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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.
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sábado, 15 de agosto de 2020

MEU PENSAR CONTOS PROSAS E POEMAS. 1

 DESEJO.

 Como o Sol que me aquece o corpo, você acende minha paixão. És como uma perfeita Lua que brilha no céu e me inspira uma canção. Embarco em uma nau do desejo, em uma viagem no tempo, envolvido em sonhos de quimeras e conquistas. Descanso em nuvens passageiras, que me arremessa em paz duradoura, no infinito céu de estrelas. Quero ver no horizonte tua luz a brilhar em meus olhos e cegar-me de amor. Pois somos um corpo de luz, feito de restos de estrelas, que vaga no infinito desejo nessa viagem no tempo e sempre em busca da alma gêmea. É o sonho de conquista de quem sempre deseja encontrar a felicidade derradeira, que não seja passageira, e que arrebata os sentimentos, provoca volúpias entre abraços e beijos, e nos remeta a uma alucinante paixão.


Manoel da Costa Junior, João. MEU PENSAR: CONTOS PROSAS POEMAS (01) . Edição do Kindle. 


Manoel da Costa Junior, João. MEU PENSAR: CONTOS PROSAS POEMAS (01) . Edição do Kindle. 

domingo, 9 de agosto de 2020

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

 Sinopse .

Nas asas da imaginação, nasce um desejo prematuro, presságio de novos tempos. Diz a lenda que, nesse lugar de origem de histórias e magias, nunca houve limites nem idade para determinados sonhos. Esses nasceram de forma inusitada e perduraram por décadas, mas somente para alguns nativos tornaram-se verdadeiros e concretos. Comprovadamente, muitos desejos e sonhos sobreviveram ao tempo, ganhando vida ao serem alimentados ao longo dos anos por realidade ou fantasia. Não importa a fonte e não existe maneira de proibi-los. Sonhos são enigmas que regem a natureza humana; eles brotam em turbilhões, renascem das cinzas e se tornam reais, transcendem a fantasia e, com o tempo, ganham asas, alçam voos. O menino era alimentado na rica fonte do imaginário popular e, principalmente, das muitas lembranças do passado de uma criança que muito cedo aprendera a voar. Esse rico cenário tem como referência a cidade onde o menino nasceu. Ele ouvia, com a curiosidade de quem necessitava reviver seu passado, as histórias da sua família e relatos de lendas e magia que eram compartilhados com seus irmãos em noites de chuva, quando se reuniam na pequena sala, onde todos se agrupavam em volta do rádio para ouvir o programa Teatro de Mistério da Rádio Nacional, nos anos cinquenta. Como habitualmente ocorria nessa época, faltava luz, quase sempre no melhor da dramaturgia. Era nesse momento oportuno, que seu irmão mais velho, o contador de contos de terror, com seu acervo de histórias da região surgia no escuro para contar seus “causos” da infância, repletos de mistérios. Gostava de amedrontar os pequenos, em noites de chuva, principalmente, no breu que tomava conta da humilde casa em que eles viviam no Rio de Janeiro, em 1957, cenário propício para narrar o passado fantasmagórico do Morro do Fama. Assim, manteve suas lembranças vivas. Ouvir essas histórias, para ele, era como beber a água da fonte do pequeno riacho da sua infância, saciar sua sede do passado e manter-se ligado, efetivamente, a esse lugar de boas lembranças, que dava prazer à sua alma e asas ao seu sentido.


M.C. Jr., João. O menino que queria voar . SG Leitura Digital. Edição do Kindle. 




M.C. Jr., João. O menino que queria voar . SG Leitura Digital. Edição do Kindle. 

domingo, 17 de julho de 2016

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Maravilha. Cada prosador no seu tempo tinha o direito de expor suas aventuras e Prosas sem interferência alheia, pois haviam estabelecido um código de crendice entre eles, que se perpetuou desde o tempo do império, com o aval auspicioso do João Gouvêa. Este creditava o sucesso das vendas do seu armazém à magia do lugar. Os contadores de história ficavam envolvidos pelo público ávido por novas fábulas. Eles se acotovelavam por um lugar na roda que se formava pela plateia, em volta dos ilustres membros noctívagos, sentados em número de doze, em uma grande mesa de madeira rústica. Como se fossem os cavaleiros da Távola Redonda, os prosadores permaneciam por horas a fio degustando linguiça torresmos, e chouriços, regados à cana-caiana e pinga da roça. A plateia não arredava o pé do lugar, hipnotizado pelos relatos mirabolantes. Envaidecidos, eles seguiam entusiasmados, contando suas fábulas e suposta falácias e aventura. Zé Queiroga gostava de narrar a sua experiência com os espíritos dos escravos da fazenda Maravilha, que durante um século guardaram potes de ferro repletos de pepitas de ouro que eles achavam nos rios da região e escondiam dos seus senhores engolindo-as. Posteriormente, eles as defecavam em caldeirões de ferro e enterravam nos arredores da senzala, pensando um dia poder usar a riqueza camuflada junto aos seus dejetos secos para comprarem sua liberdade. No entanto, como a abolição chegou antes, eles não puderam usar as pepitas, pois seriam acusados de roubo e voltariam para a senzala. Sabiamente, eles mantiveram segredo por um século, e os caldeirões de pepitas posteriormente passaram a ser protegidos por guardiões do além. Contava Zé Queiroga com sua voz de trovão depois desta explanação. Contou que, num belo dia, estava arando a terra da sua propriedade no final da tarde, e tocou a enxada em uma borda de metal, que tilintou como um sino da igreja local. Agachado, limpou as bordas, pensando ter achado um sino da corroa imperial, como tantos outros perdidos na estrada do coqueiral, mas, para sua surpresa, ao terminar a escavação, deparou-se com um caldeirão de ferro, repleto de pepitas de ouro

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Maravilha. Cada prosador no seu tempo tinha o direito de expor suas aventuras e Prosas sem interferência alheia, pois haviam estabelecido um código de crendice entre eles, que se perpetuou desde o tempo do império, com o aval auspicioso do João Gouvêa. Este creditava o sucesso das vendas do seu armazém à magia do lugar. Os contadores de história ficavam envolvidos pelo público ávido por novas fábulas. Eles se acotovelavam por um lugar na roda que se formava pela plateia, em volta dos ilustres membros noctívagos, sentados em número de doze, em uma grande mesa de madeira rústica. Como se fossem os cavaleiros da Távola Redonda, os prosadores permaneciam por horas a fio degustando linguiça torresmos, e chouriços, regados à cana-caiana e pinga da roça. A plateia não arredava o pé do lugar, hipnotizado pelos relatos mirabolantes. Envaidecidos, eles seguiam entusiasmados, contando suas fábulas e suposta falácias e aventura. Zé Queiroga gostava de narrar a sua experiência com os espíritos dos escravos da fazenda Maravilha, que durante um século guardaram potes de ferro repletos de pepitas de ouro que eles achavam nos rios da região e escondiam dos seus senhores engolindo-as. Posteriormente, eles as defecavam em caldeirões de ferro e enterravam nos arredores da senzala, pensando um dia poder usar a riqueza camuflada junto aos seus dejetos secos para comprarem sua liberdade. No entanto, como a abolição chegou antes, eles não puderam usar as pepitas, pois seriam acusados de roubo e voltariam para a senzala. Sabiamente, eles mantiveram segredo por um século, e os caldeirões de pepitas posteriormente passaram a ser protegidos por guardiões do além. Contava Zé Queiroga com sua voz de trovão depois desta explanação. Contou que, num belo dia, estava arando a terra da sua propriedade no final da tarde, e tocou a enxada em uma borda de metal, que tilintou como um sino da igreja local. Agachado, limpou as bordas, pensando ter achado um sino da corroa imperial, como tantos outros perdidos na estrada do coqueiral, mas, para sua surpresa, ao terminar a escavação, deparou-se com um caldeirão de ferro, repleto de pepitas de ouro

O MENINO QUE QUERIA VOAR.

Maravilha. Cada prosador no seu tempo tinha o direito de expor suas aventuras e Prosas sem interferência alheia, pois haviam estabelecido um código de crendice entre eles, que se perpetuou desde o tempo do império, com o aval auspicioso do João Gouvêa. Este creditava o sucesso das vendas do seu armazém à magia do lugar. Os contadores de história ficavam envolvidos pelo público ávido por novas fábulas. Eles se acotovelavam por um lugar na roda que se formava pela plateia, em volta dos ilustres membros noctívagos, sentados em número de doze, em uma grande mesa de madeira rústica. Como se fossem os cavaleiros da Távola Redonda, os prosadores permaneciam por horas a fio degustando linguiça torresmos, e chouriços, regados à cana-caiana e pinga da roça. A plateia não arredava o pé do lugar, hipnotizado pelos relatos mirabolantes. Envaidecidos, eles seguiam entusiasmados, contando suas fábulas e suposta falácias e aventura. Zé Queiroga gostava de narrar a sua experiência com os espíritos dos escravos da fazenda Maravilha, que durante um século guardaram potes de ferro repletos de pepitas de ouro que eles achavam nos rios da região e escondiam dos seus senhores engolindo-as. Posteriormente, eles as defecavam em caldeirões de ferro e enterravam nos arredores da senzala, pensando um dia poder usar a riqueza camuflada junto aos seus dejetos secos para comprarem sua liberdade. No entanto, como a abolição chegou antes, eles não puderam usar as pepitas, pois seriam acusados de roubo e voltariam para a senzala. Sabiamente, eles mantiveram segredo por um século, e os caldeirões de pepitas posteriormente passaram a ser protegidos por guardiões do além. Contava Zé Queiroga com sua voz de trovão depois desta explanação. Contou que, num belo dia, estava arando a terra da sua propriedade no final da tarde, e tocou a enxada em uma borda de metal, que tilintou como um sino da igreja local. Agachado, limpou as bordas, pensando ter achado um sino da corroa imperial, como tantos outros perdidos na estrada do coqueiral, mas, para sua surpresa, ao terminar a escavação, deparou-se com um caldeirão de ferro, repleto de pepitas de ouro

APRESENTAÇÃO

https://youtube.com/shorts/qdngHg1eO3M?si=ORq6NhaSUzRvAO5o