#ESCRITOR#João MC.jr Arte e Vida# São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02)KindleJoão Manoel da Costa Junior. Edição do Kindle.
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- São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
domingo, 10 de abril de 2016
domingo, 3 de abril de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Jogo sujo – Cidade do crime não é o escárnio proposital de uma cidade; Mas, tem por contexto uma visão futurista do que se constatam corriqueiramente nas manchetes dos noticiários periódicos nos dias atuais. Jogo sujo – Cidade do crime se passa no futuro não muito distante. Onde o crime organizado ou não se estabelece de forma contundente. Em 2025, no cotidiano dessa cidade imaginária, a ausência do poder ou seus equívocos éticos proporcionam um campo fértil para todos os tipos de barbárie urbana que se possa imaginar, e desgraçadamente habitam o dia a dia de seus cidadãos, proporcionando medo e dor.
E inevitavelmente colocando de forma explicíta essa bela cidade na contramão dos avanços de outras cidades do mundo, onde esse universo marginal e obscuro fora banido. Na cidade de Rio de Rosário, a mão pesada da lei não se fez presente e não estabeleceu com o tempo ou determinou o fim desses abusos. Mas, para avaliar tais conceitos éticos, por outra ótica existe, dentro desse universo caótico dessa cidade, alguém que estabelece um paradoxo e questiona com seus métodos tais desvio de conduta e cria esse contratempo para uma breve reflexão.
E inevitavelmente colocando de forma explicíta essa bela cidade na contramão dos avanços de outras cidades do mundo, onde esse universo marginal e obscuro fora banido. Na cidade de Rio de Rosário, a mão pesada da lei não se fez presente e não estabeleceu com o tempo ou determinou o fim desses abusos. Mas, para avaliar tais conceitos éticos, por outra ótica existe, dentro desse universo caótico dessa cidade, alguém que estabelece um paradoxo e questiona com seus métodos tais desvio de conduta e cria esse contratempo para uma breve reflexão.
Na cidade de Rio de Rosário, vive-se a sombra do medo. Como um estranho no ninho, porém, um homem ainda resiste às tentações e à cobiça do enriquecimento ilícito. Esse homem se chama Antunes Malone, um delegado aparentemente acuado pelo sistema corrupto de sua cidade. Sua ética não lhe permite fugir de seus ideais e ele sempre recorda uma frase de Che Guevara para definir suas atitudes: “Retroceder sim, render-se jamais”. Consciente do perigo, Malone tenta resolver por conta própria todos os desafios. Assim, ele precisa mais do que certo idealismo, e mais do que a coragem para encarar de frente o crime organizado. Não bastam os ideais éticos, já que a situação requer mais astúcia e sangue frio. Não estamos mais na época das retóricas e o tempo, logicamente, agora é outro. De igual sorte, jamais se deve confiar no sistema. Então, somente Malone sabe de suas determinações.
Outros livros do autor:
• O grande assalto o declínio do poder (2010)
• Tempos de traição possuídos por ambição (2011)
• O menino que queria voar (2013)
• Trapaças do destino – causa e efeito (2014)
• O grande assalto o declínio do poder (2010)
• Tempos de traição possuídos por ambição (2011)
• O menino que queria voar (2013)
• Trapaças do destino – causa e efeito (2014)
segunda-feira, 28 de março de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
TRECHOS DO LIVRO
O
delegado Antunes Malone sempre vinha cedo para a delegacia e naquele momento
havia muita coisa a resolver. Malone chefiava uma investigação que já consumira
três messes de trabalho sobre um roubo de obras de arte ocorrido no Museu
Histórico Nacional. Ele já estava prestes a concluí-la com a prisão dos ladrões,
dos receptadores e do chefe do bando, que era dono de uma empresa de segurança.
Só faltava a expedição do mandato de busca e apreensão para sua equipe se
deslocar até a casa do chefe da gangue.
Malone
estava muito preocupado com a estranha demora para a expedição do mandato,
considerando-a fora dos padrões. A demora poderia facilitar a fuga dos
envolvidos e o vazamento de informações. Se mais uns dias se passassem, isso daria
tempo para os criminosos sumirem com as provas e jogar-se-ia por terra todo seu
trabalho de meses. O delegado tinha sua sala de operações instalada no terceiro
andar do prédio da Secretaria de Segurança, bem ao lado do secretário.
