TRECHO DO LIVRO
À noite, as novelas aguçavam a imaginação e os faziam esquecer, por algum tempo, da pobre existência. Ouviam horas a fio, à noite. Não teriam outro divertimento, não fosse esse rádio vermelho da marca G.E, chamado de rabo quente, que, quando esquentava, parava de funcionar. Além disso, a eletricidade era tão fraca quase não dava para ouvir as novelas da rádio nacional, torcer pelo herói, do rádio, Jerônimo, o “herói do sertão”, e o anjo e metralha heróis urbanos do famoso Teatro de Mistério da rádio nacional. Em noites quente do verão maldormidas sob os telhados de zinco, com goteiras para todos os lados quando chovia, a família superava estas mazelas com o bom humor. Todos cantarolavam as músicas que ouviam no rádio “a noite está tão fria. Chove lá fora” e completavam com e aqui dentro também,e quando esquentava o zinco do telhado, torrava os miolos pediam, “chove chuva chove sem parar” e faziam uma prece a Deus nosso senhor. O menino observava com angustia sua mãe, noites a fio, na sua máquina de costura a pedalando para colocar a comida na mesa ,ela poupava o pouco que tinha para poder comprar um cobertor para quando o inverno batesse a sua porta cheia de fendas onde o vento gelado da madrugada penetrava impiedosamente sobre o menino que dormia no chão frio sobre uma esteira . era o sacrifício de agasalhar com um coberto de flanela ,para um sonho acalentar na esperança de dias melhores para viver e fé em Deus para vencer “Ao soprar do vento, não há jardins nem flores, não derrube a rosa faceira o fruto e a flor da Mangueira”, dizia seu irmão Paulo em forma de música, no seu momento poético.
“Quando a rosa cair no chão espantará a dor e a tristeza, alegrando os corações”.
Das sombras da noite, surgiam figuras para aterrorizar os moradores; despertava do gueto o mal, oriundo das sombras da noite. Eles dominariam por algum tempo o poder local. Peixe, Alicate, Dejailson surgiram do nada e de repente eram donos do pedaço. Ele não entendia nem queria entender.
Quem os delegava tanto poder.
À noite, as novelas aguçavam a imaginação e os faziam esquecer, por algum tempo, da pobre existência. Ouviam horas a fio, à noite. Não teriam outro divertimento, não fosse esse rádio vermelho da marca G.E, chamado de rabo quente, que, quando esquentava, parava de funcionar. Além disso, a eletricidade era tão fraca quase não dava para ouvir as novelas da rádio nacional, torcer pelo herói, do rádio, Jerônimo, o “herói do sertão”, e o anjo e metralha heróis urbanos do famoso Teatro de Mistério da rádio nacional. Em noites quente do verão maldormidas sob os telhados de zinco, com goteiras para todos os lados quando chovia, a família superava estas mazelas com o bom humor. Todos cantarolavam as músicas que ouviam no rádio “a noite está tão fria. Chove lá fora” e completavam com e aqui dentro também,e quando esquentava o zinco do telhado, torrava os miolos pediam, “chove chuva chove sem parar” e faziam uma prece a Deus nosso senhor. O menino observava com angustia sua mãe, noites a fio, na sua máquina de costura a pedalando para colocar a comida na mesa ,ela poupava o pouco que tinha para poder comprar um cobertor para quando o inverno batesse a sua porta cheia de fendas onde o vento gelado da madrugada penetrava impiedosamente sobre o menino que dormia no chão frio sobre uma esteira . era o sacrifício de agasalhar com um coberto de flanela ,para um sonho acalentar na esperança de dias melhores para viver e fé em Deus para vencer “Ao soprar do vento, não há jardins nem flores, não derrube a rosa faceira o fruto e a flor da Mangueira”, dizia seu irmão Paulo em forma de música, no seu momento poético.
“Quando a rosa cair no chão espantará a dor e a tristeza, alegrando os corações”.
Das sombras da noite, surgiam figuras para aterrorizar os moradores; despertava do gueto o mal, oriundo das sombras da noite. Eles dominariam por algum tempo o poder local. Peixe, Alicate, Dejailson surgiram do nada e de repente eram donos do pedaço. Ele não entendia nem queria entender.
Quem os delegava tanto poder.
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