#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
Quem sou eu
- #ESCRITOR#João.mc.jr arte e vida#
- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
sábado, 6 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
O MENINO QUE QUERIA VOAR
O menino sempre ouviu com atenção as histórias
que seu irmão contava de um menino sonhador, de nome Zé Polin, o pequeno
inventor. Ele morava do outro lado do Morro do Fama e tinha um sonho equidistante
do seu mundo real: queria ser aviador. De tanto ouvir lendas de homens que
voavam em máquinas voadoras, o menino sonhador, um dia, por acaso, viu bater à
sua porta em uma tarde de vento forte, prenúncio de tempestade. Curioso com a
batida insistente, pensou que era gente. Correu para a porta apressado, abaixou
a tramela, e, ansioso, foi logo abrindo a porta da sala para ver quem batia
insistente; assustou-se por não ver ninguém. Com seu olhar de menino desolado, deparou-se
somente com um vento forte e gelado. Era o mau tempo, vindo ao seu encontro. O
vento trazia consigo uma folha de jornal que agarrou em seu rosto. Surpreso
pelo ataque da folha de papel, o menino sonhador pensou em rasgá-lo, mas, ao
retirar o incômodo da sua face, uma ideia aflorou, pois um recorte de jornal
impresso em francês, escrita que ele não entendia, nenhuma relevância tinha
naquele momento. Porém, seus olhos vidrados se mantinham em uma imagem, e no brilho do seu olhar de menino
sonhador pôde se ver alegria. Seu sorriso tomou conta do seu rosto, seus olhos
amendoados arregalaram-se ao se deparar com a imagem dos seus sonhos em um
velho e sujo recorte de jornal, provavelmente, deixado no Morro do Fama por um
passante da cidade grande, que visitou aquelas bandas, e desfez-se da
aquisição. A foto do velho jornal mostrava o avião 14-bis e foi isso que despertou
o desejo do
menino Zé Polin, aguçando sua mente de inventor. Ele passou a viver e a sonhar
com essa foto debaixo do seu travesseiro. Dias depois, colocou em prática seu
projeto, dando asas à sua imaginação. Durante meses, trancado no celeiro,
trabalhou duro com o material de que dispunha e, depois de muito esforço, erros
e acertos, ele construiu uma suposta réplica, sem motor, da sua aeronave. Ele
se sentiu um menino inventor e não via a hora de experimentar seu invento. Esperava
ansioso. Manteve o segredo escondido dos seus pais no celeiro, abandonado por
algum tempo, embaixo de um monte de feno. A engenhoca era constituída de uma
asa com armação de madeira, varas de bambu e pano de linho velho, sobras do
armazém do João Gouvêa, que ficava perto de sua casa, na estrada da Maravilha.
O armazém será o único que vendia retalhos, secos e molhados
na região. Como bom artesão, o menino sonhador teceu a sua invenção usando uma
agulha de sapateiro do seu pai, costurando com barbantes e correias - tiradas
das celas do seu cavalo – a fim de amarrar, ao seu corpo, sua invenção
tecnológica com mais segurança. Na confecção da asa, usou também corda de sisal,
que era usada para fechar os sacos de cereais. Zé Polin esperava seus pais
saírem para trabalhar na lavoura. Quando estava só em casa, subia o Morro do
Fama e, de cima de um tronco de árvore caído à beira do precipício, soltava-se,
tentando voar, em direção ao vale da fazenda Maravilha. Depois de várias
tentativas infrutíferas e alguns ossos quebrados, sua mãe descobriu sua arte, e
achou por bem trancá-lo em casa, para que não morresse, tentando alcançar o seu
sonho, que se transformara em seu pesadelo.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
TRECHOS DO LIVRO
Secretaria de Segurança de Rosário
A delegacia onde Malone trabalha é especializada em investigações a roubos de
obras de arte e está no centro da cidade, no bairro Amarelo. As investigações para
prender o chefe da quadrilha de roubos a obras de arte estava deixando o delegado de
cabelo em pé. Quanto mais Malone investigava, mais ele descobria pessoas importantes
dentro do esquema. Até os agentes da companhia de seguros estavam no esquema que
rendia milhões para a quadrilha. No mais, havia um esquema criminoso bem estruturado
e difícil de penetrar e tudo isso estava tirando o sono do delegado.
Antes de começar a trabalhar o delegado Malone sempre gosta de tomar
cafezinho, o qual está, quase sempre, frio. Folhear o jornal também faz parte do seu
ritual matinal, para saber como anda a cidade e principalmente no que diz respeito às
ações do governo na área da segurança. O delegado gosta especialmente dos cadernos
de eventos culturais e o de economia, pois seu círculo de amizades é formado por
intelectuais amigos da sua esposa.
A diretora do Museu de Arte Contemporânea da cidade de Rio de Rosário
felizmente não havia registrado nenhum roubo, isso talvez pelos valores baixos das
obras que não despertavam o interesse da quadrilha criminosa.