Trabalhar
ao lado do chefe tinha vantagens e desvantagens, pensava Malone todas as vezes
que encontrava o secretário e o cumprimentava. Se as decisões exigissem a
aprovação imediata do secretário, bastaria atravessar o corredor e, quiçá em
poucos segundos, ele obteria alguma resposta. Da mesma forma, quando o
secretário o convocasse para uma reunião seria fácil encontrá-lo. Neste
momento, como se fosse transmissão de pensamento, ele olha para o corredor e as
portas de vidro transparentes e vê o secretário Adriano Torres. O secretário
usa seu terno impecável da grife Armani Chang, sapatos bicolores reluzentes e
ostenta seu anel de ouro e brilhantes, que de longe brilhavam como pequenos
faróis a caminhar em direção ao seu gabinete. Malone balança a cabeça
procurando não pensar no que via naquela figura ostensiva que, com passadas
rápidas, chega até sua porta.
–
Bom dia, Malone! Como tem passado? Estamos tão perto e quase não nos vemos! Estou
acompanhando seus passos, quer dizer, seu trabalho. Por falar nisso, como
seguem as investigações sobre esse famoso roubo de grande repercussão na mídia?
–
Bem, secretário Adriano, estamos quase fechando o cerco em cima da quadrilha que
atacou o Museu Histórico Nacional.
–
O que roubaram desta vez?
–
Levaram dois quadros de um pintor alemão do século XVII, que retratavam a
assinatura da criação do Estado de Rosário pelo imperador.
–
Estes quadros têm algum valor de mercado, Malone, ou estão roubando somente um
registro da nossa história? – indaga o secretário.
–
Com certeza não haverá mercado nem colecionador que os queiram, secretário. Mas
talvez os ladrões não saibam o que pode dificultar a nossa investigação.
Com
ar irônico e sorriso contido, o secretário olha para Malone e diz:
–
Posso te dar uma sugestão, Malone?
–
Pois não, secretário.
–
Vai ficar só entre nós. Arrume réplicas e as ponha no lugar, pois ninguém vai
perceber nada. Sua esposa conhece muitos artistas, não é certo? Então,
encomendamos cópias perfeitas e pronto. As colocaremos no lugar e tenho certeza
de que dá pra enganar o povo que visita o museu. A maioria, Malone, não sabe
nada da história de Rosário.
sexta-feira, 25 de março de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
As pessoas que o conheciam não entendiam sua decisão. Alguns achavam que ele enlouquecera e outros achavam que ele estava atrás de grana fácil, pois todos os que iam para aquela delegacia enriqueciam a olhos vistos. A desconfiança advinha de que antes trabalhava na delegacia especializada em roubos de obras de arte, onde tinha desenvolvido um ótimo trabalho de investigação com sua capacidade, organização e inteligência, na maioria das vezes se passando por comprador das obras roubadas. Com sua especialidade em disfarces, ele e sua equipe desarticularam várias quadrilhas internacionais compostas por pessoas acima de qualquer suspeita, desde colecionadores de caráter duvidoso da alta sociedade internacional até membros da sociedade de Rio de Rosário. Recuperaram muitas obras de arte de grande valor, reduzindo o prejuízo dos museus e das seguradoras.
TRECHOS DO LIVRO.
Malone investigava suspeitos que praticavam delitos sem o uso da violência e com alto grau de sofisticação, o que exigia uma investigação inteligente e nenhum confronto (suas especialidades). A Delegacia de Roubos a Bancos, um verdadeiro antro da polícia, nos últimos meses teve três delegados afastados por possíveis desvios de conduta com associação ao crime organizado e vários detetives foram presos. O delegado se sentia como o próprio Cavalo de Troia sendo introduzido nesta delegacia como se fosse um vírus, embora do bem, com a missão de destruir as células cancerosas da corrupção.
Sua equipe ficou na outra delegacia e somente o detetive Ribeiro foi liberado para acompanhá-lo, embora não inspirasse muito sua confiança. Mesmo assim, Malone sentia mais prazer agora, como se o tempo pudesse andar mais rápido caso cumprisse sua missão.
Depois de toda essa reflexão, o delegado segue até seu quarto e despede-se da esposa com um beijo. Ela, ainda na cama, abre os olhos, sorri e lhe deseja bom-dia. O delegado desce para a garagem, entra no carro e, logo na saída, um pouco distraído, quase se envolve num acidente. Um Vectra cinza freia bruscamente, antes de atingi-lo na lateral. Malone salta do carro e dirige-se aos ocupantes do veículo. Seu paletó está desabotoado e a arma na cintura fica à mostra. Ele tenta se desculpar, contudo, antes que possa se expressar, o jovem ao volante do Vectra engata a ré e arranca com o carro cantando pneus. Uma picape S10 preta que vem logo atrás faz o mesmo e quase atropela o delegado, que pensa que sua arma pode ter assustado o rapaz e sua atitude não foi bem interpretada. Achou normal as circunstâncias do evento, pois o número de agressões no trânsito é alarmante, o que deixava todos nervosos e apreensivos nos dias de hoje. Malone volta ao carro e segue para a delegacia
TRECHOS DO LIVRO.
Malone investigava suspeitos que praticavam delitos sem o uso da violência e com alto grau de sofisticação, o que exigia uma investigação inteligente e nenhum confronto (suas especialidades). A Delegacia de Roubos a Bancos, um verdadeiro antro da polícia, nos últimos meses teve três delegados afastados por possíveis desvios de conduta com associação ao crime organizado e vários detetives foram presos. O delegado se sentia como o próprio Cavalo de Troia sendo introduzido nesta delegacia como se fosse um vírus, embora do bem, com a missão de destruir as células cancerosas da corrupção.
Sua equipe ficou na outra delegacia e somente o detetive Ribeiro foi liberado para acompanhá-lo, embora não inspirasse muito sua confiança. Mesmo assim, Malone sentia mais prazer agora, como se o tempo pudesse andar mais rápido caso cumprisse sua missão.
Depois de toda essa reflexão, o delegado segue até seu quarto e despede-se da esposa com um beijo. Ela, ainda na cama, abre os olhos, sorri e lhe deseja bom-dia. O delegado desce para a garagem, entra no carro e, logo na saída, um pouco distraído, quase se envolve num acidente. Um Vectra cinza freia bruscamente, antes de atingi-lo na lateral. Malone salta do carro e dirige-se aos ocupantes do veículo. Seu paletó está desabotoado e a arma na cintura fica à mostra. Ele tenta se desculpar, contudo, antes que possa se expressar, o jovem ao volante do Vectra engata a ré e arranca com o carro cantando pneus. Uma picape S10 preta que vem logo atrás faz o mesmo e quase atropela o delegado, que pensa que sua arma pode ter assustado o rapaz e sua atitude não foi bem interpretada. Achou normal as circunstâncias do evento, pois o número de agressões no trânsito é alarmante, o que deixava todos nervosos e apreensivos nos dias de hoje. Malone volta ao carro e segue para a delegacia
quinta-feira, 24 de março de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
Malone pensava com seus botões: “Será que um dia isso terá fim? Será que o
poder público chegou ao fundo do poço? Será que os promotores se eximem da culpa e
perderam a liberdade de atuação ou se acovardam? Será que os juízes perderam a força
para aplicar com braço forte o peso das sentenças e perderam o juízo da gravidade da
situação? Será que um dia haverá Justiça digna e de confiança da qual possamos nos
orgulhar? Será que um dia teremos governantes que usarão o dinheiro público de forma
honesta.
O delegado Antunes Malone, lamentavelmente, chegava à triste conclusão de
não ver saída a curto prazo para a crise. Ele sabia que a mudança que ele e milhões de
rio-rosarianos esperavam levaria algumas décadas. Os políticos, apesar de eleitos pelo
povo, quando assumiam o poder mostravam a sua verdadeira face. Era algo comparável
à ocupação romana no auge do seu gigantesco poder. A conclusão de Malone era de que
se havia voltado no tempo, sendo hoje governados por falsos tribunos que só defendiam
seus escusos interesses e por Césares que só aumentavam seus impérios financeiros –
espoliando o país e dividindo, numa espécie de colegiado, as riquezas desviadas do
Estado.
Malone sabia que não tinha poder. Mas ele tinha a consciência tranquila por não
fazer parte de todo o engodo contra o povo de sua cidade. No mais, ele ficaria satisfeito
de poder achar uma fórmula para cooperar com o início de uma reação contra a
pandemia moral que contaminava indivíduos sem escrúpulos, causadores de notória
desordem humana.
O que mantinha viva sua esperança era que Malone amava sua cidade e ainda
não havia perdido a fé. Rio de Rosário encanta pela beleza natural e faz bom proveito
do turismo, uma das suas principais fonte de renda. Os bancos, com seu sistema falho,
atraem grande número de investidores de todas as espécies, ávidos por lucros rápidos e
de fácil conexão. Com isenções de impostos instituídas pelo governo local para atrair o
capital estrangeiro, o dinheiro entrava e saía da Bolsa de Valores sem nenhum problema
e Rio de Rosário, por conseguinte, se tornava o centro financeiro do país e da máfia
estrangeira.
poder público chegou ao fundo do poço? Será que os promotores se eximem da culpa e
perderam a liberdade de atuação ou se acovardam? Será que os juízes perderam a força
para aplicar com braço forte o peso das sentenças e perderam o juízo da gravidade da
situação? Será que um dia haverá Justiça digna e de confiança da qual possamos nos
orgulhar? Será que um dia teremos governantes que usarão o dinheiro público de forma
honesta.
O delegado Antunes Malone, lamentavelmente, chegava à triste conclusão de
não ver saída a curto prazo para a crise. Ele sabia que a mudança que ele e milhões de
rio-rosarianos esperavam levaria algumas décadas. Os políticos, apesar de eleitos pelo
povo, quando assumiam o poder mostravam a sua verdadeira face. Era algo comparável
à ocupação romana no auge do seu gigantesco poder. A conclusão de Malone era de que
se havia voltado no tempo, sendo hoje governados por falsos tribunos que só defendiam
seus escusos interesses e por Césares que só aumentavam seus impérios financeiros –
espoliando o país e dividindo, numa espécie de colegiado, as riquezas desviadas do
Estado.
Malone sabia que não tinha poder. Mas ele tinha a consciência tranquila por não
fazer parte de todo o engodo contra o povo de sua cidade. No mais, ele ficaria satisfeito
de poder achar uma fórmula para cooperar com o início de uma reação contra a
pandemia moral que contaminava indivíduos sem escrúpulos, causadores de notória
desordem humana.
O que mantinha viva sua esperança era que Malone amava sua cidade e ainda
não havia perdido a fé. Rio de Rosário encanta pela beleza natural e faz bom proveito
do turismo, uma das suas principais fonte de renda. Os bancos, com seu sistema falho,
atraem grande número de investidores de todas as espécies, ávidos por lucros rápidos e
de fácil conexão. Com isenções de impostos instituídas pelo governo local para atrair o
capital estrangeiro, o dinheiro entrava e saía da Bolsa de Valores sem nenhum problema
e Rio de Rosário, por conseguinte, se tornava o centro financeiro do país e da máfia
estrangeira.
quarta-feira, 23 de março de 2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
JOGO SUJO CIDADE DO CRIME
O início da nova jornada
Toca o despertador às 6h30. É quinta-feira de uma manhã chuvosa, um daqueles dias em que não se deve sair de casa. O delegado Antunes Malone acorda, beija a mulher e vai até a janela do quarto, que fica no segundo andar de sua casa no bairro Azul. Desloca ligeiramente a cortina e observa, por um instante, a chuva que cai. Em seguida, faz um breve alongamento na sala, vai para o banheiro e liga o chuveiro. Enquanto a água esquenta, olha-se no espelho e o que vê é um homem cansado. Sua viagem a Paris não fora suficiente para descansar seu corpo e sua mente. O dia a dia tem sido estressante nos últimos tempos, com noticiários divulgando ameaças de meteoros vindos contra a Terra.
A cobrança por resultados é também constante, mas Malone não o lamenta. Afinal, havia sido a vida que escolhera para si. Poderia ser economista como seu irmão, mas tinha lá suas razões quanto ao capitalismo selvagem contra seu país e supunha não dar certo em tal carreira. Talvez poderia seguir a medicina tal como seu pai, mas ele mesmo acabou morrendo por um erro médico e Malone pensava com seu botões: “Ainda bem que os meus dois filhos estudam no exterior e escolheram ser cientistas”. Para ele isso era um conforto, até porque havia muita violência em Rio de Rosário
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