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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

TRAPAÇAS DO DESTINO CAUSA EFEFITO

Capítulo 2

     Segunda-feira, 23 de dezembro de 1963,


Segunda-feira, 23 de dezembro, 16 hs

     No centro da cidade do Rio de Janeiro, o povo vivia a expectativa de novos tempos com a proximidade do ano novo. A política no país capengava com incertezas e rumores, mas o povo mantinha as esperanças em dias vindouros. Era a semana do Natal, e o espírito cristão e natalino ainda predominava sobre a maioria das pessoas, fazendo com que esquecessem, por alguns instantes, da acidez do mundo. As lojas estavam enfeitadas,com presépios retratando o nascimento do menino Jesus. Nas vitrines das lojas, bolas coloridas e luzes piscavam em ritmo cadenciado nas árvores natalinas, iluminando o Papai Noel e suas renas em cenários com neve, montados dentro das lojas, aguçando os sonhos das crianças. As cores vivas encantavam os passantes, vidrados em seu efeito mágico. Nessa época de festa, todos se mantinham centrados em seus afazeres. O som das músicas ecoava nas ruas, vindo das lojas de nome como Rei da Voz e dava o clima festivo do mês de dezembro. “Jingle Bells” era a melodia que tocava na maioria dos estabelecimentos comerciais. A multidão, aglomerada em busca de novidades, se acotovelava nas lojas de discos, pois as vendas de músicas natalinas aumentava com novos lançamentos. A preferida era “Noite Feliz”, escrita em 1818 pelo padre Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber.

     O clima era contagiante nas ruas da Alfândega e Sete de Setembro, que estavam cheias de homens, mulheres e crianças aparentemente felizes. Eram os consumidores em busca de presentes. Muita gente se amontoava em frente às vitrines de joalherias e a jovem ficava de olhos bem abertos, vidrados e arregalados, admirando os homens comprando colares para suas mulheres ou amantes. Proeminentes senhoras da alta sociedade, ávidas por novidades, enchiam os magazines do centro da cidade e levavam a tiracolo suas empregadas

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