Malone aprecia a leitura de matérias sobre as ações do governo no âmbito social,
o que, para ele, é um termômetro que aponta para onde está indo a sua cidade: se para o
céu ou para o inferno.
Também havia certa euforia, nos meios de comunicação, para se melhorar a
segurança pública. Depois de longos anos investindo na compra de tecnologias para
combater o narcotráfico, o uso da força ainda era o carro-chefe do governo, causando
um clima de guerra na cidade e aumentando o índice de mortes entre civis e policiais.
Os confrontos não tinham hora para acontecer, se davam à luz do dia e assustavam a
população de madrugada.
Mesmo com inúmeros confrontos, o número de traficantes presos era ridículo e a
maioria se evadia antes de a polícia chegar. Geralmente eram avisados antes das
operações acontecerem e isso deixava uma pergunta no ar: o governo realmente queria
reduzir o tráfico de drogas ou simplesmente queria os traficantes habitando outro lugar,
longe dos olhares da classe média, da elite e da mídia?
A mídia, tendenciosa, recebia alto valor investido pelo Estado em propagandas
de sua autopromoção e não dispensava esse valor mesmo que estivesse fazendo falta a
hospitais e a escolas públicas, tal como revelavam suas próprias reportagens.
O delegado se indignava com as filas dos doentes nos hospitais por escassez e
falta de remédios, leitos e médicos, e ficava horrorizado ao saber que escolas estavam
caindo aos pedaços por má conservação e supostamente por falta de verbas. Apesar
disso, a verba da mídia para manter o governo com uma boa imagem era considerada
legal por estar no orçamento dos gastos aprovados pelos deputados da base e era o único
dinheiro liberado integralmente pelo governo de Rosário. Ainda assim, às vezes a mídia
não tinha como esconder os fatos de tão visível que era a violência.
Secretaria de Segurança de Rosário
A delegacia onde Malone trabalha é especializada em investigações a roubos de
obras de arte e está no centro da cidade, no bairro Amarelo. As investigações para
prender o chefe da quadrilha de roubos a obras de arte estava deixando o delegado de
cabelo em pé. Quanto mais Malone investigava, mais ele descobria pessoas importantes
dentro do esquema. Até os agentes da companhia de seguros estavam no esquema que
rendia milhões para a quadrilha. No mais, havia um esquema criminoso bem estruturado
e difícil de penetrar e tudo isso estava tirando o sono do delegado.
Antes de começar a trabalhar o delegado Malone sempre gosta de tomar
cafezinho, o qual está, quase sempre, frio. Folhear o jornal também faz parte do seu
ritual matinal, para saber como anda a cidade e principalmente no que diz respeito às
ações do governo na área da segurança. O delegado gosta especialmente dos cadernos
de eventos culturais e o de economia, pois seu círculo de amizades é formado por
intelectuais amigos da sua esposa.
A diretora do Museu de Arte Contemporânea da cidade de Rio de Rosário
felizmente não havia registrado nenhum roubo, isso talvez pelos valores baixos das
obras que não despertavam o interesse da quadrilha criminosa.
Malone aprecia a leitura de matérias sobre as ações do governo no âmbito social,
o que, para ele, é um termômetro que aponta para onde está indo a sua cidade: se para o
céu ou para o inferno.
Também havia certa euforia, nos meios de comunicação, para se melhorar a
segurança pública. Depois de longos anos investindo na compra de tecnologias para
combater o narcotráfico, o uso da força ainda era o carro-chefe do governo, causando
um clima de guerra na cidade e aumentando o índice de mortes entre civis e policiais.
Os confrontos não tinham hora para acontecer, se davam à luz do dia e assustavam a
população de madrugada.
Mesmo com inúmeros confrontos, o número de traficantes presos era ridículo e a
maioria se evadia antes de a polícia chegar. Geralmente eram avisados antes das
operações acontecerem e isso deixava uma pergunta no ar: o governo realmente queria
reduzir o tráfico de drogas ou simplesmente queria os traficantes habitando outro lugar,
longe dos olhares da classe média, da elite e da mídia?
A mídia, tendenciosa, recebia alto valor investido pelo Estado em propagandas
de sua autopromoção e não dispensava esse valor mesmo que estivesse fazendo falta a
hospitais e a escolas públicas, tal como revelavam suas próprias reportagens.
O delegado se indignava com as filas dos doentes nos hospitais por escassez e
falta de remédios, leitos e médicos, e ficava horrorizado ao saber que escolas estavam
caindo aos pedaços por má conservação e supostamente por falta de verbas. Apesar
disso, a verba da mídia para manter o governo com uma boa imagem era considerada
legal por estar no orçamento dos gastos aprovados pelos deputados da base e era o único
dinheiro liberado integralmente pelo governo de Rosário. Ainda assim, às vezes a mídia
não tinha como esconder os fatos de tão visível que era a violência.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
sábado, 23 de janeiro de 2016
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