  se
chamavam os antigos prostíbulos.  
Todas as boates mostram uma fachada que mais parece
ser de casas de show. Filas se formam em suas portas todas as
noites,  as  ruas  estão  cheias  de  carros  importados,
provavelmente de traficantes e mafiosos. Há bares em todas as
esquinas,  pode-se  sentir  o  cheiro  de  cocaína  no  ar.  Nenhum
vestígio de polícia. Sente-se que tudo se permite na ausência da
lei. É visível. 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Bom

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO

TRECHOS DO LIVRO [ TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA E EFEITO]

Lamentavelmente para o público em busca de lazer e boêmios da noite carioca, os teatros e boates dos arredores estavam sob um toque de recolher. Artistas fechavam desiludidos seus camarins, enquanto músicos guardavam seus instrumentos desolados, prostitutas e gigolôs deixavam as ruas, recolhiam-se aos prostíbulos, à espera de clientes sigilosos. O céu se fechava com trovoadas e raios e ameaçadoras descargas elétricas: era prenúncio de tempestade. Como de costume nessa cidade, chuvas torrenciais e repentinas poderiam ocasionar enchentes e causar danos difíceis de reparar, deixando uma mácula na cidade e nas pessoas, e poderia deixar todos incautos presos nesse túnel do tempo nebuloso.

A jovem, extremamente cansada, procurava uma posição que não a deixasse comprimindo sua barriga protuberante e se ajeitou recostada à parede pichada em letras garrafais. Em seguida, cobriu-se com seu cobertor de listras azuis. Antes que o sono tomasse conta do seu corpo, uma luz se acendeu no prédio à sua frente, e seu olhar fixou-se nesse ponto de luz que emanava do último andar do prédio, onde visualizava um homem gesticular com uma arma na mão, parecendo interrogar outro que se encontrava sentado amarrado a uma cadeira, com os olhos vendados. Para não continuar visualizando essa cena que a amedrontava, ela puxou o cobertor até a altura do rosto, cobrindo seus olhos enquanto um estampido ecoou no ar. Curiosa, ela não resistiu e voltava a olhar para a janela. A cortina se fechou lentamente. O medo tomava conta da pobre jovem pelo trágico episódio visualizado e desconhecido desfecho. Seu estado de exaustão não a permitiu raciocinar a respeito e seus olhos se fecharam também. Em minutos, ela adormeceu enrolada em um cobertor de lã, sob gélida marquise que não a protegia do vento frio na esquina da rua Santa Luzia com a Primeiro de Março. Alguns mendigos dormiam ao redor; eles viviam ainda sob o impacto de boatos de supostos extermínio de alguns deles. Precavidos, revezavam-se na vigília à noite, temerosos por suas vidas.


quinta-feira, 22 de maio de 2014

CONTROVERSO..