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São minhas palavras perpetuando histórias. Revivendo as memórias de coisas que nunca vi. São minhas palavras que criam esse mundo misterioso, do real ao ficcional. COSTA, JOÃO. MEU PENSAR , CONTOS , PROSAS E POEMAS 2 (02) . Edição do Kindle.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

BREVE.

UM SILICONE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA.

No rastro dos suspeitos o reporte tenta seguir de perto o  detetive, para  sua matéria sensacionalista para o seu jornal e tentando a todo custo tirar proveito da sua amizade. E o detetive Roberto  tem de aturar o seu amigo, o jornalista quase fracassado Ênio Barata, que ele considera uma mala sem alça por sua insistência em ajudá-lo a desvendar esse mistério e esperto que e, ele que tenta a todo custo obter esse furo de reportagem, que poderia ser a sua redenção profissional. Além  de se tornar uma pedra no sapato do detetive ele leva a tiracolo o seu fotógrafo estressado que não e bem sucedido  na tentativa de fotografar o corpo e a prisão do suspeito, e com isso ter a tão almejada foto para  um furo de reportagem para o seu jornal.
O grande problema do jornalista Barata é que ele está quase sempre bêbado, e julga-se decadente porque não consegue uma boa reportagem desde quando deu o seu melhoro furo de reportagem da sua vida, no notório crime da fera da Penha
Por conta disso.

Ele passa constantemente um bom tempo irritando o detetive Roberto com suas frustrações  profissional e sempre reclamando de sua falta de sorte. A única coisa que ele não perdia era seu humor negro e, Sarcasticamente dizia que teve bons momentos como repórter criminal, mas, que desde o crime de Aída Curi a classe A tem matado pouco. E demostrava estar de saco cheio dessas matérias  de baixo nível, que era ver  pobre se matando a troco de nada ou fotos de extermínio em massa na baixada;


sábado, 16 de junho de 2018

TRECHO DO LIVRO O MENINO QUE QUERIA VOAR.

A vida continuava na sua lentidão costumeira. A sua luta estava apenas começando rumo a um futuro incerto, como um barco na correnteza, sem leme ou vela, ao sabor do vento, sem destino. Dependia da sorte, como voar sem sonhos, sem o poder da sua imaginação tolhida. Para não cair do barco e se perder na correnteza da vida, para não ser levado por sua onda de devastação humana, muito costumeira com os jovens, como todos na naquela situação, perto do perigo poderia simplesmente ser mais uma vítima por falta de opção, de uma perspectiva de vida. Eles não tinham onde se agarrarem, e viviam ao sabor do vento e do cheiro da fumaça da marijuana. Viviam atormentados a caminho do abismo, consumidos por sonhos de prazer. Os incautos Deslumbravam-se com um mar de lama como se fossem rios de mel. Tonavam-se cegos em desatinos encobertos pela sombra da noite: não enxergam o abismo, as armadilhas das sombras. Solitários de alma vazia, perdidos, só o vício governa suas vidas, que de tão breve nada além das sombras terão. No inalar do pó, perdiam o seu ideal de vida e a noção do perigo, encurtando as suas existências. Vida que segue como uma onda no mar sem prancha para surfar. Pegar jacaré era a onda aos domingos no ônibus 616 usina forte Copacabana rumo ao posto seis em Copacabana. Na praia sem prancha o rala peito era pura curtição de pobres e remediados. Na volta pra casa de barriga fazia faziam uma vaquinha para comprar um pão com mortadela na padaria da esquina do morro. Era um manjar dos deuses.

Galeria .DE lembranças de TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

2011-12-13 21.16.18 2011-12-13 23.28.52 2011-12-13 22.45.23 2011-12-13 23.26.59 2011-12-14 00.00.21 2011-12-13 21.11.14 2011-12-13 21.30.45 2011-12-13 21.26.19 2011-12-13 21.45.58

segunda-feira, 11 de junho de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

Acima de seus interesses estavam seus ideais. Chacon angariava simpatias dos mais humildes e despertava o ódio dois mais abastados, por defender os menos favorecidos e lutar por justiça. Era uma tentativa democrática de estabelecer uma alternativa para todos. Reivindicava melhorias nas condições precárias de vida do seu povo, a quem amava como amava sua esposa. Mercedes, principalmente por ser de origem indígena, sempre se colocava à frente das passeatas com seu filho no colo, tentando mostrar ao seu povo a afirmação da união que deveria prevalecer para governar o país. Ela tinha a convicção de que seu povo não poderia estar a mercê de um único clã que discriminava outras etnias que não fosse as suas.
A Frente Democrática Revolucionária de Talvegue, como era chamada pelos camponeses, era composta por membros que preferiam a luta armada para estabelecer a democracia. Chacon era pacifista e preferia outros métodos, reivindicava melhores salários para os trabalhadores do campo, que faziam greves nos canaviais, nas usinas de açúcar, reivindicando direitos trabalhistas, direito ao voto e educação para todos os camponeses. Chacon tentava organizar os camponeses em pequenos sindicatos. Ele sempre tinha em mãos uma cópia da Constituição americana, presente do padre Francesco, que era usada como referência às suas ideias democráticas.
Nos anos vinte, esse grupo de camponeses, que não tinha como ideais ideologias marxistas ou comunistas, lutavam contra um governo corrupto e cruel, que os escravizava em benefício dos latifundiários e donos de usinas de açúcar, jazidas de carvão e minérios nobres, como ouro e prata, que eram o carro-chefe da economia local.
O presidente Don Lancarto Aranha governava com mão de ferro esse país de dimensões continentais. Dividia o poder e os dezessete milhões, oitocentos e dezenove mil e cem quilômetros quadrados com seus seguidores, nomeados com títulos de nobreza, negando aos pobres trabalhadores rurais e os nativos o direito à escola ou qualquer direito trabalhista.

Temendo por sua vida, padre Francesco sugeriu que ele mudasse seu nome, para sua sobrevivência e também porque o ajudaria a se infiltrar nas fazendas, aproveitando que sua aparência de maltrapilho e barbudo o ajudaria a se passar por moradores locais, que por motivo religioso cultivavam grandes barbas.
Os paranaenses, moradores daquele vilarejo, apesar de serem descendente de imigrantes europeus, levavam uma vida simples baseada na agricultura familiar; não visavam o lucro nem exploravam a mão de obra escrava, e eram considerados os mais pobres naquela região; eles não tinham conhecimento das lutas e não se envolviam com os revolucionários de San José.
A família passou duas noites se revezando de esconderijo: durante o dia permaneciam na igreja, e à noite dormiam no estábulo. Com a mesma aparência dos locais, eles conseguiriam sair de San Paranhos nas caravanas. Antes de Chacon partir, o padre Francesco tentara convencê-lo a deixar seu filho no mosteiro para que eles cuidassem e o educassem. Chacon relutou por um instante e consultou sua mulher Mercedes, que estava apreensiva e temerosa com a infiltração que teriam que fazer na caravana comandada por inimigos.
A ideia de abandonar o filho lhes cortava o coração. Sem coragem para tomar uma decisão, com a voz embargada e os olhos já lacrimejando, se fecharam para um momento de reflexão. Mercedes pediu a Chacon para pensar por alguns instantes. Agachou-se perto do seu filho e o acariciou. Seu rosto sofrido deixava transparecer a dor desse momento, mas seu instinto de preservação a levava a concorda com o padre Francesco; o medo de perder o filho era maior do que a vontade de tê-lo a seu lado. Aquela mulher tinha consciência do perigo constante, então tomou coragem e disse com a voz embargada a Chacon:

sábado, 2 de junho de 2018

TEMPOS DE TRAIÇÃO POSSUÍDOS POR AMBIÇÃO.

TRECHO DO LIVRO.

Depois de descansarem por duas horas, retomaram a jornada, mas logo adiante foram obrigados a escalar um pequeno rochedo de granito encoberto por uma vegetação rasa, formada por cipó e bromélias. Escalaram por mais de trinta minutos. Eles alcançaram, novamente exaustos, o outro lado da montanha. Um pouco mais adiante, Chacon deixou sua mulher e seu filho abrigados debaixo de uma pequena caverna na encosta da montanha e saiu para explorar a região. Caminhou por alguns minutos e parou em uma pequena nascente que brotava da montanha. Aproveitou para abastecer o seu cantil com água. Ao olhar para baixo, avistou um pequeno vilarejo, com casas humildes feita de toras de madeira rústicas e uma igreja no fim da pequena avenida. Um rio caudaloso dividia a cidade ao meio, formando um pequeno lago bem abaixo, e havia uma ponte que permitia o acesso até o vilarejo. Chacon calculou que seria mais um obstáculo em sua jornada, uma grande descida íngreme de mais de mil e setecentos metros, quase toda desmatada pelos moradores que exploravam madeiras para fazer suas casas.
Chacon voltou até onde se encontravam sua mulher e seu filho. Ao vê-los dormindo, parou por alguns minutos para admirá-los. No seu momento de reflexão, se questionou se tudo aquilo que estava passando valeria a pena, se tinha realmente algum sentido ter colocado sua vida e da sua família em risco por uma causa que parecia perdida. Ao mesmo tempo em que refletia, seu coração apertava pelo medo de perdê-los. Ambos significavam suas únicas joias preciosas. Suas preces pareciam não serem ouvidas, mas sua fé não esmorecia e seu ideal permanecia incólume.
Chacon aproveitou esse momento único também para descansar. Enquanto eles dormiam, a milícia passou por San Paranhos, vasculhando todas as casas naquela tarde. Eles dormiram por três horas no topo da montanha,

O SEGREDO A CURA