Malone pensava com seus botões: “Será que um dia isso terá fim? Será que o
poder público chegou ao fundo do poço? Será que os promotores se eximem da culpa e
perderam a liberdade de atuação ou se acovardam? Será que os juízes perderam a força
para aplicar com braço forte o peso das sentenças e perderam o juízo da gravidade da
situação? Será que um dia haverá Justiça digna e de confiança da qual possamos nos
orgulhar? Será que um dia teremos governantes que usarão o dinheiro público de forma
honesta.
O delegado Antunes Malone, lamentavelmente, chegava à triste conclusão de
não ver saída a curto prazo para a crise. Ele sabia que a mudança que ele e milhões de
rio-rosarianos esperavam levaria algumas décadas. Os políticos, apesar de eleitos pelo
povo, quando assumiam o poder mostravam a sua verdadeira face. Era algo comparável
à ocupação romana no auge do seu gigantesco poder. A conclusão de Malone era de que
se havia voltado no tempo, sendo hoje governados por falsos tribunos que só defendiam
seus escusos interesses e por Césares que só aumentavam seus impérios financeiros –
espoliando o país e dividindo, numa espécie de colegiado, as riquezas desviadas do
Estado.
Malone sabia que não tinha poder. Mas ele tinha a consciência tranquila por não
fazer parte de todo o engodo contra o povo de sua cidade. No mais, ele ficaria satisfeito
de poder achar uma fórmula para cooperar com o início de uma reação contra a
pandemia moral que contaminava indivíduos sem escrúpulos, causadores de notória
desordem humana.
O que mantinha viva sua esperança era que Malone amava sua cidade e ainda
não havia perdido a fé. Rio de Rosário encanta pela beleza natural e faz bom proveito
do turismo, uma das suas principais fonte de renda. Os bancos, com seu sistema falho,
atraem grande número de investidores de todas as espécies, ávidos por lucros rápidos e
de fácil conexão. Com isenções de impostos instituídas pelo governo local para atrair o
capital estrangeiro, o dinheiro entrava e saía da Bolsa de Valores sem nenhum problema
e Rio de Rosário, por conseguinte, se tornava o centro financeiro do país e da máfia
estrangeira.
poder público chegou ao fundo do poço? Será que os promotores se eximem da culpa e
perderam a liberdade de atuação ou se acovardam? Será que os juízes perderam a força
para aplicar com braço forte o peso das sentenças e perderam o juízo da gravidade da
situação? Será que um dia haverá Justiça digna e de confiança da qual possamos nos
orgulhar? Será que um dia teremos governantes que usarão o dinheiro público de forma
honesta.
O delegado Antunes Malone, lamentavelmente, chegava à triste conclusão de
não ver saída a curto prazo para a crise. Ele sabia que a mudança que ele e milhões de
rio-rosarianos esperavam levaria algumas décadas. Os políticos, apesar de eleitos pelo
povo, quando assumiam o poder mostravam a sua verdadeira face. Era algo comparável
à ocupação romana no auge do seu gigantesco poder. A conclusão de Malone era de que
se havia voltado no tempo, sendo hoje governados por falsos tribunos que só defendiam
seus escusos interesses e por Césares que só aumentavam seus impérios financeiros –
espoliando o país e dividindo, numa espécie de colegiado, as riquezas desviadas do
Estado.
Malone sabia que não tinha poder. Mas ele tinha a consciência tranquila por não
fazer parte de todo o engodo contra o povo de sua cidade. No mais, ele ficaria satisfeito
de poder achar uma fórmula para cooperar com o início de uma reação contra a
pandemia moral que contaminava indivíduos sem escrúpulos, causadores de notória
desordem humana.
O que mantinha viva sua esperança era que Malone amava sua cidade e ainda
não havia perdido a fé. Rio de Rosário encanta pela beleza natural e faz bom proveito
do turismo, uma das suas principais fonte de renda. Os bancos, com seu sistema falho,
atraem grande número de investidores de todas as espécies, ávidos por lucros rápidos e
de fácil conexão. Com isenções de impostos instituídas pelo governo local para atrair o
capital estrangeiro, o dinheiro entrava e saía da Bolsa de Valores sem nenhum problema
e Rio de Rosário, por conseguinte, se tornava o centro financeiro do país e da máfia
estrangeira